terça-feira, 31 de maio de 2011

Tapada do Barão 2010 Tinto

Características
Tipo: Tinto
Castas:
Aragonez, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet
Região:
Alentejo
Teor Alcoólico: 14%
Produtor:
Monte dos Perdigões 
Preço: 3,99€ vap
 

Nota de Prova
Um tinto discreto. De cor rubi, com laivos violeta e de aspecto limpido e jovem. Nos aromas não engana. Aromas intensos a fruta fresca pronunciam mais uma vez a sua jovialidade. Na boca nota para taninos suaves, polidos, equilibrio correcto, sem surpresas negativas, mas também sem surpreender. O final de boca é um pouco curto, mas serve o provável intento de o fazer uma opção para o dia a dia com uma boa relação preço / qualidade. A beber novo.

Classificação: 14

sábado, 28 de maio de 2011

Rapariga da Quinta Colheita Seleccionada 2008

Características
Tipo: Tinto
Castas: Trincadeira, Aragonez e Touriga Nacional
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 14,5 %
Produtor: Luis Duarte Vinhos, Lda.
Preço: 5 € vap

Nota de Prova
Esperava um vinho suave, sensual. Mas na boca revelou-se musculado, forte e pesado. Bem diferente, mas nem de todo negativo. Muito pelo contrário. Mas começemos pelo aroma, intenso e vigoroso a fruta vermelha a casar bem com o carvalho americano. A especiaria encontra-se no ponto certo, presente, evidentemente presente, mas a deixar a fruta (a)parecer doce (do tipo alentejano) e fresca. Na boca é isso mesmo, prazer. Desenhado para nos alegrar a alma... e anestesiar o corpo. É que o alcool torna-o perigoso e dificil para a mesa. Mas também quem disse que a vida é fácil?

Classificação: 75/100

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Montes Claros Reserva 1993

Características
Tipo: Tinto
Castas: Trincadeira, Aragonez, Cabernet, Sauvignon, Tinta Caiada
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 12,5 %
Produtor: SAdega Cooperativa de Borba, C.R.L.
Preço: - € vap

Nota de Prova
O Hoje fui à cave e trouxe de lá um Borba Montes Claros de 1993. Já tem 18 aninhos. Já se pode abrir e beber. Já se podia antes. Este vinho é um clçássico do Alentejo. Clássica é também esta cor acetinada, envernizada, cristalina, lúcida, de uma beleza invulgar num vinho de mesa. É o oposto daqueles vinhos carregados, alicantizados, opacos. Para onde foi toda a cor do vinho novo? Saiu da garrafa sem passar pela rolha. Passando aos aromas, todo o vinhos se encontra envolvido em aromas terciários, muito fumado, notas de licor e leve resina. Mostra-se elegante na boca. Sendo do Alentejo deixou-me surpreendido. Positivamente!
Classificação: 80/100

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Adega Porta de Teira

A Adega Porta de Teira, da João Teodósio Matos Barbosa & Filhos, está localizada em Alto da Serra, Rio Maior e tem como pano de fundo uma magnifica paisagem sobre o vale e Salinas de sal gema de Rio Maior. Esta é a mais recente Adega de uma empresa de cariz familiar para a qual a Vindima é toda uma festa e uma possibilidade de juntar família e amigos num objectivo comum: produzir um grande vinho.
No passado dia 21-04-2011 tive o prazer de visitar a Adega de Teira e ficar a conhecer um pouco mais acerca desta casa e acerca dos seus vinhos Ninfa. Para esta visita contei com a disponibilidade da Teresa Barbosa que me abriu as portas e me conduziu nesta viagem pela história ainda curta da Vinha e da Adega, mas já com muito para contar.
Ao entrar na Adega, e logo ao primeiro contacto visual com a mesma, deparo-me com um espaço muito cuidado, limpo e sossegado, preparado para não só para o buliço da vindima e da produção do vinho que aqui apenas acontece uma vez por ano pois apenas é utilizada para as vindimas desta vinha, mas também para o crescente mercado do Enoturismo. Um salão com uma vista priveligiada sobre a vinha e sobre todo o Vale das Salinas de Sal Gema. Não fosse o tempo chuvoso e teríamos também a esplanada preparada para um convidativo momento de relaxe. Aqui, e sem nunca deixar de se frisar o ambiente familiar, se produzem os vinhos Tinto e Espumante Ninfa, a partir das castas Syrah, Aragonez, Touriga Nacional, Pinot Noir e Alicante Bouschet. Uma nota para o Espumante que é produzido a partir da casta Pinot Noir fruto de uma pequena vinha de 1 ha plantada apenas em 2004 e que fez crescer os já existentes 2,5 ha plantados no ano 2000 com as restantes castas referidas.

Após a prova do Ninfa 2007 Single Vineyard aumentou a minha curiosidade com os restantes e principalmente com o Espumante que infelizmente não pude provar pois já se encontra esgotado´na Adega. Ficará para outra oportunidade, outro ano.

Mais um vinho da região Tejo que aparece no mercado com qualidade acima da média, com uma filosofia muito bem definida e a dar os primeiros passos no mercado nacional. Poderão encontrá-lo à venda no El Corte Inglés

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Forcadas 2007

Características
Tipo: Tinto
Castas:
Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Barroca
Região:
Douro
Teor Alcoólico:
14,5%
Produtor:
AJ. Pinto Leal - Sociedade Agrícola, Lda
Preço: 25,50R$ vap
 

Nota de Prova
Para os leitores que acompanham este Blog no Brasil aqui afica a nota de prova de um vinho produzido no Douro e apenas comercializado no Brasil sob esta marca.
Apresenta cor rubi, definida, límpida e de lágrima persistente. Aroma intenso a fruta vermelha madura, alguma fruta silvestre preta, com leves notas de madeira e especiaria. Tudo correcto. Na boca apresenta-se equilibrado, de taninos suaves, com acompanhamento da fruta madura já sentida no nariz, fresco e de final de duração média, com muita fruta. Ideal para o dia a dia. 

Classificação: 75/100

sábado, 21 de maio de 2011

Prova Especial de Vinhos do Porto Dalva da C. da Silva

No passado dia 09/04/2011, em Vila Nova de Gaia, estive presente na Prova Especial de Vinhos do Porto da Dalva na Loja da C. da Silva. Uma prova especialmente preparada para um pequeno grupo Bloggers nacionais conduzida pelo Gonçalo Devesas ao qual agradeço desde já a sua disponibilidade para nos guiar pelos Vinhos do Porto Dalva e empresa C. da Silva.

Dalva White
Cor amarela dourado palha, brilhante e límpido. Aromas florais, alguma lima. frita de caroço cozida. Na boca revela-se untuoso e algo encorpadado, equilibrado e alguma secura final. Também na boca se sente a fruta cozida, mais marmelo. Final envolvente.

Dalva White Lote Miguel Castro Silva
Cor âmbar clara e definida. Plano aromático um pouco fechado de inicio, todavia revelando notas de melaço e alguma fruta passa. Na boca apresenta-se suave, muita fruta seca com destaque para as nozes e fruta passa. Alguma acidez em excesso. Final algo seco.

Dalva White 20 anos
Cor âmbar alaranjada, com notas esverdeadas. Aromas com muita fruta seca e fruta passa, bem casadas com melaço e casca de laranja confeitada. Na boca um porto seco, equilibrado, com nível de acidez muito correcto. Notas tostadas. Final de boca persistente, com um nível de secura muito interessante.

Dalva LBV 2005
Cor rubi opaca, concentrada. Aromas intensos com muita fruta madura, com as amoras em destaque. Na boca nota para a juventude, muita garra, ainda um pouco cru e a necessitar que o tempo lhe lime algumas arestas. Final persistente e algo doce. 

Dalva Tawny Reserve
Cor âmbar límpida e cristalina, com alguns laivos castanho-esverdeados. Aromaticamente fechado de inicio, revelou posteriormente fruta seca, amêndoas, avelãs e nozes com leve caramelo. Na boca nuances de caramelo, tostado, toffee, laranja confeitada, bom nível de acidez e um final de boca bastante longo.

Dalva Tawny 40 anos
Cor âmbar escura tijolo, com alguns esverdeados. Boa intensidade aromática a fruta seca, a alperce passa, com notas de madeira. Muito equilibrado. Boca gorda, untuosa, com caramelo, laranja confeitada, algum melaço, um pouco rebuçado de caramelo da Régua e tostado muito leves. Final de boa intenso, longo e marcante. Delicioso.


Dalva Colheita 1995
Cor âmbar escura, bonita e brilhante. Aromas a fruta seca, muita avelã, algum caramelo em fundo. Entrada algo doce na boca, com laranja confeitada, mel, fruta passa, uva branca e alperce, com um equilibrado nível de acidez. Final de boca elegante, fresco, muito bom.

Dalva Colheita 1963 Golden White
Cor âmbar cintilante, apelativa, dourada. Nariz exuberante com fruta passa e seca, casca de laranja, noz e avelãs e perfeito matrimonio, com leve tostado em fundo. Ficaria por aqui mais tempo se pudesse. Na boca... que boca. Pujante, vivo, sedoso, muito equilibrado e com fruta confeitada, fruta seca, fruta passa em perfeita envolvência. Algumas notas cítricas adicionam frescura e elegância. Adorei.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Creme Verde com Aroma a Hortelã

Mais uma receita na linha cozinha saudável. Veludo na boca e um aroma intenso . O nome foi dado pela minha filhota.

Ingredientes:
- 2 Nabos Grandes
- 2 Courgettes Médias
- 1 Beterraba Média
- 1 Cebola Média
- 2 Cenouras Grandes
- 2 Dentes de Alho
- Folhas de Hortelã
- 1 Folha de Louro
- Azeite
- Sal

Preparação:
Corte todos os legumes em pedaços, coloque numa panela com água a tapar os legumes, tempere com fio e azeite e sal a gosto. Deixe cozer por cerca de 30 minutos. Neste momento, retire do lume, retire a folha de louro, e passe tudo muito bem com a varinha. Recoloque ao lume por mais 30 minutos, adicione dois copos de água, confira o tempero e adicione 5/6 folhas de hortelã. Delicia.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fraga do Facho 2008



Características
Tipo: Tinto
Castas:
Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Barroca
Região:
Douro
Teor Alcoólico:
14%
Produtor:
António Augusto Fernandes, Herdeiros 
Preço: 3,99€ vap
 

Nota de Prova
Cor rubi com tonalidade violetas e de aspecto límpido. Aroma intenso a fruta vermelha e preta madura, muita amora, jovem e fresco. Na boca apresenta alguma adstringência inicial e com alguma secura depois, enche a boca de modo uniforme, com força, muito vivaz e demonstrando a juventude que encerra. O final de boca é de média intensidade. Boa escolha para companhia do dia a dia e com uma boa relação preço/qualidade. 

Classificação: 76/100

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ninfa 2007 Single Vineyard

Características
Tipo: Tinto
Castas:
Aragonez, Touriga Nacional e Syrah
Região:
Tejo
Teor Alcoólico: 
%
Produtor:
Sociedade Agric. João Teodósio Matos Barbosa & Filhos 
Preço: 6,90€ vap
 

Nota de Prova
Cor rubi definida, límpida e com lágrima persistente. Aromas vivos, intensos a fruta vermelha madura, com leves notas a madeira, tostados e discreta especiaria. Em evolução. Na boca apresenta taninos suaves, muito equilibrado, com presença da fruta vermelha, com muita frescura e elegância. Final de boca de media duração. Pronto a beber, todavia, mais um ano em garrafa apenas o beneficiará.

Classificação: 79/100

domingo, 15 de maio de 2011

Rembert Freiherr Von Schorlemer 2008 Spätlese

Características
Tipo: Branco Colheita Tardia
Castas:
Riesling
Região:
Rheinhessen (Alemanha)
Teor Alcoólico:
9,5 %
Produtor:
Rembert Freiherr Von Schorlemer
Preço: 1,99€ vap
 

Nota de Prova
Um colheita tardia diferente dos que normalmente se provam e se gostam. Menos doce e de levada acidez, muito baixo em termos alcoólico. Depois uma primeira nota negativa para o tipo de rolha utilizada. Um aglomerado sintético/plástico de muito pouca qualidade e porosa.
Cor amarela palha nova, muito clara e transparente. Plano aromático pouco intenso, sensações adocicadas, fruta tropical madura e leves notas de mel. Sensação de frescura.  Na boca cai um pouco em relação ao esperado. Apresenta taninos suaves, muito leve e fresco, acidez sobreposta à doçura que é muito baixa. Aposta clara na frescura. Final de boca que cai rapidamente. Prefiro-os mais equilibrados na relação acidez/doce. O preço é justo. Aconselho mais para uma entrada de queijos ou foisgrás do que para uma sobremesa.

Classificação: 69/100

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Visita e Prova Especial de Vinhos do Porto na Graham's

No passado dia 09/04/2011, em Vila Nova de Gaia, estive presente na Visita às Caves e Prova Especial de Vinhos do Porto da Graham's. Uma prova especialmente preparada para o grupo Portuguese Wine Bloggers, na qual fomos guiados e acompanhados pelo Raul Valle, ao qual deixo o meu especial agradecimento pela disponibilidade, pelo entusiasmo, paixão e empenho que demonstrou na nossa recepção. 

A visita compreendeu todo o espaço de adega / museu especialmente preparado para visitas ao público, passando pela não menos impressionante garrafeira de sonho de Vintages da casa que nos cativa não só pelo lado estético, mas também pelos anos Vintage ali representados e terminando na própria loja da Graham's. Magnifico.
A prova decorreu estilo Bar, mas um Bar especialmente preparado para uma prova com qualidade e, mais uma vez, com o Raul Valle a fazer as honras da casa.

Graham's 30 Anos Tawny
Cor âmbar límpido, com leves tonalidade esverdeada. Aromas a fruta seca, melaço, madeira e especiaria. Algum iodo, verniz, todavia equilibrado. Boca com suavidade, harmonioso, fruta passa e seca. Óptimo para um digestivo ou um bom charuto. 

Graham's 40 Anos Tawny
Cor âmbar, de aspecto límpido, com leve tonalidade esverdeada. Aromas com fruta seca, menos intenso que o anterior, mas também com algum iodado no nariz. Boca com mais pujança, complexo, com nota para a fruta passa e um torrado nobre. Final de boca estupendo.

Warre's Colheita 1937
Cor âmbar escura, alaranjada, com laivos castanho-esverdeados na borda do copo. Aromas intenso a fruta seca com destaque para a avelã e a noz. Boca cheia de força, com notas de melaço, casca de laranja confeitada e caramelo. Muito fresco e elegante. Um final em grande, persistente e duradouro.

Graham's Colheita 1961
Cor âmbar escura, alaranjada e com laivos castanho-esverdeados. Aroma muito intenso a mel, figo seco. Muito equilibrado. Na boca nota um balanço excelente entre a fruta seca, a acidez, as notas meladas e um corpo portentoso. Notável final de boca, marcante. 

Graham's Vintage 1963
Cor alaranjada tijolo muito bem definido  límpido. Plano aromático intenso a fruta madura como a amora, a cereja, o cassis ou o mirtillo. Se no nariz já era Grande, na boca continuou a subir. Um estrondo, muito vivo e com um excelente corpo. Elegante e fresco. Final correspondente ao restante da prova. Maravilhoso.

Graham's Vintage 1970
Cor avermelhada, muito límpida e translucida. Aromas a uva passa, ameixa preta passa, figos secos, tudo um pouco escondido. Na boca melhora, é cheio, com alguma untuosidade, ainda com notas de fruta madura bem presente. Num vinho de 40 anos... incrível frescura e elegância.

Graham's Vintage 1980
Cor rubi bem definida. Aromas com muita fruta madura, frutos silvestres, a frutos e uva repisada. Na boca sente-se ainda com pujança, com taninos suaves e muito guloso. Final persistente.

Neste momento da prova, e voltando um pouco atrás, o Warre's Colheita 1937 e Graham's Colheita 1961 evoluíram aromaticamente para notas de caixa de charutos, alguma baunilha e até cacau em pó.

Quinta do Vesúvio Vintage 1994
Cor rubi muito concentrada, com aromas a fruta vermelha, cereja bem madura, doce, com algumas notas florais. Fresco, fresco, fresco. Na boca muita irreverência, com muita pujança, muita força, denso como a cor, ainda com muitos e bons anos pela frente. Excelente.

Graham's Vintage 2003
Cor rubi retinta, sangue, opaca e muito concentrada. Lágrima de aspecto persistente chegando a pintar o copo. Aromas a fruta macerada, em compota, muito jovem. Parece ter sido engarrafado à pouco tempo. Boca gorda, com continuidade de fruta, taninos suaves e muito bom final..

Quinta do Vesúvio Vintage 2008
Cor retinta, muito compacta e opaca. Aromas de boa intensidade a frutos vermelhos e pretos maduros com destaque para a amora silvestre já repisada. Na boca aind um pouco adstringente, vivaz, denotando a sua juventude. Concerteza daqui a alguns anos estará mais domado e redondo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Quinta da Murta 2009

Características
Tipo: Branco
Castas:
Arinto
Região:
Bucelas
Teor Alcoólico:
12,5 %
Produtor:
Encosta da Murta, SA
Preço: 5€ vap
 

Nota de Prova
Este guardei um pouco mais e apenas abri à relativamente pouco tempo. Queria ver como se comportaria durante algum tempo em garrafa. Apresenta um cor muito citrina, leve palha, límpido e de aspecto brilhante. No nariz continuação da fruta citrina e alguma pêra e marmelo cozido, com ligeiras notas florais.Na boca continua muito fresco, com nivel de acidez muito correcto, leve e equilibrado. Final de boca com alguma secura, com continuação citrina, muito leve. Ideal para uma entrada, para um cocktail de praia.

Classificação: 75/100

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Esporão Na Bica do Sapato

Ontem estive presente na Esporão Na Bica do Sapato. O evento teve lugar ao final do dia, na Bica do Sapato em Lisboa onde, num ambiente bastante informal mas elegante, se pode desfrutar das novidades da Esporão, conjugar e harmonizar as mesmas com algumas as combinações gastronómicas do restaurante e dando força e sentido à frase que vinha em destaque no Convite para o Evento: " O Vinho é o melhor lugar para nos encontrarmos com os amigos".
 E assim foi. Na parte de baixo do restaurante, à beira rio, por entre gigantes paredes e janelas envidraçadas, a vista sobre o Tejo na esplanada convidava a um copo de vinho e uma conversa com os amigos. Os vinhos da Esporão fizeram-nos sempre boa companhia. E que companhia. O tinto Assobio 2009 e o Quinta dos Murças Reserva 2008 representaram a nova aposta da Esporão no Douro. A Quinta dos Murças começa agora a dar os frutos esperados. Por outro lado, o 2 Castas Gouveio/Verdelho 2010 representou o mais recente Branco da casa Herdade do Esporão. Um regional alentejano que será uma boa aposta agora que o Verão está a chegar. Nos tintos de mesas Herdade do Esporão foram servidos o PV Petit Verdot 2008, o TN Touriga Nacional 2008 e o S Syrah 2008. Destaco neste último lote a excelente combinação do TN Touriga Nacional 2008 com uma empadinhas de perdiz. Casamento perfeito.
A Esporão e a Bica do Sapato proporcionaram a quem esteve presente mais um grande momento de Comer, Beber e Lazer.

sábado, 7 de maio de 2011

Cadão Reserva 2009

Características
Tipo: Branco
Castas:
Viosinho, Rabigato, Gouveio e Moscatel Galego Branco
Região:
Douro
Teor Alcoólico:
12,5 %
Produtor:
Mateus & Sequeira Vinhos, SA
Preço: 3,90€ vap
 

Nota de Prova
Cor amarela palha muito clara, de aspecto límpido e cintilante. Aromas intensos a fruta tropical doce, manga e abacaxi muito maduro em destaque, agradável e cativante para a fase seguinte da prova. Na boca continuidade da fruta tropical com algumas notas florais e ligeiro citrino, muito equilibrado e correcto, com boa acidez e de média persistência final. Elegante, fresco e leve.

Classificação: 78/100

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Post Scriptum 2008

Características
Tipo: Tinto
Castas:
Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Barroca
Região:
Douro
Teor Alcoólico:
13,5 %
Produtor:
Prats & Symington, Lda
Preço: 13€ vap
 

Nota de Prova
Mais um Douro que não surpreende pois daqui só podemos esperar do melhor. Fugindo um pouco à recente moda dos vinhos tinto com teor alcoólico bastante alto, este de 13,5% não desilude em nada. Belíssimo.
Cor rubi, granada concentrada, opaca, muito límpido. Aromas frescos e intensos a frutos silvestres vermelhos e pretos, muita amora, alguma cereja, com notas especiadas, tostados, bem casado com o estágio em madeira. Na boca é um vinho que dá prazer em beber, de taninos suaves, redondos, sem arestas e muito polido, com corpolencia e alguma untuosidade. Muito equilibrado, com continuação da fruta fresca, muito macio. Adorei bebe-lo já, mas é um vinho que se sente irá envelhecer com qualidade. O final de boca é longo, fresco e persistente. A registar para não esquecer.

Classificação: 89/100

terça-feira, 3 de maio de 2011

Hamburger de Lentilhas

Esta saiu muito apetitosa apesar de não conter nenhum pedacinho de carne. Muito saudável.

Ingredientes:
- 2 Chávenas de Lentilhas
- 2 Cebolas Médias Picadas
- 6 Dentes de Alho
- 1/2 Chávena de Frutos Secos (Nozes, Amêndoas, Avelãs)
- 2 Ovos
- 3 Colheres de Sopa de Óleo
- Pão Ralado
- Azeite
- Sal, Salsa, Pimenta qb

Preparação:
Depois de ter colocado as lentilhas de molho por cerca de duas horas levar a cozer e de seguida reduzir a puré. Reserve. Numa frigideira aloure a cebola e o alho no azeite com a salsa. Acrescente ao puré de lentilhas e amasse bem juntando todos os ingredientes. Se ficar algo mole junte pão ralado até obter uma consistência correcta. Forme bolinhas e molde em formato de hamburger. Vai a grelhar e acompanha, por exemplo, com nabiça cozida.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Meandro do Vale Meão 2008

Características
Tipo: Tinto
Castas:
Tinta Roriz, Touriga Franca, Sousão, Tinta Amarela, Touriga Nacional e Tinto Cão
Região:
Douro
Teor Alcoólico:
14 %
Produtor:
F. Olazabal & Filhos, Lda
Preço: 11€ vap
 

Nota de Prova
Uma pérola do Douro a preço acessível. Cor rubi muito concentrada, opaca, muito límpido de aspecto, sem impurezas naturais embora não tendo sido submetido a qualquer tratamento de estabilização possa apresentar alguns sedimentos. Lágrima definida de média persistência. Aromas intensos a fruta vermelha madura, com notas evidentes de amora silvestre, alguns florais, especiarias e algum fumo, num casamento equilibrado com o estágio em madeira. Boca com primeira nota para a suavidade dos taninos, toque de veludo, muito fresco com presença da fruta bem notada. Apresenta um final de boca persistente, fresco e elegante. Está pronto a beber, mas a guarda lhe deve ser favorável.

Classificação: 85/100

domingo, 1 de maio de 2011

Visita e Prova Especial de Vinhos do Porto na Messias

No passado dia 09/04/2011, em Vila Nova de Gaia, estive presente na Visita às Caves e Prova Especial de Vinhos do Porto da Messias. Uma prova especialmente preparada para o grupo Portuguese Wine Bloggers, na qual fomos guiados e acompanhados pela Enóloga Ana Urbano, à qual deixo o meu especial agradecimento pela disponibilidade em nos receber num dia que seria de seu descanso. 
A visita às Caves e Instalações da Messias em Vila Nova de Gaia iniciou-se pelos seus armazens onde foi possivel verificar algumas das marcas Messias para consumo interno e exportação como a LANÇA, a INTERMARES, a MESSIAS, a PORTO LATINA, a ASTRADA, a BURTON'S e a PATRICIO; alguns balseiros, muitas barricas, recentes e mais antigas, e a cave onde repousavam alguns dos adormecidos da Messias. Subimos depois ao topo do edificio para uma prova especial de Portos da Messias.


Messias Vintage 2007
Cor rubi concentrada e aspecto límpido. Aromas a fruta preta compota com algumas notas de iodo. Na boca relevo para o bom equilíbrio, com presença da fruta compota, notas de doce em particular no final de boca. Ainda jovem, mas já atraente. 

Messias Vintage 2003
Cor granada/purpura de média concentração, com laivos alaranjados escuros. Plano aromático muito fechado inicialmente, com o passar do tempo foi revelando a fruta preta madura e alguma especiaria. Na boca revela boa acidez, sente-se a fruta madura em força bem casada com a presença da madeira velha. Corpulento, gordo e a mostrar "ganas" para um óptimo envelhecer.

Messias Vintage 1984
De cor âmbar escuro, apresenta aromas a fruta vermelha, madeira, especiarias e algum iodo ou vinagrinho, não consegui precisar. Na boca revela-se macio, mas estranhamente algo morto, ao contrário do anterior algo sem "ganas". O final de boca também perde um pouco em relação aos anteriores.

Messias 10 Anos
Cor âmbar escura, com alaranjados e muito límpido. Nariz intenso a fruta seca e algum figo seco e mel. Na boca continuamos com presença de fruta seca, com as notas de mel a reaparecerem e também algum alperce passa. Equilibrado e com uma acidez correcta, termina com um final de boca de persistência média.

Messias 30 Anos
Cor âmbar definida com algumas tonalidades esverdeadas e aspecto límpido. Aromas intensos a frutos secos e frutos passa, flor de laranjeira, mel e sinais de caramelo. Muito complexo e interessante. Na boca revela ser muito equilibrado, redondo, com um excelente nível de acidez, muito suave e melado. Deveras guloso. Termina com um final longo e a rebuçado de caramelo da Régua. Um dos meus preferidos desta manhã.

Messias Colheita 2000
Cor rubi de media concentração com algumas notas alaranjadas. Aromas onde a fruta seca predomina e com alguma fruta compota doce em fundo. Algo suave na boca, com bom corpo, embora com o álcool a sobressair na prova.  Final de boca com frescura e elegância embora de media persistência.

Messias Colheita 1991
Cor âmbar, com ligeiras pinceladas esverdeadas nos bordos do copo. Aromas intensos a frutos secos como a amêndoa e a avelã com notas de laranja confeitada. Na boca apresenta-se muito fresco, subtil e muito equilibrado. Talvez o que termina mais seco de entre todos os provados, com um final persistente e muito elegante. Notável.

Messias Colheita 1985
Cor âmbar um pouco mais escura, mais tijolo de barro e com ligeiro esverdeado mais notório. No nariz alguma sensação mais adocicada, mais fruta passa e muita casca de laranja confeitada. Na boca  revela-se algo untuoso e gordo, com boa harmonia, bom nível de acidez. Muito melaço, rebuçado de caramelo e figo seco. Final de boca persistente.

Messias Colheita 1977
Cor ambar atraente com leve esverdeado, limpido de aspecto e de  lágrima persistente.  Aromas inicialmente um pouco fechado com em pouco tempo a revelarem os frutos secos, a avelãs, nozes e a amêndoas,. Algum iodado. Na boca apresenta-se gordo, meloso, untuoso, equilibrado e portentoso. Final que parecia inacabável com muita elegância. No Top desta manhã.

Messias Colheita 1963
Cor âmbar resina, com aromas muito químicos com verniz, iodo e algum metal. Na boca aparece  a fruta seca, como as avelãs e nozes, num bom casamento com alguma das notas olfactivas sentidas anteriormente e com a madeira. Untuoso, com notas de melaço. Final de boca muito longo.