O sabores outonais sabem como um aconchego, como um quente e forte abraço quando mais precisamos, envolvem-nos num laço de confiança e, embalados, deixamos que este enlace perdure.
O dióspiro é um dos grandes culpados para que nos deixemos cair em doce tentação. Em Trás-Os-Montes parecem árvores de Natal, ainda que fora de época, com as árvores mais despidas de folhagem e aquelas bolas pintadas de laranja forte que nos obrigam a um olhar atento de contemplação.
Lembro-me de me dizerem que eram um dos doces dos mais pobres. Que no ponto de maturação perfeito eram quase delícias conventuais. Descascados, cortados em gomos e polvilhados levemente com canela e umas folhas de hortelã fazem deles uma das sobremesas mais simples, fáceis de colocar à mesa e saudáveis que podemos comer. São simplesmente deliciosos.
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