JAMPAL, VITAL, PETIT MASENG
PEDRO LUÍS DA CÂMARA SANTA BÁRBARA
17,5
Um colheita tardia com 30 meses de sono de beleza em barricas de carvalho francês e um blend de castas único neste tipo de vinho doce são razões suficientes para chamar à atenção até do mais distraído enófilo e simples apaixonado por um colheita tardia. Mostra-se, de forma corajosa, pois em Portugal não é fácil fazer bons colheitas tardias, mas convence desde o primeiro contacto. Elegância num registo doce que também se procura, sem cair no campo da densidade exagerada ou em camadas meladas e doces sem fim. Agarra-nos com conforto e parece crescer quando o juntamos a queijo azul, diria qualquer um, mas o pouco Stilton que cá tinha por casa foi pouco para o prazer que deu no casamento.
Cor amarelo âmbar, tonalidade dourada, reflexos luminosos, límpido, brilhante e cativante. No nariz não de esconde tanto a podridão nobre, como a fruta passa, com alguma exuberância, mas também com equilíbrio, no qual as notas de fruta, alperce e tangerina se juntam a notas de mel, fruto seco, pitada floral e um toque fresco mais herbáceo, bouquet harmonioso, rico e intenso. Na boca apresenta-se com uma camada untuosa, macia, quase veludo, acidez marcada, vivaz, que não esconde a doçura, mas que a completa, que lhe dá alegria, que a equilibra e lhe dá sentido para nos manter interessados até ao final, longo e guloso.

Sem comentários:
Enviar um comentário