segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

A Noite de Final de Ano Pede Espumante Antes Das 12 Badaladas

Quando a noite de final de ano nos pede espumante antes das 12 badaladas sabemos que será uma noite bem melhor do que seria se apenas aparecesse para fazer o barulho da rolha a saltar, fazer uns brindes sonoros e borbulhantes e depois despacha-lo de penalty como se fosse apenas para cumprir uma regra.
Apesar de ainda muito a passo, o espumante tem já um lugar reservado em muito copo deste País e Portugal está cada vez mais bem servido pela qualidade dos espumantes portugueses e pela sua versatilidade. Bairrada e Távora-Varosa são porta estandarte deste tipo de vinho por terras lusas, mas todas as outras regiões vitivinícolas do País já têm representantes deste néctar com bolhinhas.
A abertura de vinho espumante na noite de final de ano continua a ser uma das formas mais alegres de se beber este tipo de vinho e de toda a gente beber a sua tacinha e fazer aquele brinde especial, com votos e muitas promessas e resoluções para o ano que acaba de entrar. Mas sabia que o vinho espumante pode acompanhar na perfeição toda a sua noite de final de ano?
Deixo abaixo 10 sugestões de espumantes, apresentados por ordem alfabética, com os quais me cruzei ao longo do ano e que não me importaria de beber no decorrer desta noite especial com pratos de peixe e marisco, leitão e carnes com mais complexidade e até com o famoso bolo rei.Tchim, tchim!

ALIANÇA ESPUMANTE GRANDE RESERVA BRUTO 2012 BRANCO | BAIRRADA | 12,5% | PVP  19,50€
BAGA, CHARDONNAY
ALIANÇA VINHOS DE PORTUGAL, SA

CARTUXA ESPUMANTE BRUTO RESERVA 2012 BRANCO | ALENTEJO | 13% | PVP 31€
ARINTO
FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA 


ELPÍDIO SUPERIOR ESPUMANTE BRUTO 2013 BRANCO | BAIRRADA | 12,5% | PVP 13€
ARINTO, CHARDONNAY
CAVES DO SOLAR DE SÃO DOMINGOS, SA

JOÃO PORTUGAL RAMOS ESP. ALVARINHO BRUTO NATURAL RESERVA 2014 BRANCO | VINHO VERDE | 12% | PVP  20€
ALVARINHO
J PORTUGAL VINHOS, SA

LUIZ COSTA ESPUMANTE BRUTO 2015 BRANCO | BAIRRADA | 12,5% | PVP  17,5€
PINOT NOIR, CHARDONNAY
CAVES DE SÃO JOÃO - SOCIEDADE DOS VINHOS IRMÃOS UNIDOS, LDA

MESSIAS GRANDE CUVÉE BLANC DE BLANCS BRUTO ZERO 2011 BRANCO | BAIRRADA | 12% | PVP 17€
CHARDONNAY
SOCIEDADE AGRICOLA COMERCIAL VINHOS MESSIAS, SA

MURGANHEIRA CHARDONNAY BRUTO 2008 BRANCO | TÁVORA-VAROSA | 13,5% | PVP  18€
CHARDONNAY
SOCIEDADE AGRÍCOLA COMERCIAL DO VAROSA, SA

QUINTA DE S. LOURENÇO ESPUMANTE BRUTO 2008 BRANCO | BAIRRADA | 11,5% | PVP 9,5€
BAGA, ARINTO, MARIA GOMES
CAVES DO SOLAR DE SÃO DOMINGOS, SA

SOALHEIRO ESPUMANTE BRUTO 2017 ROSÉ | REG MINHO | 12,5% | PVP 13€
ALVARINHO, TOURIGA NACIONAL
VINUSOALLEIRUS, LDA


VINHA FORMAL ESPUMANTE BRUTO 2010 BRANCO | BAIRRADA | 12,5% | PVP 18€
BICAL, TOURIGA NACIONAL
LUÍS PATO

domingo, 29 de dezembro de 2019

No Bairro da Estefânia Abriu a Nova Fábrica de Queijadas e Travesseiros de Sintra

No Bairro da Estefânia, ainda longe do buliço trazido pelo crescendo do número de turistas em Sintra, nasceu no inicio deste mês a nova fábrica de Queijadas e Travesseiros de Sintra. Sangue novo no fabrico de um produto com muitas ligações familiares e históricas que trazem consigo novas ideias, conceitos diferentes, mantendo sempre a identidade e autenticidade dos produtos. Não podíamos deixar de ir conhecer.

Ao chegar, a primeira impressão que fica é a do espaço, muito bem conseguido. Luminoso, com pormenores que nos levam para as antigas padarias e leitarias, com as mesas de pedra mármore e um chão de mosaico hidráulico com um padrão maravilhoso. O facto de todo o processo de fabrico ser completamente visível aos clientes da casa marca uma das diferenças para outras casas da especialidade.

O Chef pasteleiro Pedro Gomes, com uma vasta experiência na área e um filho de Sintra é o responsável pela criação das deliciosas queijadas e travesseiros. Por outro lado, e porque este é um sonho concretizado a dois, Paulo Veríssimo, Economista de formação e com uma forte ligação ao movimento associativo Sintrense, com experiência profissional nas áreas da Gestão, Marketing e Comunicação, assumiu a responsabilidade da criação da Marca, colocando-a no mapa. Refere que tem o problema de ser guloso e que na fase inicial do projecto isso lhe custou uns quilinhos. Como eu o percebo.

Ainda antes de provarmos as especialidades, foi possível e repito, como será para qualquer  cliente, visualizar todo o processo de fabrico. Os janelões de vidro fazem com que não hajam grandes segredos e com a visita seja mais lúdica. Aliás, umas das acções criadas pelos Fundadores é a realização de workshops para se aprender a fazer os históricos doces.

Prova dos 9. Começamos pelo Travesseiro não temos qualquer problema em afirmar que é um dos melhores que já nos passou pelo estreito. Aliado a uma massa com um leveza extraordinária, um recheio delicioso que vai de ponta a ponta do mesmo. Terá de lá ir para perceber o que quero dizer com isto, mas dois Travesseiros desapareceram da mesa em poucos segundos e ainda estavam quentes.

A queijada, com uma casquinha muito fina e estaladiça, esteve também à altura do momento. Boa textura e com os sabores de que é feita.
Sugiro que passem por lá, que provem logo no local ou que levem para casa um caixinha de cada. Vão perceber que só um de cada não chega.
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DONA ESTEFÂNIA FÁBRICA DE QUEIJADAS E TRAVESSEIROS DE SINTRA
Morada: Rua Tomé de Barros Queiroz Nº25, 2710-624 SINTRA
Telefone: +351 964 451 788
Email: rainhadonaestefania@gmail.com
Website: https://www.donaestefania.pt/
Facebook: https://www.facebook.com/queijadastravesseirosdessintra/
Horário: Aberto todos os dias das 9:00h às 18:00h 

sábado, 28 de dezembro de 2019

Blog 2010 Tinto

BLOG 2010 TINTO | ALENTEJO | 14,5% | PVP  25€
ALICANTE BOUSCHET, TOURIGA NACIONAL
TIAGO MATEUS CABAÇO E CABAÇO
17,5

Em boa hora se decidiu trazer a colheita de 2010 deste belo alentejano para a nossa mesa. Continua um vinho de eleição, com a fruta muito fresca e nítida, agora com mais preparo de boca, mais pronto, o descanso na garrafa só lhe fez bem.
Cor vermelho intenso, ainda com nuances vivas e média concentração, limpo e de aspecto ainda jovem. No nariz aromas intensos a fruta vermelha e preta madura, muito definida, notas florais, especiados finos bem ligados, barrica bem ligada, harmoniosa, envolvente, algum cacau, belo conjunto. Boca com volume, estrutura, acidez vivaz, fina, com tanino presente, polido, a envolver o palato em conjunto com um fruta em grande plano, fresca, saborosa, o tempo de barrica deu-lhe agora outra largura, outra dimensão, está no momento.
Final de boca longo, elegante e fresco.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Evel Grande Escolha 2000 Tinto

EVEL GRANDE ESCOLHA 2000 TINTO | DOURO | 13,8% | PVP  29,50€
TOURIGA NACIONAL, TOURIGA FRANCA
REAL COMPANHIA VELHA
17,5

Este foi um dos vinhos que resolvi abrir nestes últimos dias. Para além da natural curiosidade de ver o seu momento de forma, li no contra-rótulo que "Podendo ser apreciado desde já, os mais pacientes serão, no entanto, recompensados com um aumento de complexidade provocado pela evolução em garrafa" e, tendo passado quase 20 anos, achei já ter sido paciente o suficiente para a abrir.
Cor granada, ligeiras nuances casca de cebola, média concentração, ainda com coloração intensa e escura, aspecto límpido. No nariz, de grande complexidade, a fruta preta silvestre alia-se a notas frescas de bosque, a notas mais terrosas como a turfa, algum cedro, fresco mentolado, caixa de tabaco, leve toque licorado, grande equilíbrio, cativante, absorve a nossa atenção.
Boca vivaz, com volume e boa estrutura, macio e envolvente, tanino presente, elegante, moldado pelo tempo, polido, com a fruta ainda em bom momento, conjunto ainda robusto e equilibrado, seguro, a falar connosco, a dizer que ainda haverão mais anos pela frente. Final de boca longo e elegante.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Miogo A Escolha da Família 2018 Branco

MIOGO A ESCOLHA DA FAMILIA 2018 BRANCO | VINHOS VERDES | 12,5% | PVP  15€
ARINTO, LOUREIRO, GOUVEIO
MANUEL DA COSTA CARVALHO LIMA E FILHOS, LDA
16,5

O primeiro vinho Miogo sem ser um espumante chega com um vinho branco de partilha, um vinho de família a celebrar 20 anos desde o primeiro espumante Miogo da colheita de 1999. Apenas foram produzidas 2000 garrafas. 
Cor amarelo citrino, aberto, ligeiros esverdeados, aspecto limpo e jovem. Nariz fechado de inicio, citrinos verdes, carga mineral, salino, pedra lascada, fresco. Na boca mostra boa textura, com untuosidade e volume muito interessante, acidez equilibrada, seco, fruta citrina e maça verde fresca, comprimento final longo.
Juntou-se à mesa com mestria com um Borrego, Ovo e Hortelã e com um Bacalhau, Puré de Couve Flor, Amêndoa e Romã.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Riberalves - No Reino do Bacalhau em Vésperas de Natal

A noite de Natal está quase aí. É tempo juntar a família à roda da mesa e servir o melhor bacalhau para uma noite especial. Nada pode falhar e por isso, fomos buscar o bacalhau directamente à fonte, ficando também a conhecer toda a viagem e processo pelo qual passa o bacalhau até chegar à nossa mesa. Uma viagem fantástica pela Riberalves
A Riberalves é uma empresa 100% nacional, referência Mundial na transformação de bacalhau. Fundada em 1985, a Riberalves focou a atividade exclusivamente no sector do bacalhau a partir de 1990, com a inauguração de uma primeira fábrica, em Torres Vedras. 
A partir de 2003, graças ao investimento numa nova unidade industrial, na Moita, hoje a maior fábrica mundial de transformação de bacalhau, a Riberalves estendeu a capacidade produtiva em 60% e tornou-se referência no desenvolvimento de um novo produto, capaz de responder às novas tendências de consumo: o Bacalhau Pronto a Cozinhar. Com uma produção de 25 mil toneladas anos, uma faturação a rondar os 150 milhões de euros e exportações que valem 25% das vendas, a Riberalves é referência num grupo que integra ainda as empresas AdegaMãe e Riberalves Imobiliária.

A marca Riberalves sempre se posicionou no mercado apostando na qualidade máxima dos seus produtos para que assim, ao comprar Riberalves, exista a garantia de compra do melhor bacalhau de Cura Tradicional Portuguesa existente no mercado. E a percepção da qualidade associada à marca começa logo nos primeiros passos que damos na fábrica da Moita quando nos é dito que bacalhau tem uma origem 100% selvagem e a pesca é monitorizada nos diferentes países de origem, assegurando-se assim a sustentabilidade da espécie. 
Outro pormenor ao qual não se pode fugir está relacionada com a capacidade de inovação da empresa. Nos últimos 15 anos a Riberalves é tida como referência Mundial na produção do Bacalhau Demolhado Ultracongelado – Pronto a Cozinhar, um produto que veio responder às novas necessidades do mercado e às novas rotinas das famílias portuguesas, bem como, igualmente, dinamizar a entrada em novos mercados internacionais.

Nos últimos anos a Riberalves investiu mais de 40 milhões de euros em tecnologia específica capaz de assegurar o desenvolvimento deste de produto e de todas as referências associadas. 
Na verdade, esta visita deveria começar a bordo de um barco de pesca do bacalhau dos mares do Norte, Islândia e Noruega, onde se pesca exclusivamente da mais nobre espécie, Gadus Morhua. E deveria ter começado aqui porque, ainda no país de origem, o bacalhau é escalado, sendo-lhe retirado 2/3 da espinha central e ganhando desde logo a forma comum como é conhecido.

Seguindo o método tradicional adoptado pelos portugueses ao longo dos séculos, o bacalhau é imediatamente colocado no sal, iniciando o processo de conservação e maturação no sal. O tempo de cura no sal é o que mais influência a qualidade do bacalhau. Estranho que na maioria do bacalhau vendido a granel não se aponte para esse factor.

O bacalhau Riberalves pode estar entre 4 a 12 meses em maturação no sal. Estes com mais tempo de cura são exemplares magníficos. 
Depois da cura é tempo de continuar o processo. O bacalhau é lavado para retirada do excesso de sal e colocado em processo de secagem. Hoje em dia, as câmaras com atmosfera controlada fazem o papel do Sol da antiga secagem a céu aberto. Desidratam a proteína da humidade excessiva.

Já seco, e apesar de algum do bacalhau ir para o mercado como o conhecemos, a Riberalves dá início ao processo de corte. Aqui começa o caminho para o bacalhau demolhado e pronto a comer. 
O bacalhau é então cortado nas mais variadas configurações de postas, consoante as diferentes necessidades dos consumidores e até, em casos específicos, efectuar cortes a pedido.

Corte feito, passagem à demolha através de um processo genial que garante uniformidade no processo, em água corrente, a temperatura controlada, consoante o tamanho e a espessura da posta. O ponto de sal é perfeito.

Daqui á Ultracongelação é um passo ou dois, é mesmo ali ao lado, que começa a ultracongelação a 40 graus negativos e concluída em 4 horas apenas. Deste modo, são preservadas todas as propriedades organoléticas do bacalhau e sem degradação da qualidade da proteína.

Segue-se um processo rápido de vidragem, que cria uma espécie de camada protetora para a posta de bacalhau, embalamento e envio para o mercado. Esta viagem pela Riberalves vai com certeza alterar a forma como comprarei bacalhau no futuro.

Nem sequer vou colocar em cima da mesa o facto da trabalheira que retiro de cima de mim, mas a qualidade do que como está assim garantida.

sábado, 21 de dezembro de 2019

Quinta do Ortigão 2010 Tinto

ORTIGÃO 2010 TINTO | BAIRRADA | 13,5% | PVP  4,80€
BAGA, TOURIGA NACIONAL
QUINTA DO ORTIGÃO SOC. AGRO-TURÍSTICA, LDA
16,5

O vinho deve ter a capacidade de surpreender e de dar prazer a quem o bebe. Quando assim é, o Vinho está de parabéns. Esquecida na minha garrafeira estava esta garrafa, desde quando nem importa, mas o fato de ser de 2010 aguçou a curiosidade. Foi para a mesa e descansou aberta por cerca de 30 minutos.
Cor vermelho intenso, média concentração, sem nota de idade, aspecto limpo. Nariz com a fruta vermelha e preta muito definida, fruta preta e azul, elegante, tostado muito leve e completamente ligado, boa especiaria e perfil fresco. Na boca está um jovem, cheio de garra, corpo e acidez em equilíbrio, fruta madura muito bem colocada, com imensa frescura e equilíbrio, notas de barrica bem ligadas, terminando longo.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Teixuga 2014 Branco

TEIXUGA 2014 BRANCO | DÃO | 14% | PVP  41€
ENCRUZADO
CAMINHOS CRUZADOS, LDA
17,5

Esta é a segunda colheita do topo de gama branco do produtor do Dão. Pouco parece mudar. Continua a ser 100% da casta Encruzado, proveniente de vinhas velhas, com mais de 60 anos, com berço nos vinhedos da Quinta da Teixuga e com estágio de 19 meses em barricas novas de carvalho francês e outros 12 em garrafa.
Cor amarelo definido, intenso, com ligeiras tonalidades douradas, aspecto límpido e brilhante. No nariz destaque para a  fruta amarela de caroço madura, perfumado floral, notas de frutos secos, notando-se uma ligeira oxidação, notas de barrica presente, ainda à procura de integração completa, vai evoluindo no copo, cativante e desafiante. 
Boca volumosa, enche o palato, grande volume, boa  untuosidade em ligação com acidez acutilante, fruta de caroço madura e fresca, com as notas provenientes do estágio em barrica ainda salientes, à procura de mais algum polimento, mas mostrando desde já o caminho à sua frente. Final de boca longo e persistente.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Os Novos Terroir da Adegamãe Em Dia de 8º Aniversário

A celebração perfeita do 8º aniversário da AdegaMãe foi feita com o anuncio das novas edições dos topo de gama AdegaMãe Terroir Branco e Tinto. Chegaram os novos AdegaMãe Terroir Tinto 2015 e AdegaMãe Terroir Branco 2016!
Nascem das melhores uvas e parcelas das vinhas da AdegaMãe e, após estágio em adega, resultam da seleção das melhores barricas, aquelas que se impõem pela qualidade e diferenciação. São, por isso, vinhos exclusivos, únicos, que se destacam pela originalidade e complexidade e que nascem apenas nos anos verdadeiramente especiais.
E falando de momentos especiais, estando agora a celebrar o oitavo aniversário, a AdegaMãe propõe anuncia as novas edições dos seus topo de gama.

ADEGAMÃE TERROIR 2016 BRANCO | LISBOA | 13% | PVP 40€
VIOSINHO, ARINTO, ALVARINHO
ADEGAMÃE - SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
18
Resulta de uma seleção de barricas com vinhos de identidade 100% nacional, que se destacaram pela complexidade, integrando a frescura, mineralidade e salinidade tão característicos do terroir AdegaMãe. Agarrou-me desde o inicio, um branco sério, com um potencial de guarda imenso e com enorme versatilidade à mesa.
Cor amarelo citrino, esverdeado, aspecto limpo e jovem. Nariz intenso, fruta amarela de caroço, algum fruto seco, nota salinas evidentes, mar, pedregoso, mineral e com notas de barrica bem integrada. Boca com largura, texturado, untuoso, cremosidade, notas de fruta amarela sumarenta, fruta fresca, bela acidez, equilíbrio, fica em trabalho de boca, com a sua salinidade a marcar um final de boca longo.

ADEGAMÃE TERROIR 2015 TINTO | LISBOA | 14% | PVP 40€
TOURIGA NACIONAL, PETIT VERDOT
ADEGAMÃE - SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
18
Nasce daquela que foi, em termos globais, a melhor vindima de tintos realizada na AdegaMãe. Um ano de maturações muito equilibradas, proporcionando uvas de grande qualidade. Resultado? Um vinho tinto de grande elegância, a provar que, no terroir de Lisboa, também nascem tintos surpreendentes. Foi em crescendo. Mais tímido e fechado de inicio, mostrando vivo e mais falador com o tempo de garrafa aberta e com o arejamento em copo.
Cor vermelho intenso, concentrado, fechado, aspecto jovem e limpo. Aromaticamente mostrando a fruta vermelha e preta muito fresca e definida,  notas de barrica bem ligadas, integradas, nuances de folha de tabaco, balsâmicos envolventes, alguma resina e pimentas num registo fino e elegante. Boca com textura, vivaz, mastigavel, vigoroso, com um acidez equilibrada, a conferir elegância, tanino maduro, intenso, com a fruta em bom plano num conjunto pleno de harmonia. Termina longo e persistente.

Após a prova, a harmonização com os pratos do Chef André Cruz,o n.º 2 do Chef João Rodrigues no Restaurante Feitoria do Altis Belém, jogando cada um dos vinhos com cada momento que havia preparado.
Para o Terroir Branco o Arroz de Línguas de Bacalhau e a Dourada de Mar Assada, Estufado de Chuchu em Brunesa e Carabineiroe Cebolinho (imagens acima).
A maridagem com o Terroir Tinto foi feita com o prato de Cogumelos Selvagens, Espargos e Gema e com o Lombo de Novilho, Mão de Vaca e Esparregado (imagens abaixo).

Ligações perfeitas. Pareciam feitos e pensados já há muito tempo e agora, finalmente, encaixaram à mesa.

Para terminar, e como nenhum aniversário pode passar sem serem cantados os parabéns, lugar às palmas e desejos de vida longa à AdegaMãe.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Wish Restaurante & Sushi - Porto

Fomos ao Porto e aproveitámos para ir conhecer este restaurante e o menu vencedor do concurso gastronómico Tejo Gourmet que tem por objectivo divulgar a qualidade dos vinhos do Tejo e da restauração regional e nacional.
O menu, composto por entrada, prato principal e sobremesa, é apresentado com uma sugestão de vinhos do Tejo, revelando assim aos clientes de cada restaurante participante, a potencialidade e versatilidade dos vinhos desta região à mesa.

Noite fria, sala acolhedora e reconfortante. Luz baixa, mas não em demasia, em cima da mesa composição muito simples, sensação de espaço, sentimo-nos bem. 
Atendimento atencioso na sala, muito cuidado em esclarecer cada prato e cada ligação ao vinho. Liliana Alho acompanhou-nos de forma exemplar. Percebe-se a paixão que tem no que faz e mais concretamente na vertente dos vinhos. Assim sim. Alguém que percebe de vinho num restaurante, que consegue transmitir esse conhecimento numa linguagem percetível e que nos faz beber vinho.

Iniciou-se o menu. Como entrada Vieira Grelhada Com Compota de Tomate, Ragoût de Cogumelos e Espuma de Ervas harmonizado com o branco Quinta da Alorna Arinto & Chardonnay Reserva de 2016. O vinho, servido no copo acertado, casou na perfeição com a delicadeza da vieira, os seus tostados leves, o toque terroso do cogumelo e da espuma de erva e a balancear muito bem a compota de tomate. Difícil, mas conseguida. As vieiras, no ponto, pareciam manteiga no corte.

De seguida o prato e a ligação que me fez aparecer aquele brilhar no olhar. Por um lado, a simplicidade aparente do prato, por outro, a coragem de trazer até à mesa um Pinot Noir que, embora não sendo o 2012 com que foi pensado o menu, maridou com o prato de forma excecional.
No prato o Bife de Atum Braseado Com Tagliatelle de Legumes e Vinagre Balsâmico mostrou a mão certeira do Chef António Vieira. Atum braseado no ponto, intensidade de sabor, harmonia de cada ingrediente, um conjunto muito bem pensado e executado. Só por si vale a visita. O vinho trouxe a companhia ideal para estes sabores mais asiáticos. Muita leveza e elegância.

O último momento trouxe a sobremesa, um Mil Folhas de Banana Caramelizada, Com Gelado de Caramelo e Pipoca Toffee com a companhia do abafado Quinta da Alorna 5 Years. Ligação mais uma vez no ponto. O abafado parece completar o prato, parece feito para estas notas de caramelo, o toffee da pipoca e o adocicado da banana. Mantendo uma vivacidade ao longo da mesma com frescura.

Três momentos muito bem conseguidos e que tanto deixam a curiosidade desperta para os vinhos do Tejo como para voltar ao restaurante mais tarde e conhecer uma pouco mais da sua oferta. Sem dúvida a regressar.

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WISH RESTAURANTE & SUSHI
Tipo de Cozinha: Cozinha de Autor, Portuguesa, Mediterrânea, Sushi
Copos de Vinho Adequados: Sim
Vinho a Copo: Sim
Estacionamento: Sim.
Horário de funcionamento: Domingo a Quinta-feira: Das 12:00h – 24:00h; Sexta-feira e Sábado: Das 12:00h às 01:00h
Preço Médio p/ Refeição: 35€

Morada: Largo da Igreja da Foz, 105/107 4450-400 FOZ DO DOURO
Telefone:  +351 226 100 727 / +351 223 196 831
Mail: lilianalho@gmail.com 
Na net: Wish Restaurante & Sushi