sexta-feira, 31 de março de 2017

2 2 1 Alvarinho 2015 AdegaMãe e a Lampreia by Anselmo Mendes

Duas regiões, dois enólogos, um vinho. Os enólogos Anselmo Mendes e Diogo Lopes criam um vinho a partir de duas expressões distintas da casta Alvarinho. A casta Alvarinho com origem em vinhas de Monção e outra com origem em vinhas da região de Lisboa.

Expressões diferentes da mesma casta que, apesar da distância entre as regiões onde nascem, mostram, no caso do Alvarinho de Monção, uma constante confirmação da elevada qualidade dos vinhos que dela resultam e, no caso do Alvarinho do terroir de Lisboa, um constante reconhecimento e afirmação do qualidade do vinho ali produzido.

ADEGAMÃE 221 2015 BRANCO | VINHO DE MESA | 12,5% | PVP 25€
ALVARINHO
ADEGAMÃE - SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
17
Um blend 50/50 da casta Alvarinho de Monção e de Lisboa com fermentação independente em barricas de carvalho francês.
Cor amarelo citrino, aberto, esverdeados leves, aspecto limpo e brilhante. No nariz revela muita complexidade, desafiante, com citrinos, toranja definida, algum melaço e um aroma a pedra molhada, toque salino e envolvência fresca. Expressivo de boca, mostra-se ainda muito jovem, irreverente, com volume, mastigável, com a fruta citrina e de polpa amarela madura bem colocada, traço mineral, novamente algum salino, a mostrar futuro, potencial de guarda e com um final de boca duradouro.

Mas o nervosismo só começaria após a apresentação do vinho. A harmonização ia ser feita com a famosa lampreia. Um arroz de lampreia cozinhado pelo "Chef" Anselmo Mendes, que não teve qualquer dúvida ou receio em afirmar que este momento o deixava mais nervoso do que o lançamento do 221.

Lampreias fêmeas, limpas e preparadas a preceito, com saber familiar, que chega à mesa em fumegantes travessas. Com vinagre a gosto no momento, passou claramente o teste dos convivas pois, no final, nem lampreia, nem arroz. Parabéns também aqui pelo prato e pelos conselhos na preparação desta iguaria de terras minhotas.

A ligação 221 com a lampreia foi casamento abençoado. Muito equilibrado e sem haver um roubar de protagonismo quer de um lado quer do outro. O vinho permite que toda a complexidade do prato seja muito bem incorporada pelos sentidos e nos faça continuar no vinho e no prato sem haja enfado.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Herdade do Mouchão | Em Terra de Alicante Bouschet

Em terras alentejanas é onde a casta Alicante Bouschet se revela na sua magnitude e onde encontramos alguns dos mais belos vinhos feitos a partir dela. Nasceu das mãos de Henry Bouschet no ano de 1855 em França a partir do cruzamento das castas Garnacha e Petit Bouschet. Nascida em França, mas Rainha em Portugal.
Talvez por isso, fizesse sentido dedicar um dia a conhecer melhor a casta, o terroir onde reina, os vinhos que dela resultam e ouvir na primeira pessoa as pessoas que a trabalham e que por ela se apaixonaram. O primeiro Alicante Bouschet Day nasceu e concretizou-se no final de 2016 e tenho de dar os meus parabéns ao João Pedro Carvalho do Blog Copo de 3 por ter sido faísca e luz para esta grande ideia.

Começámos pela Herdade do Mouchão. Penso que este inicio de aventura faça todo o sentido. Esta casta tida como de adaptação difícil e que no seu País de origem nem sequer é tida em grande conta, foi trazida para o Alentejo, segundo se sabe, pela família Reynolds, responsável pelos vinhos da Herdade do Mouchão, devido à sua propriedade tintureira. Como os seus primeiros vinhos perdiam um pouco a sua coloração ao final de poucos anos, sentiu-se a necessidade de lhe dar mais cor e durante mais tempo com outra casta. Ora, sendo a Alicante Bouschet uma das raras variedades tintureiras do mundo, isto é, a cor tinta está presente não só na pele como na polpa de cada bago de uva, então seria com ela que se iria trabalhar.

Esta casta encontrou na Herdade do Mouchão um terroir de eleição. Conhecer a emblemática Vinha dos Carapetos com a presença e com o sábio acompanhamento de David Marques Ferreira num dia lindo de outono-inverno foi um dos pontos marcantes deste dia.

Depois, ainda antes de se partir para um prova vertical dos Mouchão, da última colheita de Mouchão Tonel 3-4 e do Mouchão Licoroso e Aguardente Vínica, uma visita rápida à adega e toda a infraestrutura que permite que os vinhos da Herdade do Mouchão sejam uma realidade.

MOUCHÃO 1988 TINTO | ALENTEJO | 13,5% | PVP 38€***
ALICANTE BOUSCHET, TRINCADEIRA
HERDADE DO MOUCHÃO - VINHOS DA CAVACA DOURADA, SA
16,5
Cor vermelho, nuances alaranjadas, acastanhadas, média concentração, aspecto limpo. Nariz com notas de evolução sem ser depreciativo, notas de couro, fresco, mentolado, a abrir no copo. Boca com boa expressão, volume, acidez vivaz e equilibrada, fruta ainda com boa expressão, final de boca longo.

MOUCHÃO 2002 TINTO | ALENTEJO | 14,5% | PVP 43,90€**
ALICANTE BOUSCHET, TRINCADEIRA 
HERDADE DO MOUCHÃO - VINHOS DA CAVACA DOURADA, SA
17,5
Cor vermelho granada, média concentração, aspecto limpo. Aromas intensos, fruta vermelha fresca, barrica envolvente e bem integrada, especiaria fina, elegante e fresco. Na boca grande estrutura, corpolento, cheio de vida, com fruta em muito bom plano, especiaria, vegetal, mentolado fresco, respirante e de final longo.

MOUCHÃO 2007 TINTO | ALENTEJO | 14% | PVP 39,5€*
ALICANTE BOUSCHET, TRINCADEIRA 
HERDADE DO MOUCHÃO - VINHOS DA CAVACA DOURADA, SA
18
Cor vermelho rubi, intenso, média concentração e de aspecto limpo. No nariz aparecem as notas vegetais, espargos, notas terrosas, turfa, fresco mentolado, ainda de traço jovem. Na boca temos boa estrutura, taninos marcados, pujanates e  joviais, vegetal bem ladeado com o fresco de eucalipto. Elegante e final longo. Em grande forma e ao mesmo tempo ainda com um caminho muito longo pela frente.

MOUCHÃO 2011 TINTO | ALENTEJO | 14% | PVP 35€*
ALICANTE BOUSCHET, TRINCADEIRA 
HERDADE DO MOUCHÃO - VINHOS DA CAVACA DOURADA, SA
18
Cor rubi, intenso, concentrado, violetas escuros, jovens, aspecto limpo. Nariz muito bonito, fruta vermelha, traço vegetal, eucalipto fresco, mentolado, muito definido. Grande boca, cheio de força e com pernas para durar, longevidade, estruturado, tanino firme. Final longo. 
Como estará quando tiver o tempo de descanso do anterior 2007?

MOUCHÃO TONEL 3-4 2011 TINTO | ALENTEJO | 13,5% | PVP 99€****
ALICANTE BOUSCHET 
HERDADE DO MOUCHÃO - VINHOS DA CAVACA DOURADA, SA
18
Cor vermelho rubi, intenso, concentrado, fechado, praticamente opaco, com violeta escuro e de aspecto limpo. Aromas intensos, com a fruta preta madura bem presente, cheio de terrosos frescos, bosque, mentolados respirantes e notas vegetais ainda um pouco escondidas. Pujante e cheio de boca, denso e mastigável, perfil fresco, mas também cheio de juventude, ainda a pontapear e a chorar. Sem dúvida que é um vinho que ainda vai dar muito prazer a beber e que os anos estão para durar.

MOUCHÃO 2011 LICOROSO | ALENTEJO | 20% | PVP 22,60€*
ALICANTE BOUSCHET
HERDADE DO MOUCHÃO - VINHOS DA CAVACA DOURADA, SA
16
Continuamos com a casta Alicante Bouschet também no licoroso, Este é produzido com base na casta Alicante Bouschet. Após a fermentação, estagia em tonéis de 1,000 litros, de carvalho português, durante pelo menos 4 anos.
Cor vermelho vivo, opaco e retinto,  com aromas intensos a ameixa preta madura, compotas e especiarias. Profundo e elegante na boca, com o perfil de frescura que reconhecemos já nos Mouchão e um final de boca persistente e prolongado.

 
MOUCHÃO 2015 AGUARDENTE BAGACEIRA | ALENTEJO | 46% | PVP 45€*
ALICANTE BOUSCHET
HERDADE DO MOUCHÃO - VINHOS DA CAVACA DOURADA, SA
Uma surpresa. Quando muitos viram a cara e o copo a uma aguardente bagaceira no final da refeição, então por ceto, desconhecem a da Herdade do Mouchão. Esta resultado da destilação das massas de Alicante Bouschet utilizadas para produzir os melhores vinhos da herdade e, por isso, o mesmo é dizer que continuámos até ao fim ao sabor desta casta.
De cor branca e transparente, esta aguardente revela um aroma límpido, definido e fresco, marcado pelas especiarias típicas desta casta cultivadas no Mouchão. Na boca voltamos à envolvente fresca, toque macio e aveludado, com muita elegância e terminando longo e persistente.
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*preço Garrafeira Nacional à data da publicação 
**preço Garrafeira Dom Pedro à data da publicação
***preço Garrafeira Uvinum à data da publicação
****preço Garrafeira VinhoWeb à data da publicação

terça-feira, 28 de março de 2017

Colinas do Douro Superior 2015 Branco

COLINAS DO DOURO SUPERIOR 2015 BRANCO | DOURO | 13% | PVP  5,99€
VIOSINHO, RABIGATO
COLINAS DO DOURO SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
15,5

Um branco que segue a linha dos vinhos até agora provados deste produtor. O peso das suas vinhas de altitude no Douro Superior determinam vinhos frescos, com acidez acutilante e mineral bem presente. Confesso que num vinho branco desta gama de preço não costumo encontrar com facilidade este pilares neste ponto de equilíbrio, mas a verdade é que há esta linha condutora.
Cor amarelo citrino, nuances levemente esverdeadas e aspecto jovem. No nariz sobressaem as notas citrinas, a lima num apontamento muito bonito, leve e fresca, notas de pedra molhada e frescura envolvente. Na boca mostra a tal frescura e acidez no ponto, sumarento, os frutos citrinos e de polpa branca em bom plano, elegante e de final médio longo.
Gostei de o ligar à mesa com queijos variados e uma salada de polvo que tão bem puxou por ele.

domingo, 26 de março de 2017

Terras Altas 2014 Tinto

TERRAS ALTAS 2014 TINTO | DÃO | 13% | PVP  3,99€
JAEN, ALFROCHEIRO, TOURIGA NACIONAL
JOSÉ MARIA DA FONSECA VINHOS, SA
15

O Terras Altas aposta numa nova imagem, em corte total com o rótulo mais tradicional das colheitas anteriores, trás a justa homenagem ao enólogo António Porto Soares Franco não só com a imagem, com também com o vinho.
De cor rubi intenso, média concentração, jovem e de aspecto limpo. No nariz a fruta preta, notas frescas de bosque, alguma turfa molhada, cedro, pinheiro, barrica ligada, balsâmico, fraga, frescura envolvente desde o início. Na boca revela boa estrutura e volume, polido e macio, fruta vermelhos e preto silvestres, sumarento, fresco e equilibrado. Final de boca longo e fresco.

sexta-feira, 24 de março de 2017

Revista de Vinhos, Wine e Vinho-Grandes Escolhas: Quem De 3 Tira Uma...

O panorama das revistas cujo tema maior versa o vinho está a mudar em Portugal. Até há bem pouco tempo o cenário que se coloca actualmente era impensável e até motivo de gozo, mas hoje aqui está ele e temos de começar a viver com ele. 
O grupo editorial Masemba e a EV-Essência do Vinho estabeleceram esta quinta-feira, 23 de março de 2017, uma parceria para a gestão integral da REVISTA DE VINHOS, título especializado em vinho e enogastronomia que já conta com 26 anos de publicação contínua mensal. O acordo agora assinado prevê que a EV assuma a equipa editorial da publicação, afetando a atual redação da revista WINE – A Essência do Vinho, entretanto reforçada com novos colunistas nacionais e internacionais, para a REVISTA DE VINHOS. A WINE, título lançado em 2006 pela EV, deixa de ser publicada. 
Com esta parceria, a REVISTA DE VINHOS – A Essência do Vinho assume o objetivo de se afirmar como a mais influente publicação especializada em vinho e enogastronomia de língua portuguesa, estando mensalmente presente nas bancas de Portugal, Brasil, Angola e Moçambique. 
Os primeiros resultados poderão ser já visíveis na edição que estará em banca no próximo mês de abril.
Ao mesmo tempo que um ciclo se fecha, outro se abre. É assim que surge a nova revista VINHO - Grandes Escolhas. Contando com praticamente toda a equipa da anterior REVISTA DE VINHOS esta será uma revista mensal, dedicada sobretudo à temática do vinho, como é óbvio, mas sem esquecer o turismo, a gastronomia, a cultura e outros prazeres da vida. A vertente digital e a área de formação serão desenvolvidas através de importantes parcerias estratégicas; e os eventos de vinho e gastronomia, aos quais produtores e visitantes se fidelizaram, continuarão a realizar-se por todo o país e a destacar-se pelo nosso selo de qualidade. Aos eventos conhecidos, irão juntar-se em 2017 mais alguns de grande impacto. Ainda pouco se sabe, mas a expectativa é alta não só pela experiência e excelência da equipa que a integra como também pelas ideias novas e estimulantes que podem nascer com o projecto.
Assim, os apaixonados pelo vinho terão nas bancas, a partir do próximo mês, duas novas revistas e duas já habituais. As novas REVISTA DE VINHOS – A Essência do Vinho e a VINHO - Grandes Escolhas e as que continuam PAIXÃO PELO VINHO e a ESCANÇÃO.
Boas leituras.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Soalheiro Oppaco 2014 Tinto

SOALHEIRO OPPACO 2014 TINTO | VINHOS VERDES | 12% | PVP  16€
VINHÃO, ALVARINHO
VINUSOALLEIRUS, LDA
16,5

Este Oppaco merece cada vez mais um lugar de destaque na lista de vinhos verdes tintos que vai saindo todos os anos. Acaba por ser um perfil um pouco diferente dos Vinhão já conhecidos, prima por mais frescura, mais elegância, mas acima de tudo uma maior leveza e delicadeza. A junção de Alvarinho em 15% ao Vinhão, aliado ao estágio parcial do lote em barricas de carvalho francês transformam-lhe a tez e o resultado final acaba por ser uma bela surpresa. Um caminho diferente nos vinhos tintos da região.
De cor rubi, vermelho concentrado, aberto nos bordos e de aparência jovem e límpida. No nariz, após deixá-lo respirar um pouco, destacam-se, com elegância, os aromas a fruta vermelha e preta, frutos silvestres, morangos, algum grafite, tinta da china e um toque vegetal fresco. Desafiante. Na boca continua a mostrar essa já referida elegância e frescura, com a fruta vermelha bem fresca, tanino praticamente polido e de término longo.
Para mim, sem dúvida um vinho de verão, quando muitos o destinam mais a estações de baixas temperaturas. Uma posta de salmão, gordo, na grelha, os pratos de caça e o fumeiro asseguram-lhe um casamento feliz.

terça-feira, 21 de março de 2017

Mesas Bohemias | Quandos Os Restaurantes Trocam De Cidade

Se há coisa que define o Português é a sua capacidade para encontrar um restaurante, onde de facto se pode ser feliz, ou onde se pode comer aquele prato feito com toda a mestria e depois aconselhá-lo sempre que pode, e de peito bem inchado, a amigos, conhecidos e turistas.
São, por norma, restaurantes de cozinha tradicional portuguesa, com pratos emblemáticos pelos quais por vezes se percorrem muitos e muitos quilómetros e para os quais vamos deixando um espacinho na nossa lista de locais a visitar. 

Rodrigo Meneses pegou nesta premissa e  pensou como seria se os restaurantes viajassem para outra cidade, permitindo saborear o prato preferido sem os quilómetros acrescidos? Seria possível construir uma forma prática e que realmente pudesse oferecer uma verdadeira experiência desses locais?
O Mesas Bohemias nasceu como a resposta. Uma nova experiência Gastronómica e Cervejeira, em que os restaurantes trocam de cidade, sempre acompanhados pela Cerveja Bohemia. 

De 30 de Março a 2 de Abril, o restaurante D. Afonso O Gordo, em Lisboa vai ceder o seu lugar à Casa Inês, restaurante emblemático da Cidade Invicta. É neste espaço que se vão cozinhar os irresistíveis Filetes de Polvo com Arroz do Mesmo, um dos três pratos que vão compor a harmonização com as três Cervejas Bohemia. 
Na semana seguinte, de 6 a 9 de Abril, é a vez do Restaurante Noélia, de Cabanas de Tavira rumar até ao Porto, instalando-se no BH Foz, 4 dias em que será possível saborear o melhor da cozinha Algarvia, e onde o famoso Polvo Trapalhão com Batata Doce estará à mesa acompanhado pelo corpo denso de uma Bohemia Bock. 
Em jeito de ante-estreia das Mesas Bohemias fui experimentar os restaurantes Casa Inês e Noélia em... Lisboa e fiquei com vontade de repetir tudo outra vez e curioso com os nomes dos restaurantes que virão a seguir.
É mesmo embarque numa experiência Gastronómica e Cervejeira, onde o vinho fica de parte, mas onde a cerveja Bohemia mostra toda a sua versatilidade à mesa, casando na perfeira com três pratos distintos incluíndo ainda uma entrada e a sobremesa.

Tapas de Muxama de Atum | Noélia
Dona de um sorriso aberto e caloroso, Noélia é um bastião da cozinha Algarvia e das suas receitas mais tradicionais. A procura dos ingredientes perfeitos é a sua missão e paixão, o que se torna evidente a cada garfada em cada um dos seus pratos.

Canja de Amêijoas | Noélia

Açorda de Galinha Serrana | Noélia

Pudim de Laranja do Algarve com Amendôa e Tarte de Alfarroba | Noélia

Sardinhas de Escabeche | Casa Inês
Conhecida pela extrema simpatia e pelos pratos divinais, Inês Diniz, do restaurante Casa Inês no Porto, é um exemplo perfeito do que é ser Cozinheira de Mão Cheia. Utiliza os produtos mais frescos e saborosos para confeccionar as receitas tradicionais mais representativas da memória gastronómica da Invicta.

Bacalhau à Gomes de Sá | Casa Inês

Bolinhas de Alheira com Agridoce de Abóbora | Casa Inês

Filetes de Polvo com Arroz do Mesmo | Casa Inês

Tripas À Moda do Porto | Casa Inês

Aletria e Rabanada | Casa Inês
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MESAS BOHEMIAS
30 de Março a 2 de Abril | Restaurante D. Afonso O Gordo (Lisboa) recebe Restaurante Casa Inês (Porto) 
6 a 9 de Abril | Restaurante BH Foz (Porto) recebe Restaurante Noélia (Cabanas de Tavira)
Reserve o lugar à mesa em www.mesasbohemias.pt

segunda-feira, 20 de março de 2017

Real Companhia Velha Apresenta Cinco Novidades da Quinta dos Aciprestes

A Quinta dos Aciprestes estende-se por mais de 2 quilómetros sobre a margem esquerda do Rio Douro, na zona do Tua, contorna o Rio com as suas encostas suaves, numa área totalmente replantada com as variedades mais nobres da Região Demarcada do Douro. A propriedade sofreu recentemente trabalhos de reconversão das vinhas fazendo com que cerca de 90% das vinhas existentes serem agora plantações recentes e no sistema de vinha ao alto permitindo a mecanização de uma grande parte da propriedade.
Devido a sua localização, entre as sub-regiões do Cima-Corgo e Douro Superior, as suas vinhas beneficiam do excelente microclima local, que oferece condições ideais para o amadurecimento das castas nobres, Touriga Nacional e Touriga Franca.
Os vinhos produzidos na Quinta dos Aciprestes refletem as características da região ao demonstrarem concentração intensa, um excelente perfil aromático e muito encorpados.

A Real Companhia Velha apresentou recentemente uma mão cheia de novidades da sua Quinta dos Aciprestes. Pedro O. Silva Reis, Jorge Moreira e Rui Soares revelaram a novidade absoluta e edição muito limitada de 884 garrafas do Quinta dos Aciprestes Touriga Nacional Talhão 14 Grande Reserva 2013 Tinto, e as quatro novas colheitas Quinta dos Aciprestes 2015 Tinto, Quinta dos Aciprestes Reserva 2015 Tinto, Quinta dos Aciprestes Grande Reserva 2013 Tinto e Quinta dos Aciprestes Sousão Grande Reserva 2012 Tinto.
Vinhos que mostram a capacidade desta propriedade da Real Companhia Velha em produzir vinhos de qualidade e de enorme potencial de guarda e com carácter diferenciador das restantes.
Ainda lugar para voltar no tempo e passar os sentidos pelo Quinta dos Aciprestes Touriga Nacional 2004 que reforçou o potencial dos vinhos aqui produzidos revelando estar num magnifico momento de forma.

QUINTA DOS ACIPRESTES 2015 TINTO | DOURO | 14% | PVP 8€ 
VINHAS VELHAS
REAL COMPANHIA VELHA
15,5
Cor rubi, vermelho intenso e jovem, aspecto limpo. No nariz grande intensidade da fruta vermelha e preta, madura, muita ameixa preta, cereja madura, barrica bem ligada, baunilhados leves e pimenta branca. Jovem de boca, ainda a necessitar de algum tempo de garrafa,com muita fruta vermelha jovem, redondo, de final longo. Um vinho produzido a partir de vinhas velhas.

QUINTA DOS ACIPRESTES RESERVA 2015 TINTO | DOURO | 14% | PVP 15€ 
TOURIGA NACIONAL, TOURIGA FRANCA 
REAL COMPANHIA VELHA
16
Cor rubi, vermelho expressivo, aspecto jovem e límpido. Nariz com boa intensidade, fruta vermelha e preta, com notas florais leves, alguma laranja, com baunilha da barrica bem ligada e notas balsâmicas frescas. Na boca com bom volume, alguma secura, mais leve e fresco, com presença da fruta vermelha mais fresca e em equilíbrio com as notas de estágio em barrica. Final de boca longo. 

QUINTA DOS ACIPRESTES GRANDE RESERVA 2013 TINTO | DOURO | 14% | PVP 38€ 
TOURIGA NACIONAL, TOURIGA FRANCA
REAL COMPANHIA VELHA
17 
Cor vermelho rubi, com notas violetas, jovem e limpo. Complexo aromaticamente tendo em primeiro plano a fruta vermelha e preta madura, com vários layers seguintes de notas florais, pimenta branca, baunilha e tostados leves, balsâmico e fresco. Boca segura, complexo, estrutura, poderoso, mastigável e com boa secura. A fruta mostra-se fresca, em equilíbrio e com largura de boca. Termina longo e persistente. 

QUINTA DOS ACIPRESTES SOUSÃO GRANDE RESERVA 2012 TINTO | DOURO | 14,5% | PVP 40€ 
SOUSÃO 
REAL COMPANHIA VELHA
17,5
Cor vermelho violáceo concentrado, aspecto limpo. No nariz mostra-se muito elegante, com notas muito finas e frescas da fruta vermelha, algum vegetal, também ele leve, com notas de café torrado, toffee, tostado leve. Boca pujante, cheio de vida, boa acidez, com secura, fruta vermelha fresca, envolvente e com grande elegância não sendo perceptível a sua graduação alcoólica. Final de boca longo.
Um perfil do qual gosto muito, que encanta e que se revela prazeiroso à mesa.

QUINTA DOS ACIPRESTES TOURIGA NACIONAL TALHÃO 14 2013 TINTO | DOURO | 40 € 
TOURIGA NACIONAL
REAL COMPANHIA VELHA
17,5
Deste só existem 884 garrafas. Uma edição limitada que provém de um única parcela de Touriga Nacional identificada pelo produtor como Talhão 14.
Cor vermelho rubi, concentrado, aspecto limpo e jovem. Aromas expressivos da casta no terroir Douro, elegantse e de grande intensidade onde a fruta vermelha bem nítida se envolve em harmonia com notas de bergamota, especiaria fina, sugestão a cacau e muita frescura. Continua elegante e cheio de finess na boca, volumoso, pujante, com a fruta vermelha a mostrar-se mais uma vez em plano de destaque, revelando-se um conjunto equilibrado e harmonioso. Termina longo, persistente e a suspirar pela comida.

QUINTA DOS ACIPRESTES TOURIGA NACIONAL 2004 TINTO | DOURO | 15,5% | PVP €
TOURIGA NACIONAL
REAL COMPANHIA VELHA
16
Regressar no tempo com um Touriga Nacional 10 anos mais velho do que aquele agora lançado. Não são comparáveis, mas fica a curiosidade para o futuro do Grande Reserva Talhão 14.
Cor de tonalidade vermelha mais aberta, mas nunca a apontar para um vinho com 13 anos. As marcas da idade são pouco evidentes a este nível. No nariz um bocadinho. encontrando na boca um vinho  vivaço,  uma bomba ainda cheia de fruta,

sábado, 18 de março de 2017

Marquês de Borba 2016 Branco

MARQUÊS DE BORBA 2016 BRANCO | ALENTEJO | 12,5% | PVP  5,49€
ARINTO, ANTÃO VAZ, VIOGNIER
J PORTUGAL RAMOS VINHOS, SA
16

Acabado de chegar às prateleiras, a nova colheita do Marquês de Borba quer continuar a mostrar o seu perfil leve, apelativo e com um factor de destaque na relação qualidade preço.
Cor amarelo citrino, esverdeados leves, mas nítidos, aspecto límpido e jovem. Intenso aromaticamente, com a fruta tropical madura a liderar, abacaxi no topo, e bem ladeado com notas citrinas da lima e notas calcárias em fundo. Revela boa estrutura de boca, acidez bem marcada e revigorante, mostra mais o fruto citrino e a maçã verde, fresco e equilibrado. Final de boca longo.
Saladas, peixe branco e algum peixe com mais gordura juntar-se-ão com mestria.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Nossa Calcário 2013 Tinto

NOSSA CALCÁRIO 2013 TINTO | BAIRRADA | 13% | PVP  25€
BAGA
FILIPA PATO VINHOS UNIPESSOAL, LDA
17.5

Será para mim fácil utilizar aqui o ditado popular "Filho de peixe sabe nadar", ou seja, e neste caso particular, Filha de Pato sabe nadar. Filipa Pato brinda-nos com um Baga cheio de elegância e frescura, complexo, desafiante e que atravessa agora um soberbo momento de forma.
Visualmente de cor rubi concentrado, mais aberto no bordo do copo e de aspecto limpo, mostra um perfil aromático pleno de elegância, leveza e frescura. Fruta preta do bosque nítida, cereja preta, amora silvestre e mirtilo, bolacha torrada, galão matinal, alguma turfa, envolto por uma brisa balsâmica fresca. Na boca continuamos num registe de elegância, acidez no ponto, equilíbrio em cada ponto, de tanino fino apesar de dizer presente.
Com um final de boca longo, a pedir para continuar, leve, sem pesar e a pedir o seu casamento à comida.

terça-feira, 14 de março de 2017

Procura 2013 Branco

PROCURA 2013 BRANCO | ALENTEJO | 13% | PVP  20,75€
VINHAS VELHAS
SUSANA ESTEBAN UNIPESSOAL, LDA
16,5

Para quem não acredita em vinhas velhas no alentejo este é um branco cuja procura de Susana Esteban fez encontrar em Portalegre a vinha perfeita e única para a produção deste vinho. Vinha velha com mais de 80 anos de idade de uma zona muito muito fresca do terroir alentejano.
Cor amarelo citrino, esverdeados leves, aspecto límpido e brilhante. No nariz mostra-se a complexidade da vinha velha, notas citrinas, pedra lascada, alguma maça reineta, um certo toque vegetal, plantas aromáticas da ribeira, algum petrolado e mesmo resinas, caruma de pinheiro.
Na boca ainda um pouco austero, vivaz, com volume e acidez a morder, muito citrino, amêndoa verde, novamente o mineral, que nos seca o palato e que nos faz  procurar  comida para companhia. Final de boca longo, muito mineral e fresco.
Espero por ele com mais tempo de garrafa e um queijo terrincho na mão.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Colinas do Douro Verdelho 2015 Branco

COLINAS DO DOURO VERDELHO 2015 BRANCO | DOURO | 13% | PVP  9€
VERDELHO
COLINAS DO DOURO SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
16

Ainda há pouco tempo havia provado o rosé e já estou a provar agora o primeiro verdelho monocasta deste produtor. Momento para constatar que, de facto, a altitude é madrinha boa para este vinhos.
A frescura natural é evidente e depois há este traço mineral, pedra lascada, que aprecio muito nos brancos.
Apenas com passagem por inox e com 6 meses de batonage este é um branco de cor amarelo citrino, com nuances esverdeadas, de aspecto novo e límpido. No nariz a carga mineral é evidente, sentimos a pedra, bem ladeada com notas citrinas, alguma lima, e perfume floral em equilíbrio, num perfil fresco. Na boca primeira nota para alguma untuosidade e volume, aparecendo depois a toranja, o perfil citrino, sumarento, a secar o palato, a puxar pelo que se pode picar da mesa, com grande amplitude e com um final de boca tipo duracell.
Puxa pelo copo seguinte, merece tempo e atenção. .

quarta-feira, 8 de março de 2017

Há vinhos femininos e masculinos?

No Dia da Mulher uma pergunta tem de ser colocada. Há resposta certa? Mais uma publicação do Comer, Beber e Lazer no Enólogo Chef Continente.
"(...)Nem sempre assim foi, mas hoje em dia é possível falar em feminino nos vinhos sem a carga depreciativa de se tratarem de vinhos mais fracos de estrutura, mais leves ou docinhos. No fundo, um estereótipo falacioso criado para vinhos mais delicados, elegantes e com notas a cor de rosa.(...)" continuar a ler aqui.

terça-feira, 7 de março de 2017

Morais Rocha Reserva 2012 Tinto

MORAIS ROCHA RESERVA 2012 TINTO | ALENTEJO | 14% | PVP  14,95€
CABERNET SAUVIGNON, SYRAH
MORAIS ROCHA - JJMR SOCIEDADE AGRÍCOLA
16

As boas surpresas ainda vão tendo o seu lugar. Não conhecendo nenhuma das anteriores colheitas fez-se tábua rasa para provar este tinto reserva com berço por terras da Vidigueira. Um vinho que me mostrou muita frescura, bom traço vegetal e alguns traços do estágio em barrica que se mostraram acertados no conjunto.
Cor rubi concentrado, fechado e de aspecto limpo. No nariz o fruto preto silvestre mostra-se com nitidez e frescura, aliado a notas vegetais e florais bem ligadas, algum terroso mesmo, num balsâmico envolvente e diferenciador. Na boca revela muita e boa vida, a secar um pouco o palato, com corpo, volume, a fazer salivar por comida, com a fruta vermelha fresca em bom plano, em equilíbrio com alguma carga vegetal que vai aparecendo, pé ante pé, ao longo da prova. Termina longo e persistente.

domingo, 5 de março de 2017

Quinta Maria Izabel 2015 Branco

QUINTA MARIA IZABEL 2015 BRANCO | DOURO | 13% | PVP  21€
RABIGATO, CÓDEGA, VIOSINHO, ARINTO
QUINTA MARIA IZABEL, LDA
16,5

O meu primeiro vinho do novo projecto de João Carlos Paes Mendonça. Aposta num projecto com objectivos de produzir vinhos de uma gama de qualidade superior e que conta com a enologia e consultadoria do bem conhecido Dirk Niepoort.
Visualmente de cor amarelo citrino, translúcido, esverdeados suaves, aspecto limpo e brilhante. Perfil aromático com frescura e elegância com presença da fruta citrina, da ameixa amarela, fruta de polpa branca, leves notas florais, flores brancas e fundo mineral fresco. Boca de estrutura média, algum volume, untuoso, de boa acidez, não muito seco, com fruta citrina e fruta amarela fresca em equilibro com as notas de barrica, sem marcar e finalizar longo e persistente.
Curiosidade para o reencontrar com mais algum tempo de garrafa.

sábado, 4 de março de 2017

O Consumidor (a)Prova e os Vinhos Acima de 15€

A iniciativa O Consumidor (a)Prova marcou presença na sua quarta edição, pela primeira vez, no restaurante A Tendinha em Mem Martins, e logo com um desafio diferente de todas as outras vezes.
O desafio, nascido dos próprios participantes, seria provar vinhos de valor superior a 15€. Como sempre  nesta iniciativa, coube ao participante a compra da garrafa que pretendia levar para a prova, apenas obedecendo a algumas regras previamente estabelecidas e entregando-me previamente a mesma garrafa para que a prova fosse cega para todos os participantes.
Nesta noite teríamos três brancos, quatro tintos e dois fortificados.
Como curiosidade observar os locais onde foram comprados os vinhos, nomeadamente: Continente, Eleclerc, Garrafeira Nacional, Garrafeira São João, Jumbo e Lidl. Referindo que foi no Continente e  no Jumbo que se compraram mais garrafas. 
A média de valor dos vinhos comprados acabou por ser um pouco superior aos 15€ e situou-se nos 19,61€. Embora se tenha notado a barreira psicológica dos 20€, houve saltos acima desse valor e reparei ainda no maior esforço mental que foi comprar brancos com estes valores.
No final os vinhos da noite foram o Domingos Soares Franco Colecção Privada Moscatel Roxo 1997, o vinho com a pontuação mais elevada da noite; Druída Encruzado Reserva 2015 Branco, como o vinho branco melhor pontuado; e o Esporão Reserva 2012 como o melhor pontuado nos tintos.
Abaixo a lista completa com todas as pontuações finais.


Venha o próximo!