Duas regiões, dois enólogos, um vinho. Os enólogos Anselmo Mendes e Diogo Lopes criam um vinho a partir de duas expressões distintas da casta Alvarinho. A casta Alvarinho com origem em vinhas de Monção e outra com origem em vinhas da região de Lisboa.
Expressões diferentes da mesma casta que, apesar da distância entre as regiões onde nascem, mostram, no caso do Alvarinho de Monção, uma constante confirmação da elevada qualidade dos vinhos que dela resultam e, no caso do Alvarinho do terroir de Lisboa, um constante reconhecimento e afirmação do qualidade do vinho ali produzido.
ADEGAMÃE 221 2015 BRANCO | VINHO DE MESA | 12,5% | PVP 25€
ALVARINHO
ADEGAMÃE - SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
17
Um blend 50/50 da casta Alvarinho de Monção e de Lisboa com fermentação independente em barricas de carvalho francês.
Cor amarelo citrino, aberto, esverdeados leves, aspecto limpo e brilhante. No nariz revela muita complexidade, desafiante, com citrinos, toranja definida, algum melaço e um aroma a pedra molhada, toque salino e envolvência fresca. Expressivo de boca, mostra-se ainda muito jovem, irreverente, com volume, mastigável, com a fruta citrina e de polpa amarela madura bem colocada, traço mineral, novamente algum salino, a mostrar futuro, potencial de guarda e com um final de boca duradouro.
Mas o nervosismo só começaria após a apresentação do vinho. A harmonização ia ser feita com a famosa lampreia. Um arroz de lampreia cozinhado pelo "Chef" Anselmo Mendes, que não teve qualquer dúvida ou receio em afirmar que este momento o deixava mais nervoso do que o lançamento do 221.
Lampreias fêmeas, limpas e preparadas a preceito, com saber familiar, que chega à mesa em fumegantes travessas. Com vinagre a gosto no momento, passou claramente o teste dos convivas pois, no final, nem lampreia, nem arroz. Parabéns também aqui pelo prato e pelos conselhos na preparação desta iguaria de terras minhotas.
A ligação 221 com a lampreia foi casamento abençoado. Muito equilibrado e sem haver um roubar de protagonismo quer de um lado quer do outro. O vinho permite que toda a complexidade do prato seja muito bem incorporada pelos sentidos e nos faça continuar no vinho e no prato sem haja enfado.
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