ALICANTE BOUSCHET, TOURIGA NACIONAL, SYRAH, ARAGONEZ, TRINCADEIRA, TOURIGA FRANCA, CABERNET SAUVIGNON
ESPORÃO, SA
17,5
Um dos vinhos que me habituei a seguir, ano após ano, lançou recentemente no mercado a sua mais recente colheita. É sempre com alguma expectativa que, para além de querer provar e beber o novo vinho, aguardo pela imagem com que será lançado. Este ano o rótulo ficou a cargo da artista/fotógrafa Anne Geene que parece querer reforçar a mensagem de aposta no projecto de lugar à biodiversidade, às prátcas agrícolas sustentáveis e gestão eficiente dos recursos naturais.
Quanto ao vinho, muito de acordo com a identidade e perfil que foi criando ao longo do tempo, mostra mais uma vez um vinho que não engana e que não deixa ninguém insatisfeito, aliando a isso, o elevado potencial de guarda que lhe reconheço.
Cor vermelho rubi intenso, concentrado, com reflexos luminosos mais abertos, aspecto límpido e jovem. Nariz onde destaco a fruta vermelha e preta bem madura, fresca e definida, algum compotado, bem casada com notas torradas bem medidas, algum café, com uma camada especiada e balsâmicos bem colocados, caixa de tabaco,envolvendo com frescura todo o bouquet. Na boca temos um tinto carnudo, com estrutura e textura, num equilibrio muito bom entre este corpo, acidez, cremosida e a fruta, mais uma vez, muito bonita e fresca. Tanino polido, denso, com algum cacau em fundo e com término de boca longo e persistente.
Sem dúvida para se colocar em cima de uma mesa com pratos com complexidade e estrutura, carnes de vermelhas, receituário de caça e alguns queijos para a sobremesa.
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