quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Dom Ponciano Espumante Extra Bruto 2014 Branco

DOM PONCIANO ESPUMANTE EXTRA BRUTO 2014 BRANCO | VINHOS VERDES | 13% | PVP  17€
ALVARINHO
RE VINHOS E DERIVADOS UNIPESSOAL, LDA
15,5

A história deste produtor da região demarcada dos Vinhos Verdes, sub-região de Monção e Melgaço, já vem desde o século XIX quando o vinho produzido era essencialmente para consumo familiar e para pagamento dos mais variados serviços como a médicos e advogados.
Só mais recentemente, no início do século XXI, o projecto tomou uma via mais profissional passando a ser comercializado com a marca DOM PONCIANO.
Cor amarelo citrino, esverdeados leves, bolha fina, persistente, com nariz de perfil mais frutado, com notas de mineralidade, silex lascado, espuma com acidez, citrino, casca de toranja, ligeiro amargor final.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Soalheiro Alvarinho 2017 Branco

SOALHEIRO ALVARINHO 2017 BRANCO | VINHOS VERDES | 12,5% | PVP  8€
ALVARINHO
VINUSOALLEIRUS, LDA
16,5

A tradição ainda é o que era. Terminar o ano ou começar o ano novo com este vinho já é história com alguns anos. Bebê-lo assim jovem é beber um Alvarinho ainda com a fruta bem nítida, com uma frescura muito particular e um perfil que nos habituou bem.
De cor citrino, aberta, com esverdeados leves, de aspecto jovem, límpido e brilhante. No nariz o aroma fresco da fruta tropical, maracujá a sobressair embora algo fechado e contido, notas citrina, pedra molhada, fresco. Na boca mostra o equilíbrio e elegância a que nos foi habituando, ligeira untuosidade, sumarento, fruta fresca, limonado, toranja, bom equilíbrio e final de boca longo.
Destaco o ponto de juventude em que está e a carga de fruta que evidência tanto no nariz como na boca.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Tendências | Um Saca-rolhas Para Cada Rolha

Tem um daqueles saca-rolhas do tempo do seu avô, com ferrugem, ligeiramente torto de tanta garrafa abrir e apesar das rolhas que por vezes estraga continua sem comprar um novo? Isto de abrir uma garrafa de vinho não tem muito ciência, mas o facto é que precisamos mesmo dela. Curioso? Vamos a mais uma publicação no site Enólogo Chef Continente?
"(...)Em Portugal, terra de cortiça, embora já exista um número considerável de garrafas fechadas com srew cap, a grande parte das garrafas ainda é fechada com a tradicional rolha de cortiça, o que quer dizer que temos de ter a ferramenta correta para as abrir sem estragar nem a cortiça, nem o néctar que ela encerra. (...)" continuar a ler aqui.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Monte da Capela Premium 2016 Branco

MONTE DA CAPELA PREMIUM 2016 BRANCO | ALENTEJO | 13% | PVP  6,90€
ANTÃO VAZ, ARINTO
MONTE DA CAPELA, LDA
16

Integra a nova linha de vinhos premium do produtor alentejano Monte da Capela que também produz os conhecidos Adega de Pias e Terras de Pias.
Cor amarelo citrino, esverdeados leves, aspecto jovem e limpo. Aromas com as notas de fruta em evidência, citrinos e fruta amarela de caroço, perfil fresco. Boca com acidez e secura bem colocadas, com nervo, fruta citrina fresca, maça verde, com bom comprimento de boca, seco e fresco.
Mostra-se pronto para ir à mesa e conseguir agarrar pratos com mais complexidade como uma rica caldeirada ou cataplana de mariscos.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Chão Rijo 2015 Tinto

CHÃO RIJO 2015 TINTO | LISBOA | 12,5% | PVP  3,99€
CASTELÃO, TINTA RORIZ
ADEGA REGIONAL DE COLARES, CRL
15,5

Este vinho vale cada euro pago por ele. Maioritariamente castelão e tinta roriz plantadas em Chão Rijo, expressão local para identificar os solos argilo-calcários da região de Colares, e a pouca distância da Costa Atlântica. Belo resultado.
Cor rubi intenso, com nuances violáceas, aspecto jovem e límpido. Nariz com fruta vermelha madura, alguma cereja, muito fresco, caruma, pinhas verdes, salino, perfil muito fresco. Boca com estrutura, bom corpo, com um perfil muito fresco, fruta vermelha em bom plano, acidez no ponto, conjunto equilibrado. Final de boca longo.
A colocar na lista dos vinhos para o dia-a-dia.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Quinta do Estanho Grande Reserva Vinhas Velhas 2015 Tinto

QUINTA DO ESTANHO GRANDE RESERVA VINHAS VELHAS 2015 TINTO | DOURO | 14% | PVP  20€
VINHAS VELHAS
JAIME ACÁCIO QUEIROZ CARDOSO
17

Cor vermelho concentrado, opaco, violetas carregados no bordo do copo, aspecto limpo. No nariz a fruta vermelha e preta madura é intensa e envolvente, aroma silvestre, ameixa preta, cereja, notas de cacau pronunciadas, ligeiro toffee, torrefação, balsâmico e complexo. Volumoso e com grande estrutura de boca, boa largura, tanino firme, denso, com fruta no bom momento, harmonioso, fresco e com um final de boca longo e persistente.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Olho de Mocho Reserva: A Vertical

A casta Antão Vaz, embora não seja das mais queridas dos críticos ou enófilos, é uma das mais importantes e valorizadas na região do Alentejo e, particularmente, da zona da Vidigueira de onde tem a sua origem.
Adaptada ao clima quente e soalheiro da planície alentejana mostra grande resistência à seca e às doenças, relevando consistência e boa produção, amadurecendo de forma previsível e homogénea.
A Herdade do Rocim tem no Olho de Mocho Reserva o seu monocasta Antão Vaz que é vindimado manualmente e que, normalmente, após um período de algumas horas de maceração pelicular a frio, fermenta depois em barricas de carvalho francês, por um período de cerca 22 dias, a uma temperatura controlada. No final da fermentação o vinho é submetido a uma batonnage diária durante cinco meses. 

OLHO DE MOCHO RESERVA 2007 BRANCO | ALENTEJO | 12,5% | PVP 12€
ANTÃO VAZ
HERDADE DO ROCIM - TERRALIS MÁQUINAS E AGRICULTURA, LDA
16,5
Cor amarelo de nuances douradas, aspecto limpo. Aroma com alguma oxidação, frutos secos e passa, alguma avelã, ligeiro petrolado, traço de tostado leve, perfil fresco. Volumoso, estrutura, textura muito interessante, com toque salino no ponto, com frescura e com menos evolução do que aparenta no nariz. Final longo e persistente.

OLHO DE MOCHO RESERVA 2008 BRANCO | ALENTEJO | 13% | PVP 12€
ANTÃO VAZ
HERDADE DO ROCIM - TERRALIS MÁQUINAS E AGRICULTURA, LDA
16,5
Cor amarelo definido, palha seca, aspecto limpo e brilhante. No nariz boa fruta amarela madura, notas de fosforo e pólvora, traço mineral, muita frescura. Na boca mostra acidez, bom volume e estrutura, cremosidade, fruta madura e sumarenta, final de boca extenso.

OLHO DE MOCHO RESERVA 2009 BRANCO | ALENTEJO | 13,5% | PVP 12€
ANTÃO VAZ
HERDADE DO ROCIM - TERRALIS MÁQUINAS E AGRICULTURA, LDA
17
Cor amarelo citrino, definido, ligeiro esverdeado, aspecto limpo. Aromas intensos, fruta amarela madura, leve tangerina, algum tropical e notas de barrica leve, apenas a compor, algum fósforo, mineral e fresco. Boca com volume, boa estrutura, acidez equilibrada, a secar um pouco o palato, com as notas salinas novamente mais salientes, a pedir comida, fruta fresca em bom plano, barrica integrada e final longo.

OLHO DE MOCHO RESERVA 2011 BRANCO | ALENTEJO | 13% | PVP 12€
ANTÃO VAZ
HERDADE DO ROCIM - ROCIM, LDA
16,5
Cor amarelo citrino, esverdeados leves, aspecto limpo. Aromas fruta branca e amarela de caroço, citrinos, claramente toranja, com uma frescura salina, leve toque mais resinoso, fresco. Volumoso e com bela cremosidade de boca, largo, com acidez fina, a cortar alguma da untuosidade que poderia ser em excesso, com a fruta fresca bem bonita e com final de boa boca intenso e longo.
Aguardo por ele daqui a mais um ou dois anos.

OLHO DE MOCHO RESERVA 2016 BRANCO | ALENTEJO | 13% | PVP 12€
ANTÃO VAZ
HERDADE DO ROCIM - TERRALIS MÁQUINAS E AGRICULTURA, LDA
17
Cor amarelo citrino, esverdeados limpos, aspecto brilhante e jovem. Aroma muito elegante, com fruta citrina fresca, alguma casca de laranja, fruta de caroço, polpa amarela, leve tisana, mineral, pedra lascada. Grande acidez de boca, prazeiroza, fresca e sumarenta. Boa profundidade de boca. largura e grande equilíbrio. Final de boca longo.
Confirma o potencial de guarda.

Fazendo a prova do 9 sou levado a dizer que estamos na presença de um grande branco do Alentejo, com grande capacidade de guarda e que é produzida unicamente com uvas da casta Antão Vaz.
Se os anos mais recentes mostram vinhos plenos de vivacidade e prontos a dar prazer, os de anos mais distantes encantam pelas notas de evolução que combinam num todo para mostrar um Alentejo com branco com idade de elevada qualidade.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Quinta do Infantado Reserva 2009 Tinto

QUINTA DO INFANTADO RESERVA 2009 TINTO | DOURO | 14% | PVP  29€
VINHAS VELHAS
QUINTA DO INFANTADO - VINHOS DO PRODUTOR, LDA
17,5

Situada em Gontelho, na margem direita do Rio Douro, perto do Pinhão, a Quinta do Infantado é, conforme o próprio nome sugere logo, uma casa que produz vinhos do produtor, recorrendo à selecção criteriosa da suas uvas e usando antigas técnicas de vinificação em lagar e com pisa a pé. Daqui sai simplesmente vinho.
Este reserva recorre apenas às uvas de vinha velha do terroir de Gontelho, com vinificação em lagar, pesa a pé, estágio em cuba de inox por 7 meses e 14 meses em barrica.
Cor vermelho profundo, opaco no núcleo e mais aberto no bordo com nuances de violeta carregado, aspecto limpo. No nariz predomina a fruta preta madura, compotada, bagas e silvestres, traço vegetal, alguma giesta, cacau, especiaria fina, ligeiro mentolado fresco, complexo e desafiante. Na boca está um jovem pleno de energia e vivacidade, enche o palato, musculado, para mastigar, opulento e de tanino presente embora muito elegante. Mostra novamente toda a fruta e toda a complexidade já demonstrada no nariz.
Final de boca longo assim como lhe vejo o futuro.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Quinta da Fata Grande Reserva Touriga Nacional 2014 Tinto

QUINTA DA FATA GRANDE RESERVA TOURIGA NACIONAL 2014 TINTO | DÃO | 13% | PVP  18€
TOURIGA NACIONAL
QUINTA DA FATA AGRICULTURA E TURISMO, LDA
17,5

Cara lavada para a imagem/rotulagem da Quinta da Fata, mais moderno, diria mesmo mais apelativo e mais limpa, mas com a conteúdo a continuar com a personalidade e perfil muito próprio da Fata.
De cor rubi fechado, grande concentração e mesmo opaco, violetas escuros e definidos. Nariz de grande complexidade aromática, sente-se a sua juventude, com fruta preta do bosque, fruta silvestre preta, notas de resina, de caruma, um frescor mentolado, especiado e de balsâmicos envolventes. Um conjunto fresco e poderoso que se percebe ainda novo. Na boca mostra-se robusto, de grande estrutura e com uma vivacidade impressionante. À mesa é já garante de um grande momento, um vinho de grande complexidade, com um final de boca longo, longo, longo.
Um vinho claramente de guarda para beber daqui a um bom par de anos e aproveitar tudo o que ele tem para dar. .

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Os Séries da Real Companhia Velha Com Seis Novidades

Bastardo, Cornifesto, Donzelinho, Gouveio, Malvasia Preta e Tinto Cão são as novas castas para os mais recentes vinhos brancos e tintos da gama experimental Séries da Real Companhia Velha. 
Castas autóctones, pouco conhecidas ou mesmo já em risco de extinção em alguns casos. Algumas, por certo, será a primeira que ouve da sua existência e outras já poderá ter ouvido falar, mas raras são as vezes em que se encontram assim, sozinhas e em espécie de período experimental, sem o vínculo ao lado financeiro, com poucas garrafas produzidas e nunca antes lançados pela Real Companhia Velha. São sem dúvida vinhos para conhecer, inseridos num projecto com poucos anos, mas que já conta com muitas coisinhas boas para o consumidor mais atento e para acompanhar de perto. 
Jorge Moreira, o Enólogo da Real Companhia Velha, afirma mesmo que estes são vinhos que dão grande prazer a fazer, que se diverte mesmo a fazê-los e que isso faz com que esta gama seja, de facto, verdadeiramente única e especial. 
O brilho nos seus olhos enquanto apresentava as seis novidades dizem muito do que representam os Séries. 

REAL COMPANHIA VELHA SÉRIES DONZELINHO 2016 BRANCO | DOURO | 12,5% | PVP 17€ 
DONZELINHO 
REAL COMPANHIA VELHA
17
Proveniente de vinhas situadas no planalto de Alijó, beneficiando de um clima mais fresco e de terrenos mais férteis. 
Cor amarelo citrino, esverdeados leves, aberto e de aspecto limpo. No nariz notas de citrinos e florais, com notas resinosas, alguma caruma, mentolados, carga mineral a envolver o conjunto. Elegante de boca, com acidez tenaz, sequinho, alguma untuosidade, citrino, equilibrado e de final de boca longo.
Em companhia com o Tártaro de Salmão, Lichies e Ovas de Lupo.

REAL COMPANHIA VELHA SÉRIES GOUVEIO 2016 BRANCO | DOURO | 12% | PVP 17€ 
GOUVEIO
REAL COMPANHIA VELHA
17 
Provavelmente a mais conhecida do conjunto agora lançado, mas que, infelizmente, raramente aparece como monocasta. Uvas da Quinta das Carvalhas vindimadas muito mais cedo do que o habitual buscando a particularidade da casta, mas fugindo da parte fenólica da mesma. 
Cor amarelo citrino, limpo e de aspecto jovem. Aromas onde a fruta branca de caroço e flores brancas se destacam, leve baunilhado, pedra lascada, perfil fresco. Guloso e cativante na boca, volume e largura bem equilibrados com um acidez acutilante, vivaz, mantendo uma elegância bonita e um final de boca de bom comprimento. 
Harmonizado com Filete de Cavala Com Puré Milho e Puré de  Funcho e Maionese de Citrinos.

REAL COMPANHIA VELHA SÉRIES TINTO CÃO 2015 TINTO | DOURO | 14% | PVP 17€ 
TINTO CÃO 
REAL COMPANHIA VELHA
17
Casta muito versátil, resistente, mas de baixa produtividade, apresenta um bago pequeno e película espessa que fez com que se fizesse a fermentação do mesmo em lagares de pedra com pisa tradicional a pé. 
Cor vermelhão intenso, bonito, de média concentração, aspecto limpo e jovem. Nariz com intensidade do fruto vermelho maduro, ligeiro toque vegetal, herbáceo, alguma rusticidade, complexo e fresco. Leveza e frescura de boca, elegante, mantendo um lado mais rústico já sentido no nariz, tanino presente sem roubar protagonismo, vegetal mais pronunciado, com um final de boca longo. 
Maridou com Carré de Borrego com Esmagada de Batatas, Cogumelos, Tomate Seco e Alcaparras.

REAL COMPANHIA VELHA SÉRIES MALVASIA PRETA 2015 TINTO | DOURO | 13,5% | PVP 17€ 
MALVASIA PRETA 
REAL COMPANHIA VELHA
17,5
Casta da qual nunca havia provado um vinho mesmo sendo uma das mais antigas da região. Encontrada entre as Vinhas Velhas da Quinta das Carvalhas trata-se de uma casta apenas existente no Douro. 
Cor vermelho aberto, menos intensidade, aspecto jovem e limpo. Aromas de fruta preta, bergamota, casca de laranja, algum pimento, resinas, muito fresco e alegre. Com nervo, vivacidade, mostrando mais uma vez muita alegria, muita frescura e intensidade e com um final de boca longo. Diferente.
Fez parelha com o Risoto de Cogumelos, Magret de Pato e Massa de Arroz frita.

REAL COMPANHIA VELHA SÉRIES CORNIFESTO 2015 TINTO | DOURO | 14% | PVP 17€ 
CORNIFESTO 
REAL COMPANHIA VELHA
17
Também de uvas com origem na Quinta das Carvalhas e também uma das castas mais antigas da região duriense. Este, segundo se sabe, será o único Cornifesto monocasta existente. 
Cor vermelho se pouca intensidade, mais aberto e de aspecto limpo. Nariz de grande intensidade aromática, fruta vermelha e preta madura, especiaria fina, alguma amêndoa verde, algo balsâmico, caixa de tabaco, fresco. Boa estrutura de boca, volumoso, vivaço, um pouco austero mesmo, a secar o palato, a pedir comida, com final de boca persistente e fresco. 
Casou com o Polvo com Puré Batata Doce e Ervilha Torta.

REAL COMPANHIA VELHA SÉRIES BASTARDO 2014 TINTO | DOURO | % | PVP € 
BASTARDO 
REAL COMPANHIA VELHA
17,5
Baptizado com um nome que invoca algo indesejado e controverso é uma das mais conhecidas do Douro. 
Cor vermelho bastante leve, aberto e de pouca intensidade, aspecto novo e límpido. No nariz esconde completamente os dois anos de dormida em barrica usada de carvalho francês, muita groselha, frutos do bosque, leve geleia, aromático e fresco. Grande boca, vivaz, envolvente, de tanino seguro, opulento, agarra-se e por cá fica. Com um final de boca interminável.
Fez companhia à Sopa de Castanha com Cogumelos.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Quinta do Cachão Single Estate Vintage Port 2009

QUINTA DO CACHÃO SINGLE ESTATE VINTAGE PORT 2009 | PORTO | 19,5% | PVP  45€
SOCIEDADE AGRÍCOLA E COMERCIAL DOS VINHOS MESSIAS, SA
17

Este é um Porto Vintage cujo lote é feito a partir de uvas provenientes de um único local, ou seja, a Quinta do Cachão que se encontra situada na margem do rio Douro, no Cima Corgo, e cuja vinha foi plantada pela primeira vez em 1845, pelo Barão do Seixo, sendo mais tarde adquirida pela família Afonso Cabral, que por sua vez vendeu à família Messias no ano de 1956.
Sendo um Vintage já com quase dez anos de idade apresenta tonalidade de rubi concentrado, tendo já perdido algum do retinto habitual dos vintage acabados de sair, mais ainda revelando um jovem. No nariz destaque para os aromas da fruta preta, compotados, notas de especiadas, pimenta vermelha, algum cacau, mas o destaque continua no perfil frutado e fresco. Boa estrutura de boca, elegante e com uma acidez no ponto, de tanino polido e com um final de boca com bom comprimento.
Mostra-se em boa forma para ser bebido sozinho ou, como foi o caso, com uma sobremesa à base de chocolate. Um ligação vencedora.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Radix 2010 Branco

RADIX 2010 BRANCO | DÃO | 13% | PVP  8,5€
ENCRUZADO, GOUVEIO, TERRANTEZ
QUINTA DA BICA SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
16

A Quinta da Bica produziu, em tempos e em colheita única, um tinto, um branco e um rosé na gama Radix. Já lá vão alguns anos, mas recordo-me de ter bebido o Tinto e o branco nessa altura e de ter ficado agradado e na expectativa de anos seguintes.
Deste branco foram produzidas cerca de 2400 das quais ainda se consegue encontrar algumas à venda em algumas garrafeiras ao preço de 8,5€/9€. O facto é que, apesar dos anos em garrafa, este Radix branco impressionou-me bastante mais agora do que quando o bebi ainda de borbulha no rosto. Bela evolução.
Visualmente de cor amarelo palha, com nuances levemente douradas, reveladores de alguma idade, mas não dos seus 17 anos, mostra no nariz um elegância e frescura muito interessante para esta idade com fruta amarela madura, alguma fruta seca, bonitas notas aromáticas derivadas do passar dos anos, mantendo um perfil que às cegas pendeu de imediato para o Dão. Boca com acidez, frescura, com amplitude, envolvência e equilíbrio.
Com uma tábua de queijos com certeza irá mostrar que apenas uma garrafa será pouco.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Gloria Reynolds 2004 Tinto

GLORIA REYNOLDS 2004 TINTO | ALENTEJO | 13% | PVP  35€
ALICANTE BOUSCHET, TRINCADEIRA
JULIAN CUELLAR REYNOLDS, LDA
17

O ano de 2004 já vai longe, mas este tinto mostra ainda um estado de rebeldia e juventude que faz com que a data colocada no rótulo seja olhada com alguma reticência. Um vinho cujo nome carrega o peso de uma homenagem e que a faz honrar com grande qualidade.
De cor rubi, granada, média concentração, mas ainda de tonalidades mais fechadas e de aspecto limpo. No nariz mostra grande complexidade aromática, com os frutos pretos compotados em destaque, especiaria fina, cacau, alguns torrados, pimenta branca, aura fresca. Boca segura, tanino másculo, grande amplitude e volume, com a fruta preta a mostrar-se com graça, conjunto muito equilibrado, fino e fresco. O final de boca é longo.
Apesar do ano, tem de facto potencial para continuar de boa saúde por mais algum tempo.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Maritávora Reserva 2009 Tinto

MARITÁVORA RESERVA 2009 TINTO | DOURO | 14% | PVP  17€
TOURIGA NACIONAL, TINTA RORIZ, TOURIGA FRANCA
MARITÁVORA - INVESTIMENTOS, LDA
16,5

Curioso em como, quando mais jovem, sempre reparava naquela casa à beira estrada, quase a chegar a Freixo-de-Espada-À-Cinta, parecia-me sempre tão sozinha e nem imagina que mais tarde lá estaria a entrar para, após uma visita, comprar algumas garrafas de Maritávora, entre as quais esta que guardei até o final do ano passado.
Cor de tonalidades avermelhadas, rubi ainda não marcado pelo tempo, concentrado e de aspecto limpo. No nariz ainda lá está a fruta toda, vermelha e preta, ameixa, cereja, amora silvestre, com leve fumado, folha de tabaco, toque fresco, mentolado, pedra molhada, de boa saúde.
Boca com estrutura, bom volume, equilíbrio e secura, a puxar condimento, tanino seguro, macio, um conjunto harmonioso, com tudo já no seu lugar e com uma frescura pouco esperada, mas muito apreciada. Final de boca longo.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Adegamãe Arinto 2016 Branco

ADEGAMÃE ARINTO 2016 BRANCO | LISBOA | 12,5% | PVP  8,45€
ARINTO
ADEGA MÃE - SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
16

A casta Arinto num Terroir de excelência para a produção de brancos, com a brisa salina do Atlântico a imprimir um traço de personalidade que já nos habituámos a reconhecer nesta casa.
Cor amarelo citrino, esverdeados leves e de aspecto limpo. Nariz intenso, citrinos, lima a sobressair, flor de laranjeiira, de traço mineral, pedra lascada, salino, marinho. Na boca revela alguma textura e untuosidade, acidez no ponto, toque salino, citrino, limonado, num final de boca longo.

sábado, 6 de janeiro de 2018

Anselmo Mendes Curtimenta Alvarinho 2013 Branco

ANSELMO MENDES CURTIMENTA ALVARINHO 2013 BRANCO | VINHOS VERDES | 13% | PVP  21€
ALVARINHO
ANSELMO MENDES VINHOS, LDA
17

Feito como antigamente, pelo método de curtimenta, com mais intensidade de cor mesmo quando da colheita mais recente e com mais tanino, mais musculado, um pouco um branco à tinto.
Anselmo Mendes pegou na sua casta de eleição e deu-lhe mais "uma volta". De referir que no mercado já se encontra o de 2014.
Cor amarelo definido, tonalidades palha seca e alguns rasgos dourados, límpido e brilhante. No nariz mostra-se bem a fruta citrina, limão, toranja e bergamota, algum tropical, maracujá e pêssego, pedra lascada molhada. Seco no palato, corpulento, com bom volume, alguma cremosidade envolvente, tanino maduro, equilibrado e de final de boca longo e seco.
Mostra grande aptidão para a mesa, não só para um simples marisco cozido, como algo com mais estrutura e complexidade.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Bebes.Comes Douro By Rita Marques 2014 Tinto

BEBES.COMES DOURO BY RITA MARQUES 2014 TINTO | DOURO | 14% | PVP  24,50€
VINHAS VELHAS
CONCEITO VINHOS, LDA
17

Este é o segundo vinho do projecto do Pedro Moreira e da Joana Marta, mais conhecidos na blogosfera pelo seu Bebes.Comes,  e que vem dar sequência ao sonho e vontade de verem nascer um vinho à sua imagem e com as suas ideias. 
Os Collection pretendem ser uma colecção de vinhos escolhidos pela sua singularidade, terroirs distintos e por marcarem a sua presença de uma forma diferente do habitual, não só pelo próprio vinho, como também pelo próprio conceito e imagem.
As garrafas, que depois de vazias devem ser consideradas como obras de arte, são ilustradas por artistas plásticos convidados e o resultado está à vista. Onde quer que estejam não passam despercebidas.
As regiões de vinho portuguesas são para estar todas representadas. O primeiro vinho foi um branco do Dão e este é um tinto do Douro para o qual foi convidado João Noutel para a parte gráfica, enquanto a enóloga Rita Marques para a produção do mesmo.
Visualmente de cor rubi intenso, concentrado, fechado e de aspecto muito jovem. No nariz encontra-mo-lo muito complexo, com a fruta preta silvestre madura a marcar o primeiro plano, notas de especiaria, bem colocada, um resinoso fresco, notas de húmus, de bosque, com aquela pedra lascada que aparece aos poucos e quê de cacau que se vai tornando mais evidente à medida que o vinho vai abrindo no copo.
Cheio de força na boca, cheio de raça, de ganas, com a fruta ali a saltar, fresca, madura e bonita, ainda austero e a precisar de tempo, de dormitar por mais algum tempo na garrafa e nos assaltar por completo os sentidos.
Um vinho com muitos e bons anos pela frente. 

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Mouchão 2012 Tinto

MOUCHÃO 2012 TINTO | ALENTEJO | 14,5% | PVP  39,90€
ALICANTE BOUSCHET, TRINCADEIRA
HERDADE DO MOUCHÃO - VINHOS DA CAVACA DOURADA, SA
18

O emblemático rótulo do Mouchão não necessita apresentações demoradas ou grandes explicações. É um garante da mais elevada qualidade na produção de vinho no Alentejo e um hino ao trabalho enológico com a casta Alicante Bouschet devido ao seu terroir de eleição.
Este representa a sua última colheita no mercado. Um verdadeiro atentado, - dirão alguns -, por abrir tão cedo. Ouço já em voz alta que está novo demais e que devia esperar mais uns anos. Tudo muito certo. Não fosse este um vinho que dá já muito prazer a beber e que nos faz fervilhar em antecipação pelo potencial que o mesmo encerra. Agora sim. Sei que posso esperar muito anos pois este 2012 é um vinhão!
Cor vermelha muito profunda e concentrada, praticamente opaco, violetas carregados e de aspecto limpo. Aromas a fruta preta e vermelha madura, com perfil fresco, respirante e um lado mais especiado, ligeiro vegetal, muito rico e complexo. Na boca mostra-se ainda um  menino (afinal são apenas 5 anos...) pleno de força e com um potencial de longevidade enorme.
Um que vai directo para a garrafeira e lá para 2020 voltarei a ele.