VIOSINHO, GOUVEIO, ENCRUZADO, BLEND 14 CASTAS
PAULO ALEXANDRE TEIXEIRA COUTINHO
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Apresenta-se de forma oficial como um rosé, mas na verdade está muito longe de o ser e, verdadeiramente não o é. Pode parecer complicado, mas na verdade, como o Enólogo Paulo Coutinho prefere defini-lo, estamos perante um Blanc de Noir Orangée e, neste caso, não tenho dúvidas, um dos melhores que se podem encontrar com berço em território nacional.
O vinho é uma fusão de duas parcelas, uma fusão entre a frescura da uva branca produzida na Vinha do Borrajo, uma parcela jovem plantada em altitude (650 metros), com a complexidade aromática e estrutura da uva tinta produzida na Vinha da Fonte, uma parcela que tem 30 anos e encaixada no Vale do Rio Pinhão a 480 metros.
Comportamento de excelência à mesa, tanto na ligação com pratos de peixe de maior complexidade e gordura, conservas de peixe e frituras, como também com carnes grelhadas e churrascadas de verão, onde até será onde se mostra mais seguro.
Cor laranja intenso, salmão brilhante, aspecto límpido e cativante. Desconcertante no plano aromático, exuberante, cheio de fruta fresca, muito citrino, toranja, fruto vermelho de bago, silvestre, alguma fruta de polpa amarela madura, traço floral envolvente, apontamento salino e pedregoso, rico e desafiante. Na prova de boca continuamos nesta viagem incrível, acidez vibrante, seco, tensão,, citrinos amargos, laranja, bergamota, toranja, puxa o palato, puxa por comida, pede, suplica, preciso e de harmonia brutal, que nos impele a beber. Final de boca longo, parece sem fim à vista.

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