"Os 38 hectares de vinha são constituídos por diversas parcelas, colocadas em diferentes pontos da propriedade.
As mais antigas situam-se em solos de aluvião, numa zona única e irreproduzível, perto da adega, e estão particularmente vocacionadas para a produção de uvas de Alicante Bouschet de elevada qualidade.
Esta casta encontrou na Herdade do Mouchão um “terroir” de eleição."
As mais antigas situam-se em solos de aluvião, numa zona única e irreproduzível, perto da adega, e estão particularmente vocacionadas para a produção de uvas de Alicante Bouschet de elevada qualidade.
Esta casta encontrou na Herdade do Mouchão um “terroir” de eleição."
Os vinhos foram escolhidos pelo John da Herdade do Mouchão e numa ordem que acabaria por fazer todo o sentido. O local da prova? Na adega, por entre as barricas e paredes que fazem pare da história da casa.
Dom Rafael 1996 Tinto: Cor tijolada de concentração média no núcleo, bastante menos densa nos bordos. Aroma intenso a fruta muito madura, madeira bem integrada, especiarias e leves notas a frutos passa. Na boca ainda guloso e com uma secura no final de boca bastante interessante par a sua idade. Final persistente.
Dom Rafael 2010 Tinto: Cor rubi, aspecto jovem e lágrima visível e persistente. Nariz com predominancia da fruta, madura, com notas de madeira nova, ligeiro adocicado. Boca com boa estrutura, de secura média e com boa fruta . Bom comprimento de boca, sempre fresco.
Ponte das Canas 2009 Tinto: Aqui começámos pelo mais novo. Cor rubi, ligeiro granada com tonalidades violetas e de aspecto límpido. No nariz a fruta vermelha, algum álcool acima da fruta que também tapou um pouco as notas de madeira nova. Na boca a sensação de álcool sobrepõe-se ao conjunto e acidez não acompanha esta sensação. Final prolongado mas um pouco carregado.
Ponte das Canas 2006 Tinto: Mais uns anos de garrafa e continuamos com um bonito rubi de concentração média, ligeiros atijolados mesclados com rasgos violetas. Aroma com fruta em bom plano, o álcool sente-se mas um pouco mais escondido do que no de 2009, notas licorosas e notas vegetais interessantes. Boca macia, com secura marcante, as notas de álcool voltam a surgir. Final de boca longo, mas com o rasto do travo de álcool.
Mouchão 1984 Tinto: Primeira nota de admiração na cor. Que cor! Um atijolado espesso, de núcleo concentrado, escuro, lembra o tijolo maciço e o barro. Aromas com marca de fruta seca e passas, adocicado, ligeiro cacau, guloso. Boca com atrito, boa acidez, seguro, maduro, com vida ainda pela frente e com notas voláteis de álcool. Boca vivaz, notas balsâmicas, ainda com comprimento e frescura. Muito interessante para a idade.
Mouchão Colheitas Antigas 2002 Tinto: Cor concentrada, de uma granada atraente e com lágrima de aspecto escorreito. Aromas com fruta bastante madura, madeira em excelente integração, subtil, notas especiadas e agradáveis tostados. Na boca está brutal, pujante, com vida, acidez no ponto para este tipo de vinho não tocando na frescura da fruta. Final intenso e extenso, longo, longo, longo....
Mouchão 2007 Tinto: Este ainda não foi para as prateleira. Que pena. Do tipo de vinho que nos coloca um sorriso na face e um turbilhão de expectativa para o momento em que estará à venda. Cor rubi, limpo, com lágrima já espessa no correr pelo copo. Aroma fino, elegante, fruta madura, toque certo da madeira e de especiaria, complexidade e desafiante. No palato enche-nos por completo, vivaz e gordo, posante. Grande vinho. Acidez ideal apenas com necessidade de arredondamento, por mais um pouco, dos taninos, todavia já muito acima da fasquia. Grande final. Deixa vir o dia.
"Nas outras vinhas situadas em zonas mais elevadas, em solos de boa drenagem, castas tintas autóctones tradicionais como a trincadeira, o Aragonez ou o Castelão, partilham os encepamentos com algumas castas brancas como o Antão Vaz, Arinto e Fernão Pires."
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