Quinta do Piloto Moscatel Roxo Superior 2012

QUINTA DO PILOTO MOSCATEL ROXO SUPERIOR 2012 | PENÍNSULA DE SETÚBAL | 17% | PVP  13,90€
MOSCATEL ROXO

QUINTA DO PILOTO VINHOS, LDA
17

O Moscatel Roxo mostra-se aqui num registo equilibrado entre o doce e um lado mais citrino e vivaz, textura acetinada e longo final de boca. 

Cor âmbar intenso e mais escuro, com tonalidades ligeiramente esverdeadas, atractivo, aspecto límpido. Aromas exuberantes, com destaque para a fruta passa, uva moscatel, alperce, marmelada caseira, algum figo seco, lado a lado  com bem medidas nuances de fruto seco tostado, alguma casca de laranja cristalizada e melaço com limonados. Na boca revela densidade, textura macia e aveludada, acidez equilibradora, mantendo o travo doce e a fruta passa, não ultrapassando o exagero, registo fino e final de boca longo e persistente.

Aqui proponho uma harmonização por contraste que acabou por funcionar e viciar. Junte-lhe à sobremesa um queijo de pasta mole com alguma intensidade no sabor, um azeitão, porque não, o salgado e o doce amam-se.

Quinta da Pellada Encruzado Late Release 2018 Branco

QUINTA DA PELLADA ENCRUZADO LATE RELEASE 2018 BRANCO | DÃO | 13% | PVP  28,90€
ENCRUZADO

QUINTA DA PELLADA UNIPESSOAL, LDA
17,5

As uvas para este vinho vieram de uma vinha plantada a cerca de 500 metros de altitude, em solos graníticos e sujeita ao clima caracterizado por invernos frios e chuvosos e verões quentes e secos. O estágio do vinho em barrica acabou por ser muito longo, daí o Late Release, e depois foi directo para garrafa sem mais adições, filtragens e colagens. Pimba!

Cor amarelo citrino intenso, tonalidade esverdeada, aspecto límpido e jovem. No nariz mostrou-se contido e envergonhado após a abertura da garrafa, revelando, ainda assim, a fruta citrina madura, alguma fruta amarela, aliada ao perfume bem medido da flor branca, não escondendo a sua tez mineral, pedra lascada e a presença da notas provindas do estágio em barrica, quase como que não querendo fazer parte do bouquet, distantes e integradas. Boca com tensão, com vivacidade, com volume de boca e untuosidade e uma acidez vibrante, a secar o palato, juntamente com uma fruta sumarenta, citrina e maça verde, num conjunto harmonioso, leve e com um final de boca longo e em crescendo.

Potencial de guarda enorme, no entanto, bebendo-o agora, primazia aos pratos com peixes gordos, com complexidade e puxadinhos.

Costa Boal Homenagem Grande Reserva 2015 Branco

COSTA BOAL HOMENAGEM GRANDE RESERVA 2015  BRANCO | DOURO | 13% | PVP  68€
CÓDEGA DO LARINHO, RABIGATO, GOUVEIO, ARINTO

COSTA BOAL FAMILY ESTATES, LDA
18

Belíssimo branco, com alguns anos de garrafa, continuando estupidamente novo, mas com a mão delicada do tempo a dar-lhe uma harmonia de conjunto certeira.

Cor amarelo citrino, leve tonalidade palha e ainda com ligeira nuance esverdeada, aspecto límpido e jovem. No plano aromático brilha não só pela sua finess e elegância, como pela frescura e definição das notas de fruta, citrino intenso, lima e tangerina, bem ligada à nota floral mais pronunciada, flor branca e pólen, revelando subtil nota de baunilha, num conjunto onde pontuam as sensações de vegetação seca, tisanas, chá com mel e limão, absolutamente desafiante. Na boca mostra largura e volume na conta certa, untuosidade fina, amparada pela sua acidez citrina, com uma secura gulosa e a fruta, mais uma vez, em excelente forma, mostrando as notas do seu longo estágio em barricas completamente ligadas e com uma final de boca persistente e elegante. 

O tempo de guarda colocou-o em estado de prontidão. Será daqueles brancos para durar anos e anos na garrafeira se assim quisermos. À mesa com pratos ricos do mar. Assados no forno, arroz caldoso, marisco e o nosso bacalhau.

Quinta de San Michel Malvasia 2018 Branco

QUINTA DE SAN MICHEL MALVASIA 2018 BRANCO | LISBOA | 13% | PVP  23€
MALVASIA DE COLARES

QUINTA DE SAN MICHEL - IDF INVESTIMENTOS E GESTÃO, SA
17,5

A Malvasia de Colares em chão rijo, num terroir muito próprio, sujeito grande parte do ano ao soprar do vento, a temperaturas mais baixas que atrasam a maturação da uva, a nevoeiros matinais e pelo fim da tarde, a um micro clima/terroir desafiante, mas compensador. 

Apenas um disclamer com sentido.  Não é um Colares. É um vinho de Sintra.

Cor amarelo citrino intenso, tonalidade palha mais aberta, aspecto jovem e límpido. Aromas elegantes, com a fruta citrina madura bem casada com as notas de fruto tropical, bergamota, toranja, tangerina, lima, algum abacaxi e pêssego, sem cair na exuberância desmedida, com o perfumado da flor branca pontual, aparecendo ainda as notas de barrica, a caminho da integração completa, baunilha, fruto seco tostado e alguma especiaria, complexo, com fino traço salino em fundo. Na boca mostra-se raçudo, vivaz, com algum volume e untuosidade lado a lado com acidez vibrante, a puxar à secura, fino, dando espaço à fruta citrina e à maça verde para se mostrarem e revelando aqui mais o seu lado salino, num conjunto cheio de tensão, terminado longo e vibrante.

Junte-se o mar e a serra à mesa. O marisco da costa ali bem perto, os perceves, o arroz de marisco ou uma bela massada de peixe. Conte também com muitos anos pela frente para este vinho, pelo que, deixar uma na garrafeira esquecida, pode trazer boas surpresas no futuro.

Quinta da Vacaria Reserva 2019 Branco

QUINTA DA VACARIA RESERVA 2019 BRANCO | DOURO | 13% | PVP  33,99€
RABIGATO, VIOSINHO, CÓDEGA DO LARINHO
QUINTA DA VACARIA 1616 VINHOS, SA
17,5

A Quinta da Vacaria, uma das mais antigas da região (primeiro registo data de 1616), fica situada na margem do Rio Douro junto à cidade da Régua, no coração da Região Demarcada mais antiga do mundo, o Douro. Este branco mostra-se num perfil sério, num registo onde a barrica se mostra apenas como tempero e onde a fruta assume o papel de intérprete principal. Está raçudo, jovem e com potencial de guarda,

Cor amarelo citrina com leve tonalidade esverdeada, aberto, jovem, aspecto límpido e brilhante. No plano aromático destaque para o fruto citrino e tropical maduros, lima, toranja, limão e maracujá, com as notas ganhas no estágio em barrica já bem integradas, alguma pimenta branca, fumado leve, conferindo complexidade e profundidade. desafiando os sentidos. Na boca mostra volume, toque macio e untuoso, alguma seda, envolvendo o palato, acidez vivaz, com a fruta no sitio, mostrando ser um branco com complexidade, largura de boca e com muito tempo para evoluir em garrafa, terminando longo e persistente.

Um branco sério, com complexidade, feito para estes dias mais frios, que pedem assados no forno, peixe gordo e pratos de carne também eles com alguma garra.

Pacheca 2020 Branco

PACHECA 2020 BRANCO | DOURO | 12,5% | PVP  4,99€
MOSCATEL GALEGO BRANCO, CÓDEGA
QUINTA DA PACHECA SOC AGRÍCOLA E TURÍSTICA, LDA
15

Cor amarelo citrino aberto, com ligeiros esverdeados, aspecto límpido e jovem. Aromaticamente revelando notas de fruto citrino e tropical maduro, com lado floral bem característico da casta moscatel a destacar-se um pouco, enquadramento fresco e directo. Boca com leveza e frescura, acidez e fruta fresca sumarenta, ligeira sensação adocicada, pronto a beber, equilibrado e com final de boca médio.
A sua leveza e prontidão de boca farão dele uma boa escolha para beber de forma descontraída quer seja em refeição, Saladas, carnes brancas e cozinha asiática, como a solo a acompanhar uma boa conversa.

Quinta das Mós Reserva 2018 Branco

QUINTA DAS MÓS RESERVA 2018 BRANCO | DOURO | 13,5% | PVP  10,90€
RABIGATO, CÓDEGA DO LARINHO
QUINTA DAS MÓS - MIKAEL MONTEIRO CABRAL
17

De desconhecido a querer conhecer mais. Um branco que chama a atenção desde o primeiro momento em que começa a prova, num lote onde domina a casta Rabigato e apenas com uma pequena percentagem de Códega do Larinho a temperar, e onde a frescura e elegância do conjunto combinam na perfeição com uma acidez mais raçuda. 

Cor amarelo citrino intenso, com nuances esverdeadas leves, aspecto límpido e brilhante. No nariz mostra a fruta citrina e de caroço madura e fresca, limonado, ameixa amarela, com tez mineral vincada, pedra lascada, frescura de ponta a ponta. Boca com volume, alguma cremosidade, com acidez acutilante, boa secura, fruta saborosa, sumarenta, mais uma vez mostrando os citrinos, alguma maça verde, equilibrado e com final longo e persistente. 

Com esta acidez vibrante e frescura, não posso deixar de pensar de imediato na ligação ao bacalhau, ao polvo, ao azeite, que será devidamente harmonizado com este perfil cheio de vida.

Mengoba Mencia Alicante Bouschet 2018 Tinto

MENGOBA MENCIA ALICANTE BOUSCHET 2018 TINTO | BIERZO (ESP) | 13,5% | PVP  15,90€
MENCIA, ALICANTE BOUSCHET
BODEGAS Y VIÑEDOS MENGOBA, SL
17,5

Mengoba é o projeto pessoal do Enólogo e Viticultor Grégory Pérez que, após terminado os seus estudos por Bordéus e ter trabalhado em casas como Château Grand-Puy-Lacoste e Château Cos d'Estournel, sentiu-se fortemente atraído por Bierzo e é agora um dos produtores mais aclamados e admirados da região.

Neste vinho junta-se a casta Mencía à Alicante Bouschet num jogo de perfeito equilíbrio entre a poderosa e tintureira Alicante Bouschet à frescura e elegância da Mencía. o jogo termina empatado, apenas conosco como vencedores.

Cor vermelho de média concentração, tonalidade violácea, aspecto límpido e jovem. No nariz mostra-se com elegância a fruta preta de árvore, a ameixa preta, a cereja e alguma amora, num registo maduro e fresco, com bem medido floral, algumas notas de cacau, leve e sem calor em excesso, especiaria fina, alguma pimenta preta, desafiador e vivo. Boca com boa estrutura, textura ligeiramente untuosa e macia, com secura afinada, a lidar bem com um lado muito fresco da fruta abundante e sumarenta, tanino presente, polido, mostrando também aqui uma especiaria bem ligada e terminando com longo final de boca.

Uma escolha para a mesa com pratos de carne de porco, arroz de pato, costeletas de borrego ou mesmo uma massa bolonhesa bem feita.

Casa de Saima Garrafeira 2015 Branco

CASA DE SAIMA GARRAFEIRA 2015 BRANCO | BAIRRADA | 13% | PVP  27,90€
BICAL, CERCEAL, MARIA GOMES, VINHA VELHA
GRAÇA MARIA DA SILVA MIRANDA
18

Vinhos pelos quais nos apaixonamos com uma facilidade desmedida. Arrebatam-nos, levam a que sejam bebidos em silêncio ou em euforia, não deixam de nos encantar mesmo com a passagem do tempo. Este é o primeiro Garrafeira branco da Casa de Saima. Os anos passaram muito devagar por aqui. Podemos esperar muito mais.

Cor amarelo citrino intenso, tonalidade esverdeada, aberto, aspecto límpido e ainda jovem. No nariz apresenta-se com elegância, com nota de fruta citrina madura e fresca numa primeira camada, seguindo-se outras com fruta de pomar e algum tropical, flores brancas, com carga salina evidente, sentimos o mar, barrica integrada, vivo e desafiante. Na boca não engana, é um garrafeira, com algum volume, ligeira untuosidade, mostrando acidez equilibrada, ainda assim a secar um pouco o palato, a puxar pela comida e com final de boca longo e sempre elegante. 

Ainda com anos e anos pela frente. Casou com diversos pratos a puxar pela sua frescura e acidez. A sardinha albardada não se queixou e muito menos o coelho frito na púcara e os ovos de codorniz com chouriço.

Kopke Winemaker's Collection Reserva 2020 Rosé

KOPKE WINEMAKER´S COLLECTION RESERVA 2020 ROSÉ | DOURO | 13% | PVP  21,45€
TINTO CÃO
SOGEVINUS FINE WINES, LDA
17,5

A gama Winemaker´s Collection da Kopke apresenta uma coleção de vinhos singulares, Douro DOC, sob a qual são lançadas edições limitadas e numeradas de vinhos, com a chancela de qualidade deste produtor, e assinados pelo enólogo Ricardo Macedo. 

A imagem é um regalo para os olhos e marca a diferença na hora de escolher um néctar para um momento especial. O vinho acompanha a expectativa, num perfil subtil e elegante, com aptência evidente para se juntar à comida.

Cor salmonada intensa, com tonalidade alaranjada leve, aspecto límpido, jovem e cativante. No nariz mostra a fruta vermelha madura de forma muito delicada e elegante, framboesa, groselha, morango e romã, com um lado floral perfumado, não escondendo uma leve nota vegetal, pimenta branca pontual e toque mineral em fundo. Seco de boca, sem incomodar e no ponto certo, com algum volume e untuosidade, mantendo a elegância e a fruta vermelha sem grandes máscaras, ligeiro fumado e vegetal que lhe marca um pouco o final de boca longo e persistente.

É um rosé com alguma complexidade e virado para aventuras à mesa. Cozinha asiática, peixes gordos de mar e carnes brancas com tratamento no forno.

Pacheca Grande Reserva Touriga Nacional 2017 Tinto

PACHECA GRANDE RESERVA TOURIGA NACIONAL 2017 TINTO | DOURO | 14% | PVP  23,99€
TOURIGA NACIONAL
QUINTA DA PACHECA SOC AGRÍCOLA E TURÍSTICA, LDA
18

Para as boas surpresas estamos sempre prontos e para vinhos que nos dão imenso prazer a beber também. Assim foi o caso. Apesar do 2018 já estar no mercado, este momento apenas confirma que saber esperar é uma virtude e dá resultado. A frescura e elegância do conjunto destaca-se e faz com que bebê-lo seja um dos pontos altos da refeição. 

Cor vermelho granada concentrado, denso, tonalidade violeta escura, fechada, aspecto límpido, lágrima chorosa e persistente. No nariz os aromas predominantes são os da fruta preta madura, fruta silvestre e de baga, ameixa, amora, cereja e mirtilo, perfume floral muito bem colocado e medido, elegante, ligado a notas resultantes do estágio a barrica ligadas e incorporadas, envolventes, com uma especiaria fina, balsâmico fresco, folha de tabaco, alguma hortela em fundo, harmonioso e cativante. Boca segura, com estrutura, com uma textura macia, mas sem entrar no campo da volúpia, da densidade exagerada, equilibrado, tanino polido e pronto aliada à fruta de qualidade, uno, harmonioso, surpreendentemente fresco e com final de boca longo e prazeiroso. 

A maridagem à mesa foi a indicada. Carne de Porco assada no forno. Por um lado, uma peça generosa de barriga bem temperada e suculenta, por outro lado, com um pouco menos de gordura, mas carregada de sabor, o cachaço à italiana. Sucesso.

Payva Moscatel Dulce 2011 Branco

PAYVA MOSCATEL DULCE 2011 BRANCO | RIBERA DEL GUADIANA (ESP) | 10% | PVP  14,90€
MOSCATEL
BODEGAS MARTINEZ PAIVA, SAT
15,5 

Um vinho branco doce que acaba por não desiludir, com alguma versatilidade à mesa e que não sendo de doce exagerado se bebe até ao fim sem enjoar. Interessante o facto de apesar de ser de 2011 continuar vivaço, com boa acidez e uma doçura muito equilibrada.

Cor amarelo definido, tonalidade dourada, bonita, aspecto límpido e jovem. Nariz comidido, semnser exuberante mostra a fruta amarela madura, fruta citrina, laranja e tangerina e perfumado floral bem medido. Boca de média corpolência, alguma untuosidade, macio e com acidez equilibrada, assim como o perfil doce sem exageros, apostado num registo mais leve, com fruta amarela e um ligeiro travo vegetal num final de boca longo.

À mesa juntou-se à sobremesa, docaria com ovos variada, mas creio poder ser boa opção também para começar a refeição com entradas complexas ou com comida com um picante mais em destaque. 

Restaurante Tivoli Palácio de Seteais - Sintra

O chef Joachim Koerper é agora consultor gastronómico do Tivoli Palácio de Seteais e preparou uma nova carta para o restaurante do Hotel. Neste sentido, fomos conhecer a mesma num jantar de degustação que nos levou a acreditar que passou a haver mais uma oferta gastronómica de elevada qualidade no concelho de Sintra.

A aposta passa por renovar e dinamizar todo o conceito que envolve a cozinha do Tivoli Palácio de Seteais e é nesse sentido que o chef vai trabalhar em parceria com a equipa de cozinha do Palácio para rever e atualizar menus e introduzir novos sabores e técnicas, dando prioridade à criação de uma nova carta para o restaurante Seteais, onde o chef vai apresentar algumas novidades, a par com uma nova abordagem aos pratos mais tradicionais. A renovação da carta de sobremesas está a cargo da chefe de pastelaria Cintia Koerper.

Seguem-se a atualização das ementas de casamentos e eventos com assinatura do chef, assim como do buffet de pequeno-almoço.

No menu deste jantar, verdadeiramente à altura das expectativas, foi com um sorriso disfarçado que encontrei a assinatura do Chef em cada prato que foi sendo servido, usando muitos ingredientes ligados a Sintra, ao Atlântico e ao micro-clima da região, mas sentindo a mão de quem nos fazia chegar a um genuíno festival para os sentidos. 

A viagem começou em alta com Tártaro de Atum, Beterraba e Caviar Beluga e o espumante Joachim Koerper Extra Brut Reserva de 2014. Elegância e elegância, finess e finess. Maravilhoso.

 

A criatividade do Chef mostrou-se desde logo e o Caldo Verde com Carabineiro e Foie Gras foi disso prova. Carabineiro no ponto, com textura e suculento, com o lado mais terroso a ser apresentado pelo caldo cheio de sabor e o foie perfeito. Companhia acertada para o Soalheiro Alvarinho de 2020, jovial e com acidez no ponto para este começo.

 

Seguiu-se um dos momento da noite. Peixe cozinhado na perfeição, as Ostras a carregarem o mar até à mesa e a ligação com o Collares Chitas Branco de 2017 a ser a cereja no topo do bolo. Uma Garoupa com Ostras, Pepino e Molho de Vinho de Colares que só deixa boas memórias.

 

Caminhamos em direção a Terra com o Ravioli de Camarão e Couve Estufada generosamente completa à posteriori com pétalas bem finas de Trufa branca. A simplicidade do prato, como se quer, os sabores todos em harmonia e um aroma cativante. O tinto reserva bairradino da Quinta dos Abibes de 2016 foi a companhia no copo. Perfil não impositório, fruta bem cuidada e muita frescura.

 

De seguida, continuamos pela região com o Leitão com Chutney de Maça de Fontanelas, Maracujá e Batata Ponte Nova digna desse nome. A textura da carne do leitão, aliada à crocancia da sua pele e da riqueza de sabor do chutney de maça. A batata estava divinal. Um prato delas era pouco. No copo um tinto menos concensual. O tinto com origem no Alentejo. O Red Shiraz Reserva de 2017 mostrou mais quente do que esperava e, neste aspecto, talvez aqui pudesse ter optado por continuar com o vinho anterior.

 

Momento seguinte. Lugar ao queijos e ao Vinho do Porto. Um Vintage 2011 da Rozés, ainda cheio de nervo e fruta, a casar com a Trilogia de Queijos Artesanais selecionandos pelo Chef. 

 

Quase a terminar, lugar às coisas doces com um momento de se lhe tirar o chapéu. Que grande trabalho. A "Nossa" Tarte de Limão com Gelado de Manjericão. Textura, sabor e ligação ao Scheurebe Trockenbeeren Auslese 2017 que com a sua docura, mas também acidez fez desta mais uma experiência a não esquecer. 

 

Por último, e já em companhia de um bom café, a simplicidade da selecção de Petit Fours, também criação de Cintia Koerper, para apreciar sem reservas.

Sem dúvida que Seteais não poderia estar em melhores mãos.

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TIVOLI PALÁCIO DE SETEAIS

Tipo de Cozinha: Portuguesa, Fine Dining, Autor

Copos de Vinho Adequados: Sim
Vinho a Copo:Sim

Estacionamento: Sim. Público.
Horário de funcionamento: Todos os dias das 12:30h às 15:00h e das 19:30h às 22:00h
Preço Médio p/ Refeição sem vinho: 50€

Morada: Rua Barbosa du Bocage, 8 2710-517 SINTRA

Telefone:  +351 219 233 200
Na net: Tivoli Palácio de Seteais

Château Rieussec 1er Grand Cru Classé Sauternes 1999 Branco

CHÂTEAU RIEUSSEC 1er GRAND CRU CLASSÉ SAUTERNES 1999 BRANCO | SAUTERNES (FRA) | 14% | PVP  68€
SEMILLON, SAUVIGNON BLANC, MOSCATEL
SOCIETE DU CHÂTEAU RIUSSEC, SAS
18

 

Fico maravilhado com a frescura e sobriedade com que este vnho se apresenta. O equilibrio do doce, a frescura do citrino que ainda teima em dar o seu contributo e a sua textura untuosa, mas sem ser aquela densidade enjoativa e melada. Assim sim.

Cor âmbar luminoso, com leves acobreados e esverdeados, aspecto límpido e cativante. Arrebata no plano aromático com notas de fruta amarela muito madura, pêssego e damasco, fruta desidratada, acompanham as notas de mel, favo de mel, casca de laranja cristalizada, lado fresco e vivo, intenso e apaixonante. Boca com textura de média densidade, untuosa, aveludada, com uma doçura equilibrada, ao mesmo tempo mostrando acidez fina, que sobe gengiva acima, ficando por lá a trabalhar, continuando a revelar a fruta já bem madura, numa sensaçao de mistura de mel e citrinos, frescura que impressiona, final longo.
Naturalmente com foie gras,  embora cá pelo burgo seja frequente a companhia com iscas de cebolada caramelizada, prato com o picante mais em destaque ou sobremesas à base de fruta tropical e citrinos frescos.

Monte da Ravasqueira Encantado 2020 Tinto

MONTE DA RAVASQUEIRA ENCANTADO 2020 TINTO | ALENTEJO | 14% | PVP  6,85€
SYRAH, TOURIGA FRANCA, ALICANTE BOUSCHET
SOCIEDADE AGRÍCOLA D. DINIZ, SA
16

Relembrar e chamar a atenção para o equilíbrio dos ecossistemas através de um vinho é uma das mais recentes apostas do produtor Monte da Ravasqueira O nome e imagem do rótulo, diferente do habitual mais formal, são despertadores para uma boa conversa enquanto que, no copo, o perfil pronto e despreocupado faz com que se desfrute dele com prazer. 

Cor vermelho rubi concentrado, com tonalidade violácea, aspecto límpido e jovem. Intenso de aromas, com as notas de fruta preta madura em destaque, perfumado floral, alguma nota de compota, chocolate preto, mostrando as notas de barrica ligadas e sem grande intromissão no conjunto. Boca com algum volume e densidade, macio e aveludado, revelando tanino polido, redondo e com muita fruta madura a acompanhar, não escondendo alguma sensação de doçura, embora não sendo em excesso. A presença da barrica está bem incorporada e o final de boca é longo e persistente. 

À mesa sirva-se numa temperatura mais baixa que o habitual para um tinto e junte-lhe comida com expressão e complexidade tendo como base a carne de porco.  

Casa Burmester Reserva 2020 Branco

BURMESTER RESERVA 2020 BRANCO | DOURO | 13% | PVP  13,95€
GOUVEIO, RABIGATO, VIOSINHO
SOGEVINUS FINE WINES, LDA
16,5

Mostra-se pronto a beber, num perfil mais fresco e arejado do que inicialmente estava à espera. Passa ao de leve pela barrica, apenas para lhe dar a sua graça e algum volume e bebe-se bem, desde já, num contexto mais quente ou mesmo com os dias a pedir aconchego. 

Cor amarelo citrino aberto, tonalidade leve esverdeado, aspecto límpido, jovem e brilhante. No nariz destacam-se as notas de fruta madura, muito fruto de pomar, fruto de caroço, pêssego, alperce, algum fruto citrino, toranja e um tropical inesperado, com notas de abacaxi. à fruta junta-se, de forma mais discreta, um perfumado a flor branca e notas fumadas. Boca com algum volume, textura polida e macia, acidez equilibrada, mostrando agora uma fruta mais acídula, com ligeiro travo mais amargo, casca de citrino, com notas da barrica bem ligadas, em segundo plano e um final de boca longo.

Com alguma versatilidade à mesa, fará melhores ligações a pratos de peixe e marisco com alguma complexidade e alguma gordura. Assados de peixe no forno, cocktail de marisco e saladas com nervo e imaginação.

Soalheiro Mineral 2020 Rosé

SOALHEIRO MINERAL 2020 ROSÉ | VINHOS VERDES | 12% | PVP  11,50€
ALVARINHO, PINOT NOIR
VINUSOALLEIRUS, LDA
17

Um rosé nesta altura do ano? E porque não? Um rosé não tem de ser obrigatoriamente uma companhia apenas para os meses mais quentes. Hoje, com a qualidade e diversidade dos vinhos rosé produzidos, aliada a uma correcta maridagem com a comida, é possível levá-lo à mesa esquecendo que lá fora chove.

Este faz parte desse lote de vinhos rosé prontos para ser bebidos o ano todo. O conceito não deixa de apostar na frescura e elegância dos elementos, mas a sua boca permite-nos pensar em comida, permite-nos pensar em conforto, permite-nos querer bebe-lo.

Cor salmonada, tonalidade aberta, aspecto jovem, límpido e brilhante. No nariz nota para o fruto vermelho, muito morango, framboesa e traço de cereja, com elegância e num bom casamento com bem medidas notas florais, alguma toranja, traço mineral a marcar. Na boca continuamos num registo de  elegância, leveza e frescura, acidez no ponto, a secar o palato e a fazer com que se peça algo para trincar, afruta vermelha sumarenta aliada a alguma fruta de pomar, reforço a nota de secura refinada e bem presente, com término de boca longo e prazeiroso.

A natural ligação a prato de marisco cozido e com mais alguma complexidade, como pastas, sopas do mar ou com molhos, comida asiática e mesmo alguma sobremesa à base de morango, merengue, ervas aromáticas e chocolate branco.

Vietti Barbera D'Alba Vigna Scarrone 2018 Tinto

VIETTI BARBERA D'ALBA VIGNA SCARRONE 2018 TINTO | BARBERA D'ALBA (ITA) | 15% | PVP 36€
BARBERA
VIETTI
17,5

Se o fosse beber sem olhar para a graduação alcoólica estampada no rótulo nunca apontaria para o valor que lá aparece. Apesar de jovem e a necessitar de tempo para acalmar o seu vigor, consegue brilhar pela sua elegância, pela forma como a fruta se mostra e por uma enorme frescura do conjunto.

Cor vermelho rubi intenso, média concentração, tonalidade violeta, lágrima a aparecer escorreita e definida, aspecto límpido e jovem. No nariz fruta vermelha e preta madura, bagas silvestres, cereja preta madura, num perfil elegante e bem medido, especiaria fina, perfumado mais terroso, alguma nota de bosque, arejado e desafiante. Boca com finess, volume médio, textura macia, mas trincável, com a fruta bem colocada, fresca, alguma ginja e toque de leve licorado, tanino presente, elegante, terminando longo e persistente. 

À mesa recomendam-se os assados no forno, os pratos de massa com carne e molhos fortes e outras deambulações pelo mundo dos cogumelos.

Cistus Reserva 2016 Tinto

CISTUS RESERVA 2016 TINTO | DOURO | 15,5% | PVP 11€
TINTA RORIZ, TOURIGA NACIONAL, TOURIGA FRANCA
QUINTA DO VALE DA PERDIZ SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA
16,5

Os vinhos deste produtor são uma companhia já com muitos anos ou não fosse ele um "vizinho" da Aldeia onde está o meu berço familiar. O Douro Superior de Torre de Moncorvo num vinho que revela uma estabilidade notável ao longo das diversas colheitas e que acompanha tão bem a farta cozinha local. 

Cor vermelho denso, concentrado, comtonalidade violeta,  aspecto límpido e jovem. No plano aromático a intensidade e exuberância da fruta vermelha e preta madura, com alguma nota de compota, bem casada com o lado floral, violeta e esteva, especiaria fina, balsâmico fresco, envolvente, com um ligeiro respirante de hortelã no final. Boca com estrutura e volume, toque acetinado e macio, com boa secura, afinada e bem medida, tanino firme, com fruta sumarenta, harmonioso no seu conjunto e com término de boca  longo e persistente.

Não tenho dúvidas que a melhor maridagem seja com carne, a bela da posta mirandesa, a feijoada transmontana e as carnes de caça, sem esquecer, como evidente, os pratos à base dos regionais míscaros.

Castello d'Alba Reserva 2018 Branco

CASTELLO D'ALBA RESERVA 2018 BRANCO | DOURO | 13% | PVP  6,30€
VIOSINHO, RABIGATO, CÓDEGA DO LARINHO
RUI ROBOREDO MADEIRA VINHOS, SA
16

Já não chega ao copo no pico da sua juventude, mas mostra ainda estar em muito boa forma, revelando, mas uma vez, que o tempo não é mau conselheiro.

Cor amarelo citrino, com tonalidade aberta e alguns esverdeados, límpido e brilhante. No nariz a presença das notas de frutos citrinos e tropicais maduros ainda se mostra fresca e jovem, com pincelada floral, flores brancas e a tosta de barrica ainda a querer estar em destaque. Boca com volume,  ligeira untuosidade e macio no primeiro contacto, com acidez vivaz, apoiando bem o lado sumarento da fruta, determinando um conjunto equilibrado e pronto, finalizando longo e persistente.

Recomendo-o para o peixe assado no forno, panados de carnes brancas e peixes gordos grelhados.

Herdade da Arcebispa Reserva 2018 Tinto

HERDADE DA ARCEBISPA RESERVA 2018 TINTO | PENÍNSULA DE SETÚBAL | 14,5% | PVP  7,99€

ALICANTE BOUSCHET, TOURIGA NACIONAL
SOCIEDADE AGRÍCOLA DA ARCEBISPA, SA
16

Com Alcácer do Sal bem estampado no rótulo e ainda com um caminho muito recente na produção de vinhos engarrafados sob a sua marca este vinho consegue espevitar aquele bichinho da curiosidade que todos temos para acompanhar, com atenção, as próximas colheitas. 

Cor vermelho rubi intenso, concentrado, tonalidade mais luminosa junto ao bordo do copo, aspecto límpido e jovem.  Nariz exuberante, mostrando a fruta vermelha e preta madura, alguma compota, acompanhada por leve floral, notas de especiaria, ali um toque mais exótico, temperado baslsâmico, sensação de turfa e cogumelo a envolver. Boca com bom volume e estrutura, macio e aveludado, com acidez bem medida, alguma secura e adstringência, tanino polido e pronto, com término de boca longo.

À mesa aninhou-se ao lombo de porco assado no forno acompanhado por uma exótico e marroquina salada de bulgur.