VIOSINHO, RABIGATO
VINILOURENÇO, LDA
17
Um belo branco do Douro que tive o prazer de provar em dois momentos distintos. Numa primeira fase, após abrir a garrafa e com pouco tempo de contacto com o ar e no dia seguinte, com tempo de abertura e colocado num decanter. Claramente melhor no dia seguinte e com o tempo a fazer o que esperamos.
De grande complexidade aromática e de boca está ainda uma criança e promete um futuro risonho a quem conseguir guardar umas garrafinhas num local onde não chamem à atenção.
Cor amarelo citrino, intenso, com esverdeados leves, aspecto limpo e brilhante. No nariz mostra elegância e intensidade média, com os citrinos a revelarem-se numa primeira aproximação, para continuarmos com algum tropical, com o abacaxi, a manga, o citrino mais doce, e notas vindas do estágio em barrica como a presença de baunilhados e alguma especiaria fina.
Na boca mostra volume e corpo, uma acidez acutiliante e mordaz, resultando num vinho com uma textura que chama a atenção, equilibrado e poderoso. Volta a mostrar-se a fruta tropical e citrina, com mais aceno para o abacaxi e a lima, parecendo que as notas de barrica estão aqui num estado mais avançado de comunhão. Termina longo e querer dizer que vai passar muito bem pelos anos.
À mesa e sempre à mesa será onde se sentirá melhor.
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