No passado dia 14 de Maio de 2013 teve lugar no Restaurante Clube dos Jornalistas em Lisboa, a apresentação dos vinhos da Herdade do Cebolal.
Luís Mota Capitão com o enólogo António Saramago a seu lado, liderou um final de tarde em ambiente familiar, com a presença de seus Pais, reforçando a imagem da Herdade do Cebolal como um projecto familiar, de Paixão, nascido com ideias muitos personalizadas e definidas, não querendo entrar em modas vinicas, mas sim apostando em vinhos diferentes, pessoais e com cunho familiar.
A Herdade do Cebolal fica localizada na região de Setúbal, paredes meias com a Costa Alentejana, onde se registam as temperaturas mais baixas da região, e contam com cerca de 23 h de vinha. A cerca de 17km de Santiago do Cacém, com um clima mediterrâneo moderado a frio, nascem os vinhos que de seguida foram a prova.
Herdade do Cebolal 2011 | Branco
Cor amarelo citrino, quase transparente. Aromas com boa intensidade, fruta exótica em destaque, fruta citrina e muita frescura. Na boca é macio, com acidez vivaz e muita fruta fresca. Ligeiro toque adocicado no incio que desaparece ao longo da prova. Equilibrado e de perfil fresco.
Herdade do Cebolal 2010 | Branco
Cor amarelo citrino, ligeiros esverdeados e de aspecto límpido. Aromaticamente mais mineral, sensação de frescura intensa, fruta exótica mais contida. Na boca surge com mais corpo, macio no toque, com perfil frutado e mineral. Complexo e ainda muito jovem. Está melhor. Mostra evolução. Um branco de guarda.
Herdade do Cebolal 2012 | Rosé
O primeiro rosé deste produtor. Cor rosado intenso, aspecto jovem. No nariz surge com fruta vermelha fresca, notas de morango e groselha, um pouco doce. No palato acidez e fruta bem ligados, equilibrados, com toque mineral fresco.Final de boca de curta - média duração.
Caios 2010 | Branco
Cor amarelo citrino, nuances joviais, esverdeados brilhantes. No nariz é intenso, com a fruta tropical e a madeira em harmonia, com muita frescura. Boca gorda, com toque untuoso e elevada acidez. Madeira mais perceptível do que no nariz, fruta fresca citrina e um final de boca longo e a pedir comida.
Caios 2009 | Branco
Cor amarelo citrino com nuances de palha seca. No nariz nota para a presença imediata da madeira e do toque abaunilhado, fruta madura, alguma manga e fundo mineral. Boca com evidente corpulência, grande acidez, palpitante e vivaz, com fruta fresca, com equilíbrio entre esta fruta, a madeira e um fundo mineral que o espevita. A acidez não é tão agressiva como o 2010 e não tapa tanto o conjunto.
Caios 2008 | Branco
Cor amarelo definido, laivos de palha seca, ligeiros dourados, aspecto límpido e cativante. No nariz reina a fruta madura tropical, com o toque complementar da lima, madeira muito subtil e uma agradável tosta num plano muito leve e delicado. Na boca surge volumoso, cheio, com um perfil mais frutado, continuação de boa acidez, mais equilibrado. Final longo e complexo.
Vale das Éguas 2010 | Tinto
Cor rubi de média concentração com matizes violáceas. Aromas intensos a lagar, a azeitona preta, com a fruta mais escondida embora presente, e com um ligeiro vegetal por companhia. Difícil de compreender à primeira. Boca cheia de pujança e força, acidez vivaz, fruta madura, toque vegetal e com um final longo.
Herdade do Cebolal 2011 | Tinto
Cor rubi de média concentração. No nariz aromas onde predominam os frutos vermelhos e pretos maduros, notas vegetais, algum pimento e boa frescura. No palato algo adstringente de inicio, seco, com boa fruta madura, bom equilíbrio embora ainda não totalmente polido. Percebe-se que tem uma grande estrutura, com presença quase imperceptível da madeira. Final de boca longo.
Herdade do Cebolal 2010 | Tinto
Mantém o aspecto visual do anteriores. Por aqui não nos apercebemos que já estamos numa colheita de 2010. No nariz predomina a fruta vermelha madura, notas ligeiramente apimentadas e traços vegetais. Boca com largura, volumoso e cheio, acidez um pouco mais retraída e não tão seco como o 2011. Predomina agora mais a fruta e a frescura. Final longo e persistente.
Herdade do Cebolal 2008 | Tinto
Cor rubi, um pouco em consonância com os anteriores. Aromas com muita fruta madura, ainda num registo bastante jovem, notas especiadas e vegetais bem integradas. Na boca surgem taninos mais polidos, uma fruta madura fresca, com a continuidade dos traços vegetais e especiados. Boca longa e com demonstração de longevidade.
Caios 2008 | Tinto
Cor rubi, concentrado no núcleo, mais aberto em tonalidades violeta no bordo do copo. No nariz a fruta vermelha e preta madura não está sozinha e não é a estrela. A presença da madeira, dos tostados leves e das especiarias roubam-lhe um pouco esse normal estatuto. Na boca presença de taninos ainda por domar, algo adstringente e seco, com força, pujança e vivacidade para durar. Travo vegetal, boa especiaria, apimentados leves, com tosta superficial e um final que nunca mais acaba. 2008? Ainda é cedo....
Concluindo. Grandes brancos de perfil fresco e de grande acidez. Tal como os tintos com um potencial de guarda muito elevado e com necessidade de tempo em garrafa. Só os melhora.
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