segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Monte Velho | Nova Imagem e Prova Vertical com David Baverstock

O Monte Velho tem cara nova. Este nosso velho conhecido, que nos tem acompanhada nos últimos anos, adoptou agora nos seus rótulos, a imagem standard do vinhos produzido pela Herdade do Esporão. Mais clean, elegante, directa e apelativa ao consumidor que procura também o aspecto estético da garrafa de vinho. Por outro lado, a fidelização do consumidor a uma única imagem e a sua ligação directa à Esporão pode assim ser efectivada.
O projecto de sustentabilidade social, económica e ambiental da Esporão tem também aqui visibilidade. Por exemplo, quer no tipo de papel utilizado nos rótulos, como também na caixas de transporte, nas garrafas mais leves ou em toda a gama de marketing criada para o Monte Velho.
Na apresentação das novas colheitas de Monte Velho 2012, que contou com a presença de João Roquette, CEO do Esporão, e David Baverstock, enólogo-chefe do Esporão, realizou-se uma prova vertical de colheitas anteriores harmonizadas com pratos tipicamente portugueses confeccionadas pela cozinha do Restaurante O Mattos em Lisboa.

Monte Velho 2012 Branco
Jovem nas nuances citrinas e esverdeadas da sua cor e com nariz bastante aromático e intenso a fruta citrina e tropical. Perfil fresco e directo. Na boca está pronto a beber, com frescura, acidez equilibrada e perfil frutado. Final de duração média e fresco.

Monte Velho 2011 Branco
A mudança de ano nota-se já na cor. Amarelo citrino mais expressivo e marcante. No nariz surge com boa intensidade, com florais exuberantes, manga madura e um certo melaço. Palato com frescura e acidez equilibradas, fruta sumarenta e boa estrutura.
Monte Velho 2010 Branco
Denota evolução na cor. Amarelos já com tonalidades palha seca. No nariz também aparecem algumas notas de evolução, mas com a fruta exótica ainda bem presente com bom equilíbrio de todas as partes. Na boca surpreende. Está compacto, coma acidez no ponto e muita fruta fresca. Nada cansado apresentando um bom corpo com ligeiro untuoso. Final que resiste e persiste.

Monte Velho 2008 Branco
Cor atractiva de amarelo com nuances douradas. Perfil aromático discreto, com notas de fruta seca, mel e fermento, pão levedo. Na boca mantém a acidez, está vivo, continua com fruta, bom volume e estrutura. Final persistente.

Monte Velho 2012 Tinto
Cor rubi, média concentração, nuances violetas. Nariz directo, com muita fruta vermelha madura, algumas notas fumadas e traço vegetal. Boa estrutura de boca, perfil frutado, vivo, macio e com final de boca longo e ligeiro travo vegetal.

Monte Velho 2011 Tinto
Mantém a palete de cor do 2012. Alterações pouco perceptíveis neste aspecto. No nariz continua com fruta vermelha madura, alguns especiados, com notas vegetais e frescura. Com volume de boca, muito frutado e boa acidez. Está no ponto.

Monte Velho 2010 Tinto
Nota-se agora alguma evolução na cor e alguma perca de concentração. No nariz a fruta vermelha continua a imperar, bem ladeada de especiados e vegetais em equilíbrio. Na boca menos volume e intensidade. Perde um pouco em relação ao anterior.

Monte Velho 2009 Tinto
Cor granada mais concentrado e mais denso que o anterior. Perfil aromático com muita fruta vermelha madura, frescura, equilíbrio e consistencia. Na boca está uma verdadeira surpresa. Vivaz, raçudo, com boa acidez e com tudo no sitio. Boa surpresa.

Monte Velho 2008 Tinto
Cor granada de média concentração. Muito expressivo no nariz, mais balsâmico e fruta madura em suporte. Bom volume de boca, taninos redondos, macios, frutado. Está muito bem na prova de boca.

Monte Velho 2007 Tinto
Na cor continuamos sem grande demonstração da idade avançada. Nariz com boa intensidade, a fruta vermelha e preta madura está bem presente e o toque vegetal e fresco complementam bem o mais adocicado da fruta madura. Na boca continua com muita vida, acidez vivaz, com fruta fresca e bom volume. Surpreende a longevidade deste tinto.

Monte Velho 2004 Tinto
Agora sim. Na cor notamos já um salto significativo na sua concentração. Menos concentrado e com nuances de evolução na cor. No nariz a fruta madura e fresca, sem grandes notas de aromas terciários, frescura e um vegetal mais seco. Boca que continua a surpreender. O tempo já se adivinha, mas continua em bom plano. Final mais seco do que os anteriores e mais curto.

O objectivo de testar a longevidade do  Monte Velho foi atingido. Interessante como tanto nos brancos, como nos tintos a qualidade é mantida e em alguns casos superada. Incrível como o Monte Velho 2008 Branco e o 2007 Tinto se encontram. Será que devo passar a fazer guarda de alguns colheita Monte Velho?

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