Titular Alfrocheiro 2014 Tinto

TITULAR ALFROCHEIRO 2014 TINTO | DÃO | 14% | PVP  13€
ALFROCHEIRO
CAMINHOS CRUZADOS, LDA
17

Num dia como o de hoje, chuvoso e frio, temos de procurar o conforto de um copo de vinho, que nos aqueça a alma, que nos dê prazer e que nos dê alento para enfrentar outros iguais.
A casta Alfrocheiro poderá assustar quem não a conheça, quem não saiba a frescura que a mesma confere a um tinto quando nascida no Dão ou o seu potencial de guarda enorme que nos permitirá voltar a ele mais tarde com o mesmo ou redobrado prazer.
Encontro aqui um desses casos. De cor vermelha escura, concentrado e opaco no núcleo, mostra no nariz esta frescura aromática de que falava, com a fruta preta em compota bem presente, ameixa de Elvas em calda (que bela ligação dará), envolto em notas de turfa, fresco pinheiro e com a barrica já muito bem casada. Expressivo de boca, algo voluptuoso, com taninos presentes, mas sedutores e macios, com o perfil da fruta fresca em equilíbrio com uma acidez fina e com as notas mais tostadas da barrica onde dormiu por 18 meses. De final longo e elegante.
Quero-o à mesa e fico com a curiosidade de o beber mais tarde com uma bela fatia de Sericaia com Ameixa de Elvas com muita Calda.

Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional 2011 Tinto

QUINTA DOS CARVALHAIS TOURIGA NACIONAL 2011 TINTO | DÃO | 14% | PVP  13,80€
TOURIGA NACIONAL
SOGRAPE VINHOS, SA
17

Este é mais um daqueles vinhos que apenas surgem em anos de excepcional qualidade e, portanto, nem todos os anos o temos nas prateleiras. Neste momento é o 2012 a colheita mais recente no mercado, mas é este 2011 que mais prazer me dá. Mais um ano de idade, mas a mostrar-se bem mais preparado.
A juventude continua a estar lá, com frescura, com a fruta num momento bonito e com a arestas já polidas. Dá prazer a beber a solo ou na companhia de pratos à base de carne vermelha.
Visualmente de cor rubi, violetas bem definidos, aspecto limpo e ainda sem a marca do tempo. Mostra no nariz um perfil muito equilibrado, onde a fruta vermelha e preta, as notas florais e as do estágio em barrica jogam o papel de destaque. Intenso e expressivo, revela notas balsâmicas, um fresco mentolado, alguma turfa e pinheiro, complexo e desafiante.
Na boca estrutura, corpo, vivaço, com os cantos polidos e uma elegância que se vai descobrindo a cada momento da prova. A fruta vermelha fresca, bem envolvida nas notas de barrica, enchem o palato, algo guloso, a terminar longo, fresco e muito elegante.
A deixar mais uma, pelo menos, na garrafeira a dormitar.

A Revista Wine Anunciou "Os Melhores do Ano 2016"

A Revista Wine - A Essência do Vinho anunciou esta sexta-feira os seus premiados para "Os Melhores do Ano 2016". Como manda a tradição, os vencedores foram anunciados no decorrer de um jantar na cidade do Porto marcada pela presença de cerca de duas centenas de convidados do nosso Portugal de vinho e comida.
Alguns dos nomes eram já bem conhecidos de todos e habituados a verem reconhecido o seu trabalho quer como nomeados, quer como premiados, outros foram saudável novidade. Aqui ainda não há prémio aos Bloggers de Vinho e Comida. Fica a dica.
Os vencedores resultaram de uma pré-selecção de 60 nomeados, da responsabilidade da redacção da revista WINE – A Essência do Vinho e foram conforme lista abaixo. Parabéns a todos!

VINHO DO ANO
Dona Maria Grande Reserva 2011 (Alentejo)

PERSONALIDADE DO ANO NO VINHO
Vasco d’Avillez (presidente CVR Lisboa)

PRODUTOR DO ANO
Herdade do Portocarro (Península de Setúbal)

PRODUTOR REVELAÇÃO DO ANO
Azores Wine Company (Açores)

ENÓLOGO DO ANO
Jorge Moreira (Douro)

SOMMELIER / WINE DIRECTOR DO ANO
António Coelho (Lasarte, Barcelona, Espanha)

MIXOLOGISTA DO ANO
João Rodrigues (Columbus Cocktail & Wine Bar)

PERSONALIDADE DO ANO DA GASTRONOMIA
Duarte Calvão (gastrónomo, diretor do Peixe em Lisboa)

CHEFE DE COZINHA DO ANO
Henrique Sá Pessoa (Alma, Lisboa)

RESTAURANTE GASTRONÓMICO DO ANO
Loco (Lisboa)

RESTAURANTE COM MELHOR SERVIÇO DE VINHOS
Rei dos Leitões (Mealhada)

PRODUTO ARTESANAL DO ANO
Salmarim (Castro Marim)

DESTINO GASTRONÓMICO DO ANO
Mealhada

ENOTURISMO DO ANO
Esporão (Reguengos de Monsaraz)

PERSONALIDADE DO ANO NO BRASIL
Jaime José Barcelos (restaurante Ostradamus, Florianópolis)

Herdade do Rocim Espumante Brut Nature 2014 Rosé

HERDADE DO ROCIM ESPUMANTE BRUT NATURE 2014 ROSÉ | ALENTEJO | 12,5% | PVP  14€
TOURIGA NACIONAL
ROCIM, LDA
16,5

A Herdade do Rocim lançou recentemente este espumante rosé que tive a oportunidade de provar e depois acompanhar à mesa com alguma da gastronomia bem alentejana.
Ao contrário do que normalmente se espera encontrei um espumante com uma prontidão imensa para a mesa, a restabelecer equilíbrios por entre alguns pratos mais fortes, com mais gordura e a trazer muita frescura à refeição.
Visualmente de cor rosada com nuances de salmão mostra no plano aromático a fruta vermelha bem fresca e definida, floral delicado, com tostados muitos leves e toque subtil de fermentos. Na boca mostra cremosidade, bolha fina e leve, acidez e secura em evidência, com consistência, com a fruta vermelha e algum tostado, terminando longo e fresco.

Revista de Vinhos Premeia os Melhores de 2016

A Revista de Vinhos celebra este ano duas décadas do que conhecemos em Portugal como os “Óscares do Vinho”. Com efeito, foi em 1998 que pouco mais que duas centenas de pessoas ligadas ao sector se reuniram num fim de tarde no Hotel do Bussaco, no Luso, para celebrar pela primeira vez os melhores vinhos e as personalidades, empresas e instituições que mais se distinguiram no ano anterior, segundo os critérios editorais definidos pela Revista de Vinhos. 

Ano após ano, a cerimónia “Os Melhores do Ano” da Revista de Vinhos consolidou-se como o evento mais relevante da fileira do vinho, reunindo quase um milhar de pessoas num jantar de gala, cujos prémios influenciam o comportamento dos consumidores e a percepção do mercado. 

No jantar deste ano, a decorrer no salão nobre da Alfândega do Porto, no próximo dia 17 de Fevereiro, a Revista de Vinhos prevê fazer uma evocação dos muitos premiados destes últimos 20 anos, prestando assim uma justa homenagem às pessoas e às empresas responsáveis pelo tremendo salto qualitativo dos vinhos portugueses que pudemos testemunhar nas últimas duas décadas. 

Para além dessa evocação é tempo de distinguir os melhores do ano 2016, reconhecendo o mérito das pessoas e projectos (de vida; muitas das vezes de gerações), das empresas e vinhos, que brilharam ao longo de um árduo ano de trabalho.

As escolhas estão, como sempre, no “segredo dos deuses”. Nesta que é a 20.ª edição são 20 as categorias premiadas. Destaca-se o regresso da distinção para o melhor Sommelier, reconhecendo assim a relevância que estes profissionais têm na restauração e na divulgação dos nossos vinhos. 

Entre empresas, instituições e personalidades, a Revista de Vinhos elege muitos outros, distinguindo-os com um troféu em prata da autoria da designer de jóias Maria João Bahia. ‘David Lopes Ramos’ e o ‘Senhor do Vinho’ dão nome aos “prémios carreira”, que distinguem personalidades com vida e obra reconhecida nos campos da gastronomia e vinho, respectivamente.

‘Produtor’, ‘Produtor Revelação’, ‘Enólogo’, ‘Enólogo de Vinhos Generosos’, ‘Identidade e Carácter’, ‘Empresa’, ‘Empresa de Vinhos Generosos’, ‘Adega Cooperativa’, ‘Organização Vitivinícola’, ‘Viticultura’, ‘Enoturismo’, ‘Garrafeira’, ‘Wine Bar’, ‘Loja Gourmet’, ‘Restaurante’, ‘Restaurante de Cozinha Tradicional’ e ainda uma distinção para a melhor ‘Campanha Publicitária’ do ano completam as 20 categorias a premiar. 

À semelhança de edições anteriores são distinguidos – com o ‘Prémio Excelência’ – aqueles que na opinião dos críticos da Revista de Vinhos foram os 30 melhores vinhos do ano. A Revista distingue ainda os melhores vinhos de cada região vitivinícola, que levam para casa, ou melhor, para a adega o título de ‘Melhores de Portugal’.

Alambre 20 Anos

ALAMBRE 20 ANOS | PENÍNSULA DE SETÚBAL | 18% | PVP  23€
MOSCATEL DE SETÚBAL
JOSÉ MARIA DA FONSECA VINHOS, SA
18,5

Nascido a partir da casta Moscatel de Setúbal este é um dos que nunca nos deixa ficar mal. Este 20 anos provém de um blend de 19 colheitas onde a mais jovem conta, pelo menos, com 20 anos e a mais antiga cerca de 80 anos.
O resultado deste intervalo de anos é mágico. Complexidade, intensidade aromática, fresco, elegante e com um fim de boca extenso.
Cor âmbar definida, com algumas nuances de esverdeado azeitona, aspecto limpo. No nariz mostra intensidade e complexidade. A laranja cristalizada, a frita passa e alguma fruta seca, melaço, caramelo, muito equilíbrio, harmonia, envolvência e demonstrador de grande frescura. É desafiante e podemos muito bem ficar por ali um bom bocado. Na boca faz com que continuemos lá em cima. Volumoso, untuoso, macio, toque de seda, com toda a fruta e notas de melaço que se esperava, mas com uma acidez e frescura que equilibra todo o conjunto e faz dele um dos eleitos.
Final de boca longo, pleno de finess e frescura.
O preço a este nível acaba por ser também uma óptima opção.

Crasto 2014 Tinto

CRASTO 2014 TINTO | DOURO | 14% | PVP  9,5€
TINTA RORIZ, TINTA BARROCA, TOURIGA FRANCA, TOURIGA NACIONAL
QUINTA DO CRASTO, S.A
16

As castas tradicionais do Douro, o xisto e sem passar pelas barricas. Um tinto que assim atinge os seus objectivos de uma frescura maior, com a fruta em destaque quer no nariz, quer na boca, a não esconder a sua origem e a mostrar ser, desde logo, pronto a beber.
Visualmente de cor vermelho concentrado, fechado, violetas definidos e de aspecto limpo. No nariz mostra aromas da fruta vermelha e preta madura, intenso, ligeiro floral, muito equilibrado e sem cair no campo dos excessos. Na boca segue as indicações já dadas no nariz, com a fruta preta silvestre em bom plano, taninos presentes mas polidos e macios, equilibrado, fresco e fácil de beber.
Termina longo e muito versátil à mesa.

Cervejaria Sardinha (Mané Cigano) - Ponta Delgada, Açores

Quando em Roma, temos de ser Romanos. Ou pelo menos tentar ser o melhor Romano que conseguirmos. Assim, estando por Ponta Delgada, na lindíssima Ilha de São Miguel nos Açores, tivemos de fazer a obrigatória paragem na Meca dos Xarrinhos Fritos com Arroz Assado e Inhame.

Pelo aspecto exterior não lhe gabei a beleza e mesmo já no interior deparamo-nos com um espaço muito pequeno, balcão de inox e mesas dos mesmo material. Sala completamente cheia, mas com a impressão (errada) que era sempre a rodar e a despachar. Esperámos um pouco e ainda bem que o fizemos.
Assim que dois lugares ficaram vagos lá fomos nós. Pelo meio dos clientes já servidos e quase que em comunhão na refeição. Um local disse-nos que não era um restaurante mas sim um sitio para comer, comer bem e sem mariquices ou outros adjectivos gourmet. E assim foi.

O Mané Cigano, outrora sob a designação de tasca, é hoje também conhecido por Cervejaria Sardinha, o seu real nome, mas todos a ele se referem como Mané Cigano, o nome pelo qual ficou conhecido o seu proprietário Manuel Sardinha.
Consta que por aqui se podem comer dos melhores xarrinhos fritos que podemos encontrar pela Ilha e eu, neste momento, já acredito. Para além disso,  o arroz assado é de lamber o prato e a travessa. Com a companhia dos pickles caseiros e da cebola de curtume então o momento é.... fabulástico!

Pedimos também o Entrecosto. Apenas muda a proteína e o tipo de batata. Mais uma vez de comer e ficar feliz. Até nos esquecemos que estamos a comer à mesa com outras pessoas que não conhecemos, ou melhor, que não conhecíamos quando nos sentámos. A boa comida ajuda.

Para terminar com a boca adocicada uma Queijada de Vila Franca do Campo e uma Queijada de Leite. Não dava para mais... vá... talvez mais um Xarrinho ou outro.

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CERVEJARIA SARDINHA - MANÉ CIGANO
Tipo de Cozinha: Regional Açoreana
Copos de Vinho Adequados: Não
Estacionamento: Fácil
Preço Médio Refeição: 9€

Morada: Rua Engenheiro José Cordeiro, Nº 1, 9500-311 PONTA DELGADA
Telefone: + 351 296 285 765
Email: manecigano@gmail.com
Web: Facebook

Os Prémios Especiais no 10º Aniversário da Revista Paixão Pelo Vinho

Na comemoração do 10º Aniversário da Revista Paixão Pelo Vinho, o Casino da Figueira encheu-se de requinte e glamour para a grande noite de consagração dos 22 galardoados com o Prémio Especial Paixão Pelo Vinho e para as 47 distinções Paixão Pelo Vinho Excelência entregues pelo Secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação. 

Empresas e profissionais dos sectores do vinho, da gastronomia e do turismo, reuniram-se nesta noite para consagrar os melhores de Portugal e celebrando, em ambiente de festa, também o 10º Aniversário desta publicação. Na cerimónia foram atribuídos os tão aguardados troféus de 20 categorias galardoadas com o Prémio Especial Paixão Pelo Vinho. 

Foi a primeira vez que a Revista Paixão Pelo Vinho decidiu atribuir este tipo de prémios, mas ficou desde logo a ideia que agora já não se pode parar e que para o ano haverá que repetir a festa. 

Os premiados nas principais categorias foram: 

ADEGA COOPERATIVA | Adega de Cantanhede

ARQUITETURA | Herdade do Freixo

BLOGGER DE VINHOS |  Blog Avinhar

CRÍTICA DE VINHOS | Maria João de Almeida

COZINHEIRO GERAÇÃO XXI | José Avillez e Ricardo Costa

COZINHEIRO DE MÉRITO | Rui Paula

ENÓLOGO DE VINHOS GENEROSOS | João Nicolau de Almeida

ENÓLOGA DE MÉRITO | Sandra Tavares da Silva

ENÓLOGO GERAÇÃO XXI | António Maçanita

ENÓLOGO DE MÉRITO | Osvaldo Amado

ENOTURISMO COM DORMIDA | Monverde - Wine Experience Hotel

ESCANÇÃO | João Chambel

PRODUTOR DE VINHOS ESPUMANTES | Caves Transmontanas - Espumantes Vértice

PRODUTOR DE VINHOS GENEROSOS | Blandy's - Madeira Wine Company

PRODUTOR GERAÇÃO XXI | Lua Cheia em Vinhas Velhas

PRODUTOR DE MÉRITO | Aveleda

REGIÃO VITIVINÍCOLA | Alentejo: Comissão Vitivinícola Regional Alentejana

VITICULTURA | Real Companhia Velha

INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO | Amorim & Irmãos

CATEGORIA ESPECIAL PRÉMIO PAIXÃO PELO VINHO | Leonor Freitas  e António Saramago

Parabéns aos premiados.

Até para o ano.

Casa da Passarella O OEnólogo Vinhas Velhas de 2008 a 2012 em Magnum

A Casa da Passarella tem sido, nos últimos anos, um dos produtores mais activos e dinâmicos da região do Dão. Para além da qualidade dos vinhos que tem vindo a lançar pela mão do seu Enólogo Paulo Nunes, cheios de personalidade, com um cunho muito singular e de apostas diferentes e até arriscadas, tem também revelado uma comunicação jovem e atraente e com desafios que normalmente surpreendem.

Assim foi neste caso. Na apresentação das novidades do produtor para este ano, nada como começar a noite por uma vertical, em garrafa magnum, do Casa da Passarella O OEnólogo Vinhas Velhas de 2008 a 2012. 

Recordo que este vinho, apesar de agora custar cerca de 15€ (o que ainda assim é prova da sua excelente relação preço-qualidade), foi possível de comprar nas primeiras colheitas abaixo da nota de 10€. O que é só e apenas fabuloso!

A prova do Vinhas Velhas em garrafa magnum revelou um vinho com uma capacidade de envelhecimento extraordinária. Mostra que há claramente um fio condutor que os liga a todos, quer seja pela frescura ou  pela fruta, o facto é que nos apresenta um vinho de terroir e que no fundo mostra sem dúvidas que se trata da mesma vinha.

Das colheitas provadas a nota de destaque, em primeiro lugar, para o 2008. Surpreendentemente jovem, cheio de força, frescura e uma fruta muito alegre, bonita para a idade que tem. Depois, para mim o 2011. Incontornável. Está numa forma que até chateia. Chateia não ter mais garrafas em casa, chateia não ter nenhuma magnum, chateia.  Volumoso, complexo, com aquelas notas mais vegetais e uma finess e frescura que nos agarram por completo.

Este é o tipo de momento que nos faz desejar ter um DeLorean na garagem!

E. Guigal Crozes-Hermitage 2008 Branco

E. GUIGAL CROZES-HERMITAGE 2008 BRANCO | CROZES-HERMITAGE, RHÔNE (FRANÇA) | 13% | PVP  15€
MARSANNE, ROUSSANNE
E. GUIGAL CHÂTEAU D'AMPUIS
16,5

Este vinho já estava na minha garrafeira à cerca de um ano. Apesar de ser um branco e do ano de 2008 não vi grande pressa em abri-lo. Sendo da E. Guigal, um produtor francês bem conhecido e tendo já lido alguma coisa acerca do potencial de envelhecimentos dos seus brancos resolvi esperar e só no final de 2016 a abri.
O desafio, para além de mais alguns brancos na mesa, era casá-lo com queijos portugueses fortes, enchidos e fumados, patés e outras coisas mais dentro do género e que foram surgindo à medida.
De cor palha dourada e de aspecto limpo, mostra um nariz ainda cheio de fruta, maioritariamente de caroço e polpa amarela, citrino bem frescos e um perfumado floral bem ligado com notas mais pedregosas. Na boca revelou ser um branco com muita estrutura, acidez no ponto, corpo redondo, alguma untuosidade, volúpia, muito rico e equilibrado. Final de boca longo.
Cheguei a falar em notas de barrica? Parte deste vinho passou por barrica durante 12 meses. Onde está ela? Está nos pequenos pormenores, completamente integrada e quase despercebida.

O Peso e Formato da Garrafa São Sinónimos de Qualidade do Vinho?

A questão do peso e formato da garrafa de vinho e a qualidade do que lá vem dentro não é, certamente, nova, mas já são inúmeras as vezes com que sou confrontado com situações de afirmação absoluta da qualidade de um vinho quando avaliado, não só o formato da garrafa, como também o seu peso e até o tamanho do buraco no seu fundo. 

O formato mais ou menos excêntrico, com mais ou menos dourados, mais fora do comum e esteticamente apelativa faz soar logo um longo brado de qualidade do produto. Não só qualidade como preço mais elevado e perfeitamente justificado, pois se tem mais qualidade e vem num recipiente tão bonito por certo será e deverá ser mais caro.  

Já o peso da garrafa é um de um efeito olímpico. "Eiche, olha-me só o peso desta garrafa! O vinho deve ser do outro mundo. E até dá para colocar o dedo grande todo no buraco do fundo da garrafa. Fabuloso!". Não há volta a dar. É raro conseguir convencer um consumidor menos conhecedor que nem sempre é assim. Aliás, e que cada vez será menos assim.

Quer num caso, quer no outro, cada vez o mercado é mais inundado com ambas as situações. Questão de marketing dirão uns? Ou mais procura pelo consumidor por este tipo de produto? Por mim pode ter uma justificação qualquer, mas a pergunta que coloco será mesmo se o peso e o  formato da garrafa serão sinónimos de qualidade acrescida num vinho ou mesmo revelador de um produto muito acima da média?

E os grandes vinhos que nos aparecem em garrafas completamente normais? Por qual poder ou magia foram concebidos para chegarem ao patamar de vinhos de excelência sem se mostrarem mais bonitos e pesados?

Soalheiro Alvarinho 2016 Branco

SOALHEIRO ALVARINHO 2016 BRANCO | VINHOS VERDES | 12,5% | PVP  8,90€
ALVARINHO
VINUSOALLEIRUS, LDA
17

Final de ano e ou inicio de ano novo já é tradição esperar pela nova colheita do Soalheiro Alvarinho. O clássico. Este ano, no Dia de Reis, momento ideal para provar a mais recente colheita deste vinho. Em linha com a colheita anterior, mais elegância e leveza, mais um grande Soalheiro Alvarinho.
Cor amarelo citrino, nuances esverdeadas, aberto e de aspecto limpo. No nariz a casta e o terroir a mostrarem em grande plano. Intensidade e frescura da fruta, citrinos, tropicias e fruta de caroço aliada a uma envolvente mineralidade e de grande equilibrio. Na boca mostra-se seco, acidez equilibrada, elegante, com fruta muito bem colocada e bonita, viciante, com muito equilibrio, leveza e final de boca longo, seco e vibrante.
Gosto disto!

Prémios Especiais 10 Anos de Revista Paixão pelo Vinho

No próximo dia 14 de janeiro a revista Paixão Pelo Vinho, vai juntar no Casino Figueira, profissionais do vinho, da gastronomia e do turismo para premiar vinhos, empresas e profissionais nomeados em 20 categorias para os Prémios Especiais 10 Anos de Revista Paixão Pelo Vinho, abrindo a cerimónia ao público em geral e leitores da publicação.
Serão 20 as categorias premiadas com o Prémio Especial 10 Anos de Revista Paixão Pelo Vinho, contemplando 10 nomeados por cada uma:
Adega Cooperativa
Arquitetura
Blog de Vinhos
Cozinheiro Geração XXI
Cozinheiro de Mérito
Critica de Vinhos
Enólogo Geração XXI
Enóloga de Mérito
Enólogo de Mérito
Enólogo de Vinhos Generosos
Enoturismo com Dormida
Escanção
Inovação e Desenvolvimento
Paixão Pelo Vinho
Produtor Geração XXI
Produtor de Mérito
Produtor de Vinhos Generosos
Produtor de Vinhos Espumantes
Região Vitivinícola
Viticultura.
Em 10 anos de revista nunca foram entregues prémios. Na primeira vez serão 20. De entre os 10 nomeados por categoria, só um levará para casa o Prémio Especial, sendo a categoria Paixão Pelo Vinho a mais alta distinção, que premia a carreira e o trabalho desenvolvido.
O troféu Paixão Pelo Vinho foi inspirado pelo mundo do vinho, e desenvolvido a partir de cortiça e aço inoxidável. O design é de autoria de Teresa Vaz e a produção está a cargo da Amorim &  Irmãos.
Para além da entrega dos Prémios Especiais, serão também entregues na Gala os Diplomas relativos à distinção Paixão Pelo Vinho Excelência 2016, atribuídos aos vinhos que, em prova cega, conquistaram nota igual ou superior a 18 (em 20) pela elevada qualidade demonstrada.
O evento começa às 19H00 com o cocktail Baga@Bairrada, espumantes de prestígio e petiscos, as tradicionais fotografias de Gala e animação proporcionada pelo Casino Figueira.
A Gala de Entrega dos Prémios Especiais terá inicio às 20H00. Durante o jantar poderão ser provados muitos dos melhores vinhos, espumantes e aguardentes vínicas de Portugal, uma irresistível seleção de nomeados e os vinhos premiados com Excelência. A música e after party está assegurado pelo inovador projeto SaxChique by Pedro Monchique.
Quem desejar participar na Gala Prémios Especiais 10 Anos de Revista Paixão Pelo Vinho pode adquirir o ingresso até ao dia 11 de janeiro através de www.ticketline.sapo.pt pelo valor de 45€.

Para mais informações, por favor contacte: T. 969 105 600 | 211 352 336
Bilhetes: https://ticketline.sapo.pt/evento/paixao-pelo-vinho-premiosespeciais-10-anos-17352

Marquesa de Alorna Grande Reserva 2013 Branco

MARQUESA DE ALORNA GRANDE RESERVA 2013 BRANCO | TEJO | 13,5% | PVP  18€
LOTE DE CASTAS NÃO IDENTIFICADO
SOCIEDADE AGRÍCOLA DA ALORNA, SA
17

Vinho de homenagem a Leonor de Almeida Lorena e Lencastre, quarta Marquesa de Alorna, poetiza portuguesa do século XVIII e uma das mais notáveis vozes do pré-romantismo em Portugal.
Uma mulher à frente do seu tempo que até na politica da época teve a sua influência.
O topo de gama branco desta casa tem ainda a particularidade de não ter publicadas as castas que o compõem. É produzido a partir de uma selecção de castas brancas existentes na propriedade cuja qualidade mais se destacou no ano de colheita. Isto quer dizer que para além do blend ser diferente de colheita para colheita, podemos ter um divertido jogo de tentar adivinhar quais as castas que o compõem.
Cor amarelo citrino, nuances esverdeadas e aspecto límpido. Nariz com boa intensidade, fruta citrina e tropical com envolvente nas notas de barrica, agora mais integrada, com algum coco e cheio de finura. Boca com boa acidez, corpo com largura, leve untuoso, barrica integrada e a mostrar claramente um branco mais gordo de estrutura, que pede dias de inverno e comida com mais dimensão do que o habitual para brancos. No final de boca sente-se a sua acidez ainda bem acutilante, a mostrar a proximidade do rio e o seu potencial de envelhecimento.

Pôpa Black Edition e Quinta do Pôpa Homenagem - O Sonho Continua...

O sonho continua. Stéphane e Vanessa Ferreira continuam o sonho homenageando Francisco Ferreira, mais conhecido nos seus dias como o Pôpa, produzindo sempre com  a chancela de Vinhos de Homenagem como o são os agora apresentados. 

A Quinta do Pôpa, localizada em pleno Alto Douro Vinhateiro e uma vista de sonho sobre o Rio Douro, é também símbolo desta contínua homenagem ao avô de Stéphane e Vanessa que hoje, aos comandos da propriedade, mostram cada vez mais uma marca com personalidade, carácter e qualidade, criada através da sua história e do casamento harmonioso entre a terra e o clima que o seu terroir tem para oferecer.

Os Pôpa Black Edition branco e tinto, são a mais recente gama do produtor e surge com o objectivo de serem vinhos de inverno, de conforto, pensados para aquecer os dias mais frios que surgem nesta estação e que vêm quebrar a velha regra do tinto para carne e do branco para peixe.
O Quinta do Pôpa Homenagem, que com este 2011 marca a sua segunda edição, simboliza o grande tributo a Francisco Ferreira. São apenas cerca de 1000 garrafas de um tinto intenso, exuberante e muito elegante.

À mesa foi possível fazer o casamento com os pratos do Chef Joe Best, também ele um amigo da casa e conhecedor do perfil dos vinhos, onde o conforto e sabores de outono / inverno trazidos se juntaram ao ambiente mais familiar do momento e proporcionaram uma verdadeira homenagem.

PÔPA BLACK EDITION 2015 BRANCO | DOURO | 13% | PVP 13,5€
QUINTA DO PÔPA, LDA
VINHAS VELHAS
16
Cor amarelo citrino, aspecto jovem, cristalino, límpido. Aromas intensos, fruta citrina e floral, notas de sílex, barrica integrada, toque tostado muito leve, de perfil fresco. Boa expressão de boca, lima fresca, acídula, fresca, com ligeira untuosidade e volume, bom comprimento final.

PÔPA BLACK EDITION 2014 TINTO | DOURO | 14,5% | PVP 13,5€
VINHAS VELHAS, TINTA RORIZ, TOURIGA FRANCA, TINTA AMARELA, TINTO CÃO
QUINTA DO PÔPA, LDA
16,5
Cor rubi intenso, média concentração, aspecto limpo. No nariz mostra-se a fruta preta madura, cereja e ameixa preta, alguma turfa e bosque, especiaria fina, perfil fresco. Gostei deste lado mais fresco e terroso. Boca com estrutura, a secar o palato, expressivo, com fruta e notas vindas do estágio em barrica em comunhão, especiado, tosta fina, com final de boca longo e persistente.
Preparado para o frio.

QUINTA DO PÔPA HOMENAGEM 2011 TINTO | DOURO | 14,5% | PVP 40€
TOURIGA NACIONAL, TINTA RORIZ, TINTO CÃO
QUINTA DO PÔPA, LDA
17,5
Cor vermelho rubi concentrado, mais fechado, núcleo fechado, opaco e de aspecto limpo. Aromas expressivos, muita fruta vermelha e preta bem madura, cereja e ameixa preta, complexo, notas de barrica bem ligadas, leve baunilha, notas mentoladas e balsâmico fresco. Sedutor na boca, voluptuoso, enche o palato, gordo, com os frutos vermelhos silvestres, pimenta branca, longo e persistente.

Titular Encruzado 2015 Branco

TITULAR ENCRUZADO 2015 BRANCO | DÃO | 13% | PVP  13,5€
ENCRUZADO
CAMINHOS CRUZADOS, LDA
16,5

A emblemática casta branca do Dão num registo com grande frescura e corpo preparado para algo mais devido a parte do lote ter tido passagem, na fermentação, por barricas de carvalho francês.
Apesar de, no inicio, parecer ainda com a madeira pouco polida, o facto é que melhora com o tempo de abertura e acaba por ser, com alguma tristeza, que se vê a garrafa chegar ao fim.
Cor amarelo citrino, com ligeiros esverdeados, aspecto jovem e brilhante. No nariz aparece ainda alguma barrica, a caminho da integração completa, que praticamente se dá enquanto o bebemos sem pressas. Perfil mineral, com os citrinos bem presentes, envolvidos nas notas tostadas e de especiaria fina. De grande frescura e mineralidade na boca, ligeira untuosidade e algum volume que lhe dão outro potencial à mesa, ao mesmo tempo que se pensa também de como os anos de guarda lhe farão muito bem.
Um branco para beber descansado, para o ver crescer enquanto o bebemos ou mesmo, quando em nossa casa, deixando um pouco para o dia seguinte e gostar ainda mais.

Em 2017 Como Vai Ser?

Este é mais uma daquelas publicações de inicio de ano. Marca as boas vindas ao Blog Comer, Beber e Lazer em mais uma jornada. 

O ano de 2016 está fechado e o 2017 acabou de abrir portas. Nem sequer quero fazer balanços, mas antes quero apontar para o futuro, para um futuro com novos desafios e novas ideias, para um futuro onde as palavras da imagem acima se repitam ainda mais vezes.

Este é um convite para acompanharem o Blog durante mais um ano, para mais Comer, Beber e Lazer.