A João Portugal Ramos apresentou no passado dia 18 de Abril de 2013 as grandes novidades sob as marcas João Portugal Ramos e Duorum Vinhos. No Restaurante Feitoria, no Hotel Altis Belém, com a presença do próprio João Portugal Ramos e de José Maria Soares Franco, foram desfilando, sempre em ambiente de grande descontração, os vinhos, os senhores da noite, em estreia absoluta, que levaram muito tempo a pensar e que se esperam que primem pela diferença.
João Portugal Ramos iniciou a noite a agradecer a presença a todos os presentes neste dia que considerou especial e envolvendo-nos com um pouco da história da JPR e da Duorom Vinhos. A sua visão do vinho português no mundo e o poder do vinho de gama média na sobrevivência das empresas vitivinicolas portuguesas.
Logo de seguida, lugar aos vinhos. Servido com um delicioso Falso ravioli de camarão, dashi, coentros, lótus e jasmim o primeiro vinho verde comercializado em Portugal pela JPR.
João Portugal Ramos Alvarinho 2012 | Alvarinho | 13,5% | PVP 10€
Cor amarelo citrino, ligeiros rasgos esverdeados, aspecto limpido e brilhante. Perfil aromático intenso com notas tropicais de maracujá e notas citrinas leves a lima, com nuances de baunilha e biscoito em fundo. Na boca um primeiro destaque para a frescura, mineralidade e acidez deste vinho que resultam num final de grande elegância. Ligação perfeita com o prato escolhido.
Com o Magret de pato corado, romana braseada, tartelete de legumes assados com mel e tomilho foi servido um tinto daquele que foi considerado por João Portugal Ramos como o seu melhor ano de produção: o 2011.
Cor rubi, intenso e concentrado no núcleo, com bonitos violetas no bordo do copo. No nariz surgem em primeio plano os frutos pretos maduros, muita amora silvestre, ameixa preta, depois bem ligados com as notas especiadas, um toque de noz moscada e muito frescura. Na boca grande pujança e vivacidade, corpulento e quase mastigável. Gordo, ligeira untuosidade. Grande estrutura e complexidade, acompanhados por uma frescura extraordinária. Reitero. Um alentejano cheio de frescura.
Depois José Maria Soares Franco subiu ao palanque para falar acerca da Duorum Vinhos, da sua paixão por este projecto que está longe do seu término, muito longe. Apresenta-nos os próximos vinhos. Dois vinhos iguais em quase tudo. Desiguais na altitude das vinhas. O primeiro produzido de uvas provenientes de vinhas com uma cota média de 200 metros, o segundo de uvas provenientes de vinhas com uma cota média de 400 metros. Ambos baptizados de O.Leucura. Atrevimento, Loucura e Força.
Grastonomicamente acompanhado por um Duo de bochechas de porco ibérico com rosti de batata e esparregado de salsa.
Cor rubi, vermelha, intensa e concentrada, opaca. Aromas intensos a fruta vermelha e preta bem madura, com notas florais bem ligadas, perfil mais madurão e quente. Na boca surge poderoso, pujante de vida, com boa estrutura, guloso, de taninos firmes e com a fruta madura a marcar pontos. Final comprido e de grande persistência.
Aspecto visual muito idêntico ao anterior. As diferenças surgem nos dois planos seguintes. No nariz surge com menor exuberância, com a presença de fruta fresca e não tão carregada e madurona como no anterior. Incrível como de uma cota de 200 para 400 se conseguem logo evidentes diferenças nos aromas. Também na boca o perfil surge mais fresco, mais elegante.Estamos também na presença de um Grande vinho do Douro. Cada qual com seu perfil. Ambos de grande qualidade e com muitos anos de vida pela frente.
Por último, foi servido O Vintage 20011 da Duorum acompanhando o prato de sobremesa Reintrepretação do "Floresta Negra".
Cor vermelha retinta, profunda e muito concentrada. Pinta-nos o copo de vermelho qual sumo de amora madura. Aromas dominados pela fruta preta madura, compota de frutos silvestres, alguma redução e presença de alguns resinosos. Encorpado na boca, vivaz, mostrando toda a sua juventude, continuação da fruta preta madura, persistente, firme e pronto a deliciar principalmente junto a sobremesas de chocolate.
A reter.
Vinhos diferentes.
Frescura estupenda de um vinho alentejano.
2011: ano excepcional
Duorum - Uma paixão que ainda vai no inicio
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