Após termos começado o dia com a vindima, e de seguida sermos brindados com uma prova de vinhos directamente das barrica e um vertical do emblemático Periquita, seguimos para um não menos marcante almoço acompanhado por algumas surpresas da casa e uma visita ao espaço onde tudo acontece antes dos vinhos da JMF chegarem às nossas casas.
Começando pelo almoço, com a gastronomia já tradicional do Bloggers Day, foram provados e bebidos os seguintes vinhos:
Lancers 2011 (Branco)
Cor amarelo pálido, límpido. No nariz mostra-se apelativo com aromas a fruta tropical e fresco. Boca com perfil fresco, frutado, macio, muito redondo e pronto a beber. O final continua fresco e frutado de comprimento curto. Ideal para iniciar uma refeição ou simplesmente... beber.
Classificação Pessoal: 75/100
Classificação Pessoal: 75/100
Pasmados 2008 (Branco)
No meu copo, apresenta uma cor amarela com reflexos dourados, embora houvesse alguma diferença de cor de garrafa para garrafa este branco estava muito seguro. No nariz notava-se o tempo, aromas mais quentes e doces, com alguma fruta seca, alguma complexidade. Na boca continuidade de alguma fruta seca, alguma fruta fresca ainda presente e um final seco a conferir-lhe algum longitude.
Hexagon 2005 (Tinto) *Garrafa Magnum*
Apresenta cor rubi, concentrado, ainda com poucas nunaces de cor a mostrar a sua idade. Aromas de boa intensidade a frutos vermelhos maduros, toque de especiarias, pimentas e um toque fresco, mineral, pedra. Na boca a conjugação da fruta e da especiaria é mais notada, o vinho cresce, bastante suave, muita frescura e vivacidade. O final de boca, persistente, torna-se guloso.
Classificação Pessoal: 88/100
Domingos Soares Franco Colecção Privada Tinto Cão 1999 (Tinto)
Cor granada escuro, com nuances de tonalidade acastanhada. No nariz surge bastante cru, muitas notas de couro, madeira velha, caixa de tabaco, folhas de tabaco. Na boca está de uma intensidade inesperada, com fruta ainda presente, mas mais marcado pelas notas especiadas e leve travo vegetal final. Final longo, persistente. Está brutal para o ano de 1999.
Classificação Pessoal: 82/100
Classificação Pessoal: 82/100
Domingos Soares Franco Colecção Privada Tannat 1999 (Tinto)
Mais um vinho especial e diferente. De uma casta pouco explorada por terras lusitanas. 100% Tannat. O mesmo ano do Tinto Cão anterior. O mesmo perfil de cor, muitos laivos acastanhados e nariz também com alguma presença de couro e especiarias, embora nesta caso a fruta passa com o figo e ameixa preta parece para fazer a diferença.Na boca voltamos também fruta preta como a ameixa, às especiarias e àquela sensação de caixa de tabaco, fumados e couro. Final persistente e duradouro.
Classificação Pessoal: 80/100
Classificação Pessoal: 80/100
José Maria da Fonseca Moscatel de Setúbal Apoteca 1934
Cor âmbar escura, concentrada no núcleo, e com ligeiros esverdeados no bordo do copo. No nariz começamos a perceber que estamos na presença de um vinho especial, agarra-nos por completo, ficamos presos às notas de mel, fruta seca e passa, ficamos presos no momento e queremos voltar admirar este perfume. Chegando à boca temos a certeza do quão especial é o vinho e o momento, é guloso, gula pura, e com um equilíbrio notável da acidez, com a fruta seca, o doce do melaço, da fruta passa, de um complexidade que nos arrebata.
Classificação Pessoal: 95/100
José Maria da Fonseca Moscatel de Setúbal Apoteca 1911
Continuamos para um ano ainda mais longínquo. O nível de satisfação sobe. É possível uma nota de prova de vinho como o Apoteca 1934 e este 1911 ou apenas e só bebe-los e apreciá-los?
Cor mais escura, acastanhada com nuances de verde azeitona. No nariz somos arrebatados por uma cmplexidade de aromas estonteante, com os frutos secos, o melaço, as avelãs tão presentes, figos secos, sempre em crescendo, em evolução. Boca untuosa, creme, corpo gordo e complexo. Aquelas nota a mel misturadas com toda a fruta seca eleva-nos e faz-me voltar à pergunta. Como descrever um vinho destes? Que prazer!
Classificação Pessoal: 97/100
Classificação Pessoal: 97/100
Depois foi tempo de visitar as instalações da JMF, desde o momento da chegada das uvas, passando pelas cubas de inox para fermentação e em alguns casos estágio, sistemas de refrigeração de apoio a todo o complexo e um primeiro olhar àquele que será o melhor vinho do Mundo e arredores feito a partir das uvas da nossa vindima. Um brinde à JMF pela disponibilidade demonstrada para com os Bloggers neste dia.
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