A Quinta de San Michel, é uma propriedade situada na aldeia de Janas, pertencente ao concelho de Sintra, integrada na histórica região vitícola de Colares. Não fica exactamente encostada ao centro da Aldeia, fica lá em cima, quase a chegar ao cruzamento que nos permite ir para o Carrascal ou no sentido contrário para o Magoito.
Habituei-me nos últimos anos a vê-la crescer aquando das minhas passagens de bicicleta estrada a cima ou das minhas idas em direção à Praia das Maças em época dela. Sempre com um ventinho constante, mesmo em dias de calor (poucos poderei dizer), nebilnas matinais, tempo fresco e um solo que pensei ser pouco dado a vinha. Pensei mal.
A vinha foi plantada com 0,5 hectares iniciais em 2013 com duas castas portuguesas – Arinto e Malvasia do Colares. Em 2014 e 2015, outros 1.5 hectares foram plantados com as mesmas castas. Fácil é de adivinhar que por aqui os vinhos produzidos são apenas brancos e, dada a juventude das vinhas e do produtor ainda não existem muitas colheitas para contar a sua história. No entanto, os resultados são muito positivos, senão de excelência.
O compromisso na produção de plenos de carácter, singularidade, elegância, com acidez bem medida e com muito nervo é uma realidade. Em conversa com o Enólogo residente Alexandre Guedes facilmente consegui perceber o empenho em atingir este objectivo, seguindo talvez o caminho mais díficil pela sua rentabilidade, baixa produção, produções muito limitadas e nome novo no mercado, mas com sentido no caminho a seguir.
Ainda em barrica e inox tive oportunidade de provar os Quinta de San Michel Arinto, Malvasia de Colares e o Malvarinto todos eles da colheita de 2019. Ainda muito jovens e cheios de nervo, com a elegância e salinidade evidentes como fio condutor, despertando a curiosidade do que o tempo até estarem prontos para o consumidor lhes fará.
Engarrafados e no mercado provei os dois vinhos neste momento disponíveis. O Arinto 100% da colheita de 2017 e o Malvarinto de Janas, um nome inovador e com futuro para o blend Malvasia de Colares e Arinto também ele vindo da colheita de 2017. Que brancos!
O compromisso na produção de plenos de carácter, singularidade, elegância, com acidez bem medida e com muito nervo é uma realidade. Em conversa com o Enólogo residente Alexandre Guedes facilmente consegui perceber o empenho em atingir este objectivo, seguindo talvez o caminho mais díficil pela sua rentabilidade, baixa produção, produções muito limitadas e nome novo no mercado, mas com sentido no caminho a seguir.
Ainda em barrica e inox tive oportunidade de provar os Quinta de San Michel Arinto, Malvasia de Colares e o Malvarinto todos eles da colheita de 2019. Ainda muito jovens e cheios de nervo, com a elegância e salinidade evidentes como fio condutor, despertando a curiosidade do que o tempo até estarem prontos para o consumidor lhes fará.
Engarrafados e no mercado provei os dois vinhos neste momento disponíveis. O Arinto 100% da colheita de 2017 e o Malvarinto de Janas, um nome inovador e com futuro para o blend Malvasia de Colares e Arinto também ele vindo da colheita de 2017. Que brancos!
QUINTA DE SAN MICHEL MALVARINTO DE JANAS 2017 BRANCO | LISBOA | 13% | PVP 23€
MALVASIA DE COLARES, ARINTO
QUINTA DE SAN MICHEL - IDF INVESTIMENTOS E GESTÃO, SA
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Cor amarelo citrino, aberto, leve tonalidade esverdeada, aspecto jovem e luminoso. No nariz assaltam-nos a notas de fruta de polpa amarela madura, com bem medidos citrinos e completado com ligeiro floral, algum fruto seco torrado, tosta muito equilibrada e integrada, salino evidente, envolvente fresca. Na prova de boca revela um vinho com algum volume e cremosidade, acompanhada por uma acidez acutilante, vivaz, secando o palato, fruta sumarenta, citrina, maça verde, terminado longo e persistente.
Juntar à mesa com o peixe que a costa, ali bem perto, trouxer à rede.
QUINTA DE SAN MICHEL ARINTO 2017 BRANCO | LISBOA | 13% | PVP 23€
ARINTO
QUINTA DE SAN MICHEL - IDF INVESTIMENTOS E GESTÃO, SA
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Cor amarelo citrino, intenso, tonalidade esverdeada, aspecto límpido e jovem. Aromas de fruta citrina madura, fruta de pomar, polpa branca, intenso, bem casados com as notas marcadamente salinas, alguma pedra lascada, com a passagem por barrica integrada, envolvida, a fazer apenas e bem o seu papel e participante, de grande elegância. Na boca mostra vivacidade, alguma rudeza incial que depressa esquecemos, mostrando corpo, untuosidade, acidez salina, plena de autoridade, mas dando espaço à fruta, mais uma vez sumarenta, fresca e com um final de boca persistente e delicioso.
Um branco impressionante. À mesa continuo a puxar pelo que o mar trás. Agora mais virado para pratos com um nível acima de complexidade e com alguma gordura. Assados de forno ou um polvo à lagareiro, não descatando o bem "nosso" bacalhau com todos de Natal.
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