No passado dia 18, pela 19 horas na Wine O'Clock de Lisboa, foi dia de prova de vinhos com Cristiano Van Zeller. Cristiano Van Zeller tem já a sua marca na produção de vinhos do Douro, caracterizado pelo cunho pessoal e inovação que imprime aos seus vinhos que nada mais reflectem que a sua personalidade e prazer na produção destes verdadeiros néctares.
A prova começou por uma pequena introdução do próprio Van Zeller aos vinhos que iriamos provar e, por incrivel que pareça, até as terrivéis vuvuzelas foram chamadas à conversa antes da prova realmente começar.
Os vinhos a prova e preços na Loja Wine O´clock : Van Zellers Branco 2009 (8,75€), VZ Van Zellers Branco 2008 (24,35€), Rufo Tinto 2008 (8,75€), Van Zellers Tinto Reserva 2008, Quinta Vale D. Maria Tinto 2007 (24,50€), Van Zellers Rosé 2009 (8,75€), Vale D. Maria Reserve Porto (18,45€) e o VZ Porto Tawny 10 anos (18,95€). O Rufo 2008 ainda não se encontra à venda devido à aprovação do rótulo, mas não deve demorar muito a aparecer nas prateleiras da loja.
Quanto aos vinhos deixo de forma sucinta a minha singela opinião. Começámos pelo Van Zellers Branco 2009, de cor amarela bem clara e límpida, aroma citrino reconhecendo-lhe algumas notas de fruta mais doce. Na boca assume uma presença suave, de acidez reduzida e fresco. Um final de boca citrino. De seguida subimos na gama e surgiu nos nossos copos o VZ Branco 2008. Adorei o aroma. É bastante intenso, com muita fruta, abacaxi e alperce. Na boca demonstra ser mais complexo que o anterior, com equilíbrio e qualidade suficiente para fazer dele uma óptima escolha para uma refeição de Peixe grelhado. Passamos depois para os tintos com o Rufu 2008, um vinho com uma cor rubi bem definida, aroma com alguma intensidade a frutos vermelhos maduros. Na boca, apesar de uma nota inicial de adstringência, parece depois ganhar mais vida com o passar do tempo na boca e no copo. Taninos marcados e final de boca agradável. Continuámos com o Van Zellers Tinto 2008 Reserva que inicialmente, no nariz parecia quase não ter aroma. Achei estranho. Mas conforme foi abrindo começou a tornar-se mais presente e agradável a fruta vermelha bem madura. Na boca denota ser um vinho complexo, vivaz, de taninos bem presentes e com pujança para aguardar mais um tempo em garrafa. De seguida tivemos aquele que na minha opinião foi o melhor vinho da prova. O Vale D. Maria Tinto 2007. De cor purpura, no nariz apresenta um aroma intenso a fruta vermelha já bem madura, com notas de madeira e alguma baunilha. Na boca é uma maravilha. Taninos suaves, com corpolencia e equilíbrio, quase mastigável. É um vinho guloso e tem um final de boca muito prolongado. Depois provamos o Van Zellers Rosé 2009, um vinho jovem, de cor rosa/alaranjada clara e um aroma a fruta vermelha doce como a groselha. Na boca é fresco e de nível de acidez médio. Não há muitas notas de surpresa. É um vinho Rosé. Por fim passámos para os Portos. Primeiro o D. Maria Reserva, que segundo Van Zeller é um vintage, mas que assim não pode ser chamado. É bastante doce no inicio o que pode causar algum enfado, mas tem uma continuidade na boca muito boa. De seguida o VZ Porto Tawny 10 anos, menos doce que o anterior e mais equilibrado, sendo também uma boa escolha para quem gosta deste tipo de vinho.
Sem comentários:
Enviar um comentário