sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Quinta dos Abibes Sauvignon Blanc 2023 Branco

QUINTA DOS ABIBES SAUVIGNON BLANC 2023 BRANCO | BAIRRADA | 12,5% | PVP  14€
SAUVIGNON BLANC
QUINTA DOS ABIBES VITIVINICULTURA, LDA
16,5

Um sauvignon blanc bem feito, muito afinado e preciso, dando foco à fruta e a um conjunto harmonioso, com acidez vivaz e com um perfil que prefere a mesa onde os pratos de peixe e marisco sejam abundantes. Uma escolha acertada e democrática.
Cor amarelo citrino com leves nuances esverdeadas, luminoso, aspecto límpido e jovem. Nariz expressivo, revelando a fruta tropical e fruta de polpa amarela maduras, abacaxi, maracujá, alperce e pêssego, pitada citrina fresca, componente vegetal precisa, equilibrado. Na prova de boca mantém o sentiudo de precisão,  elegância e fruta bem sumarenta e fresca, acidez vivaz, boa secura, muito directo e equilibrado, com término de boca longo e persistente.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Élevage 2022 Branco

ÉLEVAGE 2022 BRANCO | ALENTEJO | 13% | PVP  90€
ANTÃO VAZ, PERRUM
SOCIEDADE AGRO-PEC. HERDADE DO SOBROSO, LDA
18,5

Um branco do Alentejo para beber e não esquecer, nascido do terroir muito particular da Herdade do Sobroso, no qual o Guadiana tem importância capital, mas também o tem o solo franco-argiloso, garantes de frescura natural e elegância no perfil de cada vinho que se junta ao trabalho de excelência que tem vindo a ser desenvolvido nesta casa.
Está um assombro de elegância e equilibrio, num registo muito puro, onde todas as pequenas peças encaixam criando um quadro maior de amplitude, revelando a passagem de 12 meses por ânfora de forma delicada e precisa, presença de boca com dimensão e com um final sem término.
À mesa é um Senhor Branco, que não se escusa a desafios mais sérios, a uma tradicional sopa de cação ou a um cozido de grão para apreciar num longo almoço com a melhor companhia.  
Cor amarelo tonalidade palha, luminoso, aberto, límpido e jovem. No nariz, com delicadez e finesse, solta notas de fruto de pomar e citrinos frescos, sem explosões ou exuberâncias desmedidas, pitada de flor branca, componente especiada mais exótica, fina camada de mel, cera de abelha, mineralidade em fundo. Boca de grande dimensão, texturado, macio, voltamos à impressão digital do terroir e da passagem por ânfora, carácter mineral, salino, fresco, acidez fina, prolongada, sem se preocupar com o tempo, fruta bonita, elegante, num conjunto harmonioso e de muita precisão, prazeroso e com final de boca a perder de vista.

As novas Estrelas do Guia MICHELIN Portugal 2025

Guia MICHELIN apresentou ontem, pela segunda vez consecutiva em Portugal e na cidade do Porto, a sua nova seleção de restaurantes para 2025. Uma cerimónia dedicada exclusivamente a Portugal e na qual foram anunciados todos os premiados distribuídos pelas diversas categorias, sendo a mais importante de todas a icónica Estrela MICHELIN.
Este ano houve mais novos estrelados (8) com a primeira estrela, mas ao contrário do ano passado não houve lugar a nenhuma nova distinção nas duas Estrelas e continuamos sem conseguir a derradeira terceira Estrela. Por outro lado, mesmo no campo das distinções tidas como "menores", também se verificou um decréscimo acentuado no número de novidades em relação ao ano transacto, algo que talvez não fosse esperado.
Embora feliz com quem este ano teve o seu trabalho reconhecido ao mais alto nível, não posso deixar  de confessar alguma desilusão e quase estado de conformado eterno com este cenário de aparente Numerus clausus. Portugal está de parabéns, mas sabe a pouco.

Guia MICHELIN Portugal 2025
2 Estrelas MICHELIN: 8 restaurantes
1 Estrela MICHELIN: 38 restaurantes (8 novos)
Estrela Verde: 6 restaurantes (1 novo)
Bib Gourmand: 28 restaurantes (5 novos)
Recomendados: 116 restaurantes (35 novos)

Os novos estrelados fazem brilhar mais as cidades de Braga (Palatial), Lisboa (Arkhe, Grenache, Marlene e Yõso), Porto (Blind), Vila do Conde (Oculto) e Vila Nova de Gaia (Vinha). 


DUAS ESTRELAS MICHELIN
8 restaurantes

Albufeira – Vila Joya
Funchal – Il Gallo d'Oro
Leça da Palmeira – Casa de Chá da Boa Nova
Lisboa – Belcanto
Lisboa – Alma
Porches – Ocean
Porto – Antiqvvm
Vila Nova de Gaia – The Yeatman


UMA ESTRELA MICHELIN
38 restaurantes com uma Estrela MICHELIN:

Almancil – Gusto by Heinz Beck
Braga – Palatial – NOVIDADE
Bragança – G Pousada
Cascais – Fortaleza do Guincho
Funchal – Desarma
Funchal – William
Guimarães – A Cozinha
Lagoa – Bon Bon
Lagos – Al Sud
Lisboa – 2Monkeys
Lisboa – Arkhe – NOVIDADE
Lisboa – CURA
Lisboa – Eleven
Lisboa – Encanto
Lisboa – EPUR
Lisboa – Feitoria
Lisboa – Fifty Seconds
Lisboa – Grenache – NOVIDADE
Lisboa – Kabuki Lisboa
Lisboa – Kanazawa
Lisboa – Loco
Lisboa – Marlene – NOVIDADE
Lisboa – SÁLA de João Sá
Lisboa – YŌSO – NOVIDADE
Passos de Silgueiros – Mesa de Lemos
Portimão – Vista
Porto – Blind – NOVIDADE
Porto – Euskalduna Studio
Porto – Pedro Lemos
Porto – Le Monument
Porto – Vila Foz
Reguengos de Monsaraz – Herdade do Esporão
Santarém – Ó Balcão
Sintra – Lab by Sergi Arola
Sintra – Midori
Tavira – A Ver Tavira
Vila do Conde – Oculto – NOVIDADE
Vila Nova de Gaia – Vinha – NOVIDADE


Foram também atribuídos os prémios MICHELIN Bib Gourmand para Portugal em 2025 que contam agora com um total de 28 restaurantes nesta categoria, 5 dos quais novos.

Alvados – Terruja / chef Diogo Caetano
Bragança – Contradição / chefs Óscar Geadas e António Geadas 
Lisboa – Canalha / chef João Rodrigues
Lisboa – Pigmeu / chef Miguel Azevedo
Porto – OMA / chef Luís Moreira


Glossário
O que é uma Estrela MICHELIN?
A Estrela MICHELIN é atribuída a restaurantes que oferecem uma experiência gastronómica excecional. São tidos em consideração cinco critérios universais: a qualidade dos ingredientes, a harmonia dos sabores, o domínio das técnicas, a personalidade do chefe expressa através da confeção e, não menos importante, a regularidade em todo o menu e ao longo do tempo.

O que é o Prémio MICHELIN Bib Gourmand?
É atribuído aos restaurantes com a melhor relação qualidade/preço (que oferecem uma refeição de três pratos a um preço razoável). O limite de preço para ser considerado para o Bib Gourmand varia de país para país, dependendo do custo de vida, mas os inspetores procuram a boa qualidade, onde quer que estejam no mundo.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Raríssimo 37 Anos Espumante Extra Bruto 2007 Branco

RARÍSSIMO 37 ANOS ESPUMANTE EXTRA BRUTO 2007 BRANCO | BAIRRADA | 12,5% | PVP  99€ 
ARINTO
TOTAL WINES - VINHOS DE PORTUGAL, LDA
Dègorgement 2023
18,5
 
Um espumante de homenagem para brindar às 37 colheitas de Osvaldo Amado. Feito 100% a partir da casta Arinto, uma variedade que Osvaldo Amado tão bem conhece e da qual nos tem feito chegar alguns dos melhores vinhos feitos a partir da mesma. A espumantização foi realizada pelo método clássico tendo depois ficado em estágio por 15 anos em garrafa sur lie, seguido por um período de 12 meses após o dégorgement até chegar ao nosso copo.
Estamos perante um espumante de excelência, rico e complexo, de equilíbrio notável entre a fruta e as notas de panificação, apontando à elegância e finesse do conjunto e preferindo ser aberto à mesa,  com pratos de assumida delicadeza ou, num registo de maior simplicidade, apenas com amêndoas torradas, sal e um fio de bom azeite só para lhe dar uma camada adicional.
Cor amarelo citrino, leve tonalidade esverdeada, bolha finíssima e cordão persistente, aspecto límpido e jovem. No nariz oferece notas de fruto citrino bem enleadas em notas de pastelaria, biscoitos de manteiga, pitada floral, fruto seco torrado e componente mineral em fundo. Boca expressiva, médio volume, alguma cremosidade, com espuma arejada, verdadeira mousse, num registo de muita finura, acidez bem vincada, limpando o palato a cada trago, final de boca longo e persistente.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Hugo Mendes Lisboa 2021 Tinto

HUGO MENDES LISBOA 2021 TINTO | LISBOA | 13,5% | PVP  12,90€
TOURIGA FRANCA
VOLÁTIL E EXÓTICO UNIPESSOAL, LDA
16,5

Mais uma colorida roupagem para mais um vinho do Hugo Mendes. Se o motivo era ser causa de distração em relação ao vinho ainda não foi desta que o conseguiu, embora, neste caso, até tenha perdido um pouco mais de tempo a reflectir acerca do quanto actual este rótulo consegue ser.
Num registo pouco extrativo e de frescura evidentes, tem na receita apenas a casta touriga franca, deixando brilhar a fruta vermelha e apontamentos vegetais, com feliz  integração das notas da passagem por barrica usada. Merece prato, proteína, carne grelhada ou peixe assado no forno, sendo um vinho bastante prazeroso até para uma apreciação a solo.
Cor vermelho rubi de média concentração, aberto, luminoso, aspecto límpido e jovem. No nariz oferece a fruta vermelha madura, morango e romã bem presentes, nota vegetal, tomateiro, pitada terrosa, bosque, baslsâmico fresco. Na boca a fruta vermelha continua a marcar o passo, contando a seu lado com acidez vibrante, que seca o palato e nos faz salivar, aninhado em textura macia, tanino discreto, conjunto equilibrado e com final de boca longo.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Quinta do Crasto Porto Vintage 2018

QUINTA DO CRASTO PORTO VINTAGE 2018 | PORTO | 20% | PVP  42€
VINHAS VELHAS, CASTAS TRADICIONAIS DOURO
QUINTA DO CRASTO, SA
18

Estamos perante um Porto Vintage ainda jovem, cheio de força e com todas as características de juventude que nos permitem pensar que vai continuar de boa saúde durante muitos e bons anos. Ainda denso na cor, com a fruta preta silvestre em destaque e bem casada com as notas de cacau e especiaria, apesar de mais polido e macio. Acompanhou um bolo de chocolate húmido, com recheio de frutos vermelhos com mestria, tanta que não sobrou nem vinho, nem bolo.
Visualmente ainda de cor vermelho denso e opaco, lágrima chorosa, emprestando ainda cor ao copo. No plano aromático, rico e complexo, oferece notas de fruto preto silvestre maduro, casado com perfumado floral bem medido, violeta e esteva,  com notas de cacau e especiaria fina, muito bem incorporadas, num bouquet envolvente, concentrado, mas harmonioso e fino. Possante na prova de boca, cheio e volumoso, textura macia e firme, doce integrado, fruta rica, concentrada, tanino compacto, denso, embora mais polido, evidenciando um registo de natural finesse e elegância que lhe garante frescura e um final de boca extenso, quase sem fim à vista.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Chateau Coutet 2020 Branco

CHATEAU COUTET 2020 BRANCO | BORDEUS/BARSAC (FRA) | 13,5% | PVP  46,60€
SEMILLON, SAUVIGNON BLANC, MUSCADELLE
LSOCIÉTÉ CIVILE DU CHÂTEAU COUTET
18

Classificado como Grand Vin de Sauternes, este 1er Grand Cru Classé, Barsac, é uma porta de entrada de excelência para o maravilhoso mundo do vinho doce, não fortificado, mas com a podridão nobre (Botrytis Cinérea) com o papel principal. Elegância e exuberância na mesma garrafa, doce bem medido, acidez fina, de excelência na ligação e equilibrio com os restante elementos. Há quem o prefira para sobremesa, mas começo a sorrir, cada vez mais, quando começo a refeição com ele tendo como companhia um bom foie gras, um paté de qualidade ou umas fabulosas iscas de cebolada. 
Cor amarelo de tonalidade dourada, aberto, luminoso, aspecto límpido e jovem. No nariz, o primeiro impacto revela bem o resultado da podridão nobre, fruta de pomar e polpa amarela desidratada, pêssego, alperce, componente citrina, casca de laranja, tangerina, bem enleada em notas de mel, especiado exótico, num registo elegante e fresco. Boca com textura de seda, aveludado, média densidade e sem untuosidade em excesso, com doce bem cortado pela sua  acidez fina e delicada, com profundidade, agarra o palato, vicia, final de boca longo e persistente. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Dona Paterna Reserva Alvarinho 2022 Branco

DONA PATERNA RESERVA ALVARINHO 2022 BRANCO | VINHO VERDE | 13% | PVP  24,50€
ALVARINHO
CARLOS ALBERTO CODESSO
18

Ao contrário do que possam pensar, por estarmos em pleno inverno, este Alvarinho, um branco da região dos Vinhos Verdes, assaltou-me de prazer em plena tormenta invernosa, num chuvoso e frio domingo, primeiro a solo e depois na companhia de um caldoso e reconfortante arroz de bacalhau com grelos. Que maravilha, que vinho, que ligação brilhante. Elegante, com a fruta numa perfeita ligação com as notas da passagem por barrica de carvalho francês, fruta alegre, tudo prazer. 
Cor amarelo citrino luminoso, leve tonalidade palha, límpido e de aspecto jovem. Elegante e fino no plano aromático, muita delicadeza e pormenor, fruta tropical, de pomar e citrino maduros, equilíbrio e casamento feliz com as notas da passagem por barrica, sem mácula, adicionando camadas e complexidade, componente salina e pedregosa em fundo. Boca com largura e profundidade, boa textura, macia e salivante, acidez citrina, com boa tensão e prolongamento, cheio de sabor, harmónico, com término de boca longo e persistente.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Anselmo Mendes Contacto 2023 Branco

ANSELMO MENDES CONTACTO 2023 BRANCO | VINHOS VERDES | 13% | PVP  9€
ALVARINHO
ANSELMO MENDES VINHOS, LDA
17,5

A Food & Wine elegeu recentemente este vinho como Melhor Branco do Mundo, justificando a escolha principalmente pelo seu preço e o que este oferece nesse patamar, deixando também a confidência o prazer que deu a beber aquando da passagem por terras lusas. 
Se é mesmo o melhor vinho branco do mundo? Tenho as minhas dúvidas, até porque o melhor do mundo em qualquer coisa acaba por ser muito subjectivo, aliás, na minha opinião, Anselmo Mendes assina outros vinhos bem superiores ao Contacto, no entanto, é sempre bom ver o vinho português e a casta alvarinho aparecer com este tipo de destaque numa publicação com este prestígio. 
Influencia o consumidor fora de portas, mas também aporta curiosidade ao consumidor interno. Assim, como reconheço o potencial de guarda do vinho, fugi à tentação de mexer na garrafeira e fui bebe-lo à mesa na Tendinha, onde ainda há muitas garrafas, em companhia de um prato de presunto ibérico  devidamente fatiado e camarão cozido. Não será o melhor do branco do mundo, mas é um grande vinho branco do mundo. 
Cor amarelo citrino intenso, leve esverdeado, luminoso, aspecto límpido e jovem. Elegante e delicado de aromas, mostra bem a fruta tropical bem arrumada junto das notas de fruto de pomar e citrino maduros, componente minareal vincada, salino e fresco. Boca de volume médio, textura macia e fina cremosidade, acidez crocante, envolvente, deixando sair a fruta cheia de sabor, leve tensão que nos cativa os sentidos, muito preciso, com final de boca longo e persistente.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

M.O.B. Gauvé 2015 Branco

M.O.B. GAUVÉ 2015 BRANCO | DÃO | 13,5% | PVP  54€
VINHAS VELHAS
MOREIRA, OLAZABAL E BORGES, LDA
18,5

No último par de meses tive o privilégio de poder beber este vinho em três ocasiões diferentes. Quando estamos perante um branco gigante do qual apenas se produziram 750 garrafas (informação no contra-rótulo) temos mesmo de aceitar que, pelo menos no vinho, se está com alguma sorte.
Números à parte, este M.O.B. Gauvé, nasce de uma vinha centenária com esse nome situada em Gouveia, com a curiosidade de ser o nome original dessa localidade. Beneficia de solo granítico, do clima frio da Serra da Estrela e da mistura de castas tradicionais do Dão presentes na mesma. Magnifica a forma como estes três enólogos com origens durienses nos fazem chegar um vinho com a expressão de delicadeza, elegância e profundidade tão típicas de um puro Dão.
Encontra-se num momento de forma incrível, mantendo um registo marcado pela mineralidade do perfil, pedregoso, destacando-se a sua elegância, riqueza e complexidade, sendo com mestria que se junta à mesa com pratos de igual complexidade e natureza. O bacalhau bem regado com azeite, uma cataplana de tamboril e mariscos ou um queijo de pasta mole Serra da Estrela. 
Cor amarelo citrino com leve tonalidade palha, límpido e ainda com pouca nota da passagem do tempo. Elegante no plano aromático, fruta de pomar e citrinos maduros, pitada floral, notas da passagem por barrica bem ligadas, ligeiro amanteigado, com camada mineral a juntar-se ao conjunto harmonioso e rico. Impressionante de boca, com juventude notável, textura macia, envolvente, untuosidade bem medida, acidez vivaz, boa tensão e comprimento, componente salina e mineral lado a lado com fruta, precisão e amplitude, com término de boca longo e persistente. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Mainada Baga 2021 Tinto

MAINADA BAGA 2021 TINTO | ALENTEJO | 14% | PVP  24€
BAGA
MAINOVA SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
17,5

A baga, casta ícone da região da Bairrada, habituou-me a olhar para ela como só podendo satisfazer o meu íntimo vínico quando proveniente dessa região que adoro. Contudo, nos últimos anos, a baga começou a saltar muros com mais frequência e a aparecer a solo também noutras regiões vitivinícolas do nosso País. Do Alentejo têm chegado os vinhos que mais me têm surpreendido neste sentido, continuando a mostrar uma baga que, ainda que diferente da nascida no seu berço de eleição, tem mantido um registo de frescura notável, fruta muito bonita e definida, mostrando carácter e personalidade únicas. 
Este Mainada aponta nesse sentido, fruta imersa em notas mais terrosas e especiadas, perfil fresco e airoso, encontrando boa companhia nos pratos regionais mais complexos, sejam ele uma Sopa de Cação ou um Cozido de Grão à Alentejana.   
Cor vermelho rubi de média concentração, luminoso, aberto, aspecto límpido e jovem. No nariz notas de fruta vermelha madura, muito fresca e alegre, lado a lado com componente terrosa, chão molhado pelas primeiras chuvas no final de verão e especiaria bem medida. Na boca oferece uma experiência muito neste registo de frescura da fruta vermelha e das notas mais terrosas, médio volume, tanino polido, amplitude de boca mais generosa, com final longo e persistente.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Quinta da Carregosa Vinhas Velhas Reserva 2017 Tinto

QUINTA DA CARREGOSA VINHAS VELHAS RESERVA 2017 TINTO | DOURO | 14,5% | PVP  22€
VINHAS VELHAS
CARREGOSA VINHOS, LDA
16,5

Chega ao copo, como se impunha, a uma temperatura um pouco mais baixa que o habitual, por forma a evitar que, uma subida mais rápida da temperatura, lhe fosse subir também a sensação de álcool e fruta mais compotada. Será o que costumo chamar de tinto de inverno, daquele mesmo frio, e que normalmente casa bem com pratos de carnes vermelhas.  
Cor vermelho rubi de média concentração, nuances violáceas, límpido, de lágrima escorreita, aspecto jovem. No nariz surge com a fruta vermelha e preta maduras num plano elevado de exuberância, notas compotadas, baunilha, chocolate, especiarias, nota fresca em fundo, pitada de hortelã. Boca pujante, cheia de vida, garra, macio de textura, acidez equilibrada, mostrando, mais uma vez a fruta madura e cheia, tanino polido, mas presente, conjunto largo, denso, algum calor, final de boca longo.

Caves São João Reserva 1982 Tinto

CAVES SÃO JOÃO RESERVA 1982 TINTO | BAIRRADA | 12,1% | PVP  31€
BAGA, TOURIGA NACIONAL
CAVES SÃO JOÃO - SOCIEDADE DOS VINHOS IRMÃOS UNIDOS, LDA
17

Esta publicação não é relativa a um novidade, a uma nova colheita, mas podia ser, tal é a forma com que se apresenta este vinho já nos seus 42 anos de vida. Durante a mais recente tentativa de arrumação da garrafeira lá apareceu uma caixa com elas. Enroladas em papel vegetal. Tinha de abrir uma o quanto antes.
A oportunidade surgiu ainda durante a semana da arrumação. Um almoço que prometia pernil assado no forno ou uns lagartos de porco preto. Pareceu-me adequado. Pelas 11:00h saltou, por fim, a rolha, com alguma dificuldade, todavia inteira. Aspecto reduzido, velho e com, mais ou menos, cerca de 60% dela com aparência de estar embebida no néctar. Ainda assim, com densidade suficiente para aguentar o Durand cá da casa (saca rolhas nomal + saca rolhas de pinças).
Assim que aberto chamou desde logo à atenção pelo aroma, prometia. Procedi a uma decantação lenta e sem porrada, limpou e não havendo sujidade na garrafa, voltou para a mesma. Descansou. Pelas 12:30h lá foi para o copo. Cum c#$%&/?!!! Como é possível? Disto já não se faz. 1982? Voltei a olhar para a garrafa e reparo que na linha abaixo do ano de colheita se indica 12,1º de álcool... e anda para aí vedetas a dizer que com baixa graduação o vinho perde capacidade de envelhecimento. Não me moam!
Cor vermelho rubi média concentração, mais aberto e luminoso, tonalidade tijolo, aspecto cativante. No nariz evidência ainda a presença da fruta vermelha e preta, fruto de bago, ginja macerada, pincelada floral, compenente de bosque fresca e envolvente. Boca segura, vivaz, textura macia e aveludada, mas mostrando ainda algum nervo, com secura bem medida, gradual e com a presença da fruta a juntar-se sem mácula. Tanino polido, o tempo aparou o que havia para aparar, sem lhe retirar presença, conjunto uno e harmonioso, com final longo e prazeroso.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Quinta da Boavista Vinha do Ujo 2017 Tinto

QUINTA DA BOAVISTA VINHA DO UJO 2017 TINTO | DOURO | 14% | PVP  125€
VINHAS VELHAS
SOGEVINUS FINE WINES, SA
18

A vinha do Ujo foi plantada em data anterior ao seu registo, em 1930, e as suas mais de 25 castas espalham-se por pequenos patamares horizontais pré-filoxéricos, com exposição a norte, traduzindo uma diversidade só possível de encontrar em vinhas tão antigas.
Um vinho pelo qual é fácil cair em paixão, com um lado sedutor que nos agarra desde o inicio e que nos leve por um Douro e vinha com história, marcando com mestria a sua presença à mesa com pratos de carnes vermelhas e caça.
Cor rubi intenso, média concentração, tonalidade violácea e lágrima escorreita, aspecto límpido e de tez ainda jovem. Plano aromático rico e complexo, num registo de muita elegância e delicadeza, oferecendo a fruta vermelha e preta maduras, com o calor e o lado compotado do perfil num ponto de equilíbrio  notável, bem casadas com as notas da passagem por barricas de carvalho francês por longos 18 meses, balsâmico envolvente e fresco, componente especiada,  algum mato seco, pinhal, caruma verde, leve químico, nota aromática arejada e refrescante. Arrebata na prova de boca pela harmonia das partes num conjunto elegante, gracioso, sedutor e prazeroso, macio e aveludado de textura, secura fina, prolongada e consistente, cheio de pequenas coisas que o enriquecem, fruta bonita, com um Senhor tanino, embora não intrusivo, término de boca longo e persistente. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Aires: Viagem pela Gastronomia Argentina no Monte Estoril

A
Argentina passou a estar mais perto a partir do momento em que o Aires Restaurant abriu portas em plena centro do Monte Estoril, a dois passos do Jardim dos Passarinhos. Uma verdadeira homenagem à cultura gastronómica deste País símbolo de paixão, abraçando comida, vinho, música, dança, família e amigos num espaço sofisticado, mas ao mesmo tempo aconchegante, que nos deixa de sorriso aberto assim que adentramos o espaço.
 
{Couvert: Chips de Pão Caseiro e Tortilha Andina Grelhada. Maionese de Aipo, 
Paté de Beringela e Tomate}
A Chef Marianela Ramadan aceitou o desafio de liderar a cozinha e ajudar os proprietários a gerir o restaurante e criando uma ementa onde, para além do tradicional Asado com os melhores cortes argentinos, constam também pratos de tradição andina, gaúcha e patagónica sempre com o toque pessoal da Chef. A sua conterrânea Gabriela Balbi é o seu braço direito e recebe cada cliente com um sorriso largo, dando-nos a mão nesta autêntica viagem pela gastronomia argentina, partilhando a sua vivência e fazendo com que entremos nas suas memórias de infância até chegar a cada prato que nos é trazido à mesa.

A carta de vinhos, apenas com referências argentinas, é uma longa e demorada aventura até chegar à decisão final. Percebe-se que a intensão é mais do que simplesmente ter vinho argentino, é trazer o vinho à mesa, em cada prato, rica, bem construída, com alguns dos icones do País e com muita referência desconhecida, mas abrangendo as diversas regiões, castas e tipos de vinho. Escolhemos uma vinho branco para começar o caminho, sugerido pela casa, desconhecido por nós, vencedor no copo. Com os pratos principais, com a carne como Rainha, a decisão recaiu sob um nome mais familiar. Ambas as escolhas mostraram o seu acerto na ligação aos pratos.
A ementa é um verdadeiro compendio de pratos argentinos, começando desde logo pelas entradas, cujos nomes não deixam de nos fazer brilhar o olhar, mas tinhamos de escolher e para a mesa veio o obrigatório Duo de Empanadas, composta por uma empanada de carne cortada à faca e uma empanada caseira de charqui gaucho, acompanhada de molho de tomate picante. Deliciosas!
Escolhemos também o Chorizo Al Plato, chouriço assado servido com molho crioulo clássico e fatia de pão caseiro com chimichurri. A curiosidade pela ligação dos sabores foi o mote para esta escolha, que não desiludiu. A terceira escolha foi a que causou mais surpresa, revelando ser um verdadeiro must taste nas entradas. As Mollejas Josper, moelas crocantes com emulsão verde de limão e salsa, conquistam desde o primeiro momento. Soubemos mais tarde que há clientes que por vezes se ficam só pelas entradas, mas na nossa primeira vez quisemos conhecer mais. 

{Duo de Empanadas / Chorizo Al Plato / Mollejas Josper}
De seguida as carnes. O momento da verdade. Optamos por dois registos completamente distintos, mas ambos de excelência. O Lomo de Novillo Argentino, trazido para a mesa no ponto pedido, sem mácula, de comer e fechar os olhos. Textura macia, sabor, conquistou a mesa sem dificuldade. Fizeram-lhe companhia os Champiñones a la Patagonia, Cogumelos inteiros perfumados com alho e azeitona e servidos com redução de frutos vermelhos. Os apontamentos terrosos e a fruta do bosque a gabharem pontos na harmonização.
 
{Lomo de Novillo Argentino}
 
 {Champiñones a la Patagonia}
As Costillas Patagonicas de Doble Coccion Al Malbec mostraram a ternura e sabor que o entrecosto com dupla cozedura, amaciamento em Malbec durante 6 horas e a finalização no forno Josper a carvão podem criar. Não é dificil perceber que a carne descolava do osso sem dificuldade e quase seria possível comer à colher. Sabor, sabor e mais sabor!
Uma dose generosa de Boniatos de Campo, nada mais do que batatas doces cozinhadas com pele, manteiga de salva e migalhas de queijo Roquefort espevitaram ainda mais as nossas papilas gustativas. A ligação doce vs salgado brilha.

{Costillas Patagonicas de Doble Coccion Al Malbec}
 
{Boniatos de Campo}
Na momento mais doce não podia faltar a tradição e a inovação. As Panqueques de Dulce de Leche, aqui com o twist das migalhas de mantecol junto com o gelado de nata trouxeram à mesa uma das sobremesas mais conhecidas deste País; por outro lado, o Volcan Aires trouxe a inovação num vulcão de chocolate negro com coração de chocolate branco e gelado.

{Panqueque de Dulce de Leche}

{Volcan Aires}
Sem dúvida alguma que é obrigatório voltar.

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AIRES RESTAURANT

Tipo de Cozinha: Argentina, Tradicional
Copos de Vinho Adequados: Sim
Vinho a Copo: Não
Estacionamento: Fácil (Pago e Gratuito)
Preço médio sem bebidas: 18€
Horários: Quarta-feira a Sábado das 18:30h às 23:30h
                Sábado das 12:30h às 15:30h
                Domingo das 12:00h às 16:00h
 
Morada: Avenida São Pedro, N° 8
              2765-446 ESTORIL
         
Telefone:  +351 934 453 242

Prémios Mesa Marcada revelam os Melhores do Ano 2024

O Centro de Congressos do Estoril acolheu, uma vez mais, a gala dos Prémios Mesa Marcada. Os cerca de 500 convidados presentes, vindos de todo o país, confirmaram o estatuto deste que é, já há 16 anos, uma das mais aguardadas cerimónias de prémios da gastronomia nacional.
Esta 16ª edição assinalou o regresso do domínio de João Rodrigues às distinções principais, facto que já se verificara várias vezes no passado, ao conquistar o 1º lugar tanto no ranking de chefes como no de restaurantes. A particularidade deste ano residiu no facto de o restaurante com que venceu, o Canalha, em Lisboa, não ser um estabelecimento de fine dining, mas antes um espaço mais acessível, que inclusive estava nomeado para o prémio Mesa Diária - categoria que venceu no ano passado. 
Na verdade, esta tendência teve início em 2023, quando o Prado - que este ano alcançou o 3º lugar - se tornou o primeiro restaurante não Michelin a conquistar o 1º lugar na categoria de restaurantes, feito inédito em muitos anos de história destes prémios dos "Preferidos" do Mesa Marcada.

 
Contudo, embora se note algum recuo do fine dining nas preferências do nosso júri, seria exagerado anunciar o seu declínio, uma vez que este estilo continua bem representado no Top 10 (imagem acima). A cozinha com personalidade (com maior ou menor intervenção na transformação do produto), uma certa artesanalidade, a excelência da comida (privilegiando o rigor, sem necessariamente exigir perfeição técnica), a empatia e, num segundo plano, o ambiente, o serviço de sala e os vinhos, reflectem as principais tendências nas escolhas do nosso júri. O painel alargado, que este ano reuniu um número recorde de 305 elementos, manteve a sua composição habitual, ainda que renovado, integrando chefs e outros profissionais ligados à restauração e hotelaria, bem como jornalistas, críticos, comunicadores e gastrónomos reconhecidos no meio.

Da análise do Top 10, destaca-se ainda a notável subida de 19 lugares do Sála de João Sá (de 29º para 10º), que lhe valeu o Prémio Especial Estrella Damm Restaurante Destaque do Ano. Igualmente relevante foi a ascensão de Nuno Mendes, que subiu nove posições até ao 6º lugar (era 15º), conquistando o Prémio Especial Makro Chefe Destaque do Ano, em reconhecimento do seu excelente trabalho na Cozinha das Flores, no Porto, e pelos primeiros passos dados no novo Santa Joana, em Lisboa.

O Prémio Especial Quinta dos Carvalhais Restaurante Novo do Ano foi atribuído ao Ciclo, de José Neves e Cláudia Abreu, um pequeno projecto na Mouraria, em Lisboa, ao estilo novo bistrot, com "ela recebe e serve, ele cozinha".

O renovado Prémio Especial Vista Alegre Chefe Revelação de 2024, redefinido este ano para distinguir chefs até aos 35 anos que tenham subido consideravelmente nas posições cimeiras ou entrado de forma expressiva no ranking, foi atribuído a Louise Bourrat. A jovem chef tem-se destacado no Boubou's, estabelecimento que conquistou também o Prémio Especial H.Blin Serviço de Sala do Ano, atribuído por um júri restrito de 34 pessoas ligadas ao meio.

Ainda entre as distinções decididas pelo painel alargado de júri destaca-se o Prémio Especial Queijo São Jorge DOP Mesa Diária, conquistado pela alfacinha Taberna Os Papagaios, de Joaquim Leal, um nome familiar nesta categoria por múltiplas distinções anteriores. Já a Queijaria, de Pedro Cardoso, arrecadou pela primeira vez o Prémio Especial Bom Sucesso Loja Gastronómica do Ano, galardão que nas três edições anteriores pertencera à Comida Independente. Mantendo o seu domínio, o festival Chefs on Fire, da Lohad, de Gonçalo Castel-Branco, conquistou pelo terceiro ano consecutivo o Prémio Especial Nutrifresco Evento Gastronómico do Ano.

Como novidade, este ano os Prémios Mesa Marcada instituíram uma distinção local: o Prémio Especial Restaurante do Ano Cascais. Este galardão, justificado por Cascais ser o concelho anfitrião dos prémios - e pela sua relevância gastronómica -, foi atribuído ao Izakaya, de Tiago Penão. O restaurante reuniu o maior número de votos de um júri composto por 35 pessoas da região ou com forte ligação à mesma, mantendo um perfil semelhante ao do ranking nacional: chefs, proprietários e outros profissionais do sector da restauração e hotelaria, jornalistas, comunicadores e gastrónomos locais.


Prémios Especiais por painéis de jurados especializados

Para além do Prémio Especial Restaurante do Ano Cascais e do Prémio Especial H.Blin Serviço de Sala do Ano, atribuído ao Boubou's, diversos painéis de jurados distinguiram outros profissionais do sector.

José Avillez conquistou o Prémio Especial Fagor Professional Empresário de Restauração 2024, através de um painel de 29 votantes de diferentes sensibilidades, maioritariamente empresários do ramo e directores de restaurantes, incluindo também fornecedores, jornalistas e gastrónomos que valorizam a função.

Na área da pastelaria, Sara Soares (Caos – O Futuro é Vegetal) destacou-se ao receber o Prémio Especial Roastelier by Nescafé Chefe de Pastelaria 2024, atribuído por um júri especializado de 41 pessoas, entre profissionais do sector e entusiastas. O Prémio Especial S. Pellegrino/Acqua Panna Escanção do Ano foi entregue a Pedro Escoto, o jovem sommelier do Feitoria, em Lisboa, numa votação que reuniu 45 votantes, principalmente colegas de profissão, jornalistas, clientes enófilos, produtores e outros profissionais ligados aos vinhos e à restauração.

Os estabelecimentos históricos também tiveram o seu lugar nos Prémios Mesa Marcada. O Prémio Especial Alugue Aqui Restaurante Clássico do Ano, destinado a casas com pelo menos 25 anos de existência, foi atribuído ao icónico Gambrinus, em Lisboa, fundado em 1936. O júri desta categoria integrou 35 chefs de cozinha que, em nome próprio ou dos seus restaurantes, figuraram nos '10 Preferidos' ou venceram prémios especiais do Mesa Marcada nos últimos cinco anos.

O Prémio Especial Studioneves de Sustentabilidade registou um número recorde de inscrições este ano. A consultora Grab a Doughnut, em parceria com a empresa de cerâmica de autor que dá nome ao prémio e o Mesa Marcada, analisou candidaturas nas categorias 'Ambiente Rural' e 'Ambiente Urbano'. Após um rigoroso processo de avaliação, que incluiu apresentação de provas, entrevistas online e visitas aos finalistas, o restaurante Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, voltou a vencer na categoria 'meio rural', enquanto A Cozinha por António Loureiro, em Guimarães, triunfou na categoria 'meio urbano'.

O Porto dominou as distinções dedicadas aos bares. O Prémio Especial Viriathus Drinks Bar do Ano foi atribuído ao Torto, de José Mendes, Daniel Poças e Vando Montenegro, enquanto o Prémio Especial Zwiesel Glas Bar de Restaurante do Ano distinguiu o Flôr, bar adjacente ao restaurante Cozinha das Flores, de Nuno Mendes, sob a direcção do bartender Jorge Morales. Estas duas novas categorias foram recebidas com particular entusiasmo pelo sector, tanto na fase de nomeações como na constituição do júri, que reuniu 43 elementos entre bartenders, proprietários de bares, profissionais do comércio de bebidas e entusiastas da área, incluindo jornalistas e comunicadores.

A cerimónia culminou com a entrega de duas distinções previamente anunciadas. O Prémio Especial Cutipol Carreira foi atribuído à chef Justa Nobre, reconhecendo o seu notável percurso de mais de 45 anos, em grande parte dedicados às várias incarnações do emblemático restaurante de família, O Nobre. A decisão coube a um painel de 32 chefs de cozinha que integraram o Top 10 ou foram distinguidos com prémios especiais do Mesa Marcada nos últimos cinco anos.

Este mesmo colectivo de chefs atribuiu também o Prémio Especial Maria José Macedo - Produtor / Fornecedor do Ano a Raul Reis, agricultor da Lourinhã que, resgatado à reforma, tem contribuído de forma singular para a valorização de um produto aparentemente simples, mas fundamental na gastronomia: a batata.

Por último, referir que este ano, a cerimónia estruturou-se em três momentos essenciais: uma recepção inicial para confraternização dos convidados, com snacks e bebidas no espaço dos expositores, a entrega dos prémios no auditório, a que se seguiu um jantar volante em formato de degustação, preparado por chefs de restaurantes de Cascais: Diana Roque, do Bougain, Gil Fernandes, do Fortaleza do Guincho, Frederic Breitenbucher, do Albatroz, e Nelson Soares, do Sul
[in press release]
Fotografia: DR

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Barroca da Malhada 2023 Rosé

BARROCA DA MALHADA 2023 ROSÉ | BEIRA INTERIOR | 13,5% | PVP  16,50€
BAGA, TOURIGA NACIONAL
BARROCA DA MALHADA SOC. AGRÍCOLA, LDA
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Estamos perante um rosé que se quer à mesa e que se afasta, claramente, das coloridas e abrasantes beiras de piscina. Mais corpolento, num equilivbrio feliz entre a fruta e as notas mais silvestres e de bosque, é um aliado de luxo em dias quentes para refeições mais complexas, salmão braseado, conservas de peixe, carnes grelhadas mais gordas, com sal como único tempero. 
Cor rosa salmão de tonalidade acobreada, reflexos luminosos, aspecto límpido e jovem. Nariz expressivo, fruta vermelha madura, morango, cereja, ginga, nota floral e fina camada levemente terrosa, bosque, perfil fresco. Boca com volume médio, textura macia, acidez expressiva, com bom comprimento, fruta vermelha madura, ligeiro herbáceo em fundo, com final de boca longo e persistente.