A casta Fernão Pires, também conhecida noutras regiões como Maria Gomes, Gaeiro e Molinho, é a casta branca mais cultivada em Portugal, com maior incidência nas regiões do Tejo e da Bairrada. É, sem dúvida, a casta mais expressiva da Região Vitivinícola do Tejo, sendo amplamente utilizada na produção de vinho branco, a solo ou em lotes.
No copo apresenta-se jovem, de aroma frutado e floral, tem uma acidez baixa e resulta num vinho pouco alcoólico. É extremamente versátil já que está presente na composição de vinhos brancos, frisantes e licorosos, e nas colheitas tardias desta região vitivinícola.
No copo apresenta-se jovem, de aroma frutado e floral, tem uma acidez baixa e resulta num vinho pouco alcoólico. É extremamente versátil já que está presente na composição de vinhos brancos, frisantes e licorosos, e nas colheitas tardias desta região vitivinícola.
Em dia de muito calor e com vista privilegiada sobre o Rio Tejo desde o varandim da Casa da Fundação Passos Canavarro, .Luís de Castro, Presidente da CVR Tejo, e João Silvestre, Director Geral da CVR Tejo, fizeram uma pequena apresentação da região do Tejo a anteceder uma prova didáctica da casta Fernão Pires de vinhos produzidos na região e liderada pelos Enólogos da Quinta da Alorna e Quinta da Lagoalva, Martta Simões e Diogo Campilho respectivamente.
Em primeiro lugar, a casta foi enquadrada nos três terroirs existentes na região do Tejo. Terroirs completamente diferentes e que produzem vinhos completamente diferentes. O Rio Tejo desempenha aqui um papel principal sendo que na sua margem direita, imediatamente após os terrenos de aluvião, temos o terroir do Bairro, onde prevalecem os solos argilo-calcários e os solos xistosos, sendo a produção preferencial para vinhos tintos; depois, o Campo, ou a Lezíria do Tejo. Área da região afectada por inundações periódicas das águas do Tejo responsáveis pela elevada fertilidade do solo das extensas planícies circundantes, onde predomina a produção de vinho branco, sobretudo os que são feitos a partir da casta rainha desta região, a Fernão Pires, o vinho rosé, frisante, licoroso, espumante e colheita tardia; por último, na margem esquerda do Tejo e, imediatamente após os terrenos de aluvião, a Charneca, dominada pelos solos arenosos e menos férteis, factor esse que, ao estar associado a temperaturas mais elevadas do que nas outras duas zonas desta região vitivinícola, acelera a maturação da uva. Aqui são colhidas as uvas utilizadas na produção de vinho branco, tinto, rosé, espumante, licoroso e colheita tardia.
Depois a prova do nove. Foram provados nove vinhos principalmente da última colheita, dos três terroirs e previamente escolhidos pela Martta Simões e pelo Diogo Campilho. Os descritores da casta estavam presentes, mostrando grande acidez e frescura. Embora ainda sem estarem acabados, revelaram potencial enquanto vinhos brancos jovens diferentes.
Depois seguiu-se a prova de quatro vinhos com alguma idade, onde apesar de todos eles terem conseguido mostrar o potencial de bom envelhecimento dos brancos feitos na região a partir da casta Fernão Pires, se destacou, na minha opinião, o Garrafeira Particular das Caves Dom Teodósio de 1983. Que chapada! Mais de 30 anos de um branco e ainda cheio de vida, acidez e a causar aquilo sorriso no canto da face que só as coisas boas nos conseguem arrancar.
Para o final ficaram os colheitas tardia. Bridão 2016, Falcoaria 2014 e Quinta da Alorna 2010 foram ao copo e mais uma vez a casta Fernão Pires mostrou-se em grande plano.
Esta foi uma acção que devo aplaudir. Excelente a nível didático, revelando mais acerca da região e acerca de uma casta, por vezes mal entendida, e que mostrou ser Rainha no Tejo.
Depois seguiu-se a prova de quatro vinhos com alguma idade, onde apesar de todos eles terem conseguido mostrar o potencial de bom envelhecimento dos brancos feitos na região a partir da casta Fernão Pires, se destacou, na minha opinião, o Garrafeira Particular das Caves Dom Teodósio de 1983. Que chapada! Mais de 30 anos de um branco e ainda cheio de vida, acidez e a causar aquilo sorriso no canto da face que só as coisas boas nos conseguem arrancar.
Para o final ficaram os colheitas tardia. Bridão 2016, Falcoaria 2014 e Quinta da Alorna 2010 foram ao copo e mais uma vez a casta Fernão Pires mostrou-se em grande plano.
Esta foi uma acção que devo aplaudir. Excelente a nível didático, revelando mais acerca da região e acerca de uma casta, por vezes mal entendida, e que mostrou ser Rainha no Tejo.
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