sábado, 30 de agosto de 2014

Alfeu 2012 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional e Tinta Roriz
Região: Douro
Teor Alcoólico: 14%
Produtor: Amado Wines, Unipessoal,Lda
Preço: 8€ vap

Nota de Prova
Novidade duriense de um jovem produtor que aqui honra o nome do seu Avô Alfeu, um homem do Douro, da terra e de família. Surge de roupagem diferente do habitual, com um rótulo que de inicio causa alguma confusão, mas que aos poucos cativa e chama a atenção. Cor rubi, intenso, concentrado no núcleo e nuances violeta mais abertas no bordo do copo. No nariz aromas intensos florais bem ligados com a fruta vermelha madura, algumas notas de cacau num conjunto fresco. Na boca boa estrutura, taninos bem definidos, já prontos, com alguma secura, cheio de fruta madura e com comprimento final longo. Um vinho sério e bem feito, o primeiro, uma boa base de partida, veremos o que nos trás o futuro.

Classificação: 81/100

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Vinha Paz Reserva 2009 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro
Região: Dão
Teor Alcoólico: 14,5%
Produtor: António Canto Moniz, Un.,Lda
Preço: 16,50€ vap

Nota de Prova
Bebi este vinho a meio de ano e apesar de ser um reserva 2009 deparei-me com um vinho jovem, com potencialidade de guarda que concerteza subirá ainda uns degraus com mais algum tempo de garrafa. A sua cor, rubi intensa, concentrada e rasgada por nuances violeta, assim o indicam numa primeira análise. No nariz despertam as notas florais da Touriga, com fruta vermelha e preta madura bem ligada, muito frutado e complexo, com notas especiadas e ainda alguma madeira a sobressair. Na boca surge com grande pujança, estrutura e juventude. Complexo e com grande equilibrio. Macio na boca embora se note que ainda é apenas um menino. Com a fruta e o toque especiado a marcarem posição, algumas notas vegetais, algum bosque, com muita frescura. Também aqui noto que o estágio de 19 meses em barrica ainda necessita de mais algum temo de garrafa, mas está um senhor vinho e com um final notável. E nem sequer me lembrei dos 14,5º de alcool.

Classificação: 90/100

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Coisas Que Me Irritam: O Flute Gelado e o Vinho Branco

O copo flute, termo que vem da língua francesa para flauta, é considerado o copo de excelência (por enquanto) para beber o vinho espumante e o champanhe pois preserva durante mais tempo as bolhinhas que tanto apreciamos, mantém a bebida fresca durante mais tempo e tem aquele look elegante que certeiramente encaixa com a imagem deste tipo de bebida. Sendo também que o espumante/champanhe não necessita, por norma, copos maiores e mais largos como um tinto ou um branco. Quanto a isso estamos falados.
Agora, directamente para a lista de "Coisas Que Me Irritam" surge o facto, de cada vez mais ver nos restaurantes portugueses servirem o vinho branco em flutes completamente gelados ou à beira do congelados. Mas que raio de moda ou sabedoria é esta que me quer servir vinho branco, seja ele novo ou com idade, normal colheita e até reserva com estágio em barrica, em copos deste género completamente gelados?
Há pouco tempo, num restaurante com uma bela carta de vinhos, pedi um vinho branco de 2009. Apareceram-me à mesa com a garrafa gelada e dois flutes que até gelo tinham no bordo do copo. Aventurei-me. Ganda maluco. Perguntei se não tinham outro tipo de copo. Tipo de tinto, mas não tão grande. O que fui dizer...  A resposta foi conclusiva. Temos - disse o empregado - mas esses não estão na arca frigorífica. Tem a certeza que não quer esses. Olhe que são os correctos para o vinho que vai beber. Raios parta essa escola de hotelaria que por aí anda a ensinar estas coisas!
No último fim de semana. Restaurante marisqueira com uns vinhos engraçados. Reparo que na mesa ao lado um casal turista estrangeiro escolhe um bom vinho branco, caro, com estágio em madeira e até comento que havia sido uma grande escolha. Quando olho outra vez para a mesa o vinho está a ser servido nuns flutes de pé alto e com uns elegantes 2/3cm de copo. Bardamerda com isto!

sábado, 23 de agosto de 2014

Brett Edition 2009 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Syrah
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 14,5%
Produtor: Sociedade Agrícola da Herdade do Arrepiado Velho, SA
Preço: 20€ vap

Nota de Prova
Abrir uma garrafa e encontrar nos seus aromas o que por muitos é descrito como "suor de cavalo" é considerado desde logo defeito. Embora exista uma divisão de opiniões acerca deste tema e, como eu, nem sempre julguem este factor como mau, o Brett, cujo nome provém da levedura Brettanomyces e que causa estes aromas a suor de cavalo, couro, cabedal e outros mais, está como dado adquirido aos profissionais do vinho como sendo um defeito. Seria, no mínimo, ousado que um produtor o fizesse deliberadamente, estariam a pensar... todavia a Herdade do Arrepiado teve essa ousadia e tem vindo a provocar opiniões com este Brett Edition. Não se trata, como é evidente, de um vinho consensual e numa mesa podemos encontrar certamente apoiantes dos dois lados, mas o resultado é de facto um vinho com muita complexidade, desafiante e mesmo apaixonante. Nos aromas o já esperado toque a cabedal e couro está bem ligado com muita fruta madura vermelha e preta, caixa de charuto e folha de tabaco. Enquanto na boca surge polido, redondo, com frescura e com final comprido. Com carnes bem temperadas e assadas no forno ou mesmo com queijos de pasta mole fará uma boa ligação.

Classificação: -/100

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Marquês de Marialva Blanc de Blancs Bruto 2011 Branco

Características
Tipo: Vinho Espumante Branco
Castas: Arinto, Bical e Maria Gomes
Região: Bairrada
Teor Alcoólico: 12,5%
Produtor: Adega Cooperativa de Cantanhede, CRL
Preço: 3,99€ vap

Nota de Prova
A região da Bairrada produz, para mim, os melhores espumantes portugueses. Nada de novo ou surpreendente até aqui. O que para mim é surpreendente ou, mais uma vez, até não será, é o facto deste Marquês de Marialva ser produzido numa Adega Cooperativa (AC) e a um preço muito acessível. Tenho acompanhado recentemente os vinhos desta AC e há uma clara subida de qualidade que não podemos esconder. Uma prova que as Adegas Cooperativas são cada vez mais um caso sério de qualidade a preço muito competitivos. Apresenta cor citrina e limpa, bolha fina e persistente. No nariz está muito elegante, com a fruta citrina, maça verde e algum marmelo a sobressairem num conjunto onde temos também algum fruto seco. Na boca primeira nota para um mousse fresca e elegante, acidez bem colocada e a ser companhia ideal para uma refeição de tapas com alguma gordura. Que nem ginjas. Boa relação qualidade - preço

Classificação: 84 /100

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Vinha do Monte 2013 Rosé

No inicio da apresentação do Trinca Bolotas pela Sogrape Vinhos no Restaurante Largo foi-me dado a conhecer o Rosé Vinha do Monte produzido na Herdade do Peso. Devo confessar que me agradou e que encaixou na perfeição num dia de calor e num breve momento de espera e conversa que se gerou enquanto se degustava umas tapas leves à base de conservas.

VINHA DO MONTE 2013 ROSÉ | ALENTEJO |  3,79€
TOURIGA NACIONAL, SYRAH
Cor rosada intensa, cor de morango e framboesas, de aspecto límpido. No nariz surge delicado, sem uma exuberância doce e enfadonha, com fruta vermelha fresca, novamente o morango e a framboesa a marcarem presença, com leves notas vegetais em fundo. Boca com frescura, acidez equilibrada e onde o perfil mais frutado e sumarento se destaca. Algum volume de boca mostra que pode ir para além do simples rosé de piscina.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  79/100

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Dr. Loosen Graacher Himmelreich 2007 Riesling Spatlese

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Riesling
Região: Mosel, Alemanha
Teor Alcoólico: 8,5%
Produtor: Dr. Loosen
Preço: 12€ vap

Nota de Prova
Encontro-me outra vez com um Riesling no copo. Alemão, da região de Mosel, fresco e com uma leveza extraordinária. De facto viciante quando se junta o baixo teor alcoólico e algo para picar, como aperitivo, picante leve ou mesmo um caril bem confeccionado. Já com alguns anos de guarda, este riesling apresenta ainda um cor muito limonada, sem grandes nuances provocadas pelo tempo. Aromas com algum petróleo, fruta citrina, laranja, perfil um pouco adocicado, mineral e fresco. Na boca surge leve, acidez equilibrada, perfil frutado, muito sumo citrino e sem dúvida em boa forma.

Classificação: 85/100

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Quinta dos Roques Alfrocheiro 2010 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Alfrocheiro
Região: Dão
Teor Alcoólico: 14,5%
Produtor: Quinta dos Roques, Lda
Preço: 18€ vap

Nota de Prova
A casta Alfrocheiro, tantas vezes esquecida e apenas dada a lotes, aqui numa verdadeira demonstração da sua qualidade em produzir grandes vinhos. Apresenta cor rubi concentrado, intenso, com violáceos carregados e bem definidos. Nariz com a exuberância da fruta vermelha e preta bem madura,morangos maduros, amoras de árvore, guloso e fresco, com notas especiadas bem colocadas e com belo perfume floral.Boca com acidez, vivaço e brigão, com muitas notas vegetais e algo herbáceas, muita frescura e com fruta vermelha madura. Grande equilíbrio num vinho cheio de estrutura e garra. Final de boca longo e a mostrar que temos vinho para durar muito tempo.

Classificação: 89/100

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Trinca Bolotas 2013 Tinto

A Sogrape Vinhos apresentou no passado 15 de Julho, no Restaurante Largo, a sua mais recente referência nascida na Herdade do Peso: o Trinca Bolotas.

O nome e o excelente trabalho de imagem da garrafa fazem com que a viagem até ao Alentejo seja imediata. Há uma relação vinho-região da qual não nos conseguimos abstrais. Facilmente o ligamos às planícies alentejanas, aos sobreiros, ao porco alentejano, à gastronomia desta região e sem dúvida ao pastoreio.
Com a mão do Enólogo Luís Cabral de Almeida chega um tinto alentejano com muita frescura, com um primeiro objectivo de lançamento para a restauração, mas que em breve poderá ser encontrado nos habituais pontos de venda ao consumidor final.

TRINCA BOLOTAS 2013 TINTO | ALENTEJO |  5,99€
ALICANTE BOUSCHET, TOURIGA NACIONAL, ARAGONEZ
Cor vermelho intenso, definido, de média concentração, aspecto limpo. Aromaticamente muito equilibrado, fruta madura vermelha e preta, ameixas preta, madeira bem posicionada, fresco. Na boca surge com vivacidade, um pouco austero de inicio mas cheio de estrutura, com boa acidez, fruta madura fresca, com final muito fresco e persistente. Fresco. Servido à temperatura certa..
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  82/100

 O prato escolhido pelo Chef Miguel Castro Silva para casar com o Trinca Bolotas foi um delicioso e intenso Cachaço de Porco . Grande ligação!

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Chablis Premier Cru Fourchaume La Paulière 2009 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Chardonnay
Região: Borgonha, Chablis, Premier Cru, França
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Jean Durup Père et Fils
Preço: 15€ vap

Nota de Prova
Um chardonnay de Fourchaume, uma das mais conhecidas vinhas Premier Cru de Chablis, já com alguns anos e como seria de esperar, num grande momento de forma. Tanto no nariz como na prova de boca fiquei surpreendido pelo facto do estágio em madeira ser quase imperceptível, dando ao vinho apenas aquilo que é preciso e não o mascarando com notas externas à fruta. Citrino mais polido, acidez equilibrada e toque mineral no ponto. Não é um Grand Cru, mas é um grande Premier Cru e que me leva a ir à descoberta de mais.

Classificação: 84/100

Château D'Hugues Grande Réserve 2006 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Syrah e Garnacha
Região: Vallé Du Rhône, Côtes du Rhône, Grande Réserve, França
Teor Alcoólico: 13,5%
Produtor: Sylviane et Bernard Pradier
Preço: 30€ vap

Nota de Prova
Produzido a partir de vinhas velhas com mais de 40 anos de idade, feito a pensar em longevidade, para guardar e esquecer por uns anos a sua existência. Este assim continua. Cheio de juventude e garra. Com cor rubi ainda com grande concentração e mesmo opaco. No nariz cheio de fruta preta, muita amora silvestre, ameixas pretas e cereja, com bom equilibrio das notas especiadas e tostadas e um certo balsâmico fresco. Surge na boca cheio de força, pujante, a sentir-se a fruta, quase que se mastiga e se apalpa com as papilas gustativas. Sem dúvida que tem um potencial enorme de envelhecimento e de casamento com muita da comida tradicional portuguesa. E até para a sobremesa numa qualquer guloseima com bastante chocolate.

Classificação: 86/100

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Quinta do Javali | Novas Colheitas e Não Só!


A Quinta do Javali nasceu, como empresa produtora de vinho, decorria o ano 2000. Pela mão de António Mendes foram sendo produzidos vinhos respeitando as técnicas tradicionais da região, usando leveduras indígenas e, curioso ou talvez não, mais conhecidos e reconhecido no mercado externo do que em Portugal.
Em conversa com António Mendes facilmente percebemos que estamos presentes ao resultado de muita paixão e de muito querer na produção de vinhos com este perfil. É o que o Terroir lhe dá. As tentativas de os fazer mais redondos, mais polidos ou com mais este ou aquele aroma nunca existiram e dificilmente existirão e por isso temos vinhos cheios de força, pujantes, com potencial de longevidade imenso.
Na apresentação de novas colheitas da Quinta do Javali no Restaurante O Talho tivemos a oportunidade de os conhecer a solo e depois harmonizados com a gastronomia do local. Arrasadora combinação!

QUINTA DOS LOBATOS 2013 TINTO |PVP 10€
Cor rubi, intenso, escuro, opaco. Aromas com muita fruta madura vermelha e preta, notas silvestres e de bosque, fresco. Boca larga, cheio de força, seca o palato, com fruta no ponto certo, sem ser enjoativa e final longo.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  88/100

QUINTA DO JAVALI RESERVA 2011 TINTO | PVP 20€
Cor rubi, intenso e opaco. Aromas onde a madeira aparece ainda um pouco em destaque, embora sem tapar a fruta e o lado especiado, mentolado e fresco. Boca larga, cheia de força, sequinho, cheio, complexo, com uma fruta preta fresca e toque especiado e vegetal que refresca. Final longo.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  89/100

QUINTA DO JAVALI VINHAS VELHAS 2011 TINTO | PVP 38€
Cor rubi, de violetas carregados, opaco. Nariz com a intensidade da fruta a mostrar-se bem ligada com a madeira, floral e fresco, alguma giesta, perfumado. Boca cheia de elegância, a fruta está fresca, intensa, tostados bem ligados, grande equilíbrio, complexidade e garante de satisfação. Com um final de boca extenso e elegante. Pronto a beber.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  93/100

QUINTA DO JAVALI TN 2011 TINTO | PVP 75€
Cor rubi de tonalidades violáceas escuras, fechado e concentrado. Nariz fresco, intensidade floral e vegetal em harmonia, com uma giesta leve, tostados leves, especiado e fresco. Na boca clama por comida, corpolento e quase mastigável, com a secura a fazer-nos salivar, num conjunto equilibrado e pronto a beber. Final de boca que nunca mais acaba.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  94/100

QUINTA DO JAVALI TN 2012 TINTO | PVP 75€
Cor fechado de tonalidade violáceas, arroxeadas mesmo. No nariz a intensidade da fruta preta madura aparece bem ligada com notas florais, especiadas e de tosta fina. Boca com taninos rijos, marcantes, a secar a boca por completo, percebe-se que a longevidade nao será aqui um problema. Está cá tudo pronto para um grande vinho touriga nacional, mas naturalmente muito novo.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  93/100

QUINTA DO JAVALI SPECIAL CUVÉE 2012 TINTO | PVP 250€
Cor rubi, dentro do perfil deste produtor, violetas escuros. Aromas intensos a fruta vermelha e preta madura, ligeiro mentolado refrescante, floral e complexo, alguma baunilha e especiarias. Corpolento e cheio de vida na boca, com taninos a dizer presente, quase que se mastiga, demoradamente e saboreia-se com prazer e quase deleite. Final de boca longo. Um vinho que irá gerar falatório pelo seu preço.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  94/100

QUINTA DO JAVALI 20 YEARS OLD TAWNY | PVP 70€
Cor âmbar intensa e definida, ligeiros acastanhados. Aromas com muita fruta passa e seca, nozes e avelãs, caramelo, melaço, boca melada e cheia de frescura e textura, com fruta seca e um ligeiro rebuçado. Lindo.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  94/100

QUINTA DO JAVALI LBV 2007 | PVP 17,5€
Cor rubi, bonita e com intensidade média. Fruta preta, passa de ameixa preta, amoras silvestres, corpo fruta ligado. Encontra-se num excelente momento para ser consumido. Muito elegante e fresco.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  94/100

QUINTA DO JAVALI LBV 2008 | PVP 17,5€
Cor rubi mais intensa e concentrada, aspecto jovem. Nariz mais contido, preso, jovial, mais acidez e fruta seca. Na boca um pouco mais doce, fruta bem delineada e mastigável.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  94/100

QUINTA DO JAVALI LBV 2009 | PVP 17,5€
Cor rubi, concentrado e aspecto limpo. Aromas fechados e muito contido. Boca que parece um vintage, cheio de fruta e ainda muito jovem.
CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:  93/100

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Quinta de Cabriz Escolha Virgílio Loureiro 1999 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional e Alfrocheiro
Região: Dão
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Dão Sul - Sociedade Vitivinícola, SA
Preço: 15€ vap

Nota de Prova
Este é o tipo de vinhos que gosto de ter em casa para abrir com os chamados "eno-amigos". Um vinho com história que desde logo chama a atenção pelo nome no rótulo: Virgílio Loureiro. Um verdadeiro Senhor da enologia portuguesa que trabalhou de norte a sul do País e que deixou a sua assinatura em casa como a Quinta de Cabriz, Quinta dos Roques, Santar, Quinta da Bica, Caves São Domingos, Quinta da Alorna ou Quintas dos Termos entre outros. Depois o facto deste vinho ter sido considerado um dos melhores deste ano. E por fim, a nível pessoal, a data de colheita ser 1999. Passados praticamente 15 anos abri a garrafa. Deixei que repousasse durante cerca de uma hora e depois vertia para o decante. Cor com alguma nota de evolução. Vermelho concentrado, com nuances tijolo de barro no rebordo e de aspecto limpo. Deixei-me de seguida enamorar pelo aroma. Fruta vermelha e preta madura, com notas compotadas, muita ameixa preta e cereja, com óptima ligação e balanceamento com as notas de tosta e baunilha leves e muito elegantes. No palato não consigo saber se está no ponto, se já esteve melhor ou pior, apenas confirmo que está fantástico. Cheio de vida, ainda dando alguns pontapés, boa acidez, polido pelo tempo e untuoso ao toque e com a fruta no ponto. Fim de boca longo, com notas especiadas e muita frescura.

Classificação: 90/100

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Joaquim Arnaud no Restaurante Escola Sarrazola House em Colares

Situada sobre duas colinas da Serra de Sintra, a Vila de Colares, sempre reconhecida como região de vinhos e de praias, como sendo morada do ponto mais ocidental da Europa e sempre ligada à história como existindo ainda antes do nascimento de Portugal, foi o palco ideal para um Jantar de Apresentação dos produtos de Joaquim Arnaud.

 A Escola de Hotelaria de Colares, que talvez poucos conheçam ou até passe despercebida quando de percorre a estrada para Almoçageme a partir de Colares, apresentou no seu Restaurante Escola Sarrazola House, com a cozinha a cargo do Chef Bruno Gaspar, uma ementa com base no presunto de vaca, chouriço, salsichão e presunto de porco preto de Joaquim Arnaud e harmonizada com os vinhos também do próprio. A inclusão também de algumas referâncias à região sintrense completaram uma noite que contou ainda com a apresentação em primeira mão de um vinho resultante da amizade e parceria com o produtor Tomás Vieira da Cruz.

Os produtos Joaquim Arnaud são feitos com tempo, sem pressas. Cada coisa tem o seu tempo. Cada coisa tem a sua história e o seu porquê. Não se trata de comer apenas por comer ou beber apenas por beber. A titulo de exemplo, na sua produção de porco preto alentejano estes vagueiam pelos campos, alimentando-se de bolota e caminhando de um lado para o outro. Apenas passados cerca de 2 anos serão então mortos e transformados nas mais variadas delicias apresentadas pelo produtor. É um voltar no tempo e é um prazer ouvi-lo contar o porque de cada produto, como nasceu e o que é quando nos chega à mesa. Um prazer ouvir o produtor e se acompanhados pelos produtos... melhor!

Consommé da Horta aromatizado, Crocante de Chouriço Joaquim Arnaud, Ovo de Codorniz e Charuto de Queijo com Chouriço Joaquim Arnaud harmonizado com o Vinho Arundel Young 2012 Tinto.

Tapas com produtos Joaquim Arnaud: Presunto de Vaca, Chouriço de Porco Preto e Presunto de Porco Alentejano numa ligação fantástica com o Alboroque 2012 branco, uma novidade resultante da ligação de Joquim Arnaud a Tomás Vieira da Cruz e que trás à mesa um vinho de aperitivo diferente em Portugal.

Filete de peixe sobre saladinha de três variedades de pimento (verde, vermelho, amarelo) e milho frito casado com um Chão RIJO 2012 branco. Um vinho da região e que aparece respondendo à regra da Escola de sempre ter um vinho da região de Colares nas suas ementas. Na minha opinião um ponto positivo embora pudesse ser um de chão de areia.

Duo de Vaca de Joaquim Arnaud com Presunto de Vaca e Estufado de Vaca.  A excelência do produto no prato com a excelência de um vinho que no nome já antecipa a experência de o beber: GREAT!

Lombinho de Porco Alentejano Joaquim Arnaud com Crumble de Salsichão Joaquim Arnaud, Cogumelos do Bosque e Chips de Batata-Doce conjungado com o Arundel 2009 Tinto. Ligação sóbria e acertada da carne de porco preto e um terroso do cogumelo ao perfil frutado e deste tinto de 2009, mas ainda cheio de juventude.

Trilogia de Queijada de Laranja, Torta de Laranja e Trufa de Pêra Rocha com redução de Moscatel de Setúbal Joaquim Arnaud 2011 ligada com o próprio Moscatel que recolhe novos adeptos sempre que provado.

sábado, 9 de agosto de 2014

Schloss Lieser 2009 Riesling Kabinett

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Riesling
Região: Mosel, Alemanha
Teor Alcoólico: 12%
Produtor: Thomas Haag
Preço: 13€ vap

Nota de Prova
Em dias como estes ou em noites como estas, quentes, abafadas, com praticamente pouco vento, apetece ficar na conversa de copo na mão a beber algo fresco, seco e leve que não nos tolde o norte e que funcione melhor que um ar condicionado. Assim é este Riesling Kabinet Trocken de Thomas Haag. Aromas que sobressaem pouco, primando por alguma delicadeza, mas com notas evidentes de algum petrolado, fruta tropical e ligeiro melaço envolto muita frescura. Apetece beber. Na boca surge algo macio, sem aquela acidez pungente tradicional, mas ainda assim muito equilibrado, simples e com uma leveza óptima para o pretendido.

Classificação: 86/100

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Termeão 2005 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional, Castelão Nacionale Cabernet Sauvignon
Região: Bairrada
Teor Alcoólico: 13,5%
Produtor: Manuel dos Santos Campolargo
Preço: 25€ vap

Nota de Prova
Quando se abrem estes vinhos ficamos sempre com uma espécie de travo doce-amargo na alma. Doce pois quando o provamos deliciamo-nos com ele, com a sua estrutura, a sua jovialidade após tantos anos, a sua vida, tudo o que faz um grande vinho. Amargo no sentido em que somos levados a crer na sua maior longevidade e que este ainda iria estar por ali durante mais tempo. Este assim foi. Ainda um tonalidade rubi intensa, fechada, opaca e sem sinal do tempo. Aromas cheios de frescura, com a fruta ainda no ponto, fruta vermelha madura bem balanceada com as notas florais, elegante e admiravelmente jovem. Na boca a surpresa de o encontrar novo, talvez ainda demasiado novo. Sólido, corpulento, uma perfeita bomba de pujança. Conjunto equilibrado e feito para juntar a comida com robustez suficiente para lhe fazer frente. Final longo e elegante. Este Pássaro Vermelho faz a diferença.

Classificação: 90/100

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Alvear Pedro Ximenez de Añada 2011

Características
Tipo: Vinho Doce
Castas: Pedro Ximenez
Região: Montilla-Moriles, Espanha
Teor Alcoólico: 17%
Produtor: Alvear, SA
Preço: 20€ vap

Nota de Prova
Este foi um vinho de bebi de forma diferente e já condicionada pelo facto de saber que Robert Parker lhe atribuíra a nota de 100 em 100 pontos possíveis. Raios! Alguma coisa de diferente deveria andar por ali pois, pese embora o facto de já haver provado alguns Pedro Ximenez, nunca lhes havia encontrado um conjunto perfeito de condições que me ousasse pensar em 100 pontos. Apresenta cor âmbar definida, aspecto limpo e brilhante. No nariz sentimos de facto todo o potencial desta casta quando bem aplicada neste tipo de vinho. Muito figo seco, uvas passificadas, notas bem marcadas de melaço, notas de caramelo e alguma marmelada. Algumas notas citrinas que levantam este conjunto de fragrâncias adocicadas e que nos mantém de nariz colado ao copo durante bastante tempo. Quando na boca deparamos primeiro com a sua estrutura. Corpolento, untuoso e mesmo algo espesso. Ao mesmo tempo somos invadidos pelo doce da fruta passa, dos figos secos e do melaço que os envolve. A boa acidez dá-lhe vida e mantém equilíbrio ao conjunto, embora ainda julgue que há um doce excessivo. Beber bem fresco, o mais próximo do gelado possível. Continuo a preferir o 1927.

Classificação: 93/100

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Alboroque 2012 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Fernão Pires e Arinto
Região: n.d.
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Sociedade Agrícola Areias Gordas, Lda
Preço: 11€ vap

Nota de Prova
Selar um contracto com Alboroque para o povo Árabe é selá-lo com um copo de vinho. Como um brinde. Tomás Vieira da Cruz foi buscar este nome para o seu vinho e beber inspiração nos grandes vinhos de aperitivo do sul de Espanha para conceber este vinho de aperitivo português. Diferente do habitual, com muita ligação aromática de no paladar ao Fino de Xeres, não me deixou indiferente, ficando até um pouco entusiasmado com a perfeita ligação gastronómica às tapas de enchido e demais fumados que lhe fizeram companhia. De cor citrino, muito claro e translucido. No nariz aromas cheios de frescura, maçã verde, amêndoas e toque floral e um salino evidente. Torna-se cativante. Na boca continuamos com a sensação de fino, fresco e leve, limpa a boca com acidez fina. Apetece beber sem contemplações e sempre a picar.

Classificação: 17

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

TOP 10 | Que Vinho Para As Férias?

Quando chegamos ao mês de Agosto o principal pensamento é: FÉRIAS! Tal como muitos de vós apetece-me comer, beber e muito lazer. Preocupações para longe e descontracção ao máximo. Assim, e sem apresentar nenhuma lista aborrecida de nomes de vinhos, deixo-vos com algumas dicas e algumas imagens que podem ajudar.

Dica 1 - Nunca beba sozinho. Partilhe os bons momentos, partilhe o vinho e uma boa conversa

Dica 2 - Beba-se fresco e despreocupado. Faça a Ponte para um momento descontraído e longe do stress do dia a dia.

Dica 3 - Sem preconceitos. O Rosa fica bem a qualquer um.

 Dica 4 - Os clássicos ficam sempre bem à mesa... e no copo.

Dica 5 - Prove Vinho da região onde se encontra de Férias.

 Dica 6 - Nas férias há sempre aquela Cámone que quer vir connosco para a mesa. Não se esqueça dela. Olhe que há boas surpresas.

 Dica 7 - Se o nome do Vinho lhe parecer complicado de pedir... peça CHEIO!

Dica 8 -Arrisque na companhia. O "Eu bebo sempre tinto" não existe!

Dica 9 - Não se Inquiete se alguém pedir tinto. Reforce o prato e baixe-lhe a temperatura.

Dica 10 - Idade não conta para se divertir. Junte todos à mesa.

Boas Escolhas!