quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Portugal Restaurant Week 2016

O Portugal Restaurant Week 2016 inicia hoje o seu período oficial de abertura. Até ontem, e desde o dia 18 de Fevereiro, apenas os Clientes Millennium poderiam marcar lugar na Restaurant Week e desfrutar desta experiência que a partir de hoje está aberta a todos quanto queiram. 
Desta vez numa edição especial nacional com presença nos distritos de Lisboa e Porto e nas cidades de Évora, Peniche, Loulé e Coimbra. Na iniciativa participam mais de 100 restaurantes que irão preparar menus de luxo, a um preço acessível.
A Restaurant Week tem como principais objetivos a democratização do acesso à restauração de luxo, a dinamização das receitas das cidades e restaurantes através da promoção do fluxo de consumo e turismo interno, e a contribuição para causas de responsabilidade social. 
Com o preço convidativo de 20 euros (dos quais 1 euro reverterá a favor das Instituições Acreditar e Corações com Coroa), cada restaurante aderente vai preparar um menu especial composto por entrada, prato principal e sobremesa. 

Como?
Para garantirem lugar à mesa, nos restaurantes selecionados, os clientes deverão reservar obrigatoriamente no site oficial RestaurantWeek.pt, ou através do TheFork.pt (parceiro exclusivo de reservas e organizador do evento). 
As reservas são também possíveis através da linha dedicada 210 11 73 73 (todos os dias, das 11h às 21:30).
  
Mais Informações?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Quinta da Pellada Touriga Nacional 2004 Tinto

QUINTA DA PELLADA TN 2004 TINTO | DÃO | 13% | PVP  30€
TOURIGA NACIONAL
ÁLVARO MANUEL A. F. CASTRO
94 / 100

Um dos ícones do panorama vínico nacional, proveniente das parcelas que originaram o vinho Carrosel e que após o bebermos facilmente percebemos o porquê dessa fama. Bebido com praticamente 11 anos de sono na garrafa e é vê-lo acordar pleno de vida. Um sono de beleza dirão alguns pois estes são vinhos que, na minha opinião, ganham ainda mais amplitude quando os anos lhe marcam o perfil desta forma fantástica.
Na cor, mantém as tonalidade escuras, vermelhos envelhecidos pelo tempo, intensos e ainda com concentração. No nariz impressiona pela complexidade e intensidade do conjunto. Notas florais e vegetais que disputam entre si o lugar de destaque, com mentolados refrescantes, notas balsâmicas, alguma caixa de charuto, sem faltarem os aromas mais a terra e a bosque.
No palato continuamos um pouco com as notas vegetais, tanino polido, de seda, enche a boca e deixa-se mastigar. Fica por cá. Cheio de frescura num final de boca extenso. Onde se vende?

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Simplesmente Vinho 2016 | Um Evento de Passagem Obrigatória

O Simplesmente Vinho regressa ao Porto já nos próximos dias 26 e 27 de Fevereiro e promete ainda mais. Um salão de vinho off, com vinhos de nicho, com produtores ditos alternativos e independentes, que se reúnem simplesmente pelo Vinho no Convento de Monchique.
Da Ribeira para o Convento, sempre no Porto, sempre com o Rio Douro ao lado, sempre a noite como companhia, um copo e 60 Vignerons.
Para além do vinho, e como já no passado, há a possibilidade de degustar petiscos de restaurantes amigos do vinho e sempre com a música a encerrar cada dia.
Simplesmente... chegar, comprar a entrada.... e brindar!
Ver todo o programa aqui.
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SIMPLESMENTE VINHO 2016
26, 27 Fevereiro 2016
Convento de Monchique - Calçada de Monchique, 15, 4050-393 PORTO
Preço: 10€
Na Net: http://simplesmentevinho.pt/

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Alcubíssimo 2012 Colheita Tardia Branco

ALCUBÍSSIMO 2012 COLHEITA TARDIA BRANCO | MESA | 12,5% | PVP  8€
MOSCATEL
JOSÉ MANUEL GOMES SERRA - QUINTA DE ALCUBE
77 / 100

Um colheita tardia de mesa, mas que já o foi em colheitas anteriores. Engraçado que em comparação com o 2009, este apenas lhe faz diferença no facto de ter menos e por isso menos pesado.
Cor âmbar dourado intenso, aspecto límpido. No aromas as notas de mel, melaço e pêssego extremamente maduro dominam o bouquet e retiram-lhe muita da frescura que é necessária neste género de vinho para que não fique enjoativo. Na boca encontra-mo-lo com volume, suave e macio, doce, notas de mel, laranja cristalizada, fruta branca e amarela em passa. O adocicado continua sempre um pouco acima predominar e a desequilibrar o conjunto se não houver atenção à temperatura a que for servido. Beba-se, por isso, o mais fresco possível. Uma opção interessante a baixo preço.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Alambre Moscatel Roxo 2010

ALAMBRE 2010 MOSCATEL ROXO | PENÍNSULA DE SETÚBAL | 17,5% | PVP  9,99€
MOSCATEL ROXO
JOSÉ MARIA DA FONSECA VINHOS, SA
89 / 100

Este é o primeiro Moscatel Roxo jovem que a José Maria da Fonseca junta ao seu portefólio. Tendo como base a experiência do produtor em mais de 150 anos na elaboração de Moscatéis de Setúbal, surge esta nova referência com o objectivo de mostrar um Moscatel Roxo jovem, atraente, moderno e de preço mais acessível ao consumidor.
Por vezes, em conversa com amigos enófilos, ainda surge a afirmação de nunca se ter bebido um moscatel roxo. Uns por desconhecimento da variedade, mas a maioria porque a reconhece como um produto de valor mais alto e nem sempre ao alcance de todos os consumidores. Com este vinho, a desculpa do preço deixa de ser válida.
A saber, o Moscatel Roxo de Setúbal é um tipo de uva rara, que chegou a correr risco de extinção no século passado e onde a José Maria da Fonseca desempenhou um papel determinante na salvação da mesma salvando o último hectare de Moscatel Roxo numa vinha da Quinta de Camarate.
De cor âmbar definida, intensa, cativante e de aspecto límpido. No nariz aromas exuberantes a tangerina, casca de laranja, limas, com belo recorte floral, flor de laranjeira, algum melaço e de grande complexidade. Perfil que confirma na prova de boca, mostrando-se com bom volume, macio, cremoso, com evidente untuosidade ao toque, melado, com muita fruta citrina fresca bem complementada por notas de frutos secos e passa. Mostra equilíbrio e final de boca longo e persistente.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Revista de Vinhos distinguiu Os Melhores do Ano 2015 | And The Winner Is...........

Numa cerimónia épica, perante uma plateia de mais de mil pessoas, a Revista de Vinhos distinguiu ontem Os Melhores do Ano 2015, tendo escolhido Sangalhos, na região Centro, para receber o evento deste ano. 
O produtor bairradino Luís Pato foi agraciado com o prémio de carreira Senhor do Vinho, pela sua contribuição na divulgação e afirmação dos vinhos portugueses em todo o mundo e cuja influência no sector foi e continua a ser muito grande. 
Na Gastronomia, com o prémio que leva o nome do saudoso jornalista gastrónomo David Lopes Ramos, foi distinguido Ljubomir Stanisic, um chefe que nasceu no Leste mas que, desdobrando-se em várias frentes, é um grande divulgador dos produtos e saberes portugueses, sempre com paixão e profundidade. 
Nota ainda para o facto de, nesta que foi a 19.ª edição, não terem sido dezanove mas 21 os ‘Prémios Especiais’, com duas das categorias a elegerem vencedores em ex-aequo: Casa Agrícola HMR (sigla de Herdade do Monte da Ribeira) e Quinta Vale D. Maria (da Lemos & Van Zeller) na categoria Produtor; e Adega Mãe e Quinta do Gradil (da Parras Vinhos) com o prémio Empresa do Ano.

Os já conhecidos como Óscares do Vinho distinguiram a Caminhos Cruzados, do Dão, como Produtor Revelação. Igualmente para esta região foram os prémios de melhor Organização Vitivinícola, com a Comissão Vitivinícola Regional do Dão a arrecadar este troféu, e melhor Campanha Publicitária, atribuída às Histórias Escritas Com Vinho, criadas pela agência A Transformadora para o produtor Casa da Passarella. Mais a Norte, no Douro, a Gran Cruz levou para casa (ou para a adega!) a estatueta de melhor Empresa (Vinhos Generosos) e o prémio de Identidade e Carácter foi atribuído à Niepoort Vinhos. No que toca à Adega Cooperativa, segundo a Revista de Vinhos a que mais se destacou em 2015 foi a da Vidigueira, Cuba e Alvito. Mas este não foi o único prémio por terras do Cante Alentejano, isto porque é lá que está sediado o Melhor Enoturismo de 2015: a Adega Mayor, em Campo Maior, um destino imperdível para amantes de vinho aliado ao turismo. É caso para dizer que em Portugal se está a fazer um trabalho de excelência nos vinhos, de Norte a Sul do país.

Tal como os Prémios de Excelência atribuídos aos 30 melhores néctares nacionais, a revelação dos enólogos do ano é aguardada a cada edição com enorme expectativa e este ano não foi excepção. O facto de em 2015 ter confirmado ser um enólogo polivalente, extraindo qualidade com todos os tipos de uvas, valeu a Bernardo Cabral, enólogo na Companhia das Lezírias, e consultor em vários projectos como Pegos Claros e Bombeira do Guadiana, o título de melhor Enólogo
Já as qualidades técnicas muito apuradas, uma boa memória olfativa e a experiencia no desenho de muitos vinhos excepcionais foram factores que levaram Álvaro van Zeller ao pódio para receber a estatueta prateada com o título Enólogo (Vinhos Generosos). Também para um grande senhor do mundo do vinho ou, sendo mais preciso, da viticultura, foi o prémio dessa mesma categoria. O eleito foi o “viticólogo” Nuno Magalhães, detentor de uma carreira única, na Universidade e no campo, que faz dele um verdadeiro Senhor da Vinha.

Antes da entrega dos Prémios Especiais foi tempo de revelar os vinhos que se destacaram ao longo do ano findo. As 183 referências com o título de ‘Melhores de Portugal’ foram desfilando na tela ao longo do bem servido jantar, seguindo-se a aclamação aos 30 “excelentes” néctares de 2015. Os produtores não saíram da Gala sem levar para casa os diplomas de ‘Boa(s) Compra(s)’, que este ano foram atribuídos a 765 vinhos de Portugal Continental e ilhas. Os números falam por si e foram significativamente superiores aos de 2014: 169 e 624.

Os Prémios de Excelência, os melhores entre os melhores, foram distribuídos por um só espumante, o ‘Murganheira Távora-Varosa Chardonnay branco 2008’; três brancos, sendo dois deles de Alvarinho e o outro um Dão da Quinta da Pellada; 20 tintos, em que oito são do Douro e igualmente oito são alentejanos; três vinhos do Porto; dois Madeira; e um Moscatel de Setúbal. Os nomes dos produtores – e dos vinhos – são, na sua maioria, sonantes e repetentes nestas andanças. De colheitas bem distintas, os afamados ‘Barca Velha’ (2004), do Douro, e ‘Pêra-Manca’ (2011), do Alentejo, estão entre os vencedores. Destaque para o generoso ‘Vasques de Carvalho Porto Tawny 40 anos’, do produtor com o nome homónimo e que chegou ao mercado precisamente em 2015, embora de uma família com anos de história na produção de néctares do Douro e Porto.

Lista ‘Os Melhores do Ano 2015’ :: Prémio de Excelência
Murganheira Távora Varosa Espumante Chardonnay branco 2008 | Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa
Anselmo Mendes Curtimenta Vinho Verde Alvarinho branco 2013 | Anselmo Mendes Vinhos
Quinta de Soalheiro Vinho Verde Alvarinho Reserva branco 2014 | Vinusoalleirus
Abandonado Douro tinto 2011 | Alves de Sousa
Barca Velha Douro tinto 2004 | Sogrape Vinhos
Chryseia Douro tinto 2013 | Prats & Symington
Legado Douro tinto 2011 | Sogrape Vinhos
Quinta do Crasto Vinha da Ponte Douro tinto 2012 | Quinta do Crasto
Quinta do Noval Douro tinto 2012 | Quinta do Noval
Quinta do Vale Meão Douro tinto 2013 | F. Olazabal & Filhos
Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca Douro tinto 2013 | Lemos & Van Zeller
Quinta da Alameda Dão Reserva Especial tinto 2012 | Alameda de Santar
Quinta da Pellada Primus Dão branco 2013 | Quinta da Pellada - Álvaro Castro
Luís Pato Vinha Pan Bairrada tinto 2011 | Luís Pato
Quinta das Bágeiras Bairrada Garrafeira tinto 2010 | Mário Sérgio Alves Nuno
Palácio da Bacalhôa Reg. Península de Setúbal tinto 2009 | Bacalhôa Vinhos de Portugal
Cortes de Cima Reg. Alentejano Reserva tinto 2011 | Cortes de Cima
Esporão Private Selection Alentejo Garrafeira tinto 2012 | Esporão
J de José de Sousa Reg. Alentejano tinto 2011 | José Maria da Fonseca Vinhos
Júlio B. Bastos Reg. Alentejano Alicante Bouschet tinto 2012 | Júlio Bastos - Dona Maria
Marmelar Reg. Alentejano tinto 2012 | Casa Agrícola HMR
Pêra-Manca Alentejo tinto 2011 | Fundação Eugénio de Almeida
Scala Coeli Reg. Alentejano Petit Verdot Reserva tinto 2011 | Fundação Eugénio de Almeida
Zambujeiro Reg. Alentejano tinto 2011 | Quinta do Zambujeiro
Graham’s Porto Colheita 1972 | Symington Family Estates
Taylor’s Very Old Porto Single Harvest 1966 | Taylor Fladgate & Yeatman
Vasques de Carvalho Porto Tawny 40 anos | Vasques de Carvalho
Blandy’s Madeira Frasqueira Verdelho 1973 | Madeira Wine Company
Ribeiro Real Madeira Malvasia Lote 1 - 20 Anos | Vinhos Barbeito (Madeira)
Bacalhôa Setúbal Moscatel Roxo Superior 2002 | Bacalhôa Vinhos de Portugal

Lista ‘Os Melhores do Ano 2015’ :: Prémios Especiais
Campanha Publicitária | Uma história escrita com vinho | A Transformadora para a Casa da Passarella
Restaurante (Cozinha Tradicional Portuguesa) | Dom Joaquim (Évora)
Restaurante | O Paparico (Porto)
Prémio de Gastronomia “David Lopes Ramos” | Ljubomir Stanisic
Loja Gourmet | Quinta do Saloio (Estoril)
Garrafeira | Garage Wines (Matosinhos)
Wine Bar | Grapes & Bites Winehouse (Lisboa)
Enoturismo | Adega Mayor (Campo Maior)
Organização Vitivinícola | Comissão Vitivinícola Regional do Dão
Viticultura | Nuno Magalhães
Adega Cooperativa | Adega Cooperativa da Vidigueira, Cuba e Alvito (Alentejo)
Produtor Revelação do Ano | Caminhos Cruzados (Dão)
Produtor | Casa Agrícola HMR e Quinta Vale D. Maria (Lemos & Van Zeller)
Empresa (Vinhos Generosos) | Gran Cruz
Empresa | Adega Mãe e Quinta do Gradil (Parras Vinhos)
Identidade e Carácter | Niepoort Vinhos
Enólogo Vinhos Generosos | Álvaro van Zeller
Enólogo | Bernardo Cabral
Senhor do Vinho | Luís Pato

in Press Release

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Corvus 2014 Branco

CORVUS 2014 BRANCO | VINHO BRANCO | 12% | PVP 6,50€
FERNÃO PIRES, MALVASIA, CHARDONNAY
JOSÉ HUMBERTO NUNES CORVO
15,5

A minha sugestão para esta sexta-feira é a de um vinho diferente, diferente porque de certa forma é também singular e único. Provém da vinha mais ocidental da Europa Continental, quase a fazer sombra à Praia da Adraga em Sintra, a poucos passos do buraco do Fojo e da Pedra de Alvidrar e de um pequeno produtor da região.
Leva com a força dos ventos marítimos e com a especificidade meteorológica da região e do local de forma implacável. Um terroir difícil, de chão rijo e não em chão de areia e que recebeu o trabalho enológico de Francisco Figueiredo.
Mostra-se de cor amarelo citrino, com esverdeados bem notados e de aspecto limpo. Aromas intensos a fruta de caroço, melão, leve vegetal, sente-se o salino do mar, limonado, mineral e cheio de frescura. Revela boca com acidez equilibrada, sente-se o leve vibrar nas gengivas, muitas notas citrinas, muito salino, mineral, terminando longo, persistente e fresco.
Fará as delicias à mesa com o peixe de mar, com o que nos chega deste mar, tanto numa leve entrada, como num prato com mais complexidade.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

IIIº Bloggers Challenge | No Volver De Carne Y Alma

A terceira edição do evento Bloggers Challenge teve lugar no Restaurante Volver De Carne Y Alma em Lisboa e contou, mais uma vez, com dois bloggers cheios de garra e vontade de mostrar os seus dotes na arte de melhor casar a comida do restaurante com os vinhos da sua garrafeira.

Desta vez, o autor do Blog Comer, Beber e Lazer desafiou o Blogger Luís Gradíssimo, autor do Blog Avinhar; e o Blogger Mário Feliciano, co-autor do Blog Knónikas Vinikolas. Ambos aceitaram de imediato o desafio e poder-se-á dizer que houve competição mesmo até ao último minuto.

O restaurante preparou uma ementa composta por uma entrada quente em pé para recepção dos participantes composta por deliciosas Empanadas Volver acompanhadas pelo espumante Joaquim Arnaud que se mostrou à altura do momento. Frescura, capacidade de limpeza da boca, leveza e a emprestar muita elegância ao inicio da noite.

Momento seguinte, já à mesa, foram servidas as Tapas Volver. A Pana Cotta Volver Y Scones, o Chorizo, Quinoa, Arandos e Coentros e o Ovo Fumado, Rosti de Batata-Doce, Espargos Y Azeite Trufado fizeram companhia ao Antítese 2012, um branco pouco conhecido, mas muito interessante e que fez a harmonia aos pratos num bom nível. Boa acidez para um branco de 2012, mas também boa estrutura e complexidade. 

O prato de peixe foi o primeiro momento de competição. Para o Polvo À Oaxaca ambos os bloggers escolheram um vinho para sua companhia que foram provados e votados às cegas pelos participantes. Caios 2013 Branco de um lado, H'Our 2014 Branco do outro. A votação foi equilibrada, mas o vencedor da primeira harmonização foi o Blogger Luís Gradíssimo com o Caios 2013 Branco.

O Baby Beef, uma carne maturada no ponto serviu, de seguida, para a segunda harmonização a contar para o desafio. Era determinante que o Blogger Mário Feliciano fizesse o empate para que houvesse desafio até ao último prato. Agora, dois vinhos do Dão. O Américo Touriga Nacional 2010 Tinto e o Casa da Carvalha 2010 Tinto. Verificou-se a votação mais renhida da noite, mas o Blogger Mário Feliciano consegue o ponto de empate com a escolha do Casa da Carvalha 2010 Tinto.

A sobremesa foi desta forma o momento decisivo. O Chocolate, O Amendoim e o Caramelo foi harmonizado com dois vinhos completamente diferentes, mas que na votação se mostrariam muito chegados um ao outro. O Casal Sta Maria Late Harvest 2014 e o Licoroso do Mouchão 2009 recolheram diferentes preferências, mas no final a escolha da maioria recaiu sobre o Licoroso do Mouchão 2009 fazendo do Blogger Luís Gradissimo o vencedor desta edição por 2-1. Parabéns ao vencedor!

Com o apoio da Revista Paixão Pelo Vinho e pelo Lisbon Marriot Hotel, o vencedor desta edição foi convidado para escrever um artigo de opinião no próximo numero da Revista assim como fazer parte do júri de prova do tema de capa da mesma. Para além disso, a oferta de um romântico jantar a dois no Dia dos Namorados no Restaurante Citrus do Lisbon Marriot Hotel.
Ver mais fotos desta Edição do Bloggers Challenge aqui.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Azinhaga de Ouro Reserva Tinto 2013 e Branco 2014

Os Azinhaga de Ouro, Branco e Tinto, são vinhos produzidos pela Christie's, no caso do tinto, e pelas Caves do Monte no que diz respeito ao branco, em exclusivo para as lojas Lidl e que representam, colheita após colheita, uma opção de qualidade a bom preço para o consumo no dia a dia e que, de forma despreocupada, proporcionam um copo de vinho às refeições. No caso do reserva tinto, a utilização de vinhas velhas no blend, ainda com Touriga Nacional e Touriga Franca, confere-lhe uma maior complexidade e estrutura que se nota depois quando o juntamos à mesa em pratos com mais riqueza tão habituais na nossa gastronomia. 

AZINHAGA DE OURO RESERVA 2013 TINTO | DOURO | 13% | PVP 3,29€ 
TOURIGA NACIONAL, TOURIGA FRANCA, TINTA RORIZ 
CHRISTIE'S DOURO WINES, SA 
84 / 100 
Cor vermelho rubi de média concentração, límpido e de lágrima persistente. Perfil aromático frutado, com alguma cereja madura, amora silvestre, notas florais leves, alguma giesta e frescura. Na boca revela vivacidade, corpo médio, secura inicial, boa fruta, vermelha e fresca, nitida, equilibrado, sem máscaras e de final longo. 

AZINHAGA DE OURO 2014 BRANCO | DOURO | 13% | PVP 1,95€ 
MALVASIA FINA, RABIGATO, VIOSINHO 
CAVES DO MONTE VINHOS, SA 
82 / 100 
Cor amarelo citrino, rasgos esverdeados, aspecto jovem, limpo e brilhante. No nariz salta em primeiro lugar a fruta tropical, sem ser madurona em demasia, com leves notas de flores brancas, ligeiro silex e boa frescura. Na boca é um vinho directo, sem grandes complicações, sumarento, muita fruta fresca, citrino e fruta de caroço, com final persistente. Para uma conversa antes da refeição ou para inicio de refeição já com entradas e pratos leves.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Soalheiro Alvarinho 2014 Branco

SOALHEIRO ALVARINHO 2014 BRANCO | VINHO VERDE | 12,5% | PVP 8,90€
ALVARINHO
VINUSOALLEIRUS, LDA
16,5

O Soalheiro 2015 está já à minha espera ali na garrafeira e eu, ainda com saudosismos, regresso à colheita de 2014. No fundo, nada relacionado com saudade, mas, em vez disso, curiosidade em voltar a beber um Alvarinho que demonstra que este é um vinho e uma casta com um potencial enorme de envelhecimento com qualidade.
E assim continua. Desde logo no aspecto visual conservando uma cor amarelo citrino, definido, aspecto jovem, límpido e brilhante. No nariz o aroma fresco do maracujá e da pêra rocha madura fazem-se notar, bem aliado à boa carga mineral. Por fim, na boca, mostra estar com nervo, boa estrutura, ligeira untuosidade e cremosidade que nos cativa o palato. Mostra-se sumarento, fruta fresca, limonado, toranja, bom equilíbrio e final de boca longo, elegante e fresco.
Quem continuar a dizer que têm de ser bebidos no ano de lançamento não sabe do que está a falar.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Óscares do Vinho | Revista de Vinhos revela ‘Os Melhores do Ano 2015’ a 12 de Fevereiro

E estamos já praticamente em cima do dia em que são anunciados Os Melhores do Ano 2015 da Revista de Vinhos. Já conhecidos como os Óscares do Vinho em Portugal e terminado o ano de 2015, é tempo de fazer balanços, elegendo o que de melhor aconteceu no sector vitivinícola e gastronómico. Uma tarefa que a Revista de Vinhos faz pelo 19.º ano consecutivo ao distinguir os melhores vinhos provados durante o ano findo, ao mesmo tempo que atribui as estatuetas prateadas que assinalam ‘Os Melhores do Ano’ a um conjunto de empresas e personalidades ligadas ao meio. A cerimónia vai ter lugar na sexta-feira, dia 12 de Fevereiro, na região Centro do país, tendo como palco o Centro de Alto Rendimento de Sangalhos, no concelho de Anadia, Bairrada.

A Gala da Revista de Vinhos é “uma noite longa”, habitualmente recheada de grandes emoções e tem um impacto muito importante neste sector. É durante o jantar que são anunciados os vencedores, frente a uma plateia com os principais agentes da fileira do vinho e da gastronomia, desde produtores de vinho, enólogos, técnicos de viticultura, escanções, empresários mas também chefes e empresários da restauração, além de outros players, vindos de todo o país. Os critérios das escolhas são exclusivamente editoriais e da responsabilidade dos jornalistas da Revista de Vinhos.

Nos vinhos, para além de serem distinguidos os melhores em cada uma das regiões em que se divide o país vinícola (“Melhores de Portugal”), a redacção da Revista de Vinhos escolhe aqueles, que na sua opinião, foram os 30 melhores vinhos entre os vários milhares que foram provados durante o ano 2015. São os cobiçados “Prémios de Excelência”, os melhores entre os melhores, que fazem sonhar os enófilos e todos os apreciadores de vinho.

Entre empresas, instituições e personalidades, a Revista de Vinhos anuncia “Os Melhores do Ano”, distinguindo-os com um troféu em prata da autoria da conhecida criadora de jóias Maria João Bahia. São dezanove as categorias galardoadas (subindo ao palco pela ordem dos respectivos números): Campanha Publicitária (1); Restaurante Cozinha Tradicional Portuguesa (2); Restaurante (3); Loja Gourmet (5); Garrafeira (6); Wine Bar (7); Enoturismo (8); Organização Vitivinícola (9); Viticultura (10); Adega Cooperativa (11); Produtor Revelação (12); Produtor (13); Empresa de Vinhos Generosos (14); Empresa (15); Identidade e Carácter (16); Enólogo de Vinhos Generosos (17); Enólogo (18); e ainda 2 prémios especiais de carreira que distinguem personalidades com vida e obra reconhecida nos campos da gastronomia e vinhos, o prémio “David Lopes Ramos” (4) e o “Senhor do Vinho” (19).
baseado no Press Realease do Evento

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Duorum 2014 Branco

DUORUM 2014 BRANCO | DOURO | 12,5% | PVP 9€
VIOSINHO, RABIGATO, VERDELHO, ARINTO, CÓDEGA DO LARINHO
DUORUM VINHOS, SA
16,5

A colheita de 2014 marca no tempo o primeiro branco da gama Duorum. Enquanto que o seu irmão mais velho, o Duorum tinto, já nos vinha habituando, nos últimos anos, a um grande Douro por um grande preço, tardava o nascimento do seu par.
Cor amarelo citrino, esverdeados, límpido e brilhante. Aromas intensos a fruta citrina, limas, toranja, fruta branca de caroço e algum tropical mais tímido neste momento, notas de leve tosta, mineral e fresco. Boca com volume, acidez vivaz e equilibrada, sumarento, toranja, traço mineral e fresco. Final de boca longo.
Poder-se-á dizer que se começou com o pé direito, não se caíndo no exagero do álcool, apresentando leveza e muita frescura.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Restaurante Forneria São Dinis - Ponta Delgada Açores

Quase sem dar por isso, na minha última visita aos Açores, acabei por almoçar neste restaurante de beira de estrada e beira mar, assim a modos como que um pouco desconfiado do que iria encontrar lá dentro tendo em conta o design moderno e fast-food look a like que transmitiam as suas paredes exteriores. 

Esplanada coberta onde apetecia ficar a beber algo fresco e no interior  frondosos fornos e um aroma a pão acabado de fazer, com pizza à mistura que abria desde logo o apetite. Pensei de imediato que não era o que tinha em mente almoçar numa visita aos Açores, mas a expectativa aumentava na mesma medida da fome e dos aspecto dos pratos que iam saindo para outras mesas. 

A partir do momento em que me sentei à mesa e começaram a vir os pratos confesso que até me esqueci dos primeiros parágrafos desta publicação. Que bela surpresa prato após prato e que bela harmonia entre a cozinha tipicamente mediterrânica com a inclusão de produtos da região. A cozinha é de facto muito boa e consegue surpreender não só porque não estamos à espera de encontrar pormenores de cozinha de autor, como o somos também pelo sabor e frescura de cada prato.

Os detalhes e apresentação de cada prato conquistam qualquer um no plano estético e depois, quando lhe tomamos o gosto, conquistam pelo estômago. 
O atendimento é atencioso, dedicado e muito profissional, ao mesmo tempo que sentimos um certo conforto e até familiaridade pela forma como somos colocados completamente à vontade. Em pouco tempo tempo deixamos a sensação de primeira vez no restaurante, para a de clientes habituais de há muitos anos.

Ponto também a destacar é a carta de vinhos. Se quando vou ao Alentejo ou ao Douro bebo vinho produzido na região, porque não poderia fazer de forma similar, num restaurante de Ponta Delgada, beber vinho produzido nos Açores? Claro que pude. Referências em número muito razoável de vinhos da região e servidos de forma correcta, copos correctos e temperaturas correctas. E muito importante, a preços não proibitivos.

Os pratos de peixe são aqui em número diminuto, mas aqui não vamos à procura do mar, mas sim dos sabores da terra. E isso encontramos com facilidade e qualidade.

A carne é bem tratada e servida no ponto em que é pedida. Só isso vale desde logo pontos. A sobremesa, que chega quando o espaço já é pouco, mas a gulodice ainda está presente, volta a fugir, visualmente, ao esperado, mas neste momento, e após uma refeição de nível de satisfação bem lá em cima, queremos provar tudo. E aquele brownie deixa muito boas memórias.

Sem dúvida uma experiência a repetir e uma visita que se aconselha.
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FORNERIA SÃO DINIS
Tipo de Cozinha: Mediterrânica
Copos de Vinho Adequados: Sim
Estacionamento: Fácil
Preço Médio p/ Refeição: 20€
Morada: Rua Padre Fernando Vieira Gomes, Nº 20 9500-241 Ponta Delgada, Açores
Telefone:  +351 296 286 238

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Quinta do Javali: O Azeite!

QUINTA DO JAVALI | DOURO | VIRGEM | AC 0,2 | 500ML | PVP 10€
GALEGA, COBRANÇOSA
SOCIEDADE AGRÍCOLA QUINTA DO JAVALI, LDA

Começar o mês de fevereiro "com os azeites" não será necessariamente um mau começo. Antes pelo contrário. O Azeite chega de um produtor habitualmente reconhecido pela produção de vinho Doc Douro e Porto, que se lança neste novo desafio com um azeite de quinta que mostra que também neste sector pode vir a marcar pontos.
Vivo de cor. Esverdeado de média intensidade. Nariz com notas frutadas maduras, de média intensidade, com maça verde, folha de oliveira verde e alguma casca de amêndoa ainda verde e em formação. Na boca praticamente ausência de amargo e picante, ligeiro adocicado inicial e com um fino traço picante no final da garganta, muito ao de leve, mais pastoso e untuoso, mantendo também aqui alguns descritores mais verdes com muita leveza.
Junte o pão torrado, chame o tomate e o manjericão fresco, peça uma salada de verão ou ligue com um peixe branco grelhado.