TRINCADEIRA
GRANACER, SA
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Aparecem cada vez mais nas prateleiras das garrafeiras, intimidam quem tem por certo que vinho tinto de qualidade é aquele de cor concentrada e densa, são donos de leveza e frescura ímpar, garra e alguma rusticidade de boca, versatilidade enorme quando chegam à mesa.
O Clarete é uma vinho tinto pouco extraído, obtido atráves do processo de curtimenta parcial de castas tintas e de teor alcoólico normalmente baixo, a rondar os 11,5º.
Este Monte dos Perdigões é um Clarete alegre, cheio de fruta vermelha madura, boa acidez, para ser bebido fresco e com lugar à mesa quer seja com peixe, as sardinhas são boa opção, quer seja com carne grelhada com um salpico de pedras de sal como tempero.
Cor vermelho rubi luminoso e brilhante, pouca concentração, jovem e cativante. No nariz mostra a fruta vermelha madura e fresca, morango, cereja, directo e com intensidade. Leveza e frescura na prova de boca, acidez bem pontuada, secura de palato, fruta vermelha sumarenta, descontraído, com discreto adocicado quando a temperatura sobe e com término de boca longo.
A designação “clarete” é marcadamente anglo saxónica. “Palhete” é o termo correcto
ResponderEliminarBoa tarde,
ResponderEliminarObrigado pelo comentário.
Sim, é verdade, A designação “clarete” é marcadamente anglo saxónica, no entanto, Clarete e Palhete, são vinhos com perfis muito parecidos, mas não iguais, e usam técnicas e metodologias diferentes.
O Clarete é um vinho feito com uvas tintas sendo o contacto da película com o sumo no início da fermentação muito curto.
Já o Palhete é um vinho tinto, obtido da curtimenta parcial de uvas tintas ou da curtimenta conjunta de uvas tintas e brancas, não podendo as uvas brancas ultrapassar 15% do total.
Ok. Explica o porquê do produtor colocar CLARETE no rótulo do vinho e não PALHETE. Obrigado pelo esclarecimento.
ResponderEliminarPermitam-me dizer algo acerca disto.
ResponderEliminarO termo/designação Palhete é utilizado apenas em Portugal, enquanto Clarete foi adotado por vários países e sim, é uma designação dos países anglo-saxónicos.
Quanto ao Clarete, legalmente parece não existir uma barreira bem definida entre ambos, mas a definição existente para cada um diz que os Claretes são vinhos tintos obtidos de uvas tintas. Então, porque não chamar-lhes apenas vinho tinto? A designação Clarete serve para remeter automaticamente para um vinho tinto leve em corpo, cor, teor alcoólico e em taninos. No seu processo de vinificação, não só a vindima destas uvas é geralmente mais precoce, como existe também uma grande preocupação por parte dos produtores e enólogos na pouca extração dos componentes da uva referidos anteriormente.