No passado dia 18 de Junho de 2013, no restaurante Twelve em Lisboa, teve lugar a apresentação da nova imagem da
Paulo Laureano Vinus. Em ambiente informal, diria mesmo familiar, com o privilégio de ter como fundo a vista sobre Lisboa no alto do Parque Eduardo VII, o enólogo e produtor Paulo Laureano soltou breves palavras acerca do
restyling dos rótulos dos seus vinhos e acerca do novo Paulo Laureano Verdelho Maria Teresa 2012 que acentua o cariz familiar que este projecto encerra.
Uma homenagem à nova geração da família, que se inicia com este branco Maria Teresa da série Genus Generationés e terá a sua continuidade, mais para o final do ano, com o Miguel Maria. Aguardemos.
Ainda durante o discurso, reforçada a imagem mais limpa, directa e jovem, sem esquecer o novo selo Só Castas Portuguesas que passará a fazer parte de todos os rótulos.
Para além das novidades, foram ainda provados outros vinhos de referência de Paulo Laureano e, como no caso do Selectio Grossa 2010 tinto, confirmando a potencialidade de uma casta portuguesa, da Vidigueira, e que tem aqui um belíssimo exemplo do que pode produzir.
Paulo Laureano Clássico 2012 Branco
Uma das novidades deste final de tarde. De tonalidades citrinas e de aspecto límpido e brilhante. No nariz, perfumado, intenso, com notas citrinas e fruta tropical muito bem ligadas e ligeiro toque mineral. Na boca espera-nos um branco fresco, com perfil frutado, citrinos e travo mineral em relevo. Final de boca de média persistência e de perfil fresco.
Paulo Laureano GG Maria Teresa Verdelho 2012 Branco
A grande novidade desta apresentação,. Cor citrina e jovem, com nuances esverdeadas. Aromaticamente intenso, muito citrino e exótico, grande dose de mineralidade e perfumado floral. Está ali complexo, com muita pedra e muita fruta. No palato continuamos num perfil cheio de fruta, boa mineralidade, acidez a estalar, cheio de garra e juventude. Macio e com alguma untuosidade parece querer dizer que vai durar um bom tempo e arredondar em garrafa.
Paulo Laureano Premium 2012 Branco
Este, embora ainda jovem, parece ser aquele que mais prazer me deu a provar e beber. Cativou-me mais pelos seus aromas complexos onde a fruta citrina e os tropicais mais doces casam na perfeição com um ligeiro floral e toque da madeira, sem maçar e com muita frescura. Boca com bom volume e estrutura, sente-se na boca a palpitar, mais uma vez com a fruta e a madeira a coabitarem sem problemas. Final de boca longo, fresco e com finura.
Paulo Laureano Clássico 2011 Tinto
Como o próprio nome diz: um clássico. Cor granada de média concentração. Aromas exuberantes a fruta vermelha e preta madura, ligeiro adocicado, fresco. Na boca está novo, mas pronto a beber, macio, frutado, bem equilibrado e cativante. Final de boca longo.
Paulo Laureano Premium 2011 Tinto
Cor granada, violetas escuros, de média concentração. No nariz predomina a fruta vermelha e preta madura, muita ameixa preta, madeira bem ligada com notas leves de especiarias e tostado. Na boca surge com bom volume, taninos redondos e macios, alguma secura no meio do perfil frutado e especiado. Ligeiro picantezinho muito interessante. Final longo, persistente.
Paulo Laureano Reserve 2011 Tinto
Cor granada, com laivos vermelhos, intenso e cativante. No nariz a fruta bem madura, muita compota, toques de redução, notas especiadas, algum vegetal e tosta fina. Complexo e a marcar pontos a casa incursão que faço. Na boca apresenta volume, untuosidade e estrutura. Mastiga-se. Macio, com a fruta já compota, com acidez a elevar a sua vida, não o deixando cair. Especiarias e toque vegetal bem ligados. Equilibrado e com final longo, longo.
Paulo Laureano Selectio Grossa 2010 Tinto
Que dizer desta Tinta Grossa que me continua a surpreender? Um dos que selecciono como top do Paulo Laureano. Aromas deliciosos e cativantes, de ficar por ali muito tempo, a senti-lo evoluir no copo e na garrafa. Na boca há volume no ponto certo, garra, fruta e frescura. Daquelas que temos de guardar pois dá certezas de envelhecimento com qualidade garantido.