TINTA AMARELA, TNTA RORIZ, TOURIGA FRANCA, TOURIGA NACIONAL
QUINTA DE ARCOSSÓ SOCIEDADE VITIVINÍCOLA, LDA
16,5
A colheita 2021 deste néctar transmontano, a mais recente no mercado, passa por um longo período de descanso até nos chegar ao copo. Numa primeira fase, 12 meses estágio em barricas de carvalho francês e americano, seguindo-se a esta mais 18 meses de sono de beleza em garrafa e em cave. Ainda assim, chega ao nosso copo com tanta energia e vida que poderíamos pensar ser de colheita mais recente, mas é o seu perfil desde sempre, um daqueles vinhos que temos a certeza ser de guarda e que, com um bocadinho de sorte, irá durar uma vida.
Gosto dele com pratos fortes, carnes de caça, javali, daquele que fica a cozinhar por longas horas e nos chega ao prato cheio de sabor, ainda com caldo e com muita leguminosa a acompanhar. Beba-se à temperatura ambiente de uma adega de lar transmontano nesta época do ano. Um vinho de inverno, de conforto e de tradição gastronómica regional. Não há como enganar.
Cor vermelho rubi intenso, média concentração embora mais denso e escuro, aspecto límpido e jovem. No plano aromático oferece intensas notas de fruta vermelha e preta silvestre maduras, ainda com algum destaque sobre o restante bouquet, mas de mão dada com as notas florais mais frescas, violeta e esteva, assim como feliz na aliança com as notas da passagem por barrica, sobressaindo algum fumo, especiarias, folha de tabaco, notas balsâmicas e um ligeiro toque a tinta-da-china muito subtil, mas peculiar. Boca corpulenta, estruturada e mais gorda, textura macia, com ligeiro registo rústico e mordiscável, acidez vivaz, secura salivante, dono de fruta sumarenta e jovem, tanino firme e polido, com término final de boca persistente e longo.
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