O Azeite tem recebido, ultimamente, muito mais atenção por parte da restauração do que outrora. Lembro-me bem do lugar do azeite nesses tempos. Lado a lado com o vinagre num galheteiro gorduroso, onde por vezes também havia lugar ao saleiro e pimenteiro. Vinha para a mesa quando o prato pedia um tempero final com o seu fio ou para temperar uma salada a gosto.
Hoje, para o bem ou para o mal, a grande moda está em colocar um recipiente branco com azeite para que em conjunto com o couvert se "provar" o mesmo com uns pedaços de pão. Tanto assim é que nos últimos cinco restaurantes onde estive todos estavam certinhos nesta moda.
No entanto, não querendo daqui retirar todo o bem que está a ser feito ao Azeite com esta promoção, irrita-me que estes primeiros passos estejam a ser dados, mais uma vez, com base na chico espertiçe que alguns resolvem aplicar no momento de servir o Azeite.
Ora vejamos. Dos cinco restaurante só um serviu o Azeite no momento em que trouxe todo o couvert para a mesa, apresentando o Azeite que ia servir e indicando a sua região, grau de acidez e perfil. Nos restantes, já estavam servidos na mesa e tive que questionar qual era o Azeite servido. Apesar de surpresos pela questão dois deles trouxeram a garrafa à mesa, ambos virgem extra, mas sem mais explicações. Os restantes dois disseram que era o Azeite da casa, muito bom, mas que serviam tudo no inicio e que no momento não conseguiam trazer a garrafa. Ainda assim, perguntei de que região eram e em ambos (curioso) obtive a resposta: de um produtor amigo.
O que eu gostava mesmo era de ser sempre servido como no exemplo que indiquei em primeiro lugar ou então que tivesse a garrafa na mesa e o recipiente vazio. Se quisesse Azeite colocava-o eu, senão quisesse ao menos estava lá.
Vamos lá a tratar melhor o Azeite!
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