ALVARINHO
JORGE M. NOBRE MOREIRA
18
JORGE M. NOBRE MOREIRA
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Infelizmente não o conheci em novo para lhe deitar o juízo comparativo do antes e depois, de tal modo que, só posso dizer, não olhando para a sua cor, que está um vinho com um juventude incrível, apesar de se notar algum trabalho do tempo de garrafa. Dá um prazer imenso a beber e despeja-se a grande velocidade. Que Douro este.
Cor amarelo citrino intenso, tonalidade palha um pouco mais aloirada, aspecto límpido e brilhante. No nariz registo de fruta citrina fresca, notas de tangerina e de casca de toranja, traço de flor branca, bem medido, alguma fruta de polpa branca, melão fresco maduro, pólvora, pedra lascada, elegante. Na boca não esconde tratar-se de um vinho com algum volume, toque de alguma cremosidade, numa relação de equilíbrio com uma acidez que direi gulosa, que nos faz salivar e nos seca a gengiva com elegancia, mostrando novamente uma fruta de quelidade, saborosa, sumarenta, num conjunto ainda com alguma rusticidade que nos agarra e um final de boca longo.
Promete continuar a repousar em garrafa sem se notar muito a passagem do tempo. À mesa fez companhia perfeita ao cachaço de bacalhau confitado em azeite de Trás-Os-Montes.
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