ALVARINHO, TRAJADURA, LADO, TORRONTÉS
BODEGA LUIS ANXO RODRÍGUEZ VAZQUEZ
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Compreender e valorizar os vinhos portugueses é também conhecer o que se faz no resto do mundo, provar bastante e "ganhar mundo". Desta vez não foi preciso ir muito longe, só tive de pular a fronteira para a vizinha Espanha, para beber um branco que me ficou gravado na memória. Acima de tudo, sendo um branco já de 2015, destacar a sua extraordinária vivacidade, elegância, acidez encaixada ao pormenor e, mesmo olhando para a sua tonalidade já a cair para uns amarelados mais carregados, e reconher que nos parece ser de colheita recente.
Cor amarelo intenso, tonalidade ligeiramente dourada, aspecto límpido e brilhante. No nariz mostra-se a fruta de caroço madura, fruta de polpa branca e amarela, um citrino perfumado, bem ladeados por toque floral, alguma nota de mel, fruto seco e depois envolto num manto de mineralidade e salinidade. Sempre num registo de elegância e frescura. Algum corpo e volume na prova de boca, com uma acidez repenicada, que trás o vinho para cima, vivaz e pujante, com uma fruta sumarenta, citrino com marca de boca, como toranja e até algum marmelo, a secar um pouco o palato, notas de barrica completamente ligadas e com final de boca longo.
Dedicaria este branco a prato de peixe e marisco com alguma complexidade, gordura e sabor intenso. Um arroz de marisco e tamboril, uma sopa de peixe ou um bacalhau à lagueiro.
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