BAGA, TOURIGA NACIONAL
QUINTA DA MATA FIDALGA - AUGUSTO VIRGILIO DE SOUSA
16,5
Qualquer enófilo sente um formigueiro nervoso quando, após muitos anos de guarda, decide abrir a garrafa para provar o vinho e verificar se valeu a pena esperar. Este foi daqueles casos que só tenho pena de não ter mais garrafas.
A rolha sai praticamente na perfeição e ao usar o decanter os aromas deste néctar dão origem a um sorriso largo e a uma certeza que o tempo foi generoso. Acordou tal qual a Bela Adormecida.
Cor vermelho aberto, alguns laranjas discretos, ainda de aspecto jovem para a data da colheita, alguns violetas e granadas sólidos. No nariz com a fruta ainda bem bonita, fruta preta e azul, madura e distinta, com notas de barrica completamente integradas, especiaria exótica, fina, balsâmico fresco, desafiante. Vivaço de boca, corpo médio, envolvente, macio ao toque, com acidez em bom plano, tanino domado, fruta ainda presente, equilibrado e elegante. Final de boca longo.
A ligação à perna de borrego à marroquina foi excepcional.
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