BICAL
LUÍS PATO
91/ 100
As palavras que tenho para escrever são muitas, mas este vinho não precisa de muitas para o descrever. Evolução fantástica de um branco que continua em grande forma, ou está cada vez melhor. Mais uma vez se comprova que não são apenas os tintos que nos dão alegrias passado algum tempo de guarda. As nuances douradas marcam os aspecto visual, límpido, com lágrima persistente, chorosa e lenta. Agarra-nos em primeiro lugar pelos aromas. Floral, com fruta amarela - ameixa - fresca, fruta seca e sem enfado. Vivo no palato, acidez, perfil frutado, com maça verde e alguma secura. Final longo, persistente. Queremos mais. Mas era a última garrafa.
Jancis Robinson disse muito recentemente que os Bordéus de 2005 deveriam começar a ser bebidos apenas em 2020, 15 anos depois. Quantos vinhos portugueses é que aguentam no mínimo 15 ou mais? Com tanta coisa igual nas prateleiras, difícil é distinguir as regiões, solos, castas, etc, se as provas foram feitas "às cegas". É tanto vinho igual, sem carisma, que até faz impressão. Safam-se poucos no meio de tanto produtor e de tanta referência. Lurdes Maria
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