A pouco mais de meia hora de Lisboa, mais precisamente em Torres Vedras, a Adega Mãe do grupo Riberalves, cresce dia após dia no cimentar da sua afirmação como produtor de Vinho.
As vinhas, que ocupam o espaço envolvente à adega, têm uma área de 30 ha, implantadas em solos argilo-calcários e influenciadas por um clima tipicamente atlântico atribuem aos vinhos produzidos um carácter fresco e cheio de personalidade.
Neste momento, as castas brancas ocupam 50% da área de vinha plantada. Sauvignon Blanc, Chardonnay, Arinto, Viosinho, Viognier, Riesling e Alvarinho representam as castas brancas e Aragonez, Caladoc, Alicante Bouschet e Syrah as castas tintas.
Na visita dedicada aos Wine Bloggers em que participei pude conhecer melhor o produtor, a Adega, as vinhas e, naturalmente, os vinhos. A Adega é uma infrastrutura pensada para se incorporar da melhor forma na paisagem circundante. Como que uma gaveta gigante que encaixa com perfeição na ondulação das colinas e que funciona como que moldura para o que a rodeia.
No interior, e efectuando um percurso desenhado para oferecer ao turista no seu programa de enoturismo, a percepção de tecnologia, modernidade, todas as condições necessárias para que todo o trabalho seja de excelência. A sala técnicas de provas é apenas uma das estrutura de qualidade onde nada foi deixado ao acaso.
A visita continuou com a prova das mais recentes novidades da Adega Mãe, na sala de prova já preparada para o efeito. Os vinhos provados foram os seguintes:
Cor amarelo citrino, aspecto leve e jovem. Aromas intensos a fruta citrina, com toques florais e mineral e com frescura. Na boca acidez no ponto, seco, perfil frutado, com notas minerais e algum salino. Final de boca persistente.
Adega Mãe Alvarinho 2012
Cor amarelo citrino com nuances esverdeadas. No nariz um alvarinho diferente, com fruta citrina, maça verde e muita mineralidade. Na boca nivel de acidez vivaz, com muita fruta ácida, maça verde, limão, lima e toranja.Final de boca com frescura e mineralidade. Diferente.
Adega Mãe Viosinho 2012
Cor amarelo citrino, com nuances mais amareladas e intensas que os anteriores. Perfil aromático mais vegetal, alguma folha de tomateiro, algum pimento verde e folha de figueira. O toque mineral continua em fundo. Na boca um branco com volume, fruta fresca citrina, seco, toque mineral e acidez equilibrada. Final persistente.
Cor amarelo citrino e aspecto jovem. Nariz elegante, fruta exótica com boa incorporação de citrinos leves. Na boca encontramos muita elegância, muita finess, com acidez alta e fruta sempre a acompanhar. Com 14,5º álcool e ninguém diria. Equilíbrio.
Adega Mãe Viognier 2012
Cor amarelo citrino mais pálido. No nariz ainda marcas da passagem por madeira, leves mas presentes, com traço vegetal, alguma folha de tomateiro e muito mineral. Na boca continuidade do perfil vegetal já presente nos aromas que o torna muito interessante e diferente. Cria aquela saliva que nos pede mais. Mineral e com algum volume, torna-se concerteza bom parceiro de gastronomia.
Cor granada, com traços purpura de violetas escuros e concentração no núcleo. Bonito e cativante. Nos aromas temos fruta vermelha fresca, muita frescura e com toques equilibrado de especiarias e tostados leves. Na boca a frescura volta a ser uma caracteristica, com nível de acidez que equilibra muito bem o conjunto, alguma secura em retrogosto, toque especiado e bom comprimento final de boca. Ainda está novo.
Um produtor recente, mas que é já uma certeza no panorama vínico nacional e que fica mesmo aqui às portas de Lisboa.
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