Tyto Alba Vinhas Protegidas 2019 Branco

TYTO ALBA VINHAS PROTEGIDAS 2019 BRANCO | TEJO | 12,5% | PVP  6,49€

FERNÃO PIRES, ARINTO 

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, SA
16,5

 

Apresenta-se muito equilibrado, vivaz, com uma acidez bem fina, sumarenta e fresca, aliada à boa fruta, saborosa e um potencial para a mesa acima da média. Atente-se no preço e facilmente se concluíu que estamos perante uma boa escolha.

Cor amarelo citrino, tonalidade aberta com laivos esverdeados. No nariz revela aromas frutados, notas citrinas, fruto amarelo de caroço maduro, com tez mineral vincada, pedra lascada, fresco. Boca com boa estrutura, volume médio, com alguma untuosidade, acidez no ponto, acídula, citrina, bem saborosa e envolvente, equilibrado, final de boca longo e persistente. 

A ligação à mesa puxa para as receiras de peixe com alguma complexidade, feixe frito do rio, salmão grelhado ou pargo no forno.

Restaurante Herdade da Urgueira - Perais (Vila Velha de Rodão)

A poucos minutos de distância do centro de Vila Velha de Rodão encontramos a Herdade da Urgueira, um pouco perdida na paisagem já a lembrar que o Alentejo está bem perto, quase que no meio do nada, dando, desde o primeiro olhar, a sensação que podemos ser muito felizes por ali. 

A Herdade da Urgueira oferece experiências de lazer na temática do olivoturismo, promovendo a cultura e as tradições da região. Este projecto dispõe de uma vasta área reservada ao contacto com a fauna e a flora, beneficiando da albufeira de uma barragem nas proximidades do complexo habitacional. Na zona envolvente à herdade é possível a prática de actividades de lazer ao ar livre, como a caça e a pesca. Os visitantes podem usufruir de uma experiência única, onde a natureza assume lugar de destaque.

 

Para além dos sete apartamentos, a Herdade tem ainda um restaurante que serve refeições quer para quem fica alojado na propriedade, ou quem, como nós, procure apenas um bom sitio onde almoçar ou jantar. Entusiasmados com que vimos do lado de fora, nada como avançar e rapidamente satisfazer a nossa curiosidade.

 

O jovem Chef João Mateus lidera a cozinha que nos apresenta uma ementa baseada em sabores regionais e tradicionais, juntando-lhe um cunho pessoal, sem se afastar daquilo que são os ex-libris gastronómicos da região. O Maranho Beirão, o Borrego, o Peixe do Rio, o Polvo ou a Tigelada são alguns dos pratos presentes na ementa.

A carta de vinhos é bastante diversificada, com muitas referências locais e com preços saudáveis. O curioso e de aplaudir é verificar que também existe uma carta de azeites que devia ser mais promovida pela casa, mas que é, de facto, motivo de satisfação.

 

Entrada na mesa composta por enchidos e queijo regional fatiado. Não podendo faltar uma tapenade de azeitona simples e deliciosa. A entrada quente escolhida foi a Alheira com queijo da região, citrinos e doce de maça e canela que se comeu num abrir e fechar de olhos. A ligação de sabores doces, acidos e salgados é arrebatadora.

Como prato de peixe a nossa escolha foi para o Polvo à Urgueira que poderá muito bem ter sido o melhor polvo comido em restaurante nos últimos tempos. A carne, um Naco de Vitela no ponto indicado, cheio de sabor. Nada mais a acrescentar e nem se pedia mais.

Para terminar em beleza as sobremesas. A Panacota com doce de ovos e amêndoa e Tigelada com Gelado de Baunilha e Caramelo. Barriguinha cheia, satisfeitos com a experiência, ainda a tempo para um passeio recuperador pela Herdade. 

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RESTAURANTE HERDADE DA URGUEIRA

Tipo de Cozinha: Portuguesa, Tradicional, Regional

Copos de Vinho Adequados: Sim
Vinho a Copo:Não

Estacionamento: Sim
Horário de funcionamento: Das 12:00h às 15:00h e das 19:00h às 23:00h; Encerra à segunda-feira.
Preço Médio p/ Refeição sem vinho: 15€

Morada: Vale de Pousadas - Perais 6030-153 VILA VELHA DE RODÃO

Telefone:  +351 272 073 569
Na net: Herdade da Urgueira

Portal do Fidalgo 2019 Branco

PORTAL DO FIDALGO 2019 BRANCO | VINHO VERDE | 12,5% | PVP  6,90€
ALVARINHO
PROVAM PRODUTORES DE VINHOS ALVARINHO DE MONÇÃO, LDA
16,5

 

A casta Alvarinho já nada tem a provar. Hoje, quem quer que tenha interesse consegue perceber o seu potencial, a sua versatilidade, a sua complexidade e a sua importância no panorama mundial do vinho. 

Quando nascida no terroir de eleção como Monção e Melgaço estamos diante de um berço de ouro para esta casta e este vinho, apenas um pouco acima dos 5€, consegue dar elegância, fruta, frescura, acidez temperada e potencial de guarda interessante.

Cor amarelo citrino aberto, tonalidade esverdeada leve, aspecto límpido e brilhante. Aromaticamente atrativo, com notas de fruta tropical, manga, abacaxi, maracujá, alguma fruta de caroço, pêssego, pera rocha, apontamentos salinos e de pedra lascada bem medidos e a envolver o conjunto predominantemente frutado. Boca com textura e acidez acutilante, alguma untuosidade, boa secura, fica a trabalhar na boca, fruta bem presente, sumarenta, acídula, equilibrado, com final de boca longo e persistente.

Rima com marisco cozido e peixe grelhado com alguma gordurinha. As cascas cairam-lhe que nem ginjas.

Vicentino Pinot Noir Naked 2019 Rosé

VICENTINO PINOT NOIR NAKED 2019 ROSÉ | ALENTEJO | 11,5% | PVP  9,75€
PINOT NOIR
FRUPOR, SA
17

Com as temperaturas a subir e com este calor abrasador dos últimos dias nada melhor que uma brisa Atlântica fresca em formato vinho rosé. Mais uma vez, este perfil despido e cru que nos apresenta um Pinot Noir fresco, leve e com uma acidez fina e salina resulta em cheio para um estilo descontraído e informal. 

Cor rosada com reflexos salmonados, aberto, aspecto límpido, cativante e jovem. No plano aromático brinda-nos com notas de fruta vermelha, framboesas, morango, melancia e fruta azul, mirtilo, toque vegetal, salino proeminente, fresco. Boca com acidez acutilante, com algum volume e textura muito interessante, secura fina, fruta bem fresca e bonita, longo final de boca.

Foi à mesa com marisco cozido e umas castanholas à pescador, mas cairá muito bem com umas sardinhas e com carnes vermelhas grelhadas.

Esporão Reserva 2018 Tinto

ESPORÃO RESERVA 2018 TINTO | ALENTEJO | 14,5% | PVP  19,99€
ALICANTE BOUSCHET, TOURIGA NACIONAL, SYRAH, ARAGONEZ, TRINCADEIRA, TOURIGA FRANCA, CABERNET SAUVIGNON
ESPORÃO, SA
17,5

Um dos vinhos que me habituei a seguir, ano após ano, lançou recentemente no mercado a sua mais recente colheita. É sempre com alguma expectativa que, para além de querer provar e beber o novo vinho, aguardo pela imagem com que será lançado. Este ano o rótulo ficou a cargo da artista/fotógrafa Anne Geene que parece querer reforçar a mensagem de aposta no projecto de lugar à biodiversidade, às prátcas agrícolas sustentáveis e gestão eficiente dos recursos naturais.

Quanto ao vinho, muito de acordo com a identidade e perfil que foi criando ao longo do tempo, mostra mais uma vez um vinho que não engana e que não deixa ninguém insatisfeito, aliando a isso, o elevado potencial de guarda que lhe reconheço.

Cor vermelho rubi intenso, concentrado, com reflexos luminosos mais abertos, aspecto límpido e jovem. Nariz onde destaco a fruta vermelha e preta bem madura, fresca e definida, algum compotado, bem casada com notas torradas bem medidas, algum café, com uma camada especiada e balsâmicos bem colocados, caixa de tabaco,envolvendo com frescura todo o bouquet.  Na boca temos um tinto carnudo, com estrutura e textura, num equilibrio muito bom entre este corpo, acidez, cremosida e a fruta, mais uma vez, muito bonita e fresca. Tanino polido, denso, com algum cacau em fundo e com término de boca longo e persistente. 

Sem dúvida para se colocar em cima de uma mesa com pratos com complexidade e estrutura, carnes de vermelhas, receituário de caça e alguns queijos para a sobremesa.

Respiro Lagar 2017 Branco

RESPIRO LAGAR 2017 BRANCO | ALENTEJO | 13% | PVP 13€

DIAGALVES, MANTEÚDO

CABEÇAS DO REGUENGO, LDA
17,5

 

Posso dizer que gostei? Que gostei muito até? É um facto. Este branco feito a partir de uvas provenientes de vinha velha plantada a cerca de 500 metros de altitude e onde pontificam, com maior expressão as castas Diagalves e Manteúdo, de perfil sequinho, com uma textura tragável, cheio de frescura e com um resinoso na prova de boca que nos faz salivar e ligá-lo a comida, apanhou-me por completo. 

Cor amarelo intenso de tonalidades douradas, atraente e de aspecto límpido. No nariz as notas de fruta amarela fresca madura e fruta passa, alperce, uva branca, algum fruto seco, laranja, tangerina, alguma cera de abelha, toque de verniz, desafiante e complexo. Boca com presença mordiscável, textura e corpo médio, untuoso, acidez equilibrada, vivaz, fruta no mesmo registo, com ligeiro toque de resina, pinheiro, terminando longo e persistente.

Preparado para ir à mesa. Neste caso uma bela tábua de enchido, queijos e outros petiscos com a gordura suficiente para bem se casar com ele.

3000 Rosas 2020 Rosé

3000 ROSAS 2020 ROSÉ | LISBOA | 12,5% | PVP 13,50€

TOURIGA NACIONAL, PINOT NOIR, SYRAH

ADRAGA EXPLORAÇÕES VITIVINÍCOLAS, LDA
16,5

 

As mais de 3000 rosas que o Barão Bodo Von Bruemmer plantou em memória à sua Esposa aquando do seu falecimento em 1994 fez nascer este vinho em homenagem não só ao fundador da marca Casal Sta Maria como também ao seu Amor eterno.

Surge com uma imagem deliciosa, que nos remete de imediato para o jardim da quinta, como também para os dias quentes de verão, para os momentos de lazer, de descontração pura, quem sabe à beira mar de uma qualquer praia em Sintra e na melhor companhia.

Cor rosado claro, tonalidades abertas, pintado a lápis de cor, aspecto limpo, jovem e brilhante. Aromas a fruta vermelha madura, ligeiro floral, notas de fruta amarela, pêssego e alperce, traço mineral, chuva de verão, fresco. Na boca mostra boa textura, acidez bem medida e casada com alguma cremosidade, perfil leve, fruta sumarenta, alguma nespera madura, pitada salina, final de boca longo.

É daqueles rosés que fica bem em qualquer esplanada, num balde de gelo para o manter bem fresco, e que se despacha em pouco tempo sem mais nada a acompanhar. No entanto, esta acidez, muito bem medida e subtil, permite-lhe ser companhia para algo mais que uma boa conversa, pratos leves de verão, saladas, massas e pratos com carnes brancas serão boas escolhas.

Herdade Aldeia de Cima: O Reserva e o Garrafeira Branco da Serra do Mendro

A Herdade Aldeia de Cima, projecto pessoal de Luísa Amorim e Francisco Rêgo no Alentejo, apresentou recentemente dois brancos distintos e de qualidade superior nascidos no Alentejo mais fresco da Serra do Mendro, Vidiqueira, e com a particularidade de serem os primeiros a ser inteiramente produzidos dentro das suas portas. A vindima de 2019 foi especial por ter sido a primeira a ocorrer nas suas instalações e sendo particularmente positiva pelo controle e gestão de timings correctos que tal permite aliado a um ano generoso, com pouca chuva nos dias mais importantes da vida da uva, elevadas amplitudes térmicas e boa maturação. 

O Reserva e o Garrafeira, ambos da colheita de 2019  trazem consigo o mesmo blend de castas, embora com quantidades diferentes (Antão Vaz, Arinto e Alvarinho) e com o processo de produção igualmente diferente. Sem surpresa, as luzes apontaram ao Garrafeira, um branco de balseiro, um vinho único e intemporal, onde podemos encontrar texturas finas, notas minerais e aromas intensos a fruta fresca, combinadas com a complexidade que as castas autóctones plantadas em altitude e temperadas pelos ventos frescos do Atlântico lhe conferem.

O uso da madeira do balseiro, com canais porosos diferentes das barricas, têm uma temperatura mais natural e tradicional durante a fermentação, no caso dos brancos cerca de uma a duas semanas mais longo, fornecendo mais taninos e lenta micro-oxigenação ao vinho, segurando a sua cor, aroma e frescura de fruta.

O termo Garrafeira tem sido reconhecido por todos como um sinónimo para vinhos de qualidade elevada que estão preparados para envelhecer em garrafa. É um termo bastante antigo, que em Portugal nasceu no Dão e na Bairrada, utilizado para vinhos mais especiais, que nos habituamos a ver descansar muito tempo em garrafa e, não tenhamos dúvidas, que será esse tempo de adormecimento em garrafa que fará integrar os elementos de estrutura, corpo, acidez, gravidade e madeira que só a garrafa e o tempo conferem aos grandes vinhos do Mundo.

Os Garrafeira passaram, depois, a integrar a legislação de alguns vinhos em Portugal, sendo uma menção apenas reservada aos vinhos de topo, com um estágio mínimo de 12 meses para os brancos - dos quais pelo menos seis em garrafa de vidro - e, no caso dos tintos, um estágio mínimo de 30 meses - dos quais pelo menos 12 meses em garrafa de vidro -, no caso do Alentejo devidamente acompanhados, com o tempo, pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana.

 

HERDADE ALDEIA DE CIMA RESERVA 2019 BRANCO | ALENTEJO | 13,5% | PVP 15,20€

ANTÃO VAZ, ARINTO, ALVARINHO

HERDADE ALDEIA DE CIMA DO MENDRO, LDA

17,5

Cor amarelo citrino, intenso, tonalidade palha, algum leve esverdeado, aspecto límpido e brilhante.  No nariz a mostrar muito o seu lado mais citrico, com fruta madura de pomar, fruta de caroço, perâ rocha, fruta de polpa amarela, perfume floral, tudo bem medido, com alguma especiaria em fundo e com envolvente mineral fresca. Boca com alguma tensão, texturado, com boa cremosidade, untuoso, largura de boca, traço marcadao mineral, final longo, intenso.

À mesa será companhia acertada para pratos com alguma complexidade, com alguma gordura e com a sua acidez a fazer equilibrios perfeitos. A ligação com o cozido de grão alentejano brilhou tanto. 

 

HERDADE ALDEIA DE CIMA GARRAFEIRA 2019 BRANCO | ALENTEJO | 13,5% | PVP 42€

ANTÃO VAZ, ARINTO, ALVARINHO

HERDADE ALDEIA DE CIMA DO MENDRO, LDA

18

Cor amarelo de tonalidade palha mais intenso e marcado, mais coloração, aspecto límpido. Aromaticamente detentor de grande complexidade, notas mais fechadas a inicio, vai mostrando pouco a pouco uma fruta mais definida, mais natural e fresca, fruta de caroço madura, pêssego, alperce, pêra madura e maça, com um lado floral e uma pitada de petrolados, fruto seco torrado, fumados muito ao de leve, bem temperado, envolvente fresca, com um retronasal fabuloso. Na boca temos um vinho cheio de textura, com uma acidez fina, acutilante, que nos seca o palato de forma gradual e que se mantém, fresca, aliada a uma fruta de grande qualidade, sumarenta, com tónica mineral, envolvente e, caindo no risco de me estar a repetir, com uma elegância e persistência notáveis. Final de boca longo, persistente, a perder de vista.

Provei-o em dois momentos distintos no qual a temperatura de serviço foi ponto determinante. Temperatura mais baixa dá-lhe uma amplitude completamente diferente, assim como a sua abertura anterior ao momento em que se vai beber ou passá-lo para o decante.

Sem dúvida um branco de guarda. Por alguns anos. À mesa, tanto pratos de carne como de peixe, com complexidade. Um sopa de peixe, um Caldeirada ou um Ensopado de Borrego. 

Dois vinhos diferentes e para momentos diferentes, ambos com uma linha comum na elegância, frescura e no potencial de guarda que lhe adivinho. O Garrafeira revela todo esse potencial, mas brilha mais porque dá já muito prazer ao beber no momento, está uma obra prima e sem golpe de magia.

Adega de Borba 2020 Branco

ADEGA DE BORBA 2020 BRANCO | ALENTEJO | 13,5% | PVP  3,59€

ROUPEIRO, ARINTO, ANTÃO VAZ
ADEGA COOPERATIVA DE BORBA, CRL
15

 

Continuo a ficar muito satisfeito com as novas colheitas de vinho branco nas gamas de preço mais baixo da Adega Cooperativa de Borba.  Mais um com perfil despreocupado, muita fruta fresca e saborosa, preparado para ser um escolha acertada para o dia-a-dia mais quente.   

Cor amarelo citrino, intenso, tonalidade aberta com nuances esverdeadas, límpido e jovem. No nariz a exuberância da fruta com notas tropicais maduras, temperadas com fruto citrino e ligeiro toque vegetal, fresco. Boca com equilíbriom acidez bem medida, fruta citrina madura, aparecendo a nota vegetal já sentida no plano aromático, final longo e fresco.

Pronto a beber a solo, como aperitivo em género de recepção ou já com pratos leves, saladas, carnes brancas, peixe branco grelhado ou marisco cozido.

Piratas da Viúva Malvasia 2019 Branco

PIRATAS DA VIÚVA 2019 BRANCO | IVV | 12,5% | PVP  16€

MALVASIA

CHÃO DE AREIA VINHOS E EVENTOS, LDA
16,5

 

Voltei à gama Piratas da Viúva, desta vez para conhecer o branco feito a partir da casta Malvsia de Colares, e confirmar aquilo que já tinha sentido ao beber o tinto tutti-frutti no ano passado. Um vinho que mostra bem o lado mais irreverente e contra-corrente de um produtor tão ligado à tradição da região de Colares na produção de vinho. 

A inicio parece-nos deixar um pouco fora de contexto, mas começa desde logo a abrir, a mostrar vida, a revelar a fruta e todo o lado salino que a costa Atlântica transmite ao vinho. a mostrar o potencial à mesa e a rapidamente fugir do copo.

Cor amarelo definido, tonalidade palha, aspecto limpo e jovem. No nariz mostra-se a fruta mais tropical, apontamentos frescos e bem medidos de abacaxi, fruta de pomar, maça reineta, algum floral, citrinos, infusão de limão com mel, lado salino e marírimo presente, complexo e desafiador. Na boca revela corpo bem composto, ligeira untuosidade, envolvente, com acidez acídula, fruta sumarenta, a dar indicios de uso de barricas usadas, equilibrado e com término de boca longo.

O pregado assado no forno bem regado com limão e uma noz de manteiga no final fez-lhe companhia de sucesso.

Escaravelho Castas AR 2019 Branco

ESCARAVELHO CASTAS AR 2019 BRANCO | TEJO | 12,5% | PVP  12,90€

ARINTO

ESCARAVELHO WINES, LDA
16,5

 

Este vem pronto para estes dias de calor. Chega de um pequeno produtor da região do Tejo, que até há pouco tempo desconhecia, e do qual tive o prazer de provar alguns dos seus vinhos recentemente. 

Este Arinto, que faz parte da gama Castas, cujo objectivo é homenagear e enaltecer cada uma das castas produzidas no Tejo, deixou aqui a sua marca. É um Arinto com uma acidez marcante, citrico e com uma envolvente mineral elegante, subtil, mas presente.

Cor amarelo citrino intenso, tonalidade jovem, ligeiros esverdeados, aspecto límpido. No plano aromático revela a fruta citrina madura e fresca, limão, toranja e um toque de lima, notas de pedra lascada, silex, aura fresca e elegante. Na boca é um branco com textura, acidez salivante, com um perfil limonado e citrico bem salinete, que vai envolvendo o palato, terminando longo de boca, persistente e até algo viciante.

Levá-lo para a mesa com os pratos mais de verão, com marisco cozido, mas também com o bacalhau ou um polvo à lagareiro. Experimentem.

 

Tyto Alba Vinhas Protegidas Biológico 2019 Tinto

TYTO ALBA VINHAS PROTEGIDAS BIOLÓGICO 2019 TINTO | TEJO | 14% | PVP  9,90€

ALICANTE BOUSCHET 

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, SA
16,5

 

Este é o primeiro vinho Bio da Companhia das Lezírias. Um passo mais no reforço da sua aposta na sustentabilidade e alinhado com o compromisso ABC 2030: + Ambiente, + Biodiversidade e – CO2.

A sua história começa numa vinha de 2 hectares, plantada em 2015, Alicante Bouschet, tendo sido produzido de modo pouco interventivo, recorrendo a técnicas de muito baixo impacto ambiental na vinha e na adega, estando o foco na sustentabilidade e preservação dos recursos naturais.

O vinho apresenta-se com um perfil muito fresco, elegante, onde a fruta preta toma as rédeas no plano olfativo e uma acidez bem medida e revigorante nos assalta o palato. Vamos acompanhando. 

Cor vermelho rubi concentrado, fechado, tonalidades mais escuras, aspecto límpido e jovem. No nariz mostra muita fruta preta madura, fruta azul, mirtlilo, ameixa e amora, notas de grafite, especiaria, leve tostado integrado, algum vegetal seco, fresco e elegante. Boca com boa estrutura, volume médio, textura mastigável, com boa acidez, ginja fresca, sumarenta, tanino polido e pronto, sendo o final de boca longo e persistente.

À mesa com carnes vermelhas grelhadas ou o bem nosso cozido à portuguesa.

 

Quintas de Borba 2020 Branco

QUINTAS DE BORBA 2020 BRANCO | ALENTEJO | 13% | PVP  3,99€

ROUPEIRO, ARINTO, VERDELHO
ADEGA COOPERATIVA DE BORBA, CRL
15,5

 

Mais um daqueles valores seguros na relação preço-qualidade a que a Adega Cooperativa de Borba nos tem habituado. Preparado para os dias quentes, descontraído, com a fruta num plano fresco e sumarento e com boa aptidão para os pratos mais leves que as temperaturas mais altas sugerem.  

Cor citrino intenso, tonalidade esverdeada, aspecto jovem e límpido. No nariz somos brindados com as notas de fruta citrina e exótica maduras, fresca, na medida certa, toque floral, cativante e bastante directo. Boca com algum volume e untuosidade, macio, com acidez equilibrada, perfil sumarento, fresco, uno, com final de boca longo e persistente.

Apesar de dar prazer a beber numa sessão a solo, dará mais prazer ao juntar-lhe comida. Pratos de  verão, marisco cozido, massas e carnes brancas grelhadas.

Hugo Mendes Lisboa Castelão 2019 Tinto

HUGO MENDES LISBOA CASTELÃO 2019  TINTO | LISBOA | 14% | PVP  11,95€

CASTELÃO 

HUGO MENDES
17,5

Que bela surpresa em tempos de confinamento. Este Castelão, que alguns dizem estar longe de ser o que é um vinho feito 100% a partir desta casta devia ser, deu-me um prazer imenso a beber na companhia de uns grelhados de carne de porco. Fez pouco tempo na garrafa e acho que acabei por monopolizar cada gota de vinho que saía da garrafa. Parabéns!

Cor vermelho rubi intenso de média concentração, tonalidade viva, aspecto límpido e jovem. Agarra-nos de imediato no plano aromático com notas de fruta vermelha e fruta azul, ameixa, mirtilo, framboesa e cereja bem frescas e bem casadas com notas que lembram as nossas florestas de pinheiros no final do verão já com alguma humidade devido às primeiras chuvas de outono, com aquela nota de frescura meio terrosa, envolta no fresco da caruma, sempre muito fresco. Boca com bom volume, acidez no ponto, a puxar o conjunto, com a fruta, mais uma vez, em plano de relevo, num conjunto que brilha pela sua harmonia, equilibrio, frescura e elegância. Final de boca longo e elegante.

Está a sair a nova colheita. Ainda bem. Um tinto para casar com o tempo mais quente.

Quinta dos Aciprestes 2019 Branco

QUINTA DOS ACIPRESTES 2019 BRANCO | DOURO | 13,5% | PVP  8,49€
RABIGATO, VIOSINHO, ARINTO  

REAL COMPANHIA VELHA
17

Este branco duriense mostrou ser uma opção de excelência à mesa com uma tábua onde pontuavam queijos, enchidos e fumados, fruta e outras delicias com algumas complexidade. Equilibrio notável e uma acidez, secura e frescura de boca que nos trás conforto na relaçao com a comida.

Cor amarelo citrino intenso, tonalidade esverdeada aberta, pouca concentração, aspecto límpido, jovem e brilhante. Aromaticamente intenso e cativante, fruta citrina madura e algum vegetal mais contido em destaque, com alguma fruta de caroço exuberante, fresco e envolvente. Boca com algum volume, com alguma cremosidade e boa largura, bem equilibrado com uma acidez acutilante, com o perfil da fruta citrina, com uma textura que, mais uma vez, nos agarra e com um término de boca longo e elegante.

Para além desta ligação vejo-o a ter sucesso com pratos de marisco cozido e grelhados de peixe.

Velharia Reserva 2016 Tinto

VELHARIA RESERVA 2016 TINTO | LISBOA | 14% | PVP 4,99€
SYRAH

ADEGA COOPERATIVA DA LABRUGEIRA, CRL
15

 

Apesar do nome e da imagem um pouco datada o vinho é recente no mercado sendo da colheita de 2016. É um reserva que, desde que nasceu em 2006, apenas vê a luz do dia em anos de qualidade acima da média e raramente aparece nas prateleiras imediatamente no ano a seguir à colheita.

Cor vermelho granada intenso de média concentração, tonalidade jovem, aspecto límpido. Aromaticamente revela a fruta vermelha e preta madura,notas de alguma compota, cacau e especiado presentes, equilibrado e com tudo bem arrumado. Boca de médio estrutura, macio e com tanino pronto, polido, onde a fruta novamente toma a rédea, mostrando-se um conjunto harmonioso e com final de boca longo.

À mesa juntem-se os pratos com carne, com tomate e sabores mais salgados, como as tradicionais pastas italianas ou até umas pizzas.

Soalheiro Alvarinho Espumante Bruto

SOALHEIRO ALVARINHO ESPUMANTE BRUTO | VINHOS VERDES | 12,5% | PVP  14€
ALVARINHO
VINUSOALLEIRUS, LDA
16,5

As uvas de Alvarinho utilizadas na vinificação do Soalheiro Espumante são seleccionadas nas vinhas com uma concentração em açúcar mais baixa e de acidez fresca implantadas em solo de origem granítica entre os 100 e os 200 metros de altitude. Mostra muito da irreverência e juventude da casta, sem a esconder no plano aromático e mostrando uma harmonia e equilibrio notável na prova de boca.

Cor amarelo citrino intenso, com bolha fina e persistente, límpido e brilhante. No nariz não esconde a casta que lhe dá vida, fruta bem nítida, algum tropical, pera rocha, elegante e equilibrado, mostrando, na boca, uma espuma leve e fresca, acidez no ponto, secando e fazendo salivar o palato, mostrando, mais uma vez a fruta, maçã verde, terminado longo e persistente.

À mesa começou por acompanhar apenas a conversa, seguindo-se uma ligação magnífica com uma bola de carne de Trás-Os-Montes que fez com que a garrafa ficasse vazia em pouco tempo.