sábado, 30 de dezembro de 2017

Conventual Vinha da Serra da Penha Reserva 2014 Tinto

CONVENTUAL VINHA DA SERRA DA PENHA RESERVA 2014 TINTO | ALENTEJO | 13,5% | PVP  11,90€
ALICANTE BOUSCHET, TOURIGA NACIONAL, CABERNET SAUVIGNON
ADEGA DE PORTALEGRE WINERY APW, LDA
16,5

Este é o topo de gama do primeiro lançamento de três vinhos do novo projecto da Adega de Portalegre. Enquanto que o Reserva Branco e Tinto são feitos com uvas de pequenas vinhas em plena Serra de São Mamede, este Vinha da Serra da Penha provém de uma única vinha de solo granítico situada a 650 metros de altitude na serra da Penha.
Visualmente de cor vermelho concentrado, opaco e de aspecto limpo. No nariz a fruta vermelha e preta madura com traço fresco e elegante, fruta definida e limpa, com as notas vindas da barrica bem ligada, tosta leve, leve bosque e respirante. Está, curiosamente, muito pronto de boca, com força e jovialidade, tanino que não se esconde, mas macio e polido e uma fruta num plano muito bom. Final de boca longo.
Irá já para a mesa com muita alegria. Os pratos de carne com alguma complexidade agradecem.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Herdade do Rocim Clay Aged Tinto 2015 Tinto

HERDADE DO ROCIM CLAY AGED 2015 TINTO | ALENTEJO | 14,5% | PVP  35€
ALICANTE BOUSCHET, PETIT VERDOT, TRINCADEIRA, TANNAT
ROCIM, LDA
18,5

O ano de 2017 está quase a terminar e ainda tenho mais um vinho para vos apresentar que me impressionou bastante. Curiosidade (ou não) está o facto de ser um vinho estagiado em talhas de barro por 16 longos meses. É Pisado a pé, em lagar de pedra, com a totalidade dos seus engaços e apenas com leveduras indígenas. O resultado mostra um grande vinho de talha.
Cor vermelha com boa intensidade, mais concentrado do que esperava, aspecto limpo. No nariz mostra a fruta preta silvestre madura, em contraste com um lado mais terroso que nos puxa e cativa, profundo, revelando grande frescura e elegância. Na boca é onde realmente me encanta mostrando complexidade e ao mesmo tempo uma finess e elegância maravilhosa, com aquele terroso, cântaro de barro cheio de água, fruta no ponto, um conjunto pleno de equilíbrio e que nos faz esquecer que algures no rótulo aparecem indicados 14,5% de álcool.
O final de boca é longo, cheio de elegância e frescura. Confesso ter sido positivamente surpreendido e existirem vinhos que nos causem esta sensação é do melhor.

Quinta da Dôna 2009 Tinto

QUINTA DA DÔNA 2009 TINTO | BAIRRADA | 14% | PVP  25€
BAGA
ALIANÇA VINHOS DE PORTUGAL, SA
17

O Quinta da Dôna é um vinho único e que agora deixou de ser produzido sob este nome. Era produzido apenas em anos de excelente qualidade e em pequenas quantidades sempre de 100% casta Baga.
Bebi-o recentemente e pude constatar que se trata de um grande vinho, com enorme capacidade e envelhecimento e um ás à mesa com pratos de carne com complexidade.
Visualmente mostra ainda boa concentração de cor, com algumas nuances laranja escuro, aspecto limpo. No nariz os aromas a fruta vermelha mostram-se presentes, algum cacau, especiaria fina, balsâmico, muito equilibrado e cheio envolvente.
Elegante de boca, já com o tanino polido e pronto, mas ainda pleno de força e personalidade, encorpado, sem deixar que a fruta se esconda. Final longo e fresco.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Conventual Reserva 2014 Tinto

CONVENTUAL RESERVA 2014 TINTO | ALENTEJO | 14% | PVP  8,30€
ALICANTE BOUSCHET, SYRAH, TOURIGA NACIONAL, CABERNET SAUVIGNON
ADEGA DE PORTALEGRE WINERY APW, LDA
16

No mercado com nova imagem está um tinto que me habituei a ver nas prateleiras e até em casa quando o alentejo era a escolha. Um tinto alentejano acessível, com uma relação qualidade-preço sempre muito interessante e a mostrar uma vinha velha alentejana de perfil fresco.
Cor rubi, intenso, mais fechado no núcleo e com violetas mais abertos no bordo, aspecto limpo. Aromas intenso, fruta vermelha madura, alguma compota, com um toque especiado e terroso, ligeira baunilha, perfil fresco. Boca com força, vinoso, com volume, a secar o palato e especiaria a envolver a fruta madura . Final de boca longo.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

AdegaMãe Terroir 2014 Branco

ADEGAMÃE TERROIR 2014 BRANCO | LISBOA | 12% | PVP  38€
VIOSINHO, ALVARINHO, ARINTO
ADEGA MÃE - SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
17,5

Após o sucesso da primeira colheita sob o signo Adegamãe Terroir branco lançado em 2013, a expectativa em relação ao que viria a seguir era alta. A verdade é que mais uma vez este branco mostra do que este região é capaz de produzir. Um branco de excelência que devido ao número reduzido de garrafas (2677) apenas chegará ao copo de alguns. É aproveitar!
Cor amarelo palha seca, definido, de média intensidade, nuances esverdeadas muito leves e aspecto límpido. Aromas muito elegantes a fruta amarela de caroço, fumados leves, alguma panificação, com presença de notas salinas, mineral e fresco. Mostra acidez no ponto, com ligeiro sabor a mar, bom volume, largo, com a fruta fresca, sem se esconder, envolvência, final longo e fresco.
À mesa casou na perfeição com uma Feijoada de Sames que lhe fez a devida justiça.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Feliz Natal e Bom Ano Novo

Com os desejos de um Feliz Natal e um Bom Ano Novo!

Quinta da Romaneira Reserva 2014 Tinto

QUINTA DA ROMANEIRA RESERVA 2010 TINTO | DOURO | 13,5% | PVP  38€
TOURIGA NACIONAL, TOURIGA FRANCA
SOCIEDADE AGRÍCOLA DA ROMANEIRA, SA
17

Consistência na qualidade de ano para ano, seguindo o perfil que lhe reconheço, um Douro que não se esconde, com a fruta madura sempre bem presente e com um traço de equilíbrio e elegância notáveis.
Cor rubi intenso, concentrado e fechado, aspecto limpo e de lágrima persistente. No nariz a fruta vermelha e preta silvestre, bem madura, elegante, de tez jovem, definido e bem casado com os perfumados de violetas, alguns fumados discretos, notas do estágio em barrica ligados, fundo balsâmico e fresco. Boca mostra-se fresco, jovem, pujante, com corpo volumoso, taninos polidos e redondos. Belo conjunto, harmonioso e pleno de prazer, embora o prefira com mais algum tempo de descanso em cima.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

8 Presentes de Última Hora Para o Apaixonado do Vinho

A correria, o stress, os últimos presentes. O que comprar e onde comprar? A noite de Natal está quase aí e ainda faltam algumas coisinhas para que tudo esteja perfeito.
A pensar neste stress final e para todos aqueles que pensam colocar um valente sorriso num amigo ou familiar que é uma apaixonado pelo vinho deixo aqui 10 sugestões que vão valer a pena colocar no sapatinho.
1. Copos. Digam o que disserem um bom copo faz sempre a diferença. O novos Air Senses da Schott-Zwiesel farão as delicias do verdadeiro apreciador de vinho.

2. Decanter. Com os formatos mais comuns e com os formatos mais estranhos. Há para todo os gostos embora a finalidade seja a mesma.

3. Arejadores. Práticos, eficientes e de fácil arrumação. Já me habituei a andar com um deles na mala do carro. O Vin Bouquet é um óptima opção.

4. Termómetro Infravermelhos. Saber exactamente a que temperatura está o vinho já não é complicado ou subjetivo. Com este tipo de termómetros é mesmo Like a Boss!

5. Os Marcadores de Copos. Coloridos e com diversos motivos. Ideiais para nunca mais perder de visto o copo que lhe pertence.

6. Transportar garrafas de um sitio para o outro em condições é cada vez mais importante. As melhores, mantém a temperatura, protegem contra quebra e até têm código de abertura das mesmas. As malas de transporte de garrafas de vinhos para o consumidor mais exigente já estão aí à nossa espera.

7. Saca Rolhas. Sem eles nada feito. Os mais normais todos conhecemos. Ofereça algo fora do comum. Por exemplo, um saca rolhas de lâminas. Dá sempre jeito.

8. As Bombas de Vácuo para utilizar em casa de forma prática e que garante a boas conservação do vinho por mais alguns dias após a sua abertura. É colocar na lista.

E podíamos continuar aqui com uma lista interminável de boas sugestões, desde as mais acessíveis até às mais caras. É dar um salto a garrafeira como Wines9297 (Lisboa), Garrafeira 5 Estrelas (Aveiro), Garrafeira Foz Gourmet (Porto), Garrafeira Soares (Albufeira) ou Garrafeira Cave Lusa (Viseu) entre outras e serão com toda a certeza bem aconselhados.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Quinta dos Roques Garrafeira 2008 Tinto

QUINTA DOS ROQUES GARRAFEIRA 2008 TINTO | DÃO | 13,5% | PVP  40€
TOURIGA NACIONAL, ALFROCHEIRO, TINTO CÃO, TINTA RORIZ
QUINTA DOS ROQUES, LDA
17,5

Cor vermelho intenso, concentrado, fechado no nùcleo, aspecto limpo, embora aconselhe uma decantação prévia. No nariz é bom encontrar o Dão, pleno de frescura, de notas de bosque, alguma turfa, pinheiro, resina, com envolvente balsâmica, leve nota baunilhada e algum cacau, complexo. Boca volumosa, abraça o palato, com garra, mas também com uma elegância e frescura deliciosa. Final de boca longo, longo, longo.
Daqueles que ainda tem muitos e bons anos pela frente e que só tem a ganhar com mais um pouco de descanso.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

In.fi.ni.tu.de | Vinhos da Serra de Sintra

A Serra de Sintra, bela e misteriosa, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, mostra mais uma vez o potencial fantástico que encerra para a produção de vinho de elevada qualidade. Em Galamares, já afastada do chão de areia de Colares, fica um pequena vinha  de cerca de 1 hectare onde as castas Pinot Noir e Merlot crescem sob influência de um microclima único, amadurecendo lentamente protegidas dos ventos Atlânticos e imersas muitas vezes pelas orvalhadas matinais e os verões sintrenses sempre tão bem temperados por aquela neblina quase que mágica.
Nascido, numa primeira fase, como vinho produzido apenas para consumo familiar, o facto é que a ambição para mais depressa superou este degrau e os vinhos saíram para o mercado sendo estas as primeiras colheitas que têm a particularidade de serem blends de anos de colheita e ainda serem classificados como Vinhos de Mesa pois o processo de certificação das vinhas ainda não estava concluído aquando do lançamento dos mesmos.
O futuro acena com a certificação das vinhas concluída, sendo que a próxima colheita já sairá como Regional Lisboa e a plantação de uma nova vinha, com uma vista deslumbrante para a Serra de Sintra e os seus Palácios, onde a Malvasia de Colares, o Chardonnay e, muito possivelmente a Semillon para uma colheita tardia darão ainda mais encanto a este projecto.

IN.FI.NI.TU.DE PINOT NOIR TINTO | MESA | 13,5% | PVP 18€
PINOT NOIR
OSÓRIO & GONÇALVES, SA
18,5
Está num momento de forma absolutamente fantástico, tanto que se torna viciante a provar e a beber, mostrando ainda uma capacidade enorme para ir à mesa. Aberto de cor, mas mais concentrado do que estaria à espera para um vinho nascido desta casta, mostra um nariz que cativa desde o inicio com notas um pouco terrosas, um salino presente, alguma especiaria marroquina, um toque de açafrão, fumados, um licor de ginja já um pouco gasto, complexo e com grande frescura. Na boca passa esta frescura e leveza, intenso, equilibrado e com um final de boca longo.

IN.FI.NI.TU.DE MERLOT TINTO | MESA | 13,5% | PVP 18€
MERLOT
OSÓRIO & GONÇALVES, SA
17,5
Um Merlot um pouco diferente apesar das notas de pimento verde que aparecem, mas que são  aqui acompanhadas por notas de bosque, de pinhal, também com um lado salino e o perfil algo terroso, de algum cogumelo, madeira usada, que havia reconhecido também no Pinot Noir.  A boca não nos deixa fugir destes descritores e, embora com uma frescura e leveza em grande plano, sente-se mais textura, corpo e largura. Um vinho para levar até à mesa para beber com muito prazer e também com grande potencial para guarda.

IN.FI.NI.TU.DE TINTO | MESA | 13% | PVP 13€
PINOT NOIR, MERLOT
OSÓRIO & GONÇALVES, SA
17,5
Junta-se aqui o melhor de dois mundos, ou melhor, das duas castas. No nariz, mais uma vez, a frescura e as notas de terra, dos cogumelos e fumados a mostrarem-se com algum destaque num conjunto onde o pinheiro e as notas salinas também nos fazem querer perder mais algum tempo a deambular por ali. No palato talvez o que apresenta mais nervo, com uma acidez acutilante e a secar as gengivas por alguns momentos. Com um final de boca enorme, fresco e longo.

A expectativa para as próximas colheitas está, sem dúvida, alta. Belíssimos vinhos!

domingo, 17 de dezembro de 2017

Quinta do Carmo 2014 Tinto

QUINTA DO CARMO 2014 TINTO | ALENTEJO | 14,5% | PVP  13,5€
ARAGONEZ, ALICANTE BOUSCHET, TRINCADEIRA, CABERNET SAUVIGNON
BACALHOA VINHOS DE PORTUGAL, SA
16,5

Cor vermelho intenso, concentrado, opaco, aspecto jovem e limpo. No nariz mostra-se a fruta vermelha e preta maduras, fruta silvestre, amoras e ameixas pretas maduras, algo compotadas, leves notas de baunilha bem casadas no conjunto. Na boca revela estrutura, tanino presente, mas já meio domado, a secar o palato, com a fruta a mostrar-se madura e fresca, num conjunto equilibrado e com final de boca longo.
A minha sugestão à mesa vai claramente para prato de carne e caça. Sirva-o um pouco abaixo da temperatura normalmente aconselhada para os tintos.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Marquês de Marialva Grande Reserva 2012 Branco

MARQUÊS DE MARIALVA GRANDE RESERVA 2012 BRANCO | BAIRRADA | 13,5% | PVP  12€
ARINTO
ADEGA COOPERATIVA DE CANTANHEDE, CRL
16,5

Cor amarelo definido, nuances douradas, aspecto limpo e brilhante. Nariz com citrino em primeiro plano, casca de laranja, algum salino, barrica a compor embora ainda presente, baunilha, coco, mineral e fresco. Boca com acidez vivaz, boa untuosidade e volume, envolvente, fruta citrina, laranja e tangerina, também aqui alguma salinidade, equilibrado e com final de boca persistente e fresco.

Duas Quintas Reserva 2016 Branco

DUAS QUINTAS RESERVA 2016 BRANCO | DOURO | 13,5% | PVP  16€
RABIGATO, VIOSINHO, ARINTO, FOLGAZÃO
RAMOS PINTO VINHOS, SA
16,5

Este vinho é o resultado de uma selecção de uvas provenientes de duas quintas emblemáticas no Douro. Ervamoira e Bons Ares. Sem dúvida um grande vinho branco, versátil à mesa e com um potencial enorme de guarda.
Para além disso, o preço é bastante atractivo para o que vamos depois "colher".
Cor amarelo citrino, leves esverdeados, aspecto jovem e limpo. No nariz mostra-se elegante, com notas citrinas e também mais exóticas bem ladeadas por notas de flor branca, fruta amarela de caroço e pedra lascada que lhe conferem muito frescura. Boca com volume e textura, enche o palato, com secura fina, limonado verde, mineral e de final longo.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Quinta do Valdoeiro QV Castelão 1996 Tinto

QUINTA DO VALDOEIRO QV CASTELÃO 1996 TINTO | BEIRAS | 12,5% | PVP  -€
CASTELÃO
SOCIEDADE AGRÍCOLA E COMERCIAL DOS VINHOS MESSIAS, SA
16

A casta Castelão, com mais de vinte anos, e de uma região onde habitualmente não costuma marcar presença, com efeito, é uma das variedades mais cultivadas no sul do país, sendo particularmente popular nas denominações do Tejo, Lisboa, Península de Setúbal e Alentejo. Mas... e por não também aqui?
Cor de tonalidades vermelha e alaranjados definidos, intenso, ainda alguma concentração, limpo. No nariz, após algum tempo de abertura da garrafa, apesar de leve nota de couro, mostra-se e bem a fruta preta, a ameixa preta passa, o figo seco, bolo inglês, especiarias, fresco e complexo. Continua a dar muito prazer na prova de boca. Vivo, com acidez, ligeira secura, talvez um pouco rústico, tanino polido, equilibrado e envolvente. Final de boca longo.
A pedir por comida com alguma estrutura. Pensei logo num cabrito assado no forno, mas o pernil que lhe fez companhia também me deixou de sorriso aberto.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Quinta das Bágeiras Garrafeira 2010 Branco

QUINTA DAS BÁGEIRAS GARRAFEIRA 2010 BRANCO | BAIRRADA | 13,5% | PVP  16€
MARIA GOMES, BICAL
MÁRIO SÉRGIO ALVES NUNO
17

São uvas provenientes de vinhas com mais de 75 anos de idade que compõem este branco bairradino vinificado em bica aberta, que passa por antigos tonéis de madeira onde já ocorreram centenas de vinificações e que é engarrafado sem qualquer tipo de filtragem ou colagem.
Um grande branco de guarda conforme é prova este Garrafeira com cerca de 7 anos e com uma juventude e frescura que parece ser da colheita mais recente.
Cor amarelo citrino, nuances esverdeadas, aspecto jovem, muito jovem para um branco já com alguns anos. No nariz notas de fruta amarela madura e citrinos, toranja e tangerina, ligeira nota de oxidação, perfil mineral, pedra lascada, fresco. Boca com uma vivacidade fabulosa, acidez acutilante, a secar o palato, a puxar saliva, com fruta citrina, toranja, laranja amarga, equilibrado, com volume e textura mordiscàvel. Final de boca longo.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Quinta dos Murças Minas 2016 Tinto

QUINTA DOS MURÇAS MINAS 2016 TINTO | DOURO | 13,5% | PVP  12€
TOURIGA NACIONAL, TOURIGA FRANCA, TINTA FRANCISCA, TINTA RORIZ, TINTO CÃO
MURÇAS, SA
16

O Quinta das Murças Minas é produzido com uvas provenientes de vinhas orientadas a Sul, onde se encintram cinco minas de água, que refrescam e devolvem o equilíbrio à vinha.
Cor rubi intenso, concentrado, de violetas bonitos e de aspecto limpo. No nariz a fruta vermelha e preta encontra-se bonita, jovem e fresca, com perfumados florais, alguma esteva e notas de barrica leves e completamente integradas. Na boca apresenta boa textura, acidez no ponto, com taninos bem firmes, ainda um pouco jovens e com a fruta muito bem colocada e fresca.
Um conjunto equilibrado e fresco, um pouco raçudo e com final de boca longo e persistente.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

10 Dicas Para Levar o Vinho à Ceia de Natal

Neste momento já existe aquele formigueiro impossível de ignorar que é a aproximação da noite de Natal. O stress começa, pouco a pouco, a instalar-se com alguns pesadelos e suores nocturnos que acabam sempre da mesma forma, isto é, como é que eu faço para não falhar nada na ceia de Natal com os vinhos que estou a escolher?
O que interessam as prendas quando há uma ceia onde tenho de escolher os vinhos a beber, pensar nas harmonizações, no que cada um dos presentes gosta e de toda a quincalharia que é necessária para que nada falhe?
Vamos lá ler com atenção as 10 dicas seguintes, que não sendo as únicas, considero das mais importantes que que tudo corra de feição:

1. Quantidade: calcular cerca de meia garrafa por pessoa, embora seja conveniente ter mais uma ou duas de reserva;

2. Saca-Rolhas: chegar o momento e não ter como abrir a garrafa é um pesadelo. Um bom saca-rolhas bem perto seja ele o tradicional, de laminas ou de ar, o que interessa é poder abrir a garrafa como deve ser;

3. Decanter: sim, sim. pelo sim, pelo não tenha um por perto. Nunca se sabe quando surge aquela garrafa em que alguém diz: -Isto se houvesse um decanter é que era!

4. Cuidado com as Pingas: um noite perfeita e com uma toalha linda cheia de manchas e nódoas de vinho. Drop stops nas garrafas please;

5. De quem é o copo? Com tanta gente às vezes a confusão instala-se. De quem é este copo e onde está o meu? Marcadores de copos é a solução. E até há uns com motivos natalícios;

6. Quando Abrir? Há vinhos que podem e devem ser abertos um pouco antes. Principalmente os tintos. Abra esses com tempo e deixe-os a respirar antes de ir para a mesa. Vai sentir a diferença;

7. Que tipo de vinhos servir: Para mim essencial ter um espumante para abrir ainda quase como pré-refeição, vinho branco e vinho tinto para a refeição em si e um ou dois tipos de vinho fortificado como Vinho do Porto ou Moscatel para a sobremesa e pós-sobremesa. Mas faça a sua escolha. Pode ser tudo tintos;

8. Temperaturas: não se esqueça que neste dia poderão existir imprevistos de última hora, mas não se esqueça de servir cada um dos vinhos à temperatura certa sendo que, provavelmente a sala de jantar estará a um temperatura mais alta que o normal e que por isso os vinhos deverão ir para a mesa um pouco mais frios do que o habitual pois a tendência será que esta suba mais rapidamente;

9. Copos: uma mariquice? não é bem assim. É noite de festa, de descontracção, de momento com a família, mas isso não impede de tirar o máximo prazer de cada vinho que vamos beber. O copo correcto é essencial;

10. Os vinhos: Será com certeza uma noite de descontracção e sem grandes formalidades. Apesar de não concordar que se leve à mesa o vinho habitualmente chamado de para o dia-a-dia, pois esta é sem dúvida uma data especial, também não valerá de muito ter à mesa apenas os chamados topos de gama. Avalie bem que vai estar à mesa consigo nessa noite que o tipo de vinho que fará mais sentido.

Bem.... ainda tem tempo de comprar o que está em falta. Feliz noite de Natal!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Palácio da Brejoeira Alvarinho 2016 Branco

PALÁCIO DA BREJOEIRA ALVARINHO 2016 BRANCO | VINHO VERDE | 13,5% | PVP  16€
ALVARINHO
PALÁCIO DA BREJOEIRA VITICULTORES, SA
16,5
O Palácio da Brejoeira, verdadeiro ex-libris da região de Monção e do vinho produzido a partir da casta Alvarinho, foi mandado construir no inicio do século XIX e só já nos anos 30 do século XX, aquando da mudança de mãos da propriedade para a família que até há pouco tempo ainda era residente no Palácio, ocorreu uma reestruturação de toda a propriedade e se procedeu à plantação e à comercialização do bem conhecido vinho de casta Alvarinho com o mesmo nome do Palácio.
Cor amarelo citrino, ligeiros esverdeados, aspecto limpo e brilhante.  No nariz pontificam as notas de fruta branca de caroço, citrino leve, sensação adocicada e boa frescura de conjunto. Desilude um pouco na prova de boca, onde apesar de tudo aparecer na medida certa, parece faltar um pouco de tensão e profundidade dando-lhe um final de boca mais curto do que o esperado.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Monte da Raposinha | Novidades e Certezas

O Monte da Raposinha situa-se em Montargil, na zona mais a norte da região do Alentejo, estando a propriedade na família Ataíde desde finais do Séc. XIX. De cariz familiar, começou a produzir vinho no ano de 2007, então com apenas 2 hectares de vinha e hoje, dez anos passados já com cerca de 15 hectares.
O nome da propriedade e dos vinhos com o mesmo nome nasce do facto de Rosário Ataíde, actual proprietária, quando em criança ser carinhosamente tratada pelo seu Pai de “Raposinha”. Uma homenagem não só ao próprio pai, mas também a toda a família. 
Nesta prova oportunidade para conhecer as novidades de cada gama e a possibilidade de confirmar algumas certezas. Esta Raposinha não se esconde.

NÓS 2016 BRANCO | ALENTEJO | 12,5% | PVP 5,45€
SAUVIGNON BLANC, ANTÃO VAZ, ARINTO
MONTE DA RAPOSINHA, LDA 
15,5
Cor amarelo citrino, ligeiro esverdeado, aspecto limpo. Aromas citrinos, alguma fruta amarela madura, tropical em fundo, directo e despreocupado. Boca com equilíbrio, fruta em bom plano, fresco, ligeiro cremoso, com final de boca médio. 

MONTE DA RAPOSINHA 2016 BRANCO | ALENTEJO | 12,5% | PVP 8,79€
ARINTO, ANTÃO VAZ, VIOSINHO 
MONTE DA RAPOSINHA, LDA 
16 
Cor amarelo citrino, esverdeados leves, aspecto limpo. Nariz intenso, fruta citrina madura e algum tropical, com ligeiro floral envolvente, mineral marcado, muito fresco. Boca com envolvência, acidez equilibrada, muito fresco, com fruta madura bem colocada e com boa estrutura. O final de boca é longo e elegante.
 
MONTE DA RAPOSINHA 2016 ROSÉ | ALENTEJO | 12,5% | PVP 8,79€ 
TOURIGA NACIONAL, ARAGONEZ MONTE DA RAPOSINHA, LDA 
16,5 
Cor salmão intenso, bonito e de aspecto brilhante. No nariz a fruta vermelha e prefa surge muito pé ante pé, com delicadeza, sem incomodar, fresco. Na boca mostra acidez, alguma tensão, repenicado, a secar o palato e a puxar pela mesa. Com um final de boca longo, elegante e fresco. Boa surpresa para um rosé que se destaca pela diferença. 

ATHAYDE 2016 BRANCO | ALENTEJO | 13% | PVP 14,90€
CHARDONNAY
MONTE DA RAPOSINHA, LDA 
17 
Cor amarelo citrino, aspecto novo e límpido. No nariz a fruta e a madeira parecem disputar o protagonismo e bem, embora se perceba que as notas de barrica apenas lá estão para complementar deixando que a fruta brilhe e as notas mais abaunilhadas sejam bem vindas pela sua delicadeza e boa integração. Boca com volume, boa largura, cremosidade no toque, com acidez no ponto, fruta fresca madura, notas de estagio em barrica em completa integração e com final de boca longo. 
Um branco que se destaca e que deixa o sinal de que os anos em garrafa lhe farão muito bem.
NÓS 2015 TINTO | ALENTEJO | 13,5% | PVP 5,5€ 
ARAGONEZ, TOURIGA NACIONAL, TRINCADEIRA 
MONTE DA RAPOSINHA, LDA 
15,5
Cor vermelho de média concentracao, aspecto novo e limpo. Nariz directo, fruta vermelha madura, flores, ligeiro toque vegetal e especiaria, fresco. Na boca mostra-se pronto a beber, fruta vermelha madura, tanino polido, macio e equilibrado. Final de boca longo, para beber despreocupado. 

MONTE DA RAPOSINHA 2015 TINTO | ALENTEJO | 12,5% | PVP 9,49€ 
TOURIGA NACIONAL, SYRAH, ALICANTE BOUSCHET, ARAGONEZ 
MONTE DA RAPOSINHA, LDA 
16 
Cor rubi intenso, média concentração, aspecto jovem e limpo. No nariz a fruta vermelha madura, alguma preta silvestre, floral perfumado, afinado, fresco. Boca com estrutura, bom corpo, tanino presente, mas já domado, com secura de boca, equilibrado e final de boca longo.
ATHAYDE GRANDE ESCOLHA 2014 TINTO | ALENTEJO | 14% | PVP 18,50€ 
TOURIGA NACIONAL, ALICANTE BOUSVHET 
MONTE DA RAPOSINHA, LDA 
17
Cor rubi intenso, concentrado, limpo, de lágrima escorreita e definida. No nariz domina a fruta vermelha e preta e as notas florais bem dimensionadas, boa frescura do conjunto, notas tosta leve, especiaria fina, barrica integrada. Plano aromático complexo e desafiante. Boca com pujança, cheio de vida, com estrutura, volume, largura, de tanino sólido, composto, final de boca longo. 
Vai continuar a subir e espero encontrá-lo talvez para o ano à mesa com um bom prato de carne vindo do receituário da cozinha regional alentejana.
FURTIVA LÁGRIMA 2013 TINTO | ALENTEJO | 14,5% | PVP 45€ 
ALICANTE BOUSCHET, TOURIGA NACIONAL 
MONTE DA RAPOSINHA, LDA 
17,5 
Cor vermelho intenso, concentrado, violetas cerrados no núcleo,  aspecto limpo. Elegante de aromas, fruta preta, sem estar madurona e compotada, muito equilíbrio, com um bouquet aromático mentolado, fresco, algum fumado leve, fresco e complexo. Boca com muita frescura, tanino presente, marcado, potente e envolvente, a secar a boca e a pedir por comida. Com fruta num plano muito bonito, complexo, a fazer esquecer os 14,5% de álcool marcado no rótulo. Final de boca longo, fresco e elegante.
Com muitos e bons anos pela frente, este é sem dúvida um daqueles para descansar na garrafeira sem pressa de o acordar.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

João Portugal Ramos Espumante Alvarinho Bruto Natural Reserva 2014 Branco

JOÃO PORTUGAL RAMOS ESP. ALVARINHO BRUTO NATURAL RESERVA 2014 BRANCO | VINHO VERDE | 12% | PVP  20€
ALVARINHO
J PORTUGAL VINHOS, SA
16,5
João Portugal Ramos volta a trazer novidades ao mercado. Desta vez da região de Monção e Melgaço cujo enorme potencial para a produção de Alvarinhos de elevada qualidade é por demais reconhecido.
Após ter lançado o seu primeiro Alvarinho em 2012 e um Loureiro em 2013 agora, fruto de um continuado estudo e trabalho no sentido de aprofundar o conhecimento de toda esta região, apresenta  este Espumante Reserva Bruto Natural 100% casta Alvarinho de 2014 que é o primeiro Bruto Natural da sub-região.
Cor amarelo citrino com nuances esverdeadas leves, com bolha fina e persistente, sendo no plano aromático de expressão citrina e floral, elegante, de cariz mineral e com boa frescura. Na boca, bolha leve, marcando com frescura a sua passagem, com a fruta novamente em plano de destaque, num perfil fresco e pleno de elegância.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

O Vinho do Mês | Triunvirato Nº 4 Tinto

TRIUNVIRATO N°4 TINTO | MESA | 14,5% | PVP  30€
VÁRIAS CASTAS
SOCIEDADE AGRÍCOLA E COMERCIAL DOS VINHOS MESSIAS, SA
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O mês de Novembro foi muito bom. Provei e bebi muito vinho que me fez acreditar que este é mesmo um néctar dos deuses. Todavia, um mês injusto pois apenas destacarei um. Este saltou um pouco mais para a frente após ter regressado de um semana de férias e ter voltado ao que havia ficado na garrafa. Adorei!
Triunvirato significa aliança e este vinho é resultado da individualidade e expressão de três grandes regiões vinícolas portuguesas: Douro, Dão e Bairrada. Este é o quarto Triunvirato a ver a luz do dia. Um vinho que apenas nasce em anos de excepcional qualidade.
Cor vermelho intenso, concentrado e opaco, aspecto limpo e de tonalidades jovens. No nariz mostra-se a fruta preta madura, muitas notas de bosque, pinheiro, turfa húmida, muito terroso, boa especiaria, balsâmico e fresco. Na boca mostra garra, robustez, boa amplitude, com muito equilíbrio, caindo os 14,5% de álcool em esquecimento. Gostei muito da frescura de boca. Longo de final, fresco e elegante.
Como disse no inicio voltei a ele cerca de uma semana após o ter aberto e aí mostrou-se um senhor vinho. Posso mesmo dizer que ainda o encontrei melhor.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Tendências | Vinho Branco No Inverno

Se é daqueles que com a chegada dos dias mais frios coloca imediatamente de lado o vinho branco então este texto é para si. Não perdendo mais tempo, vamos a mais uma publicação no site Enólogo Chef Continente?
"(...)Engane-se quem pensa que o vinho branco é coisa apenas para o verão. Se é dos brancos que gosta, saiba que o vinho branco pode ser bebido com prazer ao longo de todo o ano. Os vinhos brancos de inverno são habitualmente mais complexos, mais intensos, com trabalho de barrica bem conseguido, boa acidez e, embora já existam produtores portugueses que fazem por lançar vinhos brancos propositadamente no inverno, também aqui incluo os vinhos brancos com alguma idade. (...)" continuar a ler aqui.