A Casa da Passarella tem sido, nos últimos anos, um dos produtores mais activos e dinâmicos da região do Dão. Para além da qualidade dos vinhos que tem vindo a lançar pela mão do seu Enólogo Paulo Nunes, cheios de personalidade, com um cunho muito singular e de apostas diferentes e até arriscadas, tem também revelado uma comunicação jovem e atraente e com desafios que normalmente surpreendem.
Assim foi neste caso. Na apresentação das novidades do produtor para este ano, nada como começar a noite por uma vertical, em garrafa magnum, do Casa da Passarella O OEnólogo Vinhas Velhas de 2008 a 2012.
Recordo que este vinho, apesar de agora custar cerca de 15€ (o que ainda assim é prova da sua excelente relação preço-qualidade), foi possível de comprar nas primeiras colheitas abaixo da nota de 10€. O que é só e apenas fabuloso!
A prova do Vinhas Velhas em garrafa magnum revelou um vinho com
uma capacidade de envelhecimento extraordinária. Mostra que há claramente um fio condutor que os liga a todos, quer seja pela frescura ou pela fruta, o facto é que nos apresenta um vinho de terroir e que no fundo mostra sem dúvidas que se trata da mesma vinha.
Das colheitas provadas a nota de destaque, em primeiro lugar, para o 2008. Surpreendentemente jovem, cheio de força, frescura e uma fruta muito alegre, bonita para a idade que tem. Depois, para mim o 2011. Incontornável. Está numa forma que até chateia. Chateia não ter mais garrafas em casa, chateia não ter nenhuma magnum, chateia. Volumoso, complexo, com aquelas notas mais vegetais e uma finess e frescura que nos agarram por completo.
Este é o tipo de momento que nos faz desejar ter um DeLorean na garagem!
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