SYRAH
PAUL JABOULET AÎNÉ
18
A passagem dos longos anos de adormecimento em garrafa acalmaram a exuberância e maior rebeldia com que deve ter saído para o mercado à cerca de 15 anos e, apesar da colheita de 2007 não ser uma das melhores do produtor, confirma que este vinho só começa a valer a pena após 10 anos de vida. Aberto com algumas horas de antecedência, não beneficiou da temperatura um pouco acima do ideal no início de prova, revelando-se à medida que ia abrindo no copo.
Será presença de luxo numa mesa onde a carne, nas suas mais variadas "formas", se faça representar no prato, embora o veja como tiro certeiro para assados no forno ou peças de caça de pelo.
Este produtor francês tem uma das mais longas histórias entre produtores de vinho e comerciantes de vinho do mundo. Fundada originalmente em 1834 por Antoine Jaboulet no Vale do Rhône Norte, a empresa atualmente pertence à família Frey, que possui inúmeras propriedades dedicadas à produção do vinho, representadas por diversas marcas no seu portfólio.
Cor vermelho com tonalidade atijolada, casca de cebola, média concentração, luminoso e mais aberto, aspecto límpido, dando nota de alguma idade. No plano aromático revela ainda muita frescura, oferecendo num registo mais subtil e tímido a fruta preta madura, cereja e alguma ameixa, pincelada floral, fino fumado, alguma torrefação, café, componente de bosque, cedros, pitada vegetal fugaz, especiado exótico envolvente e desafiante. Boca de volume médio, envolvente, textura macia e aveludada, mostrando vivacidade, mas já sem arestas, com secura gradual, prolongada, deixando a fruta preta continuar a marcar presença, cheia de sabor e de tanino polido e sedutor, sem ser pesado, mas elegante e equilibrado. O final de boca é longo e persistente.

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