RUI ANTÓNIO DA COSTA LUCAS
17
17
Apenas 1800 garrafas de um vinho que nos leva a gostar de vinho. Agarra-nos pelo beiço com a sua irreverência, com a sua fruta num plano muito fresco, saboroso e guloso, ao mesmo tempo que lhe adivinhamos um perfil mais cru, mais rústico e autêntico. Ainda não sei as castas com que é feito, mas... o que interessa verdadeiramente enquanto o bebo?
Cor vermelha rubi de média concentração, tonalidade mais aberta, límpido. Plano armático complexo revelando uma fruta vermelha e preta madura, bem casada com notas de relva cortada, algum vegetal pelo caminho, folha de tomateiro, temperado com especiado fino, pimenta preta, não escondendo também uma pitada de sensação a pedra lascada. Na boca expõe mais o seu lado mais cru, mais tereno, com boa secura, uma acidez bem medida, tanino composto, quase a roçar o austero, mas com uma frescura fantástica e uma fruta que não se coíbe de nos acompanhar até ao fim, terminando longo e persistente.
Juntar pratos de caça, carnes mal passadas, só com as pedras de sal como tempero, cogumelos e alguns queijos.
Sem comentários:
Enviar um comentário