Terminou ontem o Mercado de Vinhos do Campo Pequeno deste ano e já cá estou a escrever umas larachas do que considero terem sido pontos positivos do mesmo e o que considero poderem ser melhorias para a próxima edição. Este é sem dúvida um evento para se apostar no futuro e para que haja sucesso ano após ano o melhor é melhorar sempre.
Os objectivos para este ano consistiam em contribuir para a divulgação,
estímulo e sustentabilidade de micro actividades produtivas nacionais,
que pela sua reduzida dimensão e apesar de toda a sua qualidade, tem
muitas vezes enormes dificuldades em vingar e sensibilizar o público para a aquisição de produtos portugueses, estimulando actividades da micro economia nacional e contribuindo por essa via para o fortalecimento da economia portuguesa. Objectivos conseguidos! Bom espaço, boa oferta, bons preços, muita simpatia e muitos visitantes.
Todavia notei que ainda haverá muito pormenor a melhorar.
Primeiro ponto. Primeiro dia. Abertura do evento 11:00 horas. O relógio batia as 11:15 horas e portas fechadas. Passados minutos entrada no recinto e muitas bancadas ainda vazias. Esperar mais um pouco era a solução.
Segundo ponto. Segundo dia. Entrada no recinto de copo na mão. Interjeição do segurança "- Desculpe, mas o copo de ontem não serve para o dia de hoje. Tem de comprar outro." WTF! Desculpe??? Furou de um dia para o outro? Resposta imediata. "- O copo não é de ontem. Trouxe eu de casa. Indicaram-me que não havia problema". Resposta do segurança "- Então está bem." WTF2!!! Siga.
Terceiro ponto. Quem só quer bebericar copinho de plástico a 1€, quem quer provar a "sério" copo de vidro fraquinho, fraquinho por 3€. Este problema não é só daqui. Apostem lá um pouco mais na qualidade dos copos que o visitante até compra com gosto.
Quarto ponto. Pontos de água no recinto para lavagem de copo? As garrafas que alguns produtores/expositores colocavam à disposição não contam. O wc estava longe logo havia mesmo que confiar na boa vontade de quem estava do outro lado da bancada.
Quinto ponto. De quem foi a ideia de encher algumas bancadas cheias de referências de vinho e depois só se pode provar uma. Pelo menos dois produtores utilizaram esta estratégia. Conclusão: menos vendas. Com tanto vinho a prova e com bons resultados acham que no momento da compra se escolhe o que não de pode provar? Pois. As garrafinhas e produtos que comprei mereceram a minha prova antes de puxar pela nota de euro.
Sexto e último ponto, que começam a ser pontos demais para um evento que pretendo que todos os anos se realize com mais e mais produtores e que penso ter atingido o que se pretendia para esta edição. Informação. Mais e melhor informação. Durante o evento decorreram algumas conferências, workshops, apresentações de grande interesse e de muito valor. Mas havia tão pouca informação acerca dos mesmos. Quando me dirigi para o primeiro onde estive presente perdi-me duas vezes até lá chegar, ainda perguntei a um segurança onde seria o local do workshop, mas ele ainda sabia menos do que eu. Mais informação, apenas isso.
Conclusão. Gostei muito do espaço, do ambiente, da dinâmica colocada nas provas, venda e promoção dos produtos, na possibilidade de falar mais um pouco com quem produz e na diferença em relação a outros eventos do mesmo género. Pequenas aresta a limar e até para o ano ainda com mais qualidade.
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