ARINTO
BARROCA DA MALHADA SOC. AGRÍCOLA, LDA
17,5
Este é um daqueles casos que pode desencadear opiniões bem diversas mesmo quando provado pela mesma pessoa, mas em momentos diferentes e principalmente quando estes acontecerem à mesa.
No primeiro contacto esqueçam a cor, só vai atrapalhar, deixem-se abraçar pela componente aromática, rica e complexa, onde a passagem por ânfora é evidente, conduzindo toda a prova, dando lugar às notas terrosas, à fruta passa e desidratada, ao perfumado floral e ao iodados. Parece brincar connosco à medida que o tempo passa, sempre com frescura e equilíbrio. Aparece quase trincável na prova de boca, fechamos os olhos e perdemo-nos por momentos, - branco ou tinto? voltamos, juntamos comida e estamos em festa.
O cachaço de bacalhau confeitado a baixa temperatura em azeite virgem extra respondeu-lhe com um sorriso rasgado; mais tarde, a mão de vaca com grão prestou-lhe merecida homenagem.
Cor amarelo intenso, tonalidade dourada, luminoso, aspecto límpido, brilhante. No nariz as notas da passagem pela ânfora são evidentes, mostrando o lado mais terroso do processo alinhado às notas de fruta de polpa amarela e citrina, raspa de casa de lima e de laranja, fruto seco, flor branca, cera de abelha, iodado, sempre num registo de frescura incrível e cativante. Na boca merece atenção redobrada, estamos perante um branco com volume, mas com textura trincável, acidez crocante, vincada, bem seco, aparecendo a tangerina e a toranja, envolvida num tanino de vinho tinto, conjunto uno e equilibrado, com longo final de boca
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