A Quinta das Carrafouchas, localizada em A-das-Lebres (Loures) era-me desconhecida até à bem pouco tempo. Sabia dos seus vinhos e pouco mais. Tive agora o prazer de a visitar e posso dizer que quem por ali passa junto ao murado cor-de-rosa não se apercebe do verdadeiro tesouro e potencial que por lá dentro fervilha. Quinta que serviu de casa ao General Junot durante as invasões francesas, paineis de azulejos lindissimos que remontam ao séc. XVIII, minas de àgua e bicas com verdadeiros pormenores de arte. Também a vinha nos chama a atenção. Esta vinha está licenciada desde 1932, embora só tenha começado a produzir em 1954, o produto resultante era vendido a granel ou na forma de uvas ou em vinho que era feito da forma tradicional. Por vicissitudes várias, o tempo do vinho parou retomando a sua elaboração no ano de 2008, fruto de um recente projecto de António Maria, um dos filhos da matriarca da casa, a actual vinha foi plantada há cerca de 10 anos, com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Arinto. Os primeiros vinhos a sairem para o mercado foi com a colheita de 2008, com um branco e um tinto, e já também no mercado a colheita de 2009 também com um branco e um tinto, pela mão do enólogo Hugo Mendes.
O projecto é muito recente e ainda se procura um caminho para o perfil dos vinhos e para a recuperação da própria Quinta, mas a qualidade existe, o potencial está presente e a paixão com que ouvimos António Maria falar deste projecto faz com que a minha expectativa se mantenha alta.
O projecto é muito recente e ainda se procura um caminho para o perfil dos vinhos e para a recuperação da própria Quinta, mas a qualidade existe, o potencial está presente e a paixão com que ouvimos António Maria falar deste projecto faz com que a minha expectativa se mantenha alta.
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