ARAGONEZ, ALICANTE BOUSCHET, SYRAH, TRINCADEIRA
TERRANAGRO, LDA
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Um vinho com uma história curiosa ou peculiar, como o próprio produtor, escreveu no contra rótulo da garrafa. Foi considerado perdido após um incêndio na vinhas próximas à adega, tendo provocado alguns estragos na própria. Mais tarde, no ano de 2013, numa visita que o artista francês Pierre Gonnord fez a Pavia descobriu-se em duas barricas o que dele restava.
Nasceram assim 499 garrafas de um vinho com 36 meses de barrica. Um vinho que difere bastante do perfil tradicional da região, talvez pelo percurso atribulado, talvez por ser do Joaquim Arnaud.
Cor vermelho granada intenso, de média concentração, aspecto limpo, embora se aconselhe a decantamento. No nariz sentimos a fruta preta, fruto de árvore, ameixa preta, também algum fruto azul, mirtilo e cassis, com tostado da barrica, incorporado, pimenta preta, alguma tisana, folha seca, perfil fresco.
Boca com volume, bela textura e secura, com uma fruta presente e bem fresca, persistente, com algumas notas mais quimicas, casca de cedro, pinheiro, revigorante, capaz de enganar em relação à terra onde nasceu. Final longo.
Quantas ainda andarão por aí à espera de ser bebidas?
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