VINHAS VELHAS
KRANEMANN ESTATES, LDA
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Um vinho com uma história bonita, mas não só. Nas catacumbas do Convento de São Pedro das Águias, entre barricas de Porto antigos, tintos e até brancos, apareceu um amontoado de garrafas de um Douro, de cor dourada, bem evoluído.
A primeira rolha aberta revelou algo de extraordinário na garrafa. A segunda, a terceira, a quarta e a quinta confirmaram que não era exceção. E a regra confirmou, aproximadamente, 2000 garrafas de um branco único. Uma relíquia, que se soube depois ter nascido de uma vindima de 1999, precisamente das vinhas velhas em frente ao convento.
Cor amarelo definido, nuances douradas, intenso, revelando um pouco da sua idade, aspecto limpido e brilhante. No nariz temos naturalmente notas terciárias, com o fruto seco, leve toque melado, casca de laranja, marmelo cozido, alguma cera de abelha, mostrando, no entanto, ainda alguma da fruta citrina e da fruta de polpa amarela que parece ter tido em jovem, Complexo e desafiante. Na boca está vivaz, esconde mais a idade, acidez vincada, regigorante, equilibradora, ao mesmo tempo que nos brinda com bom volume e untuosidade, equilobradora e revigorante, fruta ainda definida, laranja, tangerina, belo conjunto com término de boca longo.
Colocado no mercado com 20 anos de evolução, esquecido, mas encontrado em boa hora, revela grande presença à mesa com comida e especial, no pós refeição, com queijo intenso de pasta mole.
Emoções à parte, um grande vinho.
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