terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Prova de Vinhos Lima Mayer - CAV

No passado dia 16-12-2011, estive presente na prova de vinhos da Lima Mayer na garrafeira Coisas do Arco do Vinho com a presença do produtor Thomaz de Lima Mayer. Esta foi a minha primeira prova nesta garrafeira agora sob nova gestão de João Paulo Farinha. Nota-se ainda alguma falta de experiência na condução deste tipo de evento, todavia contrabalançada com muita vontade, muita disponibilidade e coragem no abraçar deste novo projecto. No próximo evento lá estarei outra vez.
A prova de vinhos tinha como especial actractivo o premiado "Petit Verdot" com reduzidíssima produção de apenas 1800 garrafas resultado de uma criteriosa selecção, em que pontuaram os mais exigentes critérios de qualidade. 
Lima Mayer Rosé 2010 (Rosé): Apresenta cor rosada intensa, brilhante e atractiva. No nariz surpreende com a magnifica intensidade a frutos vermelhos fresco de framboesa e morangos. Cheira a Verão. Na boca mostra-se de toque suave, macio, com continuidade da fruta fresca, leve e com um final curto mas muito refrescante. (75/100) 
Preço: 5,80€ 

Lima Mayer Petit Verdot 2008 (Tinto): De cor vermelho escuro, média concentração e de aspecto limpido.Apresenta aromas cheios a frutos pretos, ameixas bastante maduras, amoras silvestres pretas, maduras, maceradas pelas mãos, com tosta e fumados bem casados. Na boca nota de alguma secura inicial, gordo, complexo, enche a boca com toque macio e commuita elegancia. Final longo. Um vinho que estará ainda melhor dentro de um ou dois anos, mas que nos presenteia já com alto nível. (88/100)
Preço: 33€

Lima Mayer Reserva 2007 (Tinto): No copo revela tonalidades de vermelho, granada escuros, não completamente opaco, de aspecto límpido e com lágrima persistente. Nariz rico a fruta silvestre vermelha e preta bem madura, com muita amora, madeira bem casada, perfume levemente floral e cativante. Na boca um vinho com corpo, cheio, com toque de boca macio, pronto a beber e perfeito para guardar. O que fazer? Tem um final de boca longo, ficando notas de cacau, tostados e especiarias no copo vazio e na boca. (91/100).  
Preço: 36€

sábado, 24 de dezembro de 2011

Um Feliz Natal a Todos

Um Feliz Natal a todos os nossos leitores, amigos, seguidores, comentadores e a todos os amantes desta nossa Paixão. Tchim, Tchim. Comam bem, Bebam melhor, mas com moderação.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ervideira Lusitano Seleção 2010

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Trincadeira, Aragonês e Cabernet Sauvignon
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Ervideira Soc. Agrícola, Lda
Preço: 3 € vap

Nota de Prova

Apresenta cor rubi, limpo, com laivos violeta denotando principalmente a sua juventude. No nariz continuamos dentro de um perfil jovem, com aromas predominantemente frutados, assinalando-se a presença de groselhas, amoras e ameixas maduras. Na boca revela-se equilibrado, muito directo, suave no palato, jovem e actractivo, sem surpreender quem o bebe pois é esta experiência que se esperava, mas sem dúvida que cumprido o seu papel e dando prazer na sua prova e degustação. Indicado para o dia a dia pela sua relação qualidade - preço.

Classificação: 75/100

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Monte da Penha 2008

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional, Trincadeira, Aragonês e Alicante Bouschet
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 13,5 %
Produtor: Monte da Penha - Francisco B. Fino
Preço: - € vap

Nota de Prova
Apresenta cor rubi, correcta, com ligeiros violetas no bordo do copo. Nariz com intensidade a frutos vermelhos e pretos maduros, ainda com muita frescura, alguns torrados , especiarias e cacau. Boca redonda, fácil de se gostar, firmeza e equilíbrio em destaque. Termina com frescura de média duração. Feito para agradar. Não destoa à mesa e acompanha muito bem a gastronomia portuguesa.

Classificação: 79/100

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Montefino 2007

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional, Trincadeira, Aragonês e Alicante Bouschet
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 13 %
Produtor: Monte da Penha - Francisco B. Fino
Preço: 6 € vap

Nota de Prova

Gostei deste Montefino 2007 que apresenta uma excelente relação qualidade preço, uma evolução aromática em copo muito interessante e um final de boca longo e elegante.
Aromas inicialmente mais fechados, mas que foram evoluindo ao longo do tempo em copo, apresentado-se muito floral e frutado, com leve tosta e especiaria. Na boca continuidade das características frutadas, com taninos que logo no inicio dizem presente mas que não marcam pela austeridade, mas sim por adicionar estrutura, complexidade e elegância ao vinho. Com já referi tem um final muito interessante, muito fino e elegante.

Classificação: 80/100

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

EDIÇÃO ESPECIAL CÁLEM COLHEITA 1961

No ano em que o Sport Lisboa e Benfica comemora os 50 Anos da Conquista da Primeira Taça dos Campeões Europeus (1961-2011), a marca de vinho do Porto Cálem apresenta uma edição especial “Colheita 1961” e limitada a 200 garrafas criteriosamente numeradas. Já amanhã ( 20 de Dezembro 2011) pelas 17:00h está agendada a apresentação oficial deste novíssimo produto com a presença de elementos da Direcção do clube, no Estádio da Luz em Lisboa.
Num reconhecimento à história que nos inspira no presente, a Cálem une-se ao Sport Lisboa e Benfica na celebração dos 50 anos da conquista da primeira Taça dos Campeões Europeus com um vinho de reconhecida e elevada qualidade. Uma conquista inesquecível de uma instituição de referência é assinalada por uma edição limitada de 200 garrafas de Cálem Colheita 1961.
Este Colheita de qualidade Premium e excecional apresenta um nariz rico e elegante, delicadamente dominado pelas notas de fruta seca, especiarias e mel. Na boca é um vinho firme e encorpado, detentor de uma poderosa estrutura e de uma harmoniosa acidez que persistem no longo e saboroso final.
Esta edição especial de singular identidade é uma mistura de sabores gloriosos que brinda e brindará ao sucesso e sucessos deste reconhecido clube. No próximo dia 20 de Dezembro 2011 pelas 17:00h está agendada a apresentação oficial deste novíssimo produto com a presença de elementos da Direcção do clube, no Estádio da Luz em Lisboa.
A comercialização desta edição especial, sob o cunho do enólogo Pedro Sá, será assegurada pela marca e o clube. Estará a venda nas principais garrafeiras dos pais e lojas oficiais do Benfica, com preço de venda ao público de 295 euros por unidade.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Relíquia Aguardente Vínica Velha

Características
Tipo: Aguardente Vinica Velha
Teor Alcoólico: 40 %
Produtor: Caves do Freixo
Preço: 20€ vap

Nota de Prova
Envelhecida lentamente em cascos de carvalho durante 15 anos esta aguardente vínica velha é uma verdadeira surpresa e uma excelente opção no que se refere à relação preço / qualidade. Apresenta uma cor âmbar mais escurecida, tipo caramelo liquido, muito atractiva. Aromas intensos a caramelos, melaço, frutos secos e passa, muito elegante, enquanto igualmente complexo. Inebriante. Na boca destaco o toque cremoso, untuoso, com notas de tosta, continuidade dos toques caramelizados, bom sentido do estágio em madeira. Um final de boca elegante e persistente.

Classificação: 18

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pinhal da Torre: Visita à Quinta de São João

No passado dia 19 de Novembro, a convite do produtor Paulo Saturnino Cunha, tive o prazer de fazer parte do grupo que visitou a Quinta de São João, em Alpiarça. No centro do Ribatejo, localizam-se as duas quintas da Pinhal da Torre: a Quinta de São João com 22 hectares e a Quinta do Alqueve, com uma ocupação de 36 hectares. Na Quinta de São João é concentrada toda a produção de vinhos numa adega histórica que, construída em 1947, é referência em toda a região. A Filosofia desta casa prima pela alta qualidade e forte personalidade dos seus vinhos, algo que está bem patente nas três palavras que nos podem acompanhar numa visita ao site da Pinhal da Torre: Pureza, Elegância e Personalidade. 
 
 
Fomos recebidos e acompanhados pelo próprio Paulo Saturnino Cunha que nos guião numa viagem comentada por todo o complexo. Desde os antigos e únicos lagares dispostos logo à entrada, passando pelo mais modernos de inox, pela área de engarrafamento, rotulagem e aprovisionamento, descendo à adega está actualmente em fase de remodelação pelo renomado arquitecto Isay Weinfeld, que irá transformar o espaço numa adega singular, que incluirá também um restaurante e uma loja de vinhos.
 
 Fomos de seguida para a zona de provas, onde começamos pelos actualmente disponíveis no mercado até uma prova dos que aí vêm do ano de 2009 já com o dedo do Enólogo Russell Burns.

Quinta do Alqueve Fernão Pires 2010 (Branco): Cor citrina pálida, brilhante, e de aspecto límpido. Aromas intensos a fruta exótica como do ananás e o citrino da lima, muito directo e fresco. Boca com acidez refrescante, meio seco, com continuidade da fruta revelada no nariz. Boa persistencia e elegante.
85/100

Quinta do Alqueve Chardonnay 2010 (Branco): Cor citrina, clara e cativante. Aromas a fruta citrina, algum alperce e demais fruta doce, sem madeira, muito limpo. Boca com frescura, com acidez em bom nível, com presença da fruta, equilibrado e persistência final de média duração
80/100

2 Worlds 2010 (Branco): Um branco já com passagem por madeira, de cor citrina, límpido e revelando ligeiros esverdeados. Aromas mais discretos a fruta tropical, leves fumados e maior complexidade que os anteriores. Boca com alguma untuosidade, mais cheio, mantendo todavia uma frescura muito interessante. Final de boca longo, persistente e marcante.
86/100  

Quinta do Alqueve Reserva 2008 (Tinto): Apresenta cor rubi, com ligeiros violetas no bordo do copo. Aromas com muita fruta madura, revelando frescura, ligeiros fumados, jovem mas já com alguma complexidade e equlibrio. Boca gulosa, cheio, revelando fruta limpa e com valor gastronómico. O primeiro tinto subiu desde logo a expectativa para os seguintes.
88/100 

Quinta de São João 2008 (Tinto): Dentro do mesmo segmento que o anterior, com um rubi mais fechado e concentrado, denotando uns violetas mais carregados. Aromas igualmente com muita fruta, fumados, algum chocolate e boca também muito prazeirosa, com boa fruta, frescura e equilíbrio. Final de média duração.
88/100

Quinta do Alqueve Touriga Nacional 2008 (Tinto): A Touriga Nacional aparece aqui muito bem representada. Cor rubi, correcta, límpida e atraente. Aromas a fruta vermelha e preta madura, notas florais e especiadas, perfume muito delicado. Na boca revela-se muito frutado, limpo, com boca larga, muito equilibrado e seguro. Boca persistente e com frescura. 
89/100 

Quinta do Alqueve Touriga Nacional / Syrah 2008 (Tinto): O casamento com a Syrah apenas veio melhorar o conjunto. A cor rubi avermelhado muito límpida serve como primeiro chamamento. No nariz a intensidade da fruta, bem mesclado com ligeiro vegetal, delicioso terroso, tudo muito bem trabalhado e composto finalizado de forma elegante e comprida.
90/100 

Quinta de São João Syrah 2008 (Tinto): O último dos rotulados foi para mim uma surpresa pela positiva. Que vinho. uma boca farta, cheia, com a fruta no ponto certo, o nível de acidez perfeito e revelando-e muito fresco. Ainda não está perfeito mas esperem mais um ano ou depois e depois convidem-me para um copo... ou dois.
92/100 

Quinta do Alqueve Touriga Nacional 2009 (Tinto): Wow... This isn't bottled yet? Apesar de apenas referir a casta Touriga Nacional este conta com uma mínima percentagem de Merlot. Este é sem dúvida um degrau acima do seu irmão de 2008. Intenso aromaticamnete. Mais harmonioso e mais elegante. E apenas prova de barrica.
 90/100

Quinta de São João Syrah 2009 (Tinto): Alta qualidade. Um primeiro impacto com algum vegetal, demonstrando muita força, pujante e intenso. A fruta de qualidade está presente na dose certa, com muita frescura, muito equilíbrio e duradouro. Será mais um a ter de contar à mesa, com boa gastronomia e com a certeza de que mais uns anos em garrafa apenas lhe irão fazer bem.
91/100 

Quinta de São João Grande Reserva 2009 (Tinto): Este deixou-me de boca aberta, ou melhor, bem fechada para aproveitar cada gota deste delicioso néctar. Composto por um blend de Syrah, Touriga Nacional e Merlot, o resultado é um vinho com uma estrutura acima da média, muito equilibrado e com uma frescura enorme. Como se nota o tal dedinho de Russell.
93/100 

Special 2009 (Tinto): Se o anterior classifiquei com sendo um vinho de 5 estrelas, aqui perdi-me complemente. Mais uma vez a Syrah, a Touriga Nacional e a Merlot (em barricas novas) a mostrarem um potencial de outro mundo nas mãos deste enólogo. Que vivacidade, elegância e frescura extraordinárias. Que nos reservará esta amostra de barrica com algum tempo de descanso em garrafa? Sem dúvida um dos grandes vinhos desta casa.
94/100

Final da prova de vinhos, inicio do repasto gastronómico constituído pelo saboroso porco no espeto acompanhado por muito boa conversa e claro, vinhos da Pinhal da Torre.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Periquita Reserva 2007

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Castelão, Touriga Nacional e Touriga Franca
Região: Península de Setúbal
Teor Alcoólico: 13 %
Produtor: José Maria da Fonseca Vinhos, SA
Preço: € vap

Nota de Prova
Esta marca, que já faz parte da História de Portugal (em termos vínicos) aparece revitalizada com o "Reserva" e com o magnifico "Superyor". Este reserva de 2007 é um regalo para quem gosta de vinhos do tipo gastronómicos. Menos de um ano de estágio em madeira nova e usada serviram na perfeição para dotar este vinho de aromas e sabores mais especiados sem que isso ofusque o seu lado mais frutado da prova. Bom trabalho enológico.

Classificação: 77/100

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Adega de Borba Premium 2006

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Trincadeira, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 14 %
Produtor: Adega Cooperativa de Borba, C.R.L.
Preço: 7 € vap

Nota de Prova
Inesperada Surpresa e uma notável prova de que existe qualidade "aos molhos" em algumas Adegas Cooperativas. Um vinho contra famas infundadas na contemporaneidade. Este vinho é um must de expressão aromática, fruta madura, fresca (bela acidez), especiaria típica do estágio em barrica, cacau, bastante exótico. Cheio de garra na boca, este vinho conquistou-me e não deixará de agradar nem ao mais distraído enófilo. Boa apresentação.

Classificação: 80/100

domingo, 4 de dezembro de 2011

Moscatel de Setubal 1955 Superior

Características
Tipo: Moscatel
Castas: Moscatel
Região: Península de Setúbal
Teor Alcoólico: 18 %
Produtor: José Maria da Fonseca
Preço:  € vap

Nota de Prova
Esta foi sem dúvida uma prova inesperada. No passado dia 22 de Outubro, praticamente no final do almoço do evento Wine Bloggers na José Maria da Fonseca, o Eng Domingos Soares Franco anunciou ter uma surpresa preparada. Ausentou-se por breves minutos e regressou com uma garrafa coberta em folha de alumínio, uma pequena introdução e serviu os presentes. Assim que caiu ao copo revelou uma cor âmbar carregada pelo tempo, com matizes castanha e esverdeadas, muito límpido, com lágrima muito definida e lenta, licorosa. Nariz exuberante, complexo, que me envolvia a cada segundo. Notas de fruta confeitada, muito floral, tosta e caramelo. Extraordinário. Na boca demonstrou corpo, untuoso ao toque, como veludo e espesso. Casca de laranja confeitada, mel ou mesmo melaço, daquele que fica no fundo do frasco, poderoso. Incrível também a frescura que mantém na prova de boca. Abstraio-me um pouco do que continua a decorrer à minha volta. Simplesmente fantástico.
Pouco depois a garrafa é descoberta. Alguém já tinha dito em tom adivinhatório, Moscatel 1955. Confirmadíssimo.

Classificação: 98/100

sábado, 3 de dezembro de 2011

Adegga Wine Market 2011: Prova na Sala Premium

O Adegga Wine Market 2011 teve este ano como grande novidade a inclusão de uma Sala Premium cujo conceito foi, mediante o pagamento de 20€, aceder a um prova exclusiva e vinhos e topo de Gama e Portos antigos incluindo vintages e colheitas. Sem dúvida uma oportunidade única para provar determinados néctares. Em grupos de 10 pessoas, e em 45 minutos,  eram servidas e comentadas pelo Escanção e Sommelier Manuel Moreira estas preciosidades. Na minha opinião pouco tempo para conseguir desfrutar em plenitude de tamanha oportunidade, mas louve-se a iniciativa. Para o ano será ainda melhor.
Estiveram em prova os seguintes vinhos e pela ordem apresentada:

Ex-Aequo 2008 [Lisboa]
Cor rubi fechada, com leves violetas nos bordos do copo. Aromas limpos, com boa fruta, madura e com bom casamento com o estágio em madeira. Notas de chocolate, cacau e evidentes especiarias. Na boca apresenta-se com alguma secura, com continuidade da fruta, da sensação de chocolate e da boa harmonização com a madeira. Final de boca comprido, persistente e seco.

Cortes de Cima Incógnito 2008 [Alentejo]
Cor rubi escuro,as não completamente opaco. Aspecto muito límpido. Intenso no nariz a fruta vermelha e preta bem madura, com notas fumadas, algum vegetal e terra. Madeira bem casada e especiarias presentes. Boca com taninos suaves, seda, com continuidade de muita fruta em perfeito equilíbrio com a madeira, as especiarias e uma acidez viva. Final de boca longo.

Cortes de Cima Reserva 2008 [Alentejo]
Cor rubi mais concentrado que o anterior, igualmente de aspecto limpo e cativante. Aromas sedutores a fruta vermelha e preta bem casada, com notas de chocolate e cacau, ligeiros baunilhado e madeira bem casada. Boca em veludo, untuoso, corpulento, com continuidade da fruta madura e das sensações de chocolate. Acho-o perfeito. Um final de boca seco e comprido, um nunca acabar de boca. 

Herdade do Peso Ícone 2007 [Alentejo]
Chega-se a nós com uma cor profunda e concentrada, com ligeiras nuances violeta, límpido e com lágrima muito definida. Aromas de uma exuberância marcante, com frutos vermelho e pretos bem maduros bem presentes, embora o destaque vá para os frutos pretos. As especiarias continuam presentes, mas a caixa de tabaco é agora também sentida. Grande complexidade aromática que se verifica também na boca. Complexo. Grande estrutura e equilíbrio, com muita fruta fresca e um final longo, longo.

Niepoort Robustus 2007 [Douro]
Cor rubi concentrado e opaco com ligeiros violetas no bordo do copo. Exuberante nos aromas a fruta preta do bosque bem madura e fruta silvestre igualmente bem madura, com notas de fumo, especiarias, cacau e madeira tudo em excelência. Na boca revela-se poderoso, opulento, com a fruta em grande evidencia, tudo muito redondo, fresco e com garra para continuar a envelhecer em garrafa com qualidade. O final um estrondo e inacabável.

Niepoort Robustus 2005 [Douro]
Cor rubi concentrado, escuro. Aromas mais contidos embora ainda com a intensidade da fruta vermelha e preta bem madura, com notas de especiarias e mais madeira. Na boca revelou-se com mais aspereza, mais seco e consequentemente com um final mais curto que o 2007. A nota de boca acaba por ser um pouco condicionada a esta secura mais pronunciada e evidente.

Niepoort Robustus 2004 [Douro]
Cor de um rubi carregado, fechado e opaco. Aromas intensos a fruta madura silvestre e frutas do bosque pretas, com algumas notas vegetais e notas evidentes a especiarias. Regressam os aromas a terra e a fumados.Na boca toque de veludo, seda bem conjugados com a fruta madura, com muita frescura, muito redondo e equilibrado. Muito elegante, isto é, essencialmente elegante e fresco. Um final de excelência, comprido e persistente.

Niepoort Robustus 1990 [Douro]
A expectativa era grande. Talvez toda a história à volta deste Robustus o engrandeça ainda mais, nos faça activar as papilas gustativas só de pensar na possibilidade de o provar. Sei lá. O facto é que agora que o provei posso alinhar pela opinião dos que já tiveram esse privilégio. Continuamos a sentir a fruta quer no plano aromático, quer na boca. Cor tijolada, aromas com frutas madura, todavia já com notas de aromas terciários, algum couro. Boca larga, encorpado, vivaz e ainda com muita pujança. Um final persistente.

Niepoort Colheita 1976 [Porto]
Cor âmbar brilhante, muito límpido, com ligeiros laivos alaranjados. Aromas fruta seca, amêndoas, mel e toque a iodo. Boca untuosa, com toque de veludo, muito equilíbrio entre álcool, acidez e doçura. Apresenta ainda uma frescura notável e alguma secura no final.
Poças Colheita 1976 [Porto]
Cor âmbar translucida, com alaranjados no bordo do copo. Aromas frescos com fruta passa e seca, nozes e avelãs em destaque. Na boca apresenta-se corpulento, gordo, enche a boca,com notas evidentes de mel, menos fruta na boca do que no nariz e alguma explosão do álcool por cima do restante conjunto. Final comprido e fresco.

Villar d’Allen 20 Years [Porto]
Um Tawny 20 anos em forma. Cor âmbar acastanhado com laivos esverdeados muito leves, de aspecto límpido e brilhante. Nariz de intensidade média, com fruta seca e passa, mel e algum tostado com caramelo. Boca untuosa, toque meloso, com uma doçura acima do álcool e da acidez mas não sendo em exagero. Final de boca adocicado, persistente e comprido.

Agrellos 40 Years (Bottled in 1988) [Porto]
Cor âmbar com tonalidades castanhas esverdeadas, aspecto límpido com lágrima muito definida. Aromas exuberantes a frutos secos como a nozes, avelãs e amêndoas, com ligeiro químico e iodado. Na boca está gigante e poderoso. Equilibrado, com uma vivacidade extraordinária para a idade e com a fruta seca e passa bem casada com as notas de mel. Um final de boca longo, longo.


Graham’s Vintage 1970 Private Cellar [Porto]
Cor avermelhada, muito límpida e translucida. Aromas a uva passa, ameixa preta passa, figos secos, tudo um pouco escondido. Na boca melhora, é cheio, com alguma untuosidade, ainda com notas de fruta madura bem presente. Num vinho de 40 anos... incrível frescura e elegância.

Graham’s Colheita 1969 Special Edition [Porto]
Cor âmbar com laivos esverdeados e aromas a fruta passa, como o alperce, e a fruta seca, como as nozes e amêndoas, bem entrelaçados com as notas doces do mel e da laranja confeitada. Na boca primeiro toque de veludo e um pouco untuoso e gordo, alguma explosão de álcool mas desaparecendo de imediato. Continuidade da fruta, com notas de mel, toffee e caramelos. Faz lembrar um pouco os caramelos da Régua. Final persistente.

Ferreira Porto Vintage 1863 [Porto]
Que cor!!! Um dourado com reflexos, muito leves, de tonalidade verde claro, translúcido. Aromas com boa intensidade, com notas de verniz, iodo, uma acidez química mesclada por entre a fruta seca, com muita noz. Na boca porta-se como se fosse mais novo, com uma acidez acutilante e demonstrativa da sua constituição com algumas castas brancas. Um final de boca fresco, químico e persistente.

Por fim, e devido a um atraso na entrega, provei o Esporão Private Selection 2007, já fora da Sala Premium, tendo passado cerca de 15 minutos, mas a ser chamado para que a contenda ficasse completa. Assim vale a pena!

Esporão Private Selection 2007 [Alentejo]
Cor rubi  muito concentrada, praticamente opaca, negra. Aromas instensos a fruta vermelha e preta bem madura, com notas evidentes de tosta, café, ligeiro toffe e cacau. Especiarias presentes em fundo. Muito bom. Na boca surpreende-nos pujante, com força, com taninos a dizer presente mas de toque já bastante polido e redondo. Gostei do final de boca e da certeza que vai continuar em garrafa com grande qualidade por mais uns anos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Adegga Wine Market 2011

O Adegga Wine Market está de boa saúde e recomenda-se. Um evento diferente nas ideias, nos participantes e no espaço. Começamos pelo copo que sem dúvida é o que mais qualidade oferece em relação aos eventos vinicus que actualmente temos em Portugal, depois diferente também pelo espaço descontraído, leve, arejado (embora mais o piso térreo) e com os sofás a chamarem o corpo ao descanso merecido. Por outro lado, com os produtores muito mais próximos dos visitantes, sem cartas nas mangas, com possibilidade de compra de qualquer um dos vinhos em prova no próprio evento e com a grande novidade deste ano: a Sala Premium. Que tal dois dias para o ano? Isso é que era.