terça-feira, 30 de abril de 2013

Tiago Cabaço BD 2011

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Semillon e Sauvignon Blanc
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 12%
Produtor: Tiago Mateus Cabaço e Cabaço
Preço: 7€ vap

Nota de Prova
Este é um Branco Doce alentejano diferente. Como o próprio produtor informa, apesar de branco e doce não é um colheita tardia. Será antes um colheita antecipada, mas com a fermentação interrompida por forma a preservar toda a frescura da uva e potenciar um vinho cheio de vida, leveza e frescura. Cor amarelo citrino pálido. Aromas plenos de frescura, fruta fresca, floral, leve toque mineral. Na boca surpreende com a dose certa entre o doce e a frescura, um doce fino e elegante, com uma frescura e acidez repenicada. Macio ao toque, ligeiro untuoso, brilha de facto quando o saboreamos. Um branco doce que se mantém fresco até final, não causando fartura. Procurem-no e aproveitem o tempo quente para o degustar.

Classificação: 89/100

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Julia Kemper Touriga Nacional 2010

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional
Região: Dão
Teor Alcoólico: 13,5%
Produtor: Cesce - Soc. Agrícola, Exploração, Transformação e comercialização Agrícola, SA
Preço: 19,60€ vap

Nota de Prova
Quando fitei o rótulo deste Dão em tonalidades violeta e dourados confesso que senti aquela vontade que já ouvi descrever a certos consumidores. -"Escolho pelo Rótulo" - E eu escolhi também. Confesso que hoje penso ter sido uma escolha acertada, mas triste por perceber que esperando mais um ou dois anos teria tido ainda maior sorte. Encontrei uma vinho de nuances purpura, violetas intensos, escuros e concentrados. No nariz o que descrevo como um perfume floral, violetas, fruta preta bem madura, com boa tosta, pão torrado e notas de café torrado. A boca, em crescendo, um vinho corpulento, com grande estrutura para muitos anos de longevidade, muita vida, frescura e acidez. Final longo, com elegância e término com ligeira secura. A guardar na garrafeira por mais um ano e depois chame uns amigos.

Classificação: 88/100

domingo, 28 de abril de 2013

Contemporal Douro 2010 Reserva Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca
Região: Douro
Teor Alcoólico: 14,5%
Produtor: Castelinho Distribuição, SA
Preço: 3,99€ vap

Nota de Prova
Este é o tipo de vinho que normalmente não surge nos Blogs. Vinho "marca da casa" do Continente, barato, com rótulo pouco chamativo e normalmente visto como produto de produção em massa e de baixa qualidade. Como não o provei/bebi em prova cega confesso que me senti um pouco condicionado por tudo isso, mas ao mesmo tempo curioso e determinado em saber se, em verdadeiro momento de crise económica, as opções "low cost" estariam ou não à altura. Mimei-o exactamente da mesma forma que outros. Copo adequado, temperatura correcta, tempo de abertura e gastronomia. O facto é que não se portou mal. O resultado está muito interessante, correcto e pode em prova cega levar muitos a pensar num vinho de produtor próprio. Continuo a não gostar da rolha e da intensidade madurona do mesmo, todavia surpreendeu-me pela positiva. Cor rubi, concentrado e opaco no núcleo, sendo mais aberto no bordo do copo. No nariz fruta vermelha bastante madura, intenso, notas e cacau, especiarias e agradáveis florais. Na boca continuamos num perfil madurão, ameixas pretas, cerejas maduras e alguma ginga. Nota-se um pouco o alcool, mas não em demasia. Melhor acompanhado de comida do que a solo. Na minha opinião... a beber jovem.

Classificação: 80/100

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Fosco 2007 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional e Syrah
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 14%
Produtor: Sociedade Agrícola da Herdade do Arrepiado, SA
Preço: 6€ vap

Nota de Prova
Esta garrafa andou meio esquecida , meio perdida na minha garrafeira por algum tempo. Alguns anos. Resolvi arrancá-la do leito onde descansava e ver o que o tempo lhe havia feito. 
Cor rubi, ainda bastante concentrado no núcleo, com bordo do copo a apresentar definidos violetas. No nariz a fruta vermelha madura e as amoras silvestres continuam presentes com boa intensidade, alguma ameixa preta, notas florais e algum cacau. Na boca está vivo, bem vivo. Com boa acidez e fruta fresca bem casada, algumas notas especiadas e final de boca persistente. Ainda bem. De fosco só tem o nome, pois continua bem vivo.

Classificação: 80/100

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Herdade do Esporão Duas Castas 2012

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Roupeiro e Arinto
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 14%
Produtor: Esporão, SA
Preço: 7,99€ vap

Agradecimento
Uma palavra de agradecimento à Esporão, SA pela atenção demonstrada para com o Blog Comer, Beber e Lazer na oferta para prova desta garrafa.

Nota de Prova
Cor amarelo citrino, leves nuances esverdeadas, aspecto límpido e brilhante. No nariz boa intensidade a fruta citrina, maça verde, pitada de marmelo maduro e muito fresco. Frescura que continua depois na prova de boca, com perfil muito frutado, acidez no ponto, com corpulência e maciez. Tem um toque de elegância muito interessante e acaba mesmo por ser um pouco guloso. O final de boca é persistente e fresco. Ideal para este verão, sozinho ou com gastronomia.

Classificação: 89/100

terça-feira, 23 de abril de 2013

Herdade de Torais | Visita e Prova das Novas Colheitas

A Herdade de Torais encontra-se localizada em pleno Alentejo, entre Montemor-o-Novo e Évora , a pouco mais de uma hora de distância de Lisboa. Pertence à Sociedade Agricola de Torais Lda. de que é sócio principal Fernando Pedro Pereira Coutinho. Numa área de cerca de 200 hectares dedicam-se à exploração de cereais, pastagens, gado bovino e, mais recentemente, vinha e vinho. Estes dois últimos foram a razão da visita de um pequeno grupo de Bloggers no passado dia 6 de Abril de 2013.

Visitar a Herdade de Torais para a primeira apresentação do Torais Branco 2012 e prova de vinhos TORAIS – Tinto, Branco e Reserva,  provar alguns tintos com mais história nesta casa e perceber o porque dos vinhos da Herdade de Torais serem conhecidos como sendo "Um Alentejo Diferente".

 A vinha com cerca de 20 hectares foi plantada em 2002 e 2003 e faz parte da região DOC Alentejo, subregião de Évora e a produção de vinho foi iniciado em 2004 tendo-se assumido deliberadamente a qualidade de produtor de pequena dimensão, priveligiando-se a qualidade sobre a quantidade. Os enólogos responsáveis são Diogo Campilho e Pedro Pinhão, enólogos da nova geração com o objectivo de produzir vinhos com qualidade e com um perfil constante e reconhecido. Inicialmente produzir um vinho tipicamente alentejano, utilizando as castas Trincadeira e Aragonês. Mais tarde, com o tempo, e no decurso de diversas afinações introduziram-se mais castas no blend. Hoje, o Torais é praticamente feito com Syrah, Alicante Bouschet e Aragonês, nascendo assim a assinatura “Um Alentejo Diferente”.


A visita começou com a chegada ao típico monte alentejano, onde nos esperava o produtor Fernando Pedro Pereira Coutinho. Dia abençoado pelo sol que teimava em sair nos últimos dias e que proporcionou uma primeira parte da prova no exterior, sob o alpendre refrescante e com uma vista soberba sob os campos verdes da Herdade. Aqui provamos o rosé e os brancos.

Torais 2012 Rosé  | Syrah e Touriga Nacional | não se encontra no mercado
Cor rosa intenso, brilhante e de aspecto límpido. Aromas intensos a fruta vermelha fresca, muito morango e framboesas, com notas de cereja. Cheira a verão e apetece beber fresco. Na boca primeira impressão com um travo doce, muito morango, morango, morango, boa acidez e com um final médio. Apesar de ser apenas para consumo da casa é um rosé que chama o verão, que apetece beber e que refresca.

Torais 2012 Branco | Arinto, Antão Vaz e Verdelho | A sair para o mercado mas ainda sem rótulo
Cor amarelo citrino, com tonalidades jovens, aspecto límpido e brilhante. No nariz ainda sobresai alguma madeira sem, no entanto, tapar a notas de fruta citrina e alguns exóticos. No palato sobressai a fruta fresca, o ananás, com boa acidez, ligeira untuosidade no toque e pequeno travo vegetal no final de boca. O final de boca é médio/ longo.

Torais 2011 Branco | Arinto, Antão Vaz e Verdelho | 8,15€
Cor amarelo citrino, nuances esverdeadas, aspecto ainda jovial. Nos aromas menos intensidade da fruta citrina  e exótica, algumas fruta seca, tostados leves, lembra a torrada da manhã. Boca com perfil muito frutado, acidez fresca, limas e toranjas frescas, boa mineralidade e final de boca fresco e elegante. Completo e pronto a beber.

Passámos depois para o interior da casa e para um reconfortante almoço de cozido à portuguesa tendo como companhia os vinhos tintos mais recentes e também os mais antigos. 

Torais 2008 Tinto | Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah e Cabernet Sauvignon | 9,25€
Cor rubi, concentrado e intenso no núcleo, rubis jovens no bordo do copo. Aromaticamente com boa intensidade a fruta vermelha madura, ladeada de notas especiadas, tostados e baunilha. Boca com taninos seguros, com boa corpulência, ligeira nota de untuosidade, fruta fresca, acidez a bom nível e bom casamento entre a madeira e o conjunto. Final de boca longo,e fresco.

Torais 2004 Tinto | Trincadeira e Aragonês | - €
Cor purpura, com nuances que demonstram alguma da sua idade, embora ainda algo concentrado no núcleo e a esconder os seus quase 10 anos. No nariz aparece com boa intensidade, fruta presente, bastante madura, com acidez e frescura e apresentando já algumas notas de couro. Na boca surpreende com a vida que ainda trás consigo, cheio de vida, apesar de alguma marca dos anos, a longevidade está bem cuidada.

Torais 2005 Tinto | Aragonês, Syrah, Trincadeira, Alicante Bouschet e Touriga Nacional | -€
Na minha opinião o tinto no melhor momento para ser bebido e que ainda terá mais alguns anos de vida, de boa vida para dar. Cor rubi, concentrado no núcleo e com menos notas de evolução que o 2004. Bastante menos. Aromas complexos, com muita fruta vermelha e preta madura, ligeiras notas de cacau, café, um toffee com boa tosta e ligeiramente especiado no final. Desafiante. Na boca aparece naturalmente mais jovem que o anterior. Gordo, persistente, grande portento de boca à qual ninguém consegue atribuir os anos que na verdade tem. Afinado, polido e com bastantes anos mais de vida. Final persistente e longo.

Torais Reserva 2007 Tinto | Aragonês, Syrah e Cabernet Sauvignon | 23,50€
Cor rubi, intenso e concentrado no núcleo, aspecto límpido e lágrima persistente. No nariz surgem com boa intensidade a fruta vermelha e preta madura, toques a cacau, notas especiadas e perfil vegetal no final. Boca ainda com uma certa austeridade, taninos marcantes, vivos e opulentos. Talvez tenha sido cedo para o momento ideal, mas causa já muito prazer principalmente quando acompanhado por gastronomia como a de hoje. Final de boca longo e persistente.

Tempo depois para a visita à Herdade, a "cavalo" no tractor, visitámos as vinhas divididas pela autoestrada, e toda a restante propriedade. Imagens de beleza singular e um silêncio barulhento da natureza que nos acompanhou até ao final do dia.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Herdade do Esporão Verdelho 2012

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Verdelho
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 14%
Produtor: Esporão, SA
Preço: 7,99€ vap

Agradecimento
Uma palavra de agradecimento à Esporão, SA pela atenção demonstrada para com o Blog Comer, Beber e Lazer na oferta para prova desta garrafa.

Nota de Prova
Mais um novidade acabadinha de sair da Esporão nos brancos para combater  o calor que se aproxima. Boa opção dentro deste nível de vinhos e ao mesmo preço do 2011.
Cor amarela citrino, com leves nuances esverdeadas, aspecto límpido e brilhante. Aromas com boa intensidade, com os citrinos da lima delicados, leve perfil exótico e fresco. No palato ligeira cremosidade, macio, continuidade da fruta citrina e do perfil fresco e frutado,  acompanhado de um nível de acidez equilibrado e elegância na dose certa.. Continua no mesmo perfil de anos anteriores. Não desilude e para quem conhece é sinónimo de confiança.

Classificação: 88/100

Quinta da Alorna 2010 Colheita Tardia Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Tinta Miúda
Região: Tejo
Teor Alcoólico: 11%
Produtor: Sociedade Agrícola da Alorna, SA
Preço: 13€ vap

Nota de Prova
Sem dúvida uma das boas novidades das que agora surgem no mercado. A Quinta da Alorna, que já conta no seu portefólio com os colheita tardia branco dos últimos anos, surge agora com esta versão tinta, à base de tinta miúda, que encanta de igual forma.
Apresenta cor rubi a fugir para o vermelhão de média intensidade e concentração. No nariz sobejam as frutas vermelhas e os frutos silvestres frescos em toda a sua plenitude. Groselha, amora e morango surgem facilmente no nariz. Faz lembrar um néctar de frutos vermelhos com um toque bem medido do álcool.
Na boca surge macio no toque, elegante e com boa frescura. A fruta volta a marcar boa presença, doce, com uma acidez fina que o mantém sempre muito elegante. Termina longo na boca.
Acompanhado com uma tarte de chocolate crocante portou-se a elevado nível. Experiência a continuar.

Classificação: 85/100

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Allgo 2012 Rosé

Características
Tipo: Vinho Rosé
Castas: Touriga Nacional e Alfrocheiro  
Região: Dão
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: CM Wines Sociedade Vinicola, Lda
Preço: - € vap

Nota de Prova
Allgo me chamou neste vinho. O nome? O rótulo? A cor intensa? A região? Allgo me chamou neste vinho.
Cor rosa intenso, a fugir para o vermelhão, de aspecto límpido e brilhante. Cativa pela cor e continua no aspecto aromático. Fruta vermelha fresca, framboesas e alguma cereja, toque mineral subir o perfil fresco e apelativo. Na boca mostra que quer ser allgo mais do que apenas um rosé para a piscina, bom corpo, estrutura e alguma cremosidade bem ligada com o perfil mineral e fresco do vinho.

Classificação: 16

quarta-feira, 17 de abril de 2013

MALBEC World Day no Las Brasitas

Neste 17 de Abril decorreu a terceira edição do Dia Mundial do Malbec. A celebração internacional dedicada exclusivamente à casta mais representativa dos vinhos da Argentina.
Neste âmbito, a Embaixada da Argentina em Portugal organizou um evento no Restaurante Las Brasitas onde a celebração fosse conjunta entre amigos, vinhos da Argentina e gastronomia argentina. Uma combinação fantástica para um final de dia em grande.

Os vinhos disponíveis para prova e posterior harmonia com o jantar foram:
Finca Flichman Gestos Malbec 2011
Crios Malbec 2011
Benmarco Malbec 2009
Fabre Montmayou Gran Reserva Malbec & Touriga Nacional 2009
Terrazas Reserva Malbec 2010
Trapiche Oak Cask Malbec 2011
Trapiche Varietal Malbec 2011
Amalaya Malbec 2010
Colomé Malbec 2009
Clos de Los Siete 2009
Famiglia Bianchi Malbec 2009
Elsa Malbec 2008
Enzo Bianchi 2005

Será fácil conseguir encontrá-los à venda nas lojas do El Corte Ingles e em espaços de restauração, desde os 4€ aos 36€, desde o entrada de gama até alguns média e topo de gama. Um conjunto de vinhos que ajudou a conhecer melhor esta casta, a grande casta que é a Malbec.
Destaco ainda, pelo motivos óbvios, o  Fabre Montmayou Gran Reserva Malbec & Touriga Nacional 2009, do enólogo português Rui Reguinga, que juntou à Malbec a tão nossa Touriga Nacional. Resultado. Mais frescura e elegância a marcarem bem a diferença e a mostrar também o poder do Malbec em blend com castas menos directas. Aliás este será muito provavelmente o primeiro Malbec - Touriga Nacional.

Gastronomicamente, o Restaurante Las Brasitas preparou uma ementa para de degustação que alinhou na perfeição com os vinhos. Relembro das entradas o Duo de chouriço e morcela Argentina, o Queijo (delicioso) provoleta grelhado com seus oregãos e umas viciantes Mollejas braseadas. Nas carnes o Olho de bife e o bife de chouriço cortados e servidos no pão com molho chimichurri (quero aprender a fazer este molho fantástico) e umas Brochetas de baby beef e de frango com pimento e cebola divinais. Os meus parabéns.


terça-feira, 16 de abril de 2013

Tertúlia com o enólogo Paulo Laureano no Restaurante Claro | 24/10/2012

Uma Tertúlia é na sua essência uma reunião de amigos, familiares ou simplesmente frequentadores de um local, que se reúnem de forma mais ou menos regular e informal, para discutir vários temas e assuntos. No passado dia 24 de Outubro de 2012, no Restaurante Claro, os amigos reuniram-se à volta da mesa e à volta de um tema de paixão comum: o Vinho. Nesta primeira tertúlia, exclusiva para bloggers amantes do vinho, foram apresentados vinhos do enólogo Paulo Laureano e "visitamos" o terroir da Vidigueira e o terroir de Bucelas, acompanhada por petiscos, e que petiscos, com assinatura do Chef Vitor Claro.

Inicio de noite com a prova do Espumante Paulo Laureano 2006 Bruto. Bolha fina, aromas elegantes e discretos, tosta de pão, fresco, com boca citrina, alguma maça verde, cremoso,  sempre com muita frescura. Muito guloso  com um final seco limonado com ligeiro travo amargo no final que nos limpa por completo o palato e o prepara para o que vem de seguida. Um espumante de Bucelas, com espumantização pelo método clássico. O primeiro espumante Paulo Laureano. 12€ pvp

Depois de um momento de pura aprendizagem acerca das castas portuguesas, com a companhia gastronómica de um Ravioli de Camarão com Cogumelos, seguimos para o Paulo Laureano Bucelas 2011 branco. Citrino de cor e de aspecto límpido. No nariz toque floral, notas de massa pã, perfil mineral e fresco. Na boca uma acidez brutal, citrino, lima, limão, maças verdes, seco e incrivelmente fresco.Volto a repetir... acidez brutal. Excelente! 7€ pvp

O Dolium Escolha 2011 foi o vinho que se seguiu. A conversa fluía naturalmente e a forma algo informal e didáctica como avançava fazia com que nem se notasse pelo tempo a passar. Com este branco passamos para o alentejo e para mais uma casta portuguesa - o Antão Vaz.
Cor citrina, aspecto praticamente translucido, lágrima definida, límpido e brilhante. Perfume delicado com algumas notas de casca de tangerina fresca e tostado leve. O estágio em madeira não o tornou demasiado amadeirado, revelando antes grande harmonia. Macio na boca, algo untuoso, bom corpo, vivo e com fruta fresca. Ligeiro final seco e verde. 15€ pvp
O acompanhamento foi um Cozido de Grão de Bico com Enchidos de Porco Preto. A frescura com que este prato ficou.

Lugar de seguida ao primeiro tinto da noite. Uma casta portuguesa, muito parecida com a Trincadeira, filha das terras de Vidigueira - a Tinta Grossa, ou como lhe chamam os de Vidigueira, Tinta Nossa. Casta dificil em termos de vigor, mas que encerra uma série de características muito importantes tais como a excelente acidez e taninos, com frutas do bosque e madeira exóticas e muito boa para lotes, atribuindo elegancia e frescura aos vinhos. Paulo Laureano Selectio Grossa 2010 é um vinho de cor retinta, intenso e concentrado no núcleo e violetas expressivo no bordo do copo. Aroma intenso, complexo, com as já esperada fruta do bosque, frutas pretas, notas de cacau e as tais madeiras exóticas. Maravilhoso! Na boca outra surpresa. Pujante de força, arrebatador na vida que transporta, quase mastigável, com fruta no sitio e acidez ao mais alto nivel. Para primeira experiência com esta casta, fiquei deslumbrado. Pergunto porque estará a desaparecer? 21€ pvp

Sem dúvida que noites destas serão para repetir. Aprender desta forma não custa. Mais uma vez Portugal ao mais alto nivel. Só castas portuguesas. Vinhos de excelência.