domingo, 28 de novembro de 2010

Porto e Douro WineShow 2010

O Convento do Beato em Lisboa foi este ano, mais uma vez, palco deste evento que nos leva a "provar" o Douro e que contou com a presença de cerca de 50 produtores de Vinhos do Porto e Douro, com conversas em volta do vinho, Cozinha ao Vivo, Provas de Vinho, Prova de Produtos Gourmet e, este ano, até com um espaço Moda / Vinho.
Este ano com novo figurino, nova disposição dos stands, nova mobília, espaço mais arrumado, mais circulável, todavia mais confuso na hora de procurar aquele produtor, aquela marca que tanto queremos visitar e este ano não encontrei os repuxos de água para lavar os copos. A ideia esteve à altura da mudança, mas também me quer parecer que o ano passado estiveram mais produtores. Pelo menos, até por de baixo das arcadas havia bancadas.Este ano chego a este evento já um pouco com a ideia de pouco haver que me possa surpreender a nível de vinho de mesa pois este Novembro tem sido uma roda viva de feiras, eventos e acontecimentos ligados ao mundo vínico. Ainda bem que nunca estamos parados pois há sempre novidades a surgir. Todavia fui mais para "provar" os Portos Brancos datados, LBVs, Vintages, Portos Colheita, Colheitas Tardias, Moscateis do Douro e por fim as novidades do Douro.Mais uma vez agradecer à Quinta da Pedra Alta pelos convites disponibilizados, pelos dois dedos de conversa com o Enólogo João Pires e com o Dr. Jorge Eduardo Pinto Leal . O Quinta da Pedra Alta Tinto 2008 foi já a prova e fico desde já a aguardar por novidades após o engarrafamento.Depois uma paragem na Quinta das Lamelas. A prova aqui decorrer com algumas boas surpresas dentro do âmbito dos meus desejos. Destaco os Portos Brancos datados com 10 e 40 anos, o Moscatel do Douro 2009 muito interessante e um Porto Rosé que me ficou na memória. O Tawny Reserva com um aroma invulgar a laranjas também concorreu para um conjunto da prova muito interessante.Destaco mais uma vez o Colheita Tardia da Rozés. O estagio em barricas de Acácia transmite sem dúvida uma personalidade diferente e marcante a este LH. O 2009 não é diferente. Por outro lado, também o Colheita Tardia da Quinta da Sequeira me impressionou. O nível de açúcar dos LH portugueses não costuma ser tão alto e tão bem integrado no nível de acidez do vinho. Muito interessante e a passar directamente para a minha lista de prova a fazer no futuro.
Efectuei também uma prova mais atenta aos vinhos da Quinta dos Gambozinos. Adorei o Gambozinos 2005 Reserva. Estrutura, corpo, muita fruta madura num conjunto muito apetecível e acima da média. Um final longooo e marcante. Muito interessante pois ainda não conhecia este produtor.As provas iam decorrendo sem os empurrões de anteriores ocasiões, sem o abafado de outros dias e, embora com muitos visitantes, sem grandes dificuldade em se provar o pretendido. Parei um pouco nas provas de alguns doces e produtos gourmet e logo deparei com mais uma muito boa surpresa. O mais recente ano do tinto DOC da Quinta da Casa Amarela que continua em grande plano e depois um branco Tinto PL & LR fabulosos. O branco é de facto fantástico principalmente a nivel aromático. O meu obrigado ao Gil Regueiro pela disponibilidade e .... pelos chocolatinhos.
Por fim, João Brito e Cunha levou-me a conhecer os vinhos de um novo projecto do Douro. Na companhia também de Rui Carrelo, Enólogo da Quinta Vale d'Aldeia na Meda, fiquei a conhecer o Xaino Branco 2009, o Xaino Tinto e o Tinto Reserva. Estes últimos ainda não foram engarrafados e necessitam sem dúvida de tempo em garrafa, mas sem dúvida que prometem e eu cá estarei à espera de os provar ou beber assim que for possível. O Xaino Branco 2009 demonstrou intensidade aromática, algo floral e fruta de caroço verde com notas citrinas. Na boca muita frescura, bom nível de acidez e um final de boca em bom plano. Vou ficar em alerta.
Término de evento no que considero ser uma novidade nestes últimos eventos em que estive presente. A degustação de um Porto ou Moscatel com café Nespresso na companhia do Escanção Rodolfo Tristão. Na minha opinião um reavivar de algumas raízes/tradições café com cheirinho, mas mais intencional e com mais qualidade. Uma boa ideia.Referencia final para as meninas que por vezes passeavam por entre os stands e que muita falta farão, desde já no varejar da azeitona, ou numa ida aos figos no próximo Verão.
Fico já a aguardar pela próxima edição. Até para o ano.

1 comentário:

  1. Excelente post sobre este evento.

    Estive presente ontem (Domingo); Muita gente e correodres completamente atolados,mas mesmo assim deu para conversar e opinar sobre os vihnos.

    Ds provas que fiz, fiquei deveras entusiasmado com :

    Vinho Brites Aguiar

    LBV 2003, VINTAGE 1999, VINTAGE 2003 e um branco 30 anos fabuloso da Quinta santa Eufémia.

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