segunda-feira, 31 de maio de 2021

Quinta do Convento 2019 Branco

QUINTA DO CONVENTO 2019 BRANCO | DOURO | 13% | PVP  12€
RABIGATO, VIOSINHO, GOUVEIO, ARINTO 
KRANEMANN ESTATES, LDA
17

A fórmula é praticamente a mesma da primeira colheita de branco em 2018. Lá estão as castas brancas bem tradicionais do Douro e o Arinto com uma pequena participação, a enologia e o terroir do Vale do Távora. Revela mais corpo e untuosidade, mantendo toda a finess, elegância e traça mineral com que nos brindou na colheita de estreia.
Cor amarelo citrino intenso, tonalidade esverdeada aberta, aspecto límpido, jovem e brilhante. Aromas com a fruta de caroço em destaque, pêssego, alperce, ameixa amarela, bem acompanhados pelas notas florais de flor branca e um toque de pedra lascada, silex e pedra molhada. Conseguem lembrar-se daquelas chuvas de verão ao final do dia?
Boca com algum volume, untuoso e envolvente, com acidez  crocante, a secar, a puxar, a mostrar nervo, com a fruta, mais uma vez, em destaque, sumarenta, saborosa, num conjunto uno, harmonioso e com término de boca longo.
Na minha modesta opinião tem um potencial de guarda muito interessante, mas este fez companhia na perfição a pratos de cozinha asiática.

domingo, 30 de maio de 2021

Scylla 2017 Tinto

SCYLLA 2017 TINTO | DOURO | 15% | PVP 28€
TOURIGA FRANCA, TOURIGA NACIONAL
JEAN-HUGES GROS WINES UNIP, LDA
17,5
 
Chega do Douro e é o novo projecto que reúne dois amigos apaixonados pelo vinho e pelo Douro. Gil Regueiro, responsável pela comercialização dos vinhos da Quinta da Casa Amarela e Jean-Hugues Gros, conhecido produtor dos vinhos Odisseia e enólogo na Quinta da Casa Amaela. Objectivo será produzir vinhos de lotes pequenos e diferentes, seja pelas castas, pelo terroir ou seja pelo tipo de estágio e vinificação como é o caso.
Este Scylla é feito a partir de duas castas bem conhecidas no Douro, Touriga Franca e Touriga Nacional, mas envelhecido em cascos de carvalho francês e ânforas de barro. Curioso?
Cor vermelho rubi intenso, concentrado, aspecto límpido e jovem.No plano aromático destaque para notável elegância com que se apresenta, com uma fruta vermelha madura fresca e sem máscaras, estando depois ligada com em grande harmonia com algum floral bem medido e, num segundo plano, com as notas mais terroso, turfa húmida, bosque, apimentados e balsâmicos. Na boca mostra a sua estrutura e corpo alicerçado, mais uma vez, no equilíbrio e elegância demonstrada no nariz, um perfil mais rústico e seco, com uma acidez salivante, revelando a fruta bem bonita e fresca, abrindo e dando sempre mais à medida que lhe damos tempo de copo, terminado longo e muito sóbrio.


sexta-feira, 28 de maio de 2021

Restaurante Terraço Editorial - Lisboa

Parece que estamos a tocar no azul do céu de tão próximo que estamos. Apontando a vista mais abaixo percebemos o quanto bela é a nossa Lisboa. Que visão. Os telhados nunca me pareceram tão belos e as estradas tão sem transito. Um local de excelência para estar de bem com a vida.
Os dias de sol e calor estão à porta e depois de um período longo de confinamento, mais ou menos obrigatório, há que aproveitar lugares como este. Fica no topo do Edificio da Pollux e apanhamos o elevador até lá acima já dentro da própria loja. Parece estranho, mas é apenas um pormenor sem importância para o que nos espera. 
 
O espaço está acolhedor, espaçoso, transmitindo conforto e informalismo, dividido entre uma espaço interior e um espaço de terraço/esplanada exterior com uma vista maravilhosa para a cidade. Num único sítio temos restaurante, rooftop, bar, petiscaria e uma generosa biblioteca de 190 vinhos maioritariamente de pequenos produtores que prometem surpreender o mais atento enófilo. Convida a beber um copo de vinho com todas as condições e com uma lista de escolha tão vasta o problema é mesmo escolher.
 
A ementa não é muito extensa, o que me agrada pois não cria aquela sensação de "tudo e mais alguma coisa", não dispersa a atenção e com toda a certeza vamos ter à mesa o melhor. Mesmo assim a oferta é diversificada e criteriosa, o que ajuda na ligação aos néctares que podemos ter no copo.
À mesa começamos a aventura com uma Torradas Caseiras bem finas a servir de base para o Paté de Azeitona, Lima e Coentros Secos que serviram bem o propósito de começar a trincar qualquer coisa enquanto aguardavamos pelos pratos principais e que ajudaram a aumentar a expectativa em relação aos pratos principais. 
 
Como entrada quente uns surpreendentes e deliciosos Croquetes de Choco com Pó de Malagueta XXL que deixam vontade de repetir outra dose logo de seguida. Crocantes por fora, de recheio suculento e sabor intenso. 
 
Os pratos principais não demoraram. O Bacalhau Fresco com Batata a Murro, Espinafres e Limão foi o prato de peixe escolhido. Ligação soberba de todos os ingredientes, com o bacalhau fresco, de sabor menos intenso que o seco, a criar um prato equilibrado e ideal para os dias mais quentes. 
 
O Entrecote de Novilho Black Angus com Batata Frita e Legumes Grelhados brilhou, com não podia deixar de ser. A pergunta sacramental para este tipo de prato foi feita e veio para a mesa no ponto pedido. Destaco ainda a escolha dos legumes que fugiram dos habituais brócolos, cenoura e feijão verde. A batata frita, que prometi não comer toda por uma questão de saúde, desapareceu em pouco tempo.
 
Para o final de conversa a Mousse de Chocolate com Azeite e Flor de Sal. Textura e sabor à altura de todos os pratos apresentados. Tivemos azar com a telha de chocolate que, numa inesperada rabanada de vento nos levou o prazer de a provar.
O serviço é atento e simpático, sendo o pormenor das ementas também ele delicioso. O que nos calhou foi o Alice no País das Maravilhas e apesar de nenhum de nós responder por esse nome foi uma mravilha. A regressar em breve para conhecer mais alguns pratos.

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RESTAURANTE TERRAÇO EDITORIAL
Tipo de Cozinha: Portuguesa, Mediterrânea, Petisqueira
Copos de Vinho Adequados: Sim
Vinho a Copo:Sim
Estacionamento: Sim
Horário de funcionamento: Segunda-feira a Sábado: Das 12:00h às 22:30h;
Preço Médio p/ Refeição sem vinho: 15€

Morada: Rua dos Fanqueiros, Nº 276 8º Piso, 1100-204 LISBOA
Telefone:  +351 912 027 876
Na net: Editorial Terraço

terça-feira, 25 de maio de 2021

Matsu El Picaro 2016 Tinto

MATSU EL PICARO 2016 TINTO | TORO (ESP)  | 14,5% | PVP 8,90€
TINTA DE TORO
MATSU BODEGA VIÑEDOS ECOLÓGICOS, SLU
16,5
 
Este El Picaro, o jovem rebelde, travesso e trapaceiro, é o primeiro patamar de uma série de três vinhos do produtor espanhol, da região de Toro, chamado Matsu, que escolheu este nome pelo seu significado em Japonês significar Esperar. Saber esperar é uma virtude, ser paciente pelo que a natureza nos dá, ter respeito por ela e pelas pessoas que sempre deram tudo à vinha e ao vinho.
Um vinho que se destaca pela sua jovialidade, fruta vermelha sumarenta, frescura e alguma complexidade.
Cor vermelho rubi de média concentração, tonalidade ligeiramente violeta, aspecto límpido e jovem. Aromas com a fruta vermelha e preta em destaque, ameixa, amora, cereja, com alguma nota de alguma fruta mais macerada, toque de cacau e tostados leves bem ligados. Boca com volume, sem se apresentar denso ou corpulento em excesso, macio, polido, novamente mostrando a fruta sem disfarces ou máscaras, harmonioso, terminando longo e elegante.
Uma opção acertada para pratos de carne vermelha, sendo um tinto que se aguentará bem num daqueles churrascos com mix de carnes de verão.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Esporão Reserva 2017 Tinto

ESPORÃO RESERVA 2017 TINTO | ALENTEJO | 14,5% | PVP 14,90€
ALICANTE BOUSCHET, ARAGONEZ, TRINCADEIRA, CABERNET SAUVIGNON
ESPORÃO, SA
17,5
 
Já com a colheita de 2018 na calha para prova (acabadinho de sair) dediquei-me a relembrar a colheita anterior e, sem surpresa, a constatar que o tempo de garrafa só lhe fez bem e que este Reserva Alentejano tem tudo para uma guarda de sucesso. 
Considero-o um dos valores seguros, neste patamar de preço. Qualidade superior, consistência colheita após colheita, na minha lista de preferências desde a sua primeira colheita, isto é, 1985. 
Cor vermelho rubi intenso, média concentração, tonalidade jovem, aspecto límpido. Plano aromático complexo, com a fruta vermelha e preta madura nítida e fresca, em equilíbrio com notas de alguma torrefação, café, algum vegetal, balsâmico fresco, especiaria fina, pimentas, ligeiro fumado, notas de bosque, turfa levantada, respirante. Boca segura, com estrutura e textura mordiscável, revelando untuosidade e cremosidade, ao mesmo tempo que mostra garra e carácter, fruta bem colocada, de qualidade, fresca, com sabor, tanino polido, grande harmoia das partes e com um final de boca longo e persistente.
Leve este vinho para a mesa com pratos do receituário tradicional alentejano, pratos à base de carne, pratos com complexidade.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

DSF Colecção Privada Moscatel de Setúbal Superior 2002

DSF COLECÇÃO PRIVADA MOSCATEL DE SETÚBAL SUPERIOR 2002 | PENÍNSULA DE SETÚBAL | 17,5% | PVP 24,99€
MOSCATEL
JOSÉ MARIA DA FONSECA VINHOS, SA
17,5
 
Domingos Soares Franco continua a mostrar na gama Colecção Privada algumas das suas experiências enológicas que, não só são reveladoras do seu entusiasmo e paixão, como o resultado do seu génio. Neste Moscatel utilizou uma aguardente proveniente de Armagnac que lhe moldou o perfil com um carácter mais subtil e elegante, ao mesmo tempo que lhe garante complexidade e potencial de guarda enorme.
Visualmente de cor âmbar jovem, tonalidade acobreada, límpido e de aspecto jovem. Aromaticamente complexo, fruta passificada, uva branca, casca de laranja cristalizada, calda de figo seco, mel, amêndoa e noz torradas, toque de vinagrinho, fresco, harmonioso e envolvente. Boca com textura mordiscável, macio, aveludado, doce bem medido, com as notas de figo seco em calda agora mais marcantes, sempre num nível de frescura e elegância bem seguras pela sua acidez no ponto, longo, prazeiroso, final que se mantém por longos momentos.
Um opção de excelência para inicio de refeição a fazer companhia a frutos secos torrados ou à sobremesa com a maravilhosa Torta de Azeitão.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Prova Régia 2019 Branco

PROVA RÉGIA 2019 BRANCO | BUCELAS | 12,5% | PVP 4,79€
ARINTO
SOGRAPE VINHOS, SA
16
 
O Prova Régia, feito 100% a partir da casta Arinto, chega agora ao mercado com a sua nova vestimenta, pós aquisição pela Sogrape, que, parecendo que não, dá uma imagem ao vinho mais moderna e limpa. O vinho esse continua a ser um verdadeiro blockbuster na relação preço-qualidade. 
Cor amerelo citrino de tonalidade aberto e leves esverdeados, aspecto límpido e jovem. No nariz não esconde a casat com que é feito, revelando o fruto citrino maduro, casca de limão, toque de flor branca e envolvente mineral e salina. Na boca mostra algum volume, num registo bem interessante, com acidez limonada, bem colocada, sensação de frescura, aparecendo novamente o lado mineral e pedregoso, terminando longo e elegante.
O marisco cozido, peixe grelhado e as carnes brancas encaixam que nem uma luva neste perfil.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Marcado a Ferros Espumante Grand Cuvée Bruto Branco

MARCADO A FERRO ESPUMANTE GRAND CUVÉE BRUTO BRANCO | IVV (MESA) | 12,5% | PVP 19,90€
MALVASIA, CERCEAL, ARINTO, CHARDONNAY, MARIA GOMES
PEDRO AFONSO PIMENTEL PEREIRA
17,5
 
Este foi o primeiro vinho que provei do Pedro Pimentel, jovem Enólogo natural de Alcobaça, que tem lançado diversos vinhos para o mercado e a causar um certo buzz que me despertou a atenção. A oportunidade surgiu sem o esperar e logo com o seu espumante Grand Cuvée, com uvas da colheita de 2016, da qual fazem parte castas como a Malvasia, Cerceal, Arinto e outras do Dão com fermentação e estágio em barrica velha; e da colheita de 2017, que se juntam as castas Chardonnay e Maria Gomes da Bairrada, fermentação em inox com borras finas e 30 meses de garrafa. Como diz o Pedro Pimentel, "parece fácil". 
Visualmente de cor amarelo citrino de tonalidade aberta, bolha muito fina e persistente. Aromas delicados, sem explosões de exuberância, fruta citrina, maça reineta, casca de marmelo, juntando-se em boa medida, algum biscoito e notas de panificação, muita leveza e elegância. Na boca brinda-nos com uma espuma leve e arejada, perfil seco, mostrando-se mais uma vez com tudo bem medido, fruta no ponto, terminando num longo final.
Acompanhou à mesa um queijo de pasta mole, salada de polvo, presunto fatiado e uma bela conversa.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

In.fi.ni.tu.de Blend Tinto

IN.FI.NI.TU.DE BLEND TINTO | IVV | 13% | PVP 16€
PINOT NOIR, MERLOT
OSÓRIO & GONÇALVES, SA
17,5
 
As castas Pinot Noir e Merlot crescem sob influência de um microclima único, amadurecendo lentamente protegidas dos ventos Atlânticos e imersas, muitas vezes, pelas orvalhadas matinais e os verões sintrenses sempre tão bem temperados por aquela neblina quase que mágica, numa pequena vinha em Galamares, já afastada do chão de areia de Colares. 
A maior particularidade deste vinho reside no facto de ser um blend de anos de colheita. Neste lote, são eles os anos de 2012, 2015 e 2017. É obra! 
Cor vermelho rubi intenso, de tonalidade aberta, viva, pouca concentração e de aspecto límpido. No nariz revela uma fruta vermelha madura e fresca, morango, framboesa, bagas, com a companhia das notas terrosas, de cogumelos e fumados a mostrarem-se com algum destaque num conjunto onde o pinheiro, casca do pinheiro, óleo de cedro e as notas salinas frescas. Boca surpreende pela elegância  e frescura, com nervo, com uma acidez acutilante e a secar o palato, continuando a mostrar uma fruta em bom plano, frescura belíssima e um final de boca longo e persistente.
Um tinto para levar à mesa já este verão e colocá-lo à prova com umas sardinhas assadas ou uma carne vermelha na grelha.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Herdade do Moinho Branco Antão Vaz 2018 Branco

HERDADE DO MOINHO BRANCO ANTÃO VAZ 2018 BRANCO | ALENTEJO | 13,5% | PVP 39,90€
ANTÃO VAZ
RIBAFREIXO WINES, LDA
18
 
A gama Herdade do Moinho Branco é representativa dos vinhos mais icónicos do produtor de vinhos alentejanos Ribafreixo Wines. Vinhos nascidos no microclima da Vidigueira, mediterrânico, com grande influência Atlântica, verões quentes e secos e significativa variação de temperatura do dia e da noite. Um terroir reconhecido como sendo de potencial imenso para grandes vinhos brancos.
Cor amarelo citrino pálido, tonalidade mais aberta, aspecto límpido, brilhante e jovem. No nariz mostra-se, com muita elegância, a fruta tropical madura, acompanhada de citrinos bem medidos, onde a lima e a casca de laranja se revelam um pouco mais, algum froral envolvente, notas provenientes do estagário em barrica bem incorporadas, tendo ainda um salino, mineral a abarcar todo o conjunto. Boca com boa largura, volume médio, untuosidade equilibrada, acidez bem marcada, vincada, com a fruta a mostra-se, mais uma vez, em bom plano, sumarenta e elegante, num conjunto harmonioso e com final de boca longo e prazeiroso.
O seu papel principal apresenta-se à mesa, de preferência com pratos do receituário regional alentejano, mas, no fundo, sendo indicado para prato complexos de peixe, com alguma gordura, e para queijos de pasta mole aproveitando a sua intensidade.

terça-feira, 4 de maio de 2021

Mingorra Reserva 2016 Tinto

MINGORRA RESERVA 2016 TINTO | ALENTEJO | 14% | PVP 12,80€
TOURIGA NACIONAL, SYRAH, ALICANTE BOUSCHET
HENRIQUE UVA, SA
17
 
Um Alentejano que não engana. A partir do momento em que a garrafa é aberta os aromas que deixa escapar ditam desde logo a sua origem e a prova mais atenta e demorada apenas confirmam certezas. Complexidade aromática, fruta em plano de destaque, e na boca um vinho macio, com a fruta a mostrar-se novamente muito bem, acidez a pautar a nota de equilibrio, um valor seguro. 
Cor vermelho rubi intenso, média concentração, tonalidade mais aberta formando uma bonita auréola, aspecto límpido e jovem. Aromas com fruta vermelha e preta madura, amoras, ameixa preta, mirtilo, notas perfumadas florais, violetas, algum toffe, cacau, balsamico fresco, folha de tabaco, alguma especiaria, harmonioso e equilibrado. Boca com bom volume e corpo, macio e envolvente, com ligeira secura, a secar gradualmente, sem pressas, acompanhando a fruta bem sumarenta, fresca, mostrando tanino polido, num conjunto, reforço, pleno de equilibrio e um final de boca longo e peesistente.
Companheiro para um escabeche de perdiz, que se deixou envolver de forma harmoniosa, como também para uma carne de porco assada no forno e para pratos com estrutura e complexidade para estar ao seu lado.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

1000 Curvas Único Blend de Tempo #1 Branco

1000 CURVAS ÚNICO BLEND DE TEMPO #1 BRANCO | MINHO | 12,5% | PVP 24,50€
CHARDONNAY, ALVARINHO
CASTANHEIRA DE SANTA LEOCADIA SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
17,5
 
Um blend único de tempo aprisionado numa garrafa à espera que o destino o solte outra vez. As colheitas de 2015, 2016 e 2017 das castas Chardonnay e Alvarinho fazem aqui a sua magia para comemar os 5 anos desde o lançamento para o mercado do primeiro vinho do produtor. 
Impressiona a sua complexidade aromática à medida que o tempo de abertura da garrafa vai passando e o faz viver ao longo da prova. Ao mesmo tempo, mostra na boca uma harmonia, diria, quase perfeita, onde tudo bate certo, tal qual relógio suiço. E o tempo de garrafa vai continuar o seu trabalho.
Cor amarelo citrino intenso, tonalidade esverdeada mais aberta, límpido e brilhante. Tímido de aromas no inicio de prova, rapidamente começa a mostrar o seu lado frutado bastante diverso e complexo, com notas de fruto citrino e fruta de polpa amarela madura, assim como algum tropical e meloa madura. A flor branca também se junta ao bouquet, discreta mas presente, aprarecendo depois alguma panificação, bolacha de manteiga e um envolvente pedregoso. Desafiante. Apetece ficar, mas temos de seguir.
Boca com largura, acidez acutilante, a secar gradualmente o palato, com uma gordurinha e amanteigado bons, fruta sumarenta, citrinos na sua base, equílibrio notável, terminando longo e elegante.
Para quem tiver paciência ou mais uma garrafa, será interessante voltar a ele daqui a um ano ou dois. Um sono de beleza que lhe fará muito bem.