CAVES DO FREIXO, SA
16,5
Nem só de novidades vive um enófilo e encontrar verdadeiros tesouros na sua garrafeira é por vezes tão estimulante como abrir uma garrafa acaba de sair para o mercado.
16,5
Nem só de novidades vive um enófilo e encontrar verdadeiros tesouros na sua garrafeira é por vezes tão estimulante como abrir uma garrafa acaba de sair para o mercado.
Desta vez viajei até à região do Dão para ver como se encontrava este vinho com 20 anos de sono bem dormido em garrafa. Esta região produz vinhos com uma capacidade de guarda espectacular, adoro como, de certa forma, evoluem, se transformam e aparecem anos depois no nosso copo ainda com um lado jovem, fresco e elegante aliado ao poderio imenso de harmonização à mesa. Este, para minha felicidade, não foi diferente.
Cor vermelho de média concentração, já com tonalidade alaranjada, mais desvanecido, aspecto limpo. No plano aromático desfilam notas de uma fruta vermelha e preta levemente licorada, alguma ginja, mantendo uma presença fresca arbórea, pinhal, algum cedro, leve turfa molhada e lado balsâmico envolvente, com uma hortelã a aparecer à medida que o vinho vai abrindo no copo. Esconde bem a sua idade. Na boca nota relevante para a vivacidade e frescura com que se apresenta, muito elegante, mostrando aqui uma fruta mais jovem em ligação com um tanino domado, polido, mas que não se esconde fazendo parte de um conjunto harmonioso e com final de boca longo e persistente.Andou a fazer companhia a pratos de carne assado no forno, bem temperada e com molhanga para o pão embeber.
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