Este fim-de-semana, estando de visita à região da Bairrada, não podia deixar de fazer umas visitas às Adegas locais e ficar a conhecer um pouco melhor o vinho que por aqui se produz. Assim sendo, fui conhecer a Quinta do Encontro. E em boa hora o fiz. A Quinta do Encontro surge ao Alto como uma Adega de design moderno em relação ao veio tradicional da Bairrada. De forma circular, fazendo lembrar uma gigante barrica no exterior e fazendo lembrar um saca-rolhas no interior com o percurso totalmente em espiral e não havendo escadas. Esta Adega proporciona, para além das comuns visitas e provas, os essenciais Cursos e Workshop de Vinho, um Restaurante com uma ementa elaborada com suporte no vinho aqui produzido, uma Loja Vínica e variados espaços que podem ser utilizados para diversos propósitos.
Quanto à visita em si quero destacar o atendimento super acolhedor e a disponibilidade demonstrada para mostrar a casa e os seus produtos. Também um agradecimento ao Enólogo Carlos Rodrigues pelo tempo que à conversa comigo me ajudou mais a conhecer a Quinta do Encontro, a região, os vinhos aqui produzidos e alguns promenores em relação à vindima e à produção do vinho. Agradeço também a oferta final que terei todo o prazer em provar e colocar aqui as notas de prova respectivas.
Quantos às provas efectuadas no local foi-nos oferecido logo no inicio da visita um espumante branco, Encontro Bruto 2006, que me fez acreditar que afinal sou capaz de gostar deste género de vinho. No nariz apresentou-se bastante aromático, algo frutado e complexo. Na boca, redondo e cheio e com notas citricas, tendo um final macio, suave e até com alguma doçura. Surpreendeu-me.Depois, um Quinta do Encontro Bical Branco 2008, com uma aroma a fruta tropical, talvez abacaxi e manga. Fresco, limpido e com um boa acidez. Muito equilibrado. Para vinho de entrada uma boa escolha qualidade/preço. A mesma conclusão para o Quinta do Encontro Tinto 2007. Aqui, o primeiro aroma foi logo o caramelo e baunilha. Depois, as bagas maduras, a framboesa e a fruta doce. Tâninos equilibrados e final persistente e agradável. Por fim, um tinto feito a partir de castas tintas e branca. O Quinta do Encontro Preto Branco 2004. Um vinho curioso visto ser composto por castas tintas e branca e que resulta num néctar com personalidade e bom para pratos fortes. Este é um tipo de vinho a descobrir e a promover. Trouxe uma comigo para uma aferição mais cuidada e pessoal.
A Quinta do Encontro é uma adega moderna que procura, contudo, manter as linhas tradicionais. Foi uma boa supresa e agradeço a simpatia e total disponibilidade e amabilidade com que fomos recebidos. Gostei muito de ter provado o espumante Encontro Bruto 2006. Surpreendentemente é um tipo de vinhos que eu não costumo gostar. Mas gostei mesmo muito deste. Não parece um espumante bruto. É leve, ligeiramente frutado e não é excesivamente gaseificado (o que acontece na maior parte dos espumantes). Se voltar a surgir a oportunidade voltaremos.
ResponderEliminarPela descrição rica que foi efectuada e pela fotografia, fiquei com vontade de, no próximo verão, fazer um desvio pela Quinta do Encontro a caminho da minha terrinha.
ResponderEliminarFoi com certeza muito bom, pela descrição e entusiasmo com que escreveste. Também fiquei com vontade de lá ir.
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